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BIOLOGIA

Colégio Esplanada

Ana Victória,Diego Duarte,Iago Castro e Maykon Wallace

CONFERÊNCIAS E TRATADOS PARA O CLIMA

Data: 12/11/2022

Turma: 1°Em

Professor: Rafael Matos Oliveira Gonzaga

Introdução
Sumário

1. Introdução
2. O que são as conferências ambientais✅
3. Histórico e contexto✅
4. Desenvolvimento sustentável✅
5. A importância das conferências ambientais✅
6. Relatório de Brundtland✅
7. Contexto e histórico da Conferência de Estocolmo✅
8. A Conferência de Estocolmo ✅
9. Brasil na época da Conferência Estocolmo✅
10. Resultados da Conferência de Estocolmo✅
11. Impactos da Conferência de Estocolmo✅
12. Protocolo de Montreal (1987)✅
13. Eco-92(1992)✅
14. Agenda 21✅
15. O Protocolo de Kyoto(1997)✅
16. Conferência das Partes✅
17. Rio + 10(2002)✅
18. A Declaração de Joanesburgo ✅
19. Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento✅
20. Rio+20 (2012)✅
21. Contexto histórico do Acordo de Paris✅
22. Acordo de Paris✅
23. Participação do Brasil no Acordo de Paris✅
24. UNFCCC✅
25. NDC✅
26. IPCC✅
27. Mercado de carbono✅
28. 5 propostas para o clima/
29. Referências bibliográficas✅

O que são as conferências ambientais

São reuniões em que líderes de diversos países discutem e formulam projetos para o
desenvolvimento sustentável, alinhando crescimento econômico com proteção ambiental.
Essas conferências ambientais produziram e produzem tratados que valem tanto
nacionalmente quanto internacionalmente, acordos que organizam o uso dos recursos da terra
da maneira mais sustentável. Garantindo assim a sobrevivência das gerações futuras.

Histórico e contexto
Com o advento da modernização, os modos de produção, consumo e relações de trabalho
mudaram devido ao avanço tecnológico trazido pela industrialização. A maior produtividade
alcançada na época, aliada ao aumento do consumo, levou a uma maior exploração dos
recursos naturais, com impacto negativo no meio ambiente.
A criação das conferências ambientais teve início no Pós-Segunda Guerra Mundial (1960)
e no meio do desenvolvimento da Terceira Revolução Industrial, pois com o avanço do
conhecimento científico e das técnicas de estudo sobre o meio natural,os problemas
ambientais passaram a ser debatidos com vigor, pois, nesse período, o mundo vivenciava
diversas catástrofes naturais.O contexto deste pós guerra, sinalizou um período de
preocupação a respeito dos impactos humanos a curto e a longo prazo no meio ambiente
Esse cenário despertou na sociedade e na comunidade científica a necessidade de discutir a
respeito da conservação do meio ambiente e de elaborar propostas que atrelassem o
desenvolvimento socioeconômico à sustentabilidade, o que foi chamado de "despertar da
consciência ecológica” , sendo marcado pelas tentativas de muitos países promoverem
formas alternativas de desenvolvimento que combinem a proteção da natureza e dos recursos
naturais.
E desse modo, no meio dos processos industriais que causaram e ainda estão causando
alterações no meio ambiente, surgiram as conferências ambientais, que passaram a abordar as
melhores estratégias, metas e ações com base em uma perspectiva ambiental.

A importância das conferências ambientais

Como resultado das conferências ambientais, tivemos diversos tratados e acordos que
surgiram entre diferentes países para atingir conjuntamente as metas definidas e reduzir os
impactos analisados e previstos pelos cientistas.
Documentos importantes, como o Relatório Brundtland, definiram as diretrizes que ainda
seguimos para caminharmos em direção a uma sociedade onde os conceitos de
sustentabilidade sejam aplicados.
Dessa forma, as conferências ambientais configuram o campo do planejamento ambiental e
das necessidades econômicas.Neles, ocorrem a definição de diretrizes que podem mudar as
nações e todo o planeta, ou mesmo conceitos que afetam a dinâmica do mercado, das
empresas e da sociedade, como a sustentabilidade. Portanto, é essencial para o nosso futuro.

Relatório Brundtland (1987)

Não se configura como uma conferência, mas não por sua importância não poderia ficar de
fora. Esse documento foi a diretriz para a Eco-92, que veio logo em seguida, serve de base e
define a ideia de desenvolvimento econômico.Chamado de “Nosso Futuro Comum" é
resultado de um estudo lançado em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e o
Desenvolvimento.
Este artigo examinou a impossibilidade de sustentar o crescimento econômico como o
conhecemos hoje, preservando os recursos e um ambiente saudável para as gerações futuras.
Ele propôs várias ideias para tornar o desenvolvimento verdadeiramente sustentável, desde
limitar o crescimento populacional até interromper conflitos e guerras.

Desenvolvimento sustentável

A ideia de desenvolvimento sustentável surgiu em meio à apresentação do relatório Nosso


Futuro Comum em abril de 1987. Este documento foi elaborado pela comissão Mundial sobre
o Meio Ambiente, coordenada pela ONU.O principal propósito deste relatório foi introduzir
as transformações necessárias para que os recursos naturais possam ser aproveitados de forma
racional, sem comprometer o abastecimento das gerações futuras.
Desenvolvimento sustentável significa desenvolver sem prejudicar ou comprometer as
gerações futuras. Para que isso seja possível, é preciso explorar conscientemente os recursos
naturais, pensando na conservação e preservação do meio ambiente. É essencial que o
comportamento de consumo da sociedade e o modelo de desenvolvimento econômico mude,
com a finalidade de prejudicar o mínimo possível a natureza. Além disso, é importante que
esses recursos sejam naturalmente repostos à medida que são retirados.
Outro fator necessário para um impacto mínimo na natureza é a transformação no
consumismo social que favorece a destruição dos recursos naturais apenas para fins
lucrativos. Portanto, o desenvolvimento econômico deve estar diretamente relacionado à
defesa ambiental.
Contexto e histórico da Conferência de Estocolmo
O crescimento populacional exponencial desde o século IX tem causado grandes problemas
como acidificação das águas pluviais, problemas de saúde pública causados por destinação
incorreta de resíduos, entre outros. Então, no século 20, a Conferência de Estocolmo mostrou
a necessidade de olhar para essa confusão e tentar entendê-la em termos de impacto
ambiental.
A Conferência de Estocolmo

A Conferência de Estocolmo cujo nome oficial foi Conferência das Nações Unidos
sobre o Meio Ambiente, presidida pelo canadense Maurice Strong e organizada pela
Organização das Nações Unidas (ONU) foi a primeira conferência ambiental do mundo.
Esta conferência se situou em Estocolmo, capital da Suécia. Foi realizada em 1972, do
dia 5 a 16 de junho, reuniu chefes de estado de 113 países e 250 instituições governamentais
para debater as principais questões e temas polêmicos referentes ao meio ambiente.Foram
discutidas as seguintes pautas:
• Discussão sobre os principais problemas ambientais.
• Engajamento dos Estados com o objetivo de diminuir os impactos ambientais negativos.

• Preservação da fauna e da flora mundial.

• Redução do uso de produtos tóxicos ao meio ambiente.

• Apoio financeiro aos países subdesenvolvidos para que se desenvolvam

Brasil na época da Conferência de Estocolmo

Na época da conferência, o Brasil vivia uma ditadura militar cujo objetivo era, antes de tudo,
o desenvolvimento econômico. "Desenvolver primeiro e pagar os custos da poluição depois",
dito pelo ministro José Costa Cavalcanti em um comunicado da época.
Uma das considerações para países como o Brasil que relutam em reconhecer as preocupações
ambientais é que com a criação de acordos ambientais as exportações dos países em
desenvolvimento podem ser prejudicadas.
Apesar das diferenças entre os países participantes, a Conferência de Estocolmo resultou em
um importante documento com 24 artigos tratando de compromissos que seriam assumidos a
partir das problemáticas.

Resultados da Conferência de Estocolmo

Tornou-se um marco ambiental que por trazer discussões sobre desenvolvimento econômico e
a consequente degradação ambiental. Essa proposição evoluiu para o que conhecemos como
sustentabilidade, pois busca analisar e estabelecer caminhos para alcançar o desenvolvimento
econômico sem comprometer a reposição dos recursos do planeta. Os resultados não foram
concretos, pois a definição da meta foi contestada pelos países desenvolvidos que queriam
determinar uma desaceleração do crescimento econômico, mas o resultado dessa reunião foi
: • Os líderes reconhecem a existência de impactos ambientais.
• A partir dessa reunião, surgiram as políticas de gestão ambiental.
• Elaboração da Declaração de Estocolmo, estabelecendo os princípios da responsabilidade
dos Estados pela proteção ambiental.
• Elaboração de um Plano de Ação Ambiental, que inclui 109 recomendações para os países
buscarem soluções para os problemas ambientais
• Criação do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) para tratar de
assuntos ambientais.

Impactos da Conferência de Estocolmo

Essa medida afetaria os países que ainda não apresentavam o desenvolvimento econômico
esperado e, portanto, também atraiu a oposição de países subdesenvolvidos.
Surgiu então a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano, o primeiro documento a reconhecer a necessidade e o direito humano de viver em
um meio ambiente de qualidade.
Os desafios eram sem precedentes e a conferência de Estocolmo é apenas o ponto de
partida para a criação de novas conferências onde todas as questões ambientais podem ser
discutidas. Os acontecimentos de 1972 ainda são o início das discussões que ocorrerão nos
anos seguintes
Protocolo de Montreal (1987)

O Protocolo de Montreal assinado em 1987, sobre Substâncias que Destroem a Camada de


Ozônio, nasceu em outra conferência sobre o mesmo assunto, a Convenção de Viena de 1985.
O Protocolo de Montreal é considerado um dos acordos de maior sucesso, com a adesão de
mais de 197 países.
O Brasil é um dos signatários comprometidos com a redução das emissões de substâncias
nocivas à camada de ozônio, como o dióxido de carbono (CO2). Em 16 de setembro, data em
que o Protocolo entrou em vigor, foi declarado o Dia Internacional para a Proteção da
Camada de Ozônio.
Ao longo dos anos, o protocolo foi revisado em Londres (1990), Copenhague (1992),
Viena (1995), Montreal (1997), Pequim (1999) e Kigali (2016). O Brasil aderiu ao Protocolo
de Montreal pelo Decreto nº 99.280, de 6 de junho de 1990, comprometendo-se a
implementar em seu território as medidas firmadas no acordo e a ratificar todas as suas
emendas
A ECO-92

A ECO-92, ou Conferência das Nações Unidas, ou, Rio-92 ou ainda como a Cúpula da
Terra, foi organizada pela Organização das Nações Unidas e ocorreu em 1992 na cidade do
Rio de Janeiro, Brasil. Foi a primeira conferência da organização sobre o tema realizada em
solo brasileiro e marcando duas décadas desde a Conferência de Estocolmo, a ECO-92 contou
com a participação de 172 países e aproximadamente 1.400 organizações não governamentais.
A ECO-92 deu continuidade aos projetos baseados na Conferência de Estocolmo, agora
levando em consideração a perspectiva do conhecimento que emergiu desde a Conferência de
Estocolmo, discutindo assim questões relacionadas à proteção ambiental como clima, água,
transporte público, turismo ecológico e reciclagem. Durante a conferência e com base nos
resultados obtidos na Convenção de Estocolmo, concluiu-se que se os países continuarem a
explorar os recursos do planeta de forma predatória, de acordo com a política capitalista de
lucro, não teremos recursos naturais para o próximo século.
Além disso, durante a conferência houve a preocupação de discutir padrões de
desenvolvimento que prejudicam o meio ambiente e que precisam ser enfrentados, como
pobreza e dívida externa dos países em desenvolvimento, padrões de produção e consumo e a
estrutura da economia internacional. Em conclusão, a ECO-92 resultou na:
• Elaboração da Agenda 21: documento que visava promover uma proposta de ação voltada
ao desenvolvimento sustentável por meio do combate à pobreza, mudanças nos padrões de
consumo e combate ao desmatamento.

• Estabelecimento de um prazo de dez anos para a organização de uma nova conferência para
discussão dos resultados.

• Elaboração de outros documentos com o objetivo de alcançar o desenvolvimento


sustentável:
1. Declaração de Princípios sobre Florestas de Todos os Tipos;
2. Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima;
3. Convenção sobre Diversidade Biológica.
Agenda 21

É um dos resultados da conferência Eco-92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento) realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. O
objetivo deste evento foi discutir ações que pudessem aliar desenvolvimento socioeconômico
e proteção ambiental.
Cada país é responsável pela elaboração de sua Agenda 21. Ela consiste em um documento
por meio do qual cada país deve se comprometer a solucionar os problemas socioambientais
existentes no mundo; começando com problemas específicos ou regionais para os gerais ou
globais.
A Agenda 21 é um documento de 40 capítulos que visa esclarecer uma nova perspectiva de
desenvolvimento e dotar a sociedade industrial de um conceito inédito; além de introduzir um
conceito inovador em relação ao modelo de desenvolvimento atualmente estabelecido. O
documento também afirma que o desenvolvimento socioeconômico dos países deve ser
baseado na qualidade, não apenas na quantidade, ou seja, no que diz respeito à proteção das
pessoas e da natureza.Dentre os 40 capítulos da Agenda 21 temos os principais como:
● Cooperação dos países desenvolvidos para acelerar o desenvolvimento sustentável
dos países em desenvolvimento.
● Combate à pobreza.
● Mudança na estrutura de consumo.
● Combate ao desflorestamento.
● Conservação da diversidade biológica.
O que se exige da Agenda 21 é a implementação global de um modelo de desenvolvimento
sustentável que busque combinar proteção ambiental, questões sociais e crescimento
econômico. Conciliar esses itens não é uma tarefa fácil, especialmente em sociedades
capitalistas voltadas para o lucro.
Considerando o significado e os objetivos propostos pela Agenda 21, é de notar que a sua
efetiva implementação parece distante, visto que os resultados ainda são modestos ou
imperceptíveis.

A Conferência das Partes (COP)

A Conferência das Partes (COP) é uma reunião da Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima (UNFCCC) que reuniu as partes para participar de conferências
ambientais.
As COPs criadas durante a ECO-92 são estabelecidas como referência nas conferências,
pois facilitam a discussão e a verificação frequente dos objetivos estabelecidos em outras
reuniões.
Na ECO-92, a Convenção-Quadro discutiu as tendências do aquecimento global com o
objetivo de desenvolver metas para a redução da concentração de gases de efeito estufa.
Em 1995, realizou-se em Berlim uma conferência das partes contratantes 1. Em 1996,
realizou-se em Genebra a Conferência das Partes 2. Em 1997, realizou-se a Conferência das
Partes 3 em Quioto.
Para a implementação das metas estabelecidas pela Convenção-Quadro, foram propostos
compromissos para todos os estados contratantes, mas o principal objetivo era estabelecer
metas para a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Segundo alguns
cientistas, esses gases intensificam o aquecimento global.
O principal resultado da Conferência das Partes 3 foi o chamado Protocolo de Kyoto, que,
embora criado em 1997, só entrou em vigor em 2005. Esse tratado estabeleceu metas para os
países reduzirem as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e estabelecer
compromissos com diretrizes rígidas para limitar o aquecimento global.

O Protocolo de Kyoto(1997)

O Protocolo de Kyoto foi assinado em 1997 em Kyoto, Japão pelos países membros da
ONU. Seu objetivo era reduzir as emissões de gases de efeito estufa a partir da década de
1990, como o dióxido de carbono (CO2). O acordo estabeleceu a meta de redução de 5,2%
dessas emissões na próxima década, principalmente pelos países desenvolvidos. Reduções
maiores de 7% e 8% foram estabelecidas para o Japão e a União Européia. O protocolo foi
originalmente ratificado por 55 países em março de 1999. Juntos, esses países respondem por
cerca de 55% das emissões globais de gases de efeito estufa. O Protocolo de Kyoto entrou em
vigor em 16 de fevereiro de 2004 após a ratificação pela Rússia.
O Brasil foi um dos 175 países a assinar e ratificar o acordo, que entrou em vigor em 2004.
Os Estados Unidos, maior produtor mundial de dióxido de carbono, não ratificaram o
protocolo, alegando que o acordo prejudicaria sua economia.
Existem três mecanismos que regem as atividades dos países signatários: a parceria entre
países para a criação de projetos ambientais, a compra de créditos de carbono entre países
desenvolvidos e de baixa poluição e o mercado de créditos de carbono.
As metas foram ampliadas em 2012, mas o documento foi posteriormente substituído pelo
Acordo de Paris. Embora as metas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto não sejam mais
válidas, ainda existem vários mecanismos propostos, como o mercado de carbono. O
documento também foi importante porque lançou a Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

Contexto histórico do Acordo de Paris

As mudanças causadas ao meio ambiente pela atividade humana preocupam o mundo


inteiro. As emissões de gases nocivos na atmosfera têm causado um aprofundamento do efeito
estufa e do aquecimento global. Essas emissões ocorrem como resultado da queima intensiva
de combustíveis fósseis para uso industrial, transporte urbano e geração de eletricidade.
A maioria das mudanças causadas no meio ambiente está relacionada ao período industrial e
ao intenso desenvolvimento tecnológico. A Revolução Industrial levou ao aumento da
produção, à intensificação do uso de combustíveis fósseis e também à aceleração do processo
de urbanização e consumo excessivo. Os problemas ambientais causados pelo processo
industrial fazem parte da velha realidade, enquanto a conscientização sobre as mudanças
climáticas é recente.
Acordo de Paris (2015)

O Acordo de Paris, sucessor do Protocolo de Kyoto, teve como objetivo reduzir as emissões
de gases de efeito estufa na camada de ozônio, mantendo o aumento da temperatura do
planeta abaixo de 2ºC nos próximos anos. Em 2015, 195 países o aprovaram.
No acordo, o Brasil se comprometeu a reduzir a poluição e o desmatamento, aumentar o uso
de fontes alternativas de energia e, além disso, reflorestar 12 milhões de hectares para evitar o
aquecimento global.
Apesar desse compromisso, o Brasil estabeleceu um recorde de desmatamento na Amazônia
em 2020, com a maior perda anual de floresta em uma década.
Em um discurso na Cúpula de Líderes Climáticos Mundiais de 2021 em abril de 2021, o
governo do Brasil disse que o país alcançaria a neutralidade líquida nas emissões de gases de
efeito estufa até 2050, uma meta que reduz o compromisso anterior em uma década
estabelecido pelo Acordo de Paris.

Participação do Brasil no Acordo de Paris


O Brasil assinou o Acordo de Paris em 2015, comprometendo-se a reduzir suas emissões de
gases de efeito estufa em até 37% até 2025 (em relação aos níveis de 2005), estendendo essa
meta para 43% até 2030. As metas principais do governo brasileiro foram:

● Aumentar o uso de fontes alternativas de energia;

● Aumentar a participação da bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para


18% até 2030;

● Usar tecnologias limpas nas indústrias;

● Melhorar a infraestrutura de transporte;

● Reduzir o desmatamento;

● Restaurar e reflorestar em até 12 milhões de hectares.


Rio + 10(2002)

A Rio+10 – cujo nome oficial era Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável –
foi realizada na cidade de Joanesburgo, África do Sul, em 2002 e contou com a presença de
representantes de 189 países. Para acompanhar o cumprimento das metas definidas na RIO-92
por meio da Agenda 21, a RIO +10 foi instituída 10 anos depois.Os principais pontos desta
cúpula foram a confirmação da questão do desenvolvimento sustentável baseado no uso e
preservação dos recursos naturais renováveis e a reconfirmação dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), anunciados dois anos antes pelas Nações Unidas.
A Rio+10 também renovou os compromissos assumidos na conferência ECO-92 e
enfatizou a obrigação de exigir dos líderes mundiais a implementação das metas estabelecidas
pela Agenda 21.
Foi nesta conferência, porém, que se fizeram críticas à falta de resultados concretos em
prol da proteção ambiental e à atitude de muitos países no sentido de não abandonarem suas
ambições políticas e econômicas em prol da conservação dos recursos. Nesse sentido, a
maioria das denúncias de organizações não governamentais(ONGS) e ativistas ambientais
foram direcionadas aos países desenvolvidos sobre a falta de perspectivas no combate às
desigualdades sociais.
No entanto, esta conferência não obteve resultados significativos, pois os países
desenvolvidos não concordaram com o cancelamento das dívidas dos países mais pobres.
Além disso, os países que fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP) não assinaram o acordo, que visava utilizar 10% de fontes renováveis de energia.

A Declaração de Joanesburgo

Foi um dos resultados da Rio+10. Este artigo tratou de problemas mundiais como a
pobreza e a fome que estão relacionados com a globalização. Ele também enfatizou que os
países devem se esforçar para alcançar o desenvolvimento sustentável.
Os principais pontos dessa declaração são: melhoria da higiene básica da população,
proteção da biodiversidade, promoção do acesso à água potável, combate à fome, tráfico de
drogas e crime organizado. Outro resultado foi o compromisso dos países de reduzir pela
metade o número de pessoas sem acesso à água potável até 2015.
A Declaração do Rio sobre o meio ambiente e o desenvolvimento

Foi uma proposta da Organização das Nações Unidas (ONU) para promover o
desenvolvimento sustentável. Foi aprovado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (UNCTAD), realizada no Rio de Janeiro de 3 a 14 de junho de
1992.
A Declaração ratificou os princípios estabelecidos na Declaração da Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, adotada em Estocolmo em 16 de junho de
1972, e formulou 27 princípios básicos de desenvolvimento sustentável, dignidade humana,
meio ambiente e as obrigações dos Estados na campo da proteção ambiental. direitos
ambientais do ser humano.
A Declaração do Rio proclamou 27 princípios fundamentais que todos os países devem aderir
para criar uma nova e justa aliança global, criando novos níveis de cooperação entre Estados,
setores-chave da sociedade e pessoas.
Procurou-se chegar a acordos internacionais que respeitassem os interesses de todos e
protegessem a integridade do sistema mundial de meio ambiente e desenvolvimento,
reconhecendo a natureza integral e interconectada da Terra. Temos como exemplo dos 27
princípios fundamentais:
● Princípio 1: Os seres humanos estão no centro das preocupações relacionadas ao
desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável em harmonia com o
meio ambiente.
● Princípio 2: De acordo com a Carta das Nações Unidas e os princípios do direito
internacional, os Estados têm o direito soberano de usar seus próprios recursos de
acordo com suas próprias políticas ambientais e de desenvolvimento e são
responsáveis por garantir que as atividades realizadas dentro de sua jurisdição ou sob
seu controle não causem danos ao meio ambiente de outros estados ou áreas que
estejam fora das fronteiras da jurisdição nacional.
● Princípio 3: O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de maneira que atenda
equitativamente ao desenvolvimento e às necessidades ambientais das gerações
presentes e futuras.
Rio+20 (2012)

A Rio+20, também conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, foi organizada. Recebeu esse nome porque ocorreu vinte anos depois da Rio-92
Estiveram presentes 193 países membros da ONU e teve a maior cobertura midiática da
história. As questões discutidas em conferências anteriores foram retomadas e refletiram as
ações tomadas pelos países desde a ECO-92. Fortaleceu o compromisso dos países com a
sustentabilidade e levantou a questão: "Que futuro queremos?".
A partir desse questionamento foi efetuada a criação de um documento conhecido como "O
Futuro que Queremos". Os objetivos propostos neste documento são: erradicação da pobreza,
integração dos aspectos socioeconômicos com o desenvolvimento sustentável, proteção dos
recursos naturais, mudança dos padrões de consumo, redução das desigualdades.
Além disso, criou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com base na Agenda 21. O
objetivo era adequar a realidade dos países para atender as metas relacionadas ao
desenvolvimento sustentável.

Nações Unidas sobre Mudança do Clima(UNFCCC)

A sigla, que significa Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima,
refere-se a um tratado assinado durante a Rio-92 e ratificado por 189 países que visa organizar
esforços multilaterais para combater as mudanças climáticas. A Convenção estabelece
obrigações e responsabilidades para todos os países signatários (denominados Partes da
Convenção) com base no princípio de “responsabilidades comuns, mas diferenciadas”: todos
devem agir, mas as diferentes realidades de cada país são levadas em consideração na
formulação de medidas.
Desde a entrada em vigor da UNFCCC, a Conferência das Partes tem sido realizada
anualmente para avaliar o progresso dos membros na abordagem das mudanças climáticas e
estabelecer compromissos.
NDCs

As nações signatárias do Acordo de Paris adotaram as chamadas Contribuições


Nacionalmente Determinadas (NDCs,na sigla em inglês), que são metas voluntárias de redução de
emissões, aumentadas a cada cinco anos. A primeira avaliação oficial acontecerá na COP-26, mas
vários países já anunciaram suas metas, como o Brasil. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim
Leite, anunciou que a meta é a redução das emissões nacionais em 37% até 2025 e em 50% até
2030. Os novos números são melhores do que os estabelecidos pelo governo no final de 2020,
quando anunciou que, até 2030, reduzirá as emissões em 43%. até 2030.
No entanto, o Brasil não especificou qual será a base de cálculo de suas reduções, e ainda não
é possível saber se o país avançou de fato na meta ou recuou, como a ONU condenou no relatório.
Durante os eventos da COP-26, o Brasil também se comprometeu a avançar para acabar com o
desmatamento ilegal de 2030 a 2028. A ideia, conforme anunciado por Joaquim Leite, é que haja
uma redução gradual do desmatamento: 15% ao ano entre 2022 e 2024, com 2025 e 2026 haverá
uma redução de 40% até que o desmatamento zero seja alcançado em 2028.

IPCC

A sigla, em inglês, significa Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. O


IPCC foi criado em 1988 dentro das Nações Unidas para avaliar e compilar a produção
científica e técnica sobre mudanças climáticas. Ele é atualmente a maior autoridade mundial
no assunto. O IPCC elabora regularmente relatórios que resumem o conhecimento científico
sobre as mudanças climáticas.
O documento está dividido em três grupos: Grupo I considera os aspectos físicos e
científicos das mudanças climáticas. O Grupo II está focado em avaliar a vulnerabilidade dos
sistemas socioeconômicos e naturais às mudanças climáticas, e o Grupo III está preocupado
em mitigar o aquecimento global.
O IPCC publicou 5 relatórios até agora. O sexto deve ser publicado em 2022, mas parte do
documento já foi publicado em agosto passado. Nesta prévia do 6º relatório, o IPCC pela
primeira vez confirma a responsabilidade humana pelo aquecimento global e alerta que o
aquecimento de 1,5°C é inevitável, independentemente do cenário de redução de emissões.

Mercado de carbono

É um mecanismo por meio do qual países que ainda não atingiram suas metas de redução de
emissões podem comprar créditos de países que superaram suas metas. Isso significa que os países
que estão abaixo de seu limite de emissão (emissões permitidas, mas não utilizadas) podem vender
esse crédito para outros países que emitem acima de seus limites.
Convertendo, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono.
No entanto, a implementação do mercado de carbono não é regulamentada. Este é um dos
principais temas discutidos na COP-26. Além da compra e venda de créditos por meio de um
mercado regulamentado – previsto no Protocolo de Kyoto e ocorrendo apenas entre determinados
estados – existe um mercado voluntário onde empresas, ONGs, instituições, governos ou mesmo
cidadãos tomam a iniciativa de reduzir suas emissões.
Os créditos de carbono neste mercado (ou VER - Verified Emission Reduction, em inglês)
podem ser gerados em qualquer lugar do mundo e são auditados por uma entidade independente
do sistema ONU, mas não contam como reduções nas metas dos países.

5 Propostas a favor do clima






Referências bibliográficas

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https://brasilescola.uol.com.br/geografia/conferencias-ambientais.htm. Acesso em 12 de
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em:https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/conferencias-sobre-meio-ambiente.htm.
Acesso em 12 de novembro de 2022

Falta de autor esperando comunicado via email(não imprimir sem autor). "Conferências
ambientais";Prepara o Enem. Disponível
em:https://www.preparaenem.com/geografia/conferencias-ambientais.htm. Acesso em 12 de
novembro de 2022

SOUZA,Rafaela. "Conferências ambientais";Escola Kids.Disponível


em:https://escolakids.uol.com.br/geografia/conferencias-ambientais.htm. Acesso em 12 de
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Ministério do Meio Ambiente.” Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e


Desenvolvimento”;PDF.Disponível
em:https://www5.pucsp.br/ecopolitica/projetos_fluxos/doc_principais_ecopolitica/
Declaracao_rio_1992.pdf.. Acesso em 15 de novembro de 2022.

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