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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Impacto da Guerra Civil dos (16 Anos) nas Áreas Protegidas em


Moçambique

Zita Abdul Leite - 708193157

Curso: Gestão Ambiental


Disciplina: Gestão de Áreas
Protegidas
Ano de Frequência: 4o Ano

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Quelimane, Janeiro, 2022

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Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria:
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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................4

2. Objectivos.................................................................................................................................4

2.1. Geral:.....................................................................................................................................4

2.2. Específicos:............................................................................................................................4

3. Metodologia..............................................................................................................................4

4. Impacto da Guerra Civil dos (16 Anos) nas Áreas Protegidas em Moçambique.....................5

4.1. Áreas Protegidas: Conceito...................................................................................................5

4.2. Objectivos das áreas protegidas.............................................................................................6

5. Áreas Protegidas em Moçambique...........................................................................................6

6. Impactos da Guerra civil moçambicana nas Áreas Protegidas.................................................7

7. Conclusão.................................................................................................................................9

8. Bibliografia.............................................................................................................................10

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1. Introdução

O presente trabalho que tem como tema: Impacto da Guerra Civil dos (16 Anos) nas Áreas
Protegidas em Moçambique. Áreas protegidas são pilares nacionais e internacionais de
praticamente todas as estratégias de conservação, reservado para manter o funcionamento do
ecossistema naturais, para actuar como refúgio para as espécies e para manter processos
ecológicos que não consegue sobrevier em mais intensamente amplo espectro paisagístico e
marinho.

O período que marcou de forma trágica o destino da vida selvagem foi a guerra civil entre as
forças governamentais da FRELIMO e o movimento rebelde RENAMO. De 1976 a 1992, este
conflito destruiu grande parte das infra-estruturas existentes em Parque Nacionais e Reservas,
aniquilou boa parte dos animais selvagens existentes tanto fora como dentro das AP e impediu
que as autoridades de Maputo, ou quaisquer outras, tivessem controlo no terreno. Assim sendo,
tem como:

2. Objectivos

2.1. Geral:

 Compreender o impacto da Guerra Civil dos (16 Anos) nas Áreas Protegidas em
Moçambique.

2.2. Específicos:

 Descrever Áreas Protegidas em Moçambique;


 Identificar os objectivos das Áreas Protegidas;
 Explicar o impacto da Guerra Civil nas Áreas Protegidas em Moçambique.

3. Metodologia

Para a realização do presente trabalho, foi graças a alguns artigos, teses e como de algumas fontes
bibliográficas, que consistiu na análise e a retirada dos pressupostos básicos que fazem menção
ao trabalho em destaque.

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4. Impacto da Guerra Civil dos (16 Anos) nas Áreas Protegidas em Moçambique

4.1. Áreas Protegidas: Conceito

De acordo com (2004) e Hatton (2001: 11), Área protegida é um espaço geográfico claramente
definido, reconhecido, dedicado e gerido, através de meios legais ou outros igualmente eficientes,
com o fim de obter a conservação ao longo do tempo da natureza com os serviços associados ao
ecossistema e os valores culturais.

As áreas protegidas funcionam como um ponto de referência onde ocorre uma interacção humana
com o mundo natural. Hoje elas são muitas vezes a única esperança para conter as espécies
ameaçadas ou endémicas e em vias de extinção. Elas são complementares às medidas para
alcançara a conservação da biodiversidade e o uso sustentável fora das áreas protegidas, de
acordo com as directrizes da Convenção da Diversidade Biológica.

Áreas protegidas são essenciais para a conservação da biodiversidade. Elas são pilares nacionais
e internacionais de praticamente todas as estratégias de conservação, reservado para manter o
funcionamento do ecossistema naturais, para actuar como refúgio para as espécies e para manter
processos ecológicos que não consegue sobrevier em mais intensamente amplo espectro
paisagístico e marinho.

Para Soto (2009) O termo “área protegida” é, portanto, muitas vezes um atalho de denominações
de terra e água, dos quais alguns dos mais conhecidos são parques nacionais, reservas naturais,
áreas de flora e fauna selvagem, áreas de gestão da vida selvagem e da área protegida da
paisagem, mas podem também incluir abordagens como áreas comunitárias conservadas. Mais
importante ainda, o termo abrange uma vasta gama de diferentes abordagens de gestão, a partir de
lugares altamente protegidos onde poucas ou nenhumas pessoas têm permissão para entrar,
através de parques onde a ênfase está na conservação, mas os visitantes são bem-vindos, a
abordagens muito menos restritivas onde a conservação é integrada para estilos de vida humana
tradicional (e às vezes não tão tradicional) ou mesmo acontece paralelamente extracção de
recursos sustentável limitado.

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4.2. Objectivos das áreas protegidas

Segundo IUCN (1994), áreas protegidas servem para os seguintes objectivos: Pesquisas
científicas, Protecção da fauna e flora selvagem, Preservação de espécies e diversidade genética,
Manutenção de serviços ambientais, Protecção de características naturais e culturas específicas,
Turismo e recreação, Educação, Usos sustentáveis de recursos de ecossistemas naturais,
Manutenção d cultura e atributos tradicionais.

5. Áreas Protegidas em Moçambique

Segundo Matos (2011), Moçambique tem uma rede de áreas protegidas cuja cobertura estende-se
em toda ecoregião e biomas que asseguram a sua integridade como uma porção representativa da
herança natural do país. A rede principal das áreas protegidas, isto é, os parques e reservas
Nacionais cobrem 12.6 % da superfície total do país, mas essa cobertura aumenta para,
aproximadamente, 15% quando se incluem as coutadas.

Segundo GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2003), Moçambique possui uma notável rede de


áreas protegidas, é constituída por 6 (seis) parques nacionais, 5 (cinco) reserva de nacionais, 14
reservas florestais e 12 coutadas de caça, cobrindo uma área total de cerca de 128.749 km² o
equivalente a 16 % do território nacional.

A despeito da extensão das áreas de conservação, só uma pequena parte da diversidade de


habitats e ecossistemas que o país possui se encontra representado nestas áreas. São exemplos, os
habitats e ecossistemas montanhosos, aquáticos e marinhos que apesar de extensos e
diversificados, encontram-se mal representados na actual rede de áreas de conservação. Este fato
é em parte justificado pela proclamação no período colonial de grande parte das áreas de
conservação existentes no país mais em função de objectivo económicos do que ecológicos.

Segundo GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2003), recentemente criado Ministério do Turismo,


através da sua Direcção Nacional de Áreas de Conservação (DNAC) é a instituição
governamental responsável pela administração e gestão de áreas protegidas ligadas à fauna,
enquanto que o Ministério da Agricultura, através da Direcção Nacional de Florestas e Fauna
Bravia (DNFFB) é responsável pela gestão das reservas florestais.

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Segundo a mesma fonte, para melhorar a gestão das áreas protegidas em Moçambique foi criada
uma rede nacional de sistema unificada das áreas de conservação e passa ser administrada
directamente por uma nova agência pública que será designada de Administração Nacional das
Áreas de Conservação (ANAC) que subentende ao Ministério responsável pelas áreas de
conservação.

6. Impactos da Guerra civil moçambicana nas Áreas Protegidas

De acordo com Hatton et al. (2001: 14), o período que marcou de forma trágica o destino da vida
selvagem foi a guerra civil entre as forças governamentais da FRELIMO e o movimento rebelde
RENAMO. De 1976 a 1992, este conflito destruiu grande parte das infra-estruturas existentes em
Parque Nacionais e Reservas, aniquilou boa parte dos animais selvagens existentes tanto fora
como dentro das AP e impediu que as autoridades de Maputo, ou quaisquer outras, tivessem
controlo no terreno. A vida selvagem moçambicana foi virtualmente eliminada durante a guerra
civil e quando o conflito cessou pouco restava. A guerra civil levou a que toda a estrutura da
fauna bravia fosse afectada, com excepções para zonas remotas como a província do Niassa
(ainda hoje existem populações em grande número nesta província do norte do país) e regiões
insulares, como é o caso do arquipélago do Bazaruto, entre outros.

Na visão de Cumming, (2004) e Hatton (2001: 11), na maioria do território moçambicano, a vida
selvagem pura e simplesmente desapareceu, com maior destaque para a megafauna que já não
pontuava zonas do interior ou mesmo fora das Áreas de Preservação. Esta matança em grande
escala foi feita não só por populações que precisavam deste recurso para a sua sobrevivência, mas
também das tropas dos dois lados do conflito. Nas zonas em que estas estiveram baseadas, tanto
elementos pertencentes à FRELIMO como à RENAMO, dizimaram enormes quantidades de
animais bravios, como foi o caso do Parque Nacional da Gorongosa.

De acordo Soto (2009) a percepção da vida selvagem durante a guerra civil é que esta era um
recurso disponível, pelo que foi quase totalmente eliminada tanto pelas autoridades
moçambicanas como pela oposição e de forma livre pelas populações que, perante a ausência de
alternativas, recorria a esta forma de subsistência. Contudo, a utilização da vida selvagem não se
ficava apenas pela obtenção de carne. Muitos elefantes e rinocerontes foram mortos para a

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obtenção do precioso marfim, um recurso importante para o financiamento do esforço de guerra
feito pelas duas partes em conflito.

Ainda durante o conflito, as autoridades moçambicanas levaram a cabo operações oficias de


abate de animais selvagens com o objectivo de adquirir carne para alimentação. Apesar do abate
de cerca de 30,000 animais na área de Marromeu, em 1985, as populações de búfalos e outros
herbívoros continuavam ainda fortes neste período. Contudo, no final da guerra civil, 95 por
cento de espécies como o búfalo, a redunca, o namedouro, o hipopótamo e a zebra, outrora
abundantes naquela região, tinham desaparecido. Espécies como o rinoceronte, a chita e a girafa
foram dados como localmente extintos em todo o país quando o conflito cessou. Em contraste
com este cenário de desolação completa, devido ao abandono de quintas e campos cultivados,
várias extensões de território foram reconquistadas pela floresta ou pela savana, devido ao
abandono de campos anteriormente utilizados para a agricultura (Idem, Ibidem).

Previamente ao conflito, Moçambique era amplamente reconhecido por possuir uma enorme
riqueza de fauna bravia, mas quando o Acordo de Roma entre a FRELIMO e a RENAMO
reestabeleceu a paz, as inúmeras Áreas de Protecção do país estavam agora vazias. Apesar dos
altos níveis de destruição, as autoridades moçambicanas cedo reconheceram o potencial
económico que a fauna e flora bravias poderiam ter para o esforço de reconstrução do país. Tal
como a vida selvagem moçambicana, também as infra-estruturas existentes nas Áreas Protegidas
à data da independência, foram total ou parcialmente destruídas. Esta destruição chegou a níveis
muito significativos em zonas que foram utilizadas como bases militares, como aconteceu na
Gorongosa, onde a RENAMO centralizou grande parte da sua acção. (Soto, 2009: 89)

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7. Conclusão

Conclui-se que a áreas protegidas servem para os seguintes objectivos: Pesquisas científicas,
Protecção da fauna e flora selvagem, Preservação de espécies e diversidade genética, Manutenção
de serviços ambientais, Protecção de características naturais e culturas específicas, Turismo e
recreação, Educação, Usos sustentáveis de recursos de ecossistemas naturais, Manutenção d
cultura e atributos tradicionais.

Antes da guerra civil, Moçambique era amplamente reconhecido por possuir uma enorme riqueza
de fauna bravia, mas quando o Acordo de Roma entre a FRELIMO e a RENAMO reestabeleceu a
paz, as inúmeras Áreas de Protecção do país estavam agora vazias. Apesar dos altos níveis de
destruição, as autoridades moçambicanas cedo reconheceram o potencial económico que a fauna
e flora bravias poderiam ter para o esforço de reconstrução do país. Tal como a vida selvagem
moçambicana, também as infra-estruturas existentes nas Áreas Protegidas à data da
independência, foram total ou parcialmente destruídas. Esta destruição chegou a níveis muito
significativos em zonas que foram utilizadas como bases militares.

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8. Bibliografia

Hatton, J; Couto, Mia e Judy, O. (2001). Biodiversity and War: A Case Study of Mozambique,
Washington D.C. World Wildlife Fund.

MATOS, E. A. C DE. (2011) A nova abordagem de gestão de áreas de conservação e suas


implicações socioespaciais: caso de Chimanimane no centro de Moçambique. 2001. Dissertação
(Mestrado em Geografia) Instituto de Geociência – Programa de Pós-Graduação em Geografia,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: UFRGS/PPGEA.

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PESCAS. Direção


Nacional de Floresta e Fauna Bravia. Lei de Floresta e Fauna Bravia (Lei no 10/99 de 7 de
Julho). UMC/DNFFB: Maputo, 1999.

Soto, Bartolomeu (2009) Protected Areas in Mozambique In: Suich, Helen e Brian Child (2009)
Evolution & Innovation in Wildlife Conservation – Parks and Game Ranches to Transfrontier
Conservation Areas, Londres, Earthscan

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