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MOVIMENTO ECOLÓGICO,

ECO DESENVOLVIMENTO E
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Lutas em defesa do meio ambiente:
Uma necessidade diante O que dá pra entender
dos fatos: dessa imagem?

Vivemos diante da
falência do modelo
consumista de
Desenvolvimento. Daí
precisamos buscar um
novo modelo de
desenvolvimento que
não cause tantos
impactos ao meio
ambiente
MOVIMENTO AMBIENTALISTA

O que é o movimento ambientalista?

O ambientalismo, movimento ecológico


ou movimento verde consiste em um heterogêneo
feixe de correntes de pensamento e
movimentos sociais que têm na defesa do meio
ambiente sua principal preocupação, reivindicando
medidas de proteção ambiental e sobretudo uma
ampla mudança nos hábitos e valores da sociedade.
MOVIMENTO AMBIENTALISTA

Como atua o movimento ambientalista?

Os ambientalistas são indivíduos, que atuam sozinhos ou


em grupos organizados, cujo principal objetivo é proteger e
conservar o meio ambiente (flora, fauna, rios, solo, entre
outros). Geralmente, os grupos
(movimentos) ambientalistas estão organizados e
estabelecidos como ONGs (Organizações Não
Governamentais).
MOVIMENTO AMBIENTALISTA

Quando surgiu o movimento ecologico?


Os Movimentos Ecológicos surgiram em decorrência da
percepção da sociedade para os problemas ambientais como
a degradação ambiental e a exploração descontrolada dos
recursos naturais, pois se comprovou que essas causas
geravam consequências assustadoras, comprometendo a
vida de todos os seres vivos.
O que é a
concepção
ambientalista?
A concepção
ambientalista atribui
ao ambiente um
grande poder no
desenvolvimento
humano. O homem
desenvolve suas
características em
função das condições
presentes no meio em
que se encontra.
MOVIMENTO AMBIENTALISTA

O que é Greenpeace?
O Greenpeace é uma Ong (Organização Não
Governamental) que atua em questões
relacionadas à preservação do meio ambiente e
desenvolvimento sustentável, sua sede está
estabelecida na Holanda, no entanto, possui
departamentos dispersos por todo o globo.

Hoje está presente em 41 países


Primavera Silenciosa(CARSON,Raquel-1962)
Rachel Carson foi escritora, bióloga e
responsável pela maior revolução ecológica nos
EUA, quando lançou o livro Primavera Silenciosa
em outubro de 1962.
Primavera Silenciosa(CARSON,Raquel-1962)
Apesar do título poético – uma referência ao silêncio dos
pássaros mortos pela contaminação dos agrotóxicos

Nunca um livro fez tanto barulho a favor do meio ambiente.

No primeiro capítulo, “Uma Fábula para o Amanhã”, a autora


descreve, liricamente, um lugar onde as árvores não davam
folhas, os animais morriam, os rios contaminados não tinham
peixes e, principalmente, os pássaros que cantavam na
primavera haviam sumido.
Estocolmo - 72
Foi nesse contexto de
alerta para a devastação
ambiental causada pelo uso
de agrotóxicos, juntamente
com outras questões
ambientais, que a
Organização das Nações
Unidas convocou a primeira
conferência mundial para o
meio ambiente:

Estocolmo – 72 - primeira
Conferência internacional
para o Desenvolvimento do
Meio Ambiente Humano.
Estocolmo - 72
Em 1968, a Assembléia Geral da Organização das
Nações Unidas (ONU) convocou uma Conferência
Internacional sobre o Meio Ambiente Humano,
realizada quatro anos depois, em Estocolmo, na
Suécia.
Relatório – “Os limites do crescimento”- do
Massachusetts Institute of Technology (MIT) no
centro do projeto Clube de Roma - enfatizou que a
produção industrial e a exploração dos recursos
naturais precisavam ser revistas e até estagnadas.
O ponto principal da proposta foi a defesa do
crescimento zero, o que impossibilitava o
desenvolvimento dos países mais pobres
Estocolmo - 72
. Em vista disso, as discussões na Estocolmo
72 não conduziram a um consenso, pois
enquanto os países ricos defendiam o
crescimento zero, os países pobres
defendiam o crescimento a qualquer custo.
A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento (CMMAD)
A Estocolmo 72, apesar do impasse nas negociações
mostrou os seguintes resultados:
1 Desencadeou outras conferências, relatórios e tratados
ambientais;

2 Criou o Programa das Nações Unidas para o Meio


Ambiente – PNUMA;

3 Incentivou a criação de ministérios ou órgãos ambientais


em muitos países e de ONGs;
A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento (CMMAD)

A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o


Desenvolvimento (CMMAD), criada pela Conferência
de Estocolmo 72, elaborou o Relatório Nosso Futuro
Comum (Relatório Brundtland), em 1987, em que foi
cunhado o conceito de desenvolvimento sustentável:
Desenvolvimento Sustentável
“ as ações presentes não devem
comprometer a capacidade das
gerações futuras em satisfazer suas
necessidades, com base em que o valor
total dos bens disponíveis, tanto os
produzidos pelo homem como aqueles
encontrados na natureza devem
permanecer constantes de uma geração
para outra”.
O relatório enfatiza ainda que:

“ a pobreza é evitável, devendo haver, para


tanto, um desenvolvimento sustentável
capaz de atender as necessidades básicas e
de oferecer a oportunidade uma vida
melhor para as pessoas”.
CONFERÊNCIA DE NAIROBI 1982

Presidida pela primeira-ministra da Noruega Gro


Harlem Brundtlandno ano de 1982, esta
Conferência nasce de “uma certa frustração pelos
resultados obtidos desde a Conferência de
Estocolmo”.

“Diante deste quadro negativo, foi constituído um


grupo de trabalho – a Comissão Mundial sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento” .
CONFERÊNCIA DE NAIROBI 1982

Essa Comissão “era constituída por dez membros de


países desenvolvidos, dez membros de países em
desenvolvimento, além de um presidente e de um
vice- presidente” e “tinha como objetivo avaliar a
questão ambiental em sua interface com o
desenvolvimento, propondo um plano de ação em nível
mundial”.

A Comissão Brundtland, como ficou conhecida, gerou um


relatório, o qual foi minuciosamente confeccionado e
publicado em 1987 pelas Nações Unidas sob o título Our
Common Future
(Nosso Futuro Comum).
No Relatório – Nosso Futuro Comum - foi
definido pela primeira vez o „desenvolvimento
sustentável‟ sendo como o desenvolvimento
que atende as necessidades das gerações
atuais sem comprometer a capacidade das
futuras gerações de terem suas próprias
necessidades atendidas
CONFERÊNCIA DE NAIROBI 1982

Teve como objetivo avaliar o


desenvolvimento de programas ambientais
e estabelecer prioridades para a
conservação ambiental tais como a criação
de unidades de conservação e recuperação de
áreas degradadas.
Conferência Internacional
Rio 92
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, realizada em junho de 1992 no Rio de
Janeiro, marcou a forma como a humanidade encara sua
relação com o planeta.

Foi naquele momento que a comunidade política


internacional admitiu claramente que era preciso conciliar o
desenvolvimento socioeconômico com a utilização dos
recursos da natureza.
Rio 92 – Cúpula da Terra
Convocada em 1989 e realizada após a
queda do muro de Berlim e o fim da União
Soviética, a Conferência Rio 92 ou também
chamada de Cúpula da Terra propiciou uma
oportunidade para que aflorassem as
disparidades Norte ‐ Sul, uma vez enfraquecida
sobremaneira a bipolaridade Leste ‐ Oeste.
Rio

92
Rio 92 – destaques nas negociações:

1 a adoção de duas convenções multilaterais – Convenção ‐ Quadro


das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e Convenção sobre a
Diversidade Biológica.

2 Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, com


destaque para a incorporação do conceito de desenvolvimento
sustentável, definido no Relatório Brundtland de 1987.

3 Agenda 21.

4 Declaração de Princípios sobre Florestas.


Rio + 10 – Johanesburgo 2002
A Rio+10, Rio Mais 10 ou Cúpula Mundial sobre o
Desenvolvimento Sustentável, foi um evento organizado pela
Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir sobre as
questões ambientais.

A Conferência aconteceu em Joanesburgo, na África do Sul,


entre os dias 26 de agosto a 4 de setembro de 2002.

O evento ficou mais conhecido por Rio+10 porque aconteceu 10


anos após a Rio-92.
Rio + 10 – Johanesburgo 2002
Objetivos
1.Avaliar o progresso dos acordos estabelecidos na Rio-92, a
partir da Agenda 21.
2.A intenção era discutir o que havia sido realizado até o
momento e renovar os compromissos firmado entre os países.
3.No caso, tratava-se de um encontro para avaliar os avanços e
traçar meios de alcançar os objetivos definidos na Rio-92.
4.A Rio+10 destacou-se também por incluir em suas discussões
os aspectos sociais e a qualidade de vida das pessoas.

Os outros temas discutidos foram: erradicação da pobreza, uso


da água, manejo dos recursos naturais e desenvolvimento
sustentável.
Rio + 10 – Johanesburgo 2002
Os resultados da Rio + 10 incluem:

1.Metas para a erradicação da pobreza,


2.acesso à água e saneamento,
3.ACESSO à saúde,
4.eliminação produtos químicos perigosos,
5.preservação da pesca, da biodiversidade e
energias renováveis ( a responsabilidade das
empresas nas emissões de gases do efeito estufa).
Rio + 10 – Johanesburgo 2002

A Conferência Rio + 10 não chegou a


resultados positivos, pois ocorreu em
momento de acelerada globalização e
depois do
Atentado ao World Trade Center, WTC
(EUA).
Rio + 10
A globalização não segue os preceitos do desenvolvimento
sustentável - adota o modelo de capitalismo selvagem.

Não apresenta, de fato, preocupações com o desenvolvimento


sustentável em seus três aspectos: viabilidade econômica,
justiça social e sustentabilidade ambiental.
Rio + 10
Os atentados de 11 de setembro de 2001
provocaram uma mudança radical das prioridades da
agenda política internacional que não favorecia o
debate sobre o desenvolvimento sustentável.

Desse modo, em função do novo contexto


geopolítico, a Conferência de Johanesburgo era
vista pelos EUA como uma distração, uma perda
de tempo diante de tantas questões urgentes na
agenda internacional
Rio + 20 (Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável)
Dois temas da Conferência:

1 a economia verde no contexto do desenvolvimento


sustentável e da erradicação da pobreza

2 o quadro institucional para o desenvolvimento


sustentável.

 A meta primordial da Rio+20 era estimular a ação sobre


desenvolvimento sustentável.
Rio + 20 - desafios
Dois terços dos serviços que a natureza oferece para a humanidade
estão em declínio, assim como a maioria dos habitats, e o ritmo de
espécies em extinção parece estar acelerando.

As emissões globais anuais de dióxido de carbono de combustíveis


cresceram 38% entre 1990 e 2009, com aumento maior após o ano 2000.

20% da população mundial - sem acesso a eletricidade .


Rio + 20 - desafios
• 85% de todas as espécies de peixes estão sobre - exploradas,
esgotadas, em recuperação ou plenamente exploradas.

• Globalmente, a pobreza ainda mantém 57 milhões de crianças


fora da escola primária e cerca de 20% dos adultos – 793
milhões, dos quais 1/3 mulheres – carecem de habilidades
básicas de alfabetização.

• O mundo ainda está perdendo cobertura florestal em uma taxa


alarmante, cerca de 5,2 milhões de hectares de perda líquida
por ano, apesar de a taxa de desmatamento mostrar agora
sinais de redução.
Rio + 20 - resultados
A Iniciativa Economia Verde do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA),
lançada em 2008, concebe a Economia Verde
como aquela que resulta em melhoria do bem-
estar humano e da igualdade social, ao mesmo
tempo em que reduz significativamente os riscos
ambientais e a escassez ecológica.
Economia Verde

• Ela tem três características preponderantes:

• é pouco intensiva em carbono,

• eficiente no uso de recursos naturais

• e socialmente inclusiva.
Rio + 20 - resultados

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável


(ODS): Reconhecendo o extraordinário sucesso
dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODM) para promover ações de
desenvolvimento humano e combate à pobreza.
Rio + 20 - resultados
Tecnologia: O documento final da Rio+20 pede o
fortalecimento da colaboração em pesquisa
internacional sobre tecnologias ou transferência de
tecnologia sustentável.

Medir o crescimento sustentável: as medidas


atuais, como o Produto Interno Bruto [PIB], não
refletem o progresso nas dimensões social e
ambiental do desenvolvimento sustentável – incluir o
custo ambiental e social nestas medidas econômicas.
Rio + 20 - resultados
Relatórios de sustentabilidade empresarial.
Energia sustentável para todos – países
desenvolvidos, em desenvolvimento e de menor
desenvolvimento - três objetivos da iniciativa –
assegurar acesso a energia, dobrar a eficiência
energética e dobrar o compartilhamento de
energia renovável – tudo até 2030.
Rio + 20 - resultados
Transporte sustentável: a iniciativa de Transporte
Sustentável de Baixo Carbono.

Empresas: Mais de 200 compromissos para o


desenvolvimento sustentável feitos por empresas foram
anunciados na conclusão do
Fórum de Sustentabilidade Corporativa

Oceanos: O Banco Mundial anunciou que mais de 80


países, grupos da sociedade civil, companhias privadas
e organizações internacionais declararam apoio à nova
Parceria Global pelos Oceanos.
Rio + 20 - resultados
Desenvolvimento sustentável e educação: 260 grandes
escolas econômicas e universidades de todo o mundo
aprovaram uma
Declaração para Instituições de Ensino Superior,
comprometendo-se a incorporar questões de sustentabilidade
no ensino, pesquisa e em suas próprias gestões e atividades
organizacionais.

Segurança alimentar e agricultura sustentável


O Secretário-Geral da ONU lançou o ‘Desafio Fome Zero’ na
Rio+20, apelando a todas as nações para que sejam
corajosamente ambiciosas ao trabalharem por um futuro onde
todas as pessoas desfrutem do direito a alimentação e todos os
sistemas alimentares sejam resilientes.
Rio + 20 - resultados
Sustentabilidade e ciência: Uma nova plataforma
de dez anos para coordenar a pesquisa científica
para sustentabilidade global, chamada de “Terra do
Futuro”, foi apresentada na Rio+20 para oferecer
alertas prévios sobre riscos ambientais e encontrar
as melhores soluções científicas para os problemas
transdisciplinares de satisfazer as necessidades
humanas de comida, água, energia e saúde.
Conferências das partes sobre a Convenção
da Diversidade Biológica.

COP - Conferência das Partes


CDB - Convenção sobre Diversidade Biológica
A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo decisório
no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB -
instituída durante a Rio 92 para criar um fórum internacional
com o objetivo de estabelecer medidas para a conservação da
diversidade biológica, a utilização sustentável de seus
componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios
derivados da utilização dos recursos genéticos.
Conferências das partes sobre a Convenção
da Diversidade Biológica.
COP – 10: Protocolo de Nagoya – acordos sobre as metas de
Aichi, que incluem:
a conscientização sobre a diversidade biológica,
invasão de espécies estrangeiras,
perda de habitat,
uso sustentável da pesca, dos ecossistemas e da
agricultura,
acesso das populações indígenas e das comunidades locais
aos recursos naturais e a sua participação nos benefícios.
COP – 11 da CDB
Em outubro de 2012 foi realizada em Hyderabad na
Índia a 11ª COP da CDB, cuja preocupação central é
a de arrecadar os recursos necessários para cumprir
as 20 Metas de Aichi até o prazo final, em 2020.
Os países emergentes ficaram de fora das
obrigações financeiras, mas o texto final da COP – 11
encorajou que todos, pobres e ricos, aumentem seus
investimentos para conter a perda de biodiversidade -
principal objetivo das chamadas metas de Aichi.
Hotspot da biodiversidade
Hotspot é toda área prioritária para conservação, isto é,
de alta biodiversidade e ameaçada no mais alto grau. É
considerada Hotspot uma área com pelo menos 1.500
espécies endêmicas de plantas e que tenha perdido mais
de 3/4 de sua vegetação original.

Em fev/2005: A Conservação Internacional identificou 34


regiões, hábitat de 75% dos mamíferos, aves e anfíbios
mais ameaçados do planeta.
Convenção Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima.
Foi criada na Rio-92 - objetivo: estabilizar as concentrações de
GEE (Gênese do Efeito Estufa). Entrou em vigor em 1994.

Seu braço executivo é a Conferência das Partes – COP – reuniões


anuais.

Princípios: “responsabilidades comuns, mas diferenciadas” e


esforço na adoção global do desenvolvimento sustentável.
Princípios legais para proteção
ambiental e desenvolvimento
sustentável
A Constituição Federal de 1988 e o Meio
Ambiente

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo
para as presentes e futuras gerações.
Ecologicamente equilibrado:

O equilíbrio ecológico não significa


permanente inalterabilidade das condições
naturais, mas a harmonia entre os
diferentes elementos que compõem a
ecologia.
Bem de uso comum do povo - A administração figura, não
como proprietária dos bens ambientais, mas como gestor que
administra bens que não são dele, mas de todos, devendo
prestar contas de sua gestão.

Sadia qualidade de vida - A saúde dos seres humanos não


existe somente numa contraposição a não ter doenças
diagnosticadas no presente.

Mas
Leva-se em conta o estado dos elementos da Natureza –
águas, solo, ar, flora, fauna e paisagem

– para avaliar se esses elementos estão em estado de


sanidade e se de seu uso advém saúde ou doenças e
incômodos para os seres humanos.
Princípios do Direito Ambiental

Princípio do direito ao meio ambiente ecologicamente


equilibrado

“(...) O Direito Ambiental realiza-se somente numa


sociedade equilibrada ecologicamente. Cada ser humano só fruirá
plenamente de um estado de bem-estar se lhe for assegurado o
direito fundamental de viver num meio ambiente ecologicamente
equilibrado.”

Relembrando: O equilíbrio ecológico não significa


permanente inalterabilidade das condições naturais, mas a
harmonia entre os diferentes elementos que compõem a ecologia.
Princípio da sustentabilidade

Trata-se da combinação de diversos elementos:

1.a integração da proteção ambiental e o desenvolvimento


econômico (princípio da integração);

2.a necessidade de preservar os recursos naturais para o


benefício das gerações futuras (equidade intergeracional);

3. o objetivo de explorar os recursos naturais de forma


sustentável (uso sustentável) e,

4.o uso equitativo dos recursos (equidade intergeracional).”


Princípio do acesso equitativo aos recursos
naturais

“Os bens que integram o meio ambiente planetário,


como agua, ar e solo, devem satisfazer as
necessidades comuns de todos os habitantes da Terra.

A Constituição Federal classifica o Meio ambiente


como um bem de uso comum do povo, de modo que
todos devem ter respeitado seu direito de acesso aos
elementos naturais a sua sadia qualidade de vida.
Princípio usuário-pagador

“O uso dos recursos naturais pode ser gratuito,


como pode ser pago.

A raridade do recurso, o uso poluidor e a necessidade


de prevenir catástrofes, entre outras coisas, podem
levar à cobrança do uso dos recursos naturais

O princípio do usuário pagador significa que o


utilizador do recurso deve suportar o conjunto dos
custos destinados a tornar possível a sua utilização e
os custos advindos desta, de forma que estes custos
não sejam suportados pelos Poderes Públicos e pela
sociedade de maneira geral.
Princípio da reparação

“No direito ambiental brasileiro adotou-se a


responsabilidade objetiva, ou seja,
independentemente de culpa, tendo a
Constituição Federal considerado
imprescindível a obrigação de reparação dos
danos causados ao meio ambiente.”
Princípio da informação

“A informação serve para o processo de educação de


cada pessoa e da comunidade.

Mas a informação visa, também, a dar chance à


pessoa informada de tomar posição ou pronunciar-se
sobre a matéria informada

Princípio da participação

A opinião das cidadãs e dos cidadãos deve ser levada


em conta.
Mecanismo de participação pelo acesso ao Poder
Judiciário: Ação Popular
Princípio da obrigatoriedade da intervenção
do Poder Público

O Poder Público passa a figurar não como proprietário


dos bens ambientais, mas como um gestor, que
administra bens que não são dele e, por isso, deve
explicar convincentemente sua gestão.

A aceitação dessa concepção jurídica vai conduzir o


Poder Público a ter que prestar contas sobre a
utilização de bens de uso comum do povo.
Princípio da precaução

“O princípio da precaução consiste em


dizer que não somente somos
responsáveis sobre o que nós sabemos,
sobre o que nós deveríamos ter sabido,
mas, também, sobre o de que nós
deveríamos duvidar”
Princípio da prevenção

Raiz latina: prevenir; que significa:


agir antecipadamente. Contudo,
para que haja ação é preciso que se
forme o conhecimento do que
prevenir. “Para prevenir é preciso
predizer
MARCOS REFERENCIAIS DO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DOCUMENTOS

Relatório do Clube de Roma:


Limites do Crescimento (1968)
Declaração de Estocolmo (1972)
Relatório Bruntland: Nosso Futuro
Comum (Noruega, 1986)
Declaração do Rio (1992)
Agenda 21 (1992).
68
A AGENDA 21?
É um programa de ação traduzido num
documento de 40 capítulos.

Constitui a mais ousada e abrangente


tentativa de promover, em escala planetária,
um novo padrão de desenvolvimento,
conciliando métodos de proteção ambiental,
justiça social e eficiência econômica.

69
COMO ESTÁ ESTRUTURADA?
Seções:

I. Dimensões sociais e econômicas

Conservação e gestão dos


II.
recursos para o desenvolvimento

III. Fortalecimento do papel dos


principais grupos sociais

IV. Meios de implementação.


70
CAPÍTULOS DA SEÇÃO I
)

Preâmbulo
Cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável
dos países em desenvolvimento e políticas internas correlatas
Combate à pobreza
Mudança dos padrões de consumo
Dinâmica demográfica e sustentabilidade
Proteção e promoção das condições da saúde humana
Promoção do Desenvolvimento Sustentável dos assentamentos
humanos
Integração entre meio ambiente e desenvolvimento na tomada de
decisões.

71
CAPÍTULOS DA SEÇÃO II
CONSERVAÇÃO E GESTÃO DOS RECURSOS PARA O DESENVOLVIMENTO)
 Proteção da atmosfera
 Abordagem integrada do planejamento e do gerenciamento dos recursos
terrestres
 Combate ao desflorestamento
 Manejo de ecossistemas frágeis: a luta contra a desertificação e a seca
 Gerenciamento de ecossistemas frágeis: Desenvolvimento Sustentável das
montanhas
 Promoção do desenvolvimento rural e agrícola sustentável
 Conservação da Diversidade Biológica
 Manejo ambientalmente saudável da biotecnologia
 Proteção de oceanos, de todos os tipos de mares - inclusive mares fechados
e semifechados - e das zonas costeiras e proteção. Uso racional e
desenvolvimento de seus recursos vivos
 Proteção da qualidade e do abastecimento dos recursos hídricos: aplicação
de critérios integrados no desenvolvimento, manejo e uso dos recursos
hídricos
 Manejo ecologicamente saudável das substâncias químicas tóxicas, incluída
a prevenção do tráfico internacional ilegal dos produtos tóxicos e perigosos
 Manejo ambientalmente saudável dos resíduos perigosos, incluindo a
prevenção do tráfico internacional ilícito de resíduos perigosos
 Manejo ambientalmente saudável dos resíduos sólidos e questões
relacionadas com esgotos
 Manejo seguro e ambientalmente saudável dos resíduos radioativos.
72
CAPÍTULOS DA SEÇÃO III
FORTALECIMENTO DO PAPEL DOS PRINCIPAIS GRUPOS SOCIAIS (10)
Preâmbulo
Ação mundial pela mulher, com vistas a um
desenvolvimento sustentável eqüitativo
A infância e a juventude no desenvolvimento
sustentável
Reconhecimento e fortalecimento do papel das
populações indígenas e suas comunidades
Fortalecimento do papel das Organizações Não-
Governamentais: parceiros para um Desenvolvimento
Sustentável
Iniciativas das autoridades locais em apoio à Agenda
21
Fortalecimento do papel dos trabalhadores e de seus
sindicatos
Fortalecimento do papel do comércio e da indústria
A comunidade científica e tecnológica
Fortalecimento do papel dos agricultores.

73
CAPÍTULOS DA SEÇÃO IV
MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO (8)

Recursos e mecanismos de financiamento


Transferência de tecnologia ambientalmente
saudável, cooperação e fortalecimento institucional
A ciência para o Desenvolvimento Sustentável
Promoção do ensino, conscientização e
treinamento
Mecanismos nacionais e cooperação internacional
para fortalecimento institucional nos países em
desenvolvimento
Arranjos institucionais internacionais
Instrumentos e mecanismos jurídicos
internacionais
Informação para a tomada de decisões.
74
QUAIS OS CONCEITOS-CHAVE DA
AGENDA 21 GLOBAL?
Cooperação e parceria

Educação e desenvolvimento individual

Eqüidade e fortalecimento dos grupos socialmente


vulneráveis
Planejamento
Desenvolvimento da capacidade institucional
Informação.

75
INFORMAÇÃO
A Agenda 21 chama a atenção para a
necessidade de tornar disponíveis bases de
dados e informações para subsidiar a tomada
de decisão, o cálculo e a monitoração dos
impactos das atividades humanas no meio
ambiente.

A reunião de dados dispersos e setorialmente


produzidos é fundamental para possibilitar a
avaliação das informações geradas, sobretudo
nos países em desenvolvimento.

76
AGENDA 21 DO BRASIL
 O Brasil assumiu o compromisso de elaborar e
implementar a sua própria Agenda 21.

 Tem por objetivo instituir um modelo de


desenvolvimento sustentável a partir da avaliação
das potencialidades e vulnerabilidades de nosso país,
com estratégias e linhas de ação cooperadas ou
partilhadas entre a sociedade civil e o setor público.

 Tal Agenda pretende contribuir para a construção


e implementação de um novo paradigma de
desenvolvimento para o país.

77
ELABORAÇÃO DA AGENDA
BRASILEIRA

Criação, em fevereiro de 1997, da Comissão de


Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da
Agenda 21 Brasileira.

Tem como finalidade propor estratégias de


desenvolvimento sustentável e coordenar a
elaboração e a implementação da Agenda 21
Brasileira.

78
AGENDA 21 LOCAL
A Agenda 21 pode ser elaborada para o país como um
todo, para regiões específicas, estados e municípios.

Não há fórmula pré-determinada para a construção de


Agendas.

Não há vinculação ou subordinação entre a Agenda


21, em fase de organização para o país, e as iniciativas
de Agendas 21 Locais.

79
ESTUDO DE CASO
Aplicar a lei ou as leis cabíveis em cada caso.

1 A monocultura do eucalipto pode causar ressecamento do solo e


erosão, pois no Brasil o eucalipto não cresce naturalmente e, plantado em larga
escala, forma florestas homogêneas que garantem a viabilidade econômica.
Após sete anos, as florestas são cortadas e o solo, já empobrecido, fica
completamente exposto, sem cobertura vegetal.

2 As queimadas é uma prática comum no meio rural brasileiro.


Acompanham praticamente todas as fases produtivas, do plantio, o fogo
extermina centenas de espécies animais e vegetais, que nem si quer são ainda
conhecidas pela Ciência e, quando não mata, expulsa para os povoados e
cidades mais próximas, os animais que conseguiram sobreviver às chamas;
alguns perigosos outros essenciais para a sobrevivência do próprio povoado.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
ESTUDO DE CASO

Obs: Cada aluno aplica a lei ou as leis cabíveis em cada caso.

1Poluição com agrotóxicos como resultados da modernização do campo e da


introdução de novas técnicas agrícolas.

2 Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente,


mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção,
bem como Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente,
sem permissão da autoridade competente.

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