Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE POLITECNICA – A POLITECNICA

Instituto Superior de Humanidades, Ciência e Tecnologias

Curso: Psicologia Clínica

Transtorno de Conduta Opositor Desafiante

Beatriz Aleixo Chico


Cláudio Issa Nacuada
Marcelina de Sousa Costa Rodrigues
Telma Jenó Király

Quelimane
2022
Beatriz Aleixo Chico
2

Cláudio Issa Nacuada


Marcelina de Sousa Costa Rodrigues
Telma Jenó Király

Transtorno de Conduta Opositor Desafiante

Trabalho de pesquisa apresentado ao Instituto Superior


de Humanidades Ciência e Tecnologias, como parte de
avaliação do primeiro teste da disciplina de
Psicopatologia da Criança e do Adolescente

Docente: Angelina Chapala

Quelimane
2022
3

Índice

1. Introdução...........................................................................................................................4
2. Objectivos...........................................................................................................................4
2.1. Objectivo Geral:...............................................................................................................4
2.2. Objectivos Específicos:....................................................................................................4
3. Metodologia........................................................................................................................4
4. Transtorno de Conduta Opositor Desafiante.......................................................................5
4.1 Etiologia e Causa do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante……………………..5
5. Critérios de Diagnósticos do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante........................6
6. Prevalência do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante..............................................7
7. Características do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante.........................................7
8. Desenvolvimento e Curso do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante.......................8
9. Factores de Risco e Prognóstico do Transtorno de Conduta Opositores Desafiantes........9
10. Diferença...........................................................................................................................9
11. Conclusão........................................................................................................................12
12. Bibliografia.....................................................................................................................13
4

1. Introdução

O presente trabalho visa debruçar a respeito de Transtorno de Conduta Opositor Desafiante.


O Transtorno Opositor Desafiador é entendido como um distúrbio de esfera psicossocial
que apresenta, nos sujeitos, um comportamento pautado de maneira sucinta pela
agressividade e pelos impulsos destruidor, verbal ou físico, tanto contra outras pessoas,
como em si próprio.

O Transtorno Opositor Desafiador ou Transtorno Desafiador de Oposição é um padrão de


comportamento chamado de disruptivos, forma de liberar impulsos agressivos, tipo de
comportamento que prejudica as pessoas com as quais se convive, criando conflitos não só
com as figuras que representam autoridade como também em relação às regras pré-
estabelecidas. Entretanto, este transtorno acaba prejudicando o próprio autor por toda a
rejeição que se cria em torno dele. Assim sendo, o presente trabalho, tem como:

2. Objectivos

2.1. Objectivo Geral:

 Compreender o transtorno de conduta opositor desafiante.

2.2. Objectivos Específicos:

 Identificar os critérios diagnósticos do transtorno de condutas opositores


desafiantes;
 Descrever as características do transtorno de condutas opositores desafiantes;
 Analisar o desenvolvimento e curso do transtorno de condutas opositores
desafiantes.

3. Metodologia

O trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica, análise de literaturas publicadas em forma


de livros, revistas, e informações disponibilizadas na Internet com o objectivo de esclarecer
alguns conceitos, de forma a ter uma visão mais ampla do tema.
5

4. Transtorno de Conduta Opositor Desafiante

4.1. Etiologia e Causa do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante

Para Dalgalarrondo, (2000), a etiologia do transtorno desafiador opositivo é desconhecida,


mas é provavelmente mais comum em crianças de famílias cujos adultos se envolvem em
conflitos estridentes, controvertidos e interpessoais.

As causas do transtorno desafiador opositivo são desconhecidas. É mais provável que ele
seja mais comum em crianças de famílias cujos adultos brigam em voz alta. Este
transtorno indica a presença de problemas subjacentes que podem exigir mais
investigação e tratamento.

Conforme a Rhema Educação, (SD), O transtorno opositor desafiador é entendido


como um distúrbio de esfera psicossocial que apresenta, nos sujeitos, um comportamento
pautado de maneira sucinta pela agressividade e pelos impulsos destruidor, verbal ou físico,
tanto contra outras pessoas, como em si próprio.

É um padrão de comportamento chamado de disruptivos, forma de liberar impulsos


agressivos, tipo de comportamento que prejudica as pessoas com as quais se convive,
criando conflitos não só com as figuras que representam autoridade como também em
relação às regras pré-estabelecidas. Entretanto, este transtorno acaba prejudicando o próprio
autor por toda a rejeição que se cria em torno dele.

De acordo com o DSM-V, (2014, p. 470), O transtorno de Conduta é um padrão de


comportamento repetitivo e persistente no qual são violados direitos básicos de outras
pessoas ou normas ou regras sociais relevantes e apropriadas para a idade, tal como
manifestado pela presença de ao mesmo três dos 15 critérios, nos últimos 12 meses, de
qualquer uma das categorias a seguir:

1) Agressão a pessoas e animais

2) Destruição de propriedade

3) Falsidade e furto
6

4) Violações graves de regras

5. Critérios de Diagnósticos do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante

De acordo com DSM-V, (2014, Pág. 462), os critérios diagnósticos são:

A. Um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou


índole vingativa com duração de pelo menos seis meses, como evidenciado por pelo menos
quatro sintomas de qualquer das categorias seguintes e exibido na interação com pelo
menos um indivíduo que não seja um irmão. Humor Raivoso/Irritável.

1. Com frequência perde a calma.

2. Com frequência é sensível ou facilmente incomodado.

3. Com frequência é raivoso e ressentido. Comportamento Questionador/Desafiante.

4. Frequentemente questiona figuras de autoridade ou, no caso de crianças e adolescentes,


adultos.

5. Frequentemente desafia acintosamente ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de


figuras de autoridade.

6. Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas.

7. Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento. índole Vingativa

8. Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses.

Nota: A persistência e a frequência desses comportamentos devem ser utilizadas para fazer
a distinção entre um comportamento dentro dos limites normais e um comportamento
sintomático.

B. A perturbação no comportamento está associada a sofrimento para o indivíduo ou para


os outros em seu contexto social imediato (p. ex., família, grupo de pares, colegas de
trabalho) ou causa impactos negativos no funcionamento social, educacional, profissional
ou outras áreas importantes da vida do indivíduo.
7

C. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno


psicótico, por uso de substância, depressivo ou bipolar. Além disso, os critérios para
transtorno disruptivo da desregulação do humor não são preenchidos.

6. Prevalência do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante

Para DSM-V, (2014, Pág. 464), a prevalência do transtorno de oposição desafiante


varia de 1 a 11%, com uma prevalência média estimada de 3,3%. A taxa do transtorno pode
variar de acordo com a idade e o género da criança. Aparentemente, é mais prevalente em
indivíduos do sexo masculino do que em indivíduos do sexo feminino (1,4:1) antes da
adolescência. Essa predominância do sexo masculino não é encontrada de forma
consistente em amostras de adolescentes ou de adultos.

Estimativas da prevalência do transtorno desafiador opositivo variam muito porque os


critérios diagnósticos são altamente subjetivos; a prevalência em crianças e adolescentes
pode chegar a 15%. Antes da puberdade o número de meninos afetados é maior do que o
das meninas, e após a puberdade esta diferença fica menor.

7. Características do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante

Segundo o DSM – IV, (2000), o transtorno opositor desafiante caracteriza-se como:

Perder a calma; discutir com adultos; negar-se a obedecer aos pedidos ou regras dos
adultos; fazer coisas que incomodem, gratuitamente, os outros; culpar os outros por seus
erros ou comportamentos inadequados; ser suscetível à irritação; ficar enraivecido e
ressentido; ser rancoroso e vingativo.

Para Dalgalarrondo, (2000, Pág. 12), o Transtorno Opositor Desafiador é caracterizado por
um padrão persistente de comportamento apositivo ou desafiador. Entre as principais
características estão:

 Dificuldades em aceitar regras e limites;


 Dificuldades em lidar com a frustração;
 Dificuldades em assumir responsabilidades por seus atos, ou seja, colocar a culpa, a
responsabilidade em terceiros.
8

A característica essencial do transtorno de oposição desafiante é um padrão freqüente e


persistente de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou de
índole vingativa. Não é raro indivíduos com transtorno de oposição desafiante apresentarem
características comportamentais do transtorno na ausência de problemas de humor
negativo. Entretanto, as pessoas com o transtorno que apresentam sintomas de humor
raivoso/irritável costumam também demonstrar características comportamentais.
Para Teixeira, (2014), pontua que o TOD também pode ser facilmente observado no
ambiente escolar mediante percepção dos relacionamentos das crianças com os colegas,
haja vista as características hostis que o transtorno provoca no comportamento. Além disso,
sendo um transtorno que impacta diretamente nas relações sociais em crianças em idade
pré-escolar, pode ser observado mediante a apresentação de um comportamento raivoso e
irritável, inclusive de índole vingativa.

8. Desenvolvimento e Curso do Transtorno de Conduta Opositor Desafiante

De acordo com DSM-V, (2014, Pág. 464), Geralmente, os primeiros sintomas do


transtorno de oposição desafiante surgem durante os anos de pré-escola e, raramente, mais
tarde, após o início da adolescência. Com frequência, o transtorno de oposição desafiante
precede o desenvolvimento do transtorno da conduta, sobretudo em indivíduos com
transtorno da conduta com início na infância. No entanto, muitas crianças e adolescentes
com transtorno de oposição desafiante não desenvolvem subsequentemente o transtorno da
conduta.
Para Dalgalarrondo, (2000), o transtorno de oposição desafiante também confere risco para
o desenvolvimento de transtornos de ansiedade e transtorno depressivo maior, mesmo na
ausência do transtorno da conduta. Os sintomas desafiantes, questionadores e vingativos
respondem pela maior parte do risco para transtorno da conduta, enquanto os sintomas de
humor raivoso/irritável respondem pela maior parte do risco para transtornos emocionais.
As manifestações do transtorno parecem ser consistentes ao longo do desenvolvimento.
Crianças e adolescentes com transtorno de oposição desafiante estão sob risco aumentado
para uma série de problemas de adaptação na idade adulta, incluindo comportamento
antissocial, problemas de controle de impulsos, abuso de substâncias, ansiedade e
depressão.
9

A frequência de muitos dos comportamentos associados ao transtorno de oposição


desafiante aumenta no período pré-escolar e na adolescência. Portanto, durante esses
períodos de desenvolvimento é especialmente importante que a frequência e a intensidade
desses comportamentos sejam avaliadas em relação aos níveis considerados normais antes
de decidir que se trata de sintomas do transtorno de oposição desafiante.

9. Factores de Risco e Prognóstico do Transtorno de Conduta Opositores Desafiantes

Conforme Teixeira, (2014), Temperamentais. Os factores temperamentais


relacionados a problemas de regulação emocional (p. ex., níveis elevados de reactividade
emocional, baixa tolerância a frustrações) são preditivos do transtorno.

 Ambientais. Práticas agressivas, inconsistentes ou negligentes de criação dos filhos


são comuns em famílias de crianças e adolescentes com transtorno de oposição
desafiante, sendo que essas práticas parentais desempenham papel importante em
muitas teorias causais do transtorno.
 Genéticos e fisiológicos. Uma série de marcadores neurobiológicos (p. ex., menor
reatividade da frequência cardíaca e da condutância da pele; reatividade do cortisol
basal reduzida; anormalidades no córtex pré-frontal e na amígdala) foi associada ao
transtorno de oposição desafiante.

Entretanto, a vasta maioria dos estudos não separou crianças com o transtorno de oposição
desafiante daquelas com transtorno da conduta. Desse modo, não está claro se existem
marcadores específicos para o transtorno de oposição desafiante.

10. Diferença

Transtorno da conduta. Tanto o transtorno da conduta quanto o transtorno de


oposição desafiante estão relacionados a problemas de conduta que colocam o indivíduo em
conflito com adultos e outras figuras de autoridade (p. ex., professores, supervisores de
trabalho). Geralmente, os comportamentos do transtorno de oposição desafiante são de
natureza menos grave do que aqueles relacionados ao transtorno da conduta e não incluem
agressão a pessoas ou animais, destruição de propriedade ou um padrão de roubo ou de
falsidade. Além disso, o transtorno de oposição desafiante inclui problemas de
10

desregulação emocional (i.e., humor raivoso e irritável) que não estão inclusos na definição
de transtorno da conduta.

 Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Com frequência, o TDAH é


comórbido com o transtorno de oposição desafiante. Para fazer um diagnóstico
adicional de transtorno de oposição desafiante é importante determinar que a falha
do indivíduo em obedecer às solicitações de outros não ocorre somente em situações
que demandam esforço e atenção sustentados ou que exigem que o indivíduo
permaneça quieto.
 Transtornos depressivo e bipolar. Com frequência, os transtornos depressivo e
bipolar envolvem irritabilidade e afeto negativo. Como resultado, um diagnóstico de
transtorno de oposição desafiante não deverá ser feito se os sintomas ocorrerem
exclusivamente durante o curso de um transtorno do humor.
 Transtorno disruptivo da desregulação do humor. O transtorno de oposição
desafiante compartilha com o transtorno disruptivo da desregulação do humor os
sintomas de humor negativo crônico e explosões de raiva. Entretanto, a gravidade, a
frequência e a cronicidade das explosões de raiva são mais graves em indivíduos
com transtorno disruptivo da desregulação do humor do que naqueles com
transtorno de oposição desafiante. Consequentemente, apenas uma minoria de
crianças e de adolescentes cujos sintomas preenchem os critérios de transtorno de
oposição desafiante seria também diagnosticada com o transtorno disruptivo da
desregulação do humor. Nos casos em que a perturbação do humor for
suficientemente grave para preencher os critérios de transtorno disruptivo da
desregulação do humor, um diagnóstico de transtorno de oposição desafiante não é
feito, mesmo que todos os critérios para essa condição tenham sido preenchidos.
 Transtorno explosivo intermitente. O transtorno explosivo intermitente também
envolve altas taxas de raiva. No entanto, indivíduos com esse transtorno apresentam
agressão grave dirigida a outros, o que não faz parte da definição de transtorno de
oposição desafiante.

De acordo com o DSM-V, (2014, pág. 470), existem três subtipos de transtorno da conduta
que se baseiam na idade de início do transtorno.
11

O início poderá ser estimado com mais precisão a partir de informações fornecidas tanto
pelo jovem quanto pelo cuidador; frequentemente essa estimativa tem uma discrepância de
dois anos para mais em relação ao início real. Os dois subtipos podem ocorrer nas formas
leve, moderada ou grave. Um subtipo de início não especificado é atribuído nas situações
em que não há informações suficientes para determinar a idade de início.
Geralmente, no transtorno da conduta com início na infância, os indivíduos são do sexo
masculino, costumam apresentar agressão física contra outras pessoas, têm relacionamentos
conturbados com pares, podem ter tido transtorno de oposição desafiante precocemente na
infância e normalmente têm sintomas que preenchem critérios para transtorno da conduta
antes da puberdade. Muitas crianças com esse subtipo têm também transtorno de déficit de
atenção/ hiperatividade ou outras dificuldades do neurodesenvolvimento concomitantes.
Indivíduos com o tipo com início na infância são mais propensos a ter o transtorno da
conduta persistente na vida adulta do que aqueles com o tipo com início na adolescência.
Em comparação a indivíduos com o tipo com início na infância, os com transtorno da
conduta com início na adolescência são menos propensos a apresentar comportamentos
agressivos e tendem a ter relações mais habituais com seus pares (embora, com frequência,
apresentem problemas de conduta na companhia de outras pessoas). Esses indivíduos são
menos propensos a ter o transtorno da conduta persistindo na vida adulta. A proporção
masculino/feminino com o transtorno é mais equilibrada para o tipo com início na
adolescência do que para o tipo com início na infância.

11. Conclusão

Dado o trabalho, conclui-se que o Transtorno Opositor Desafiador é um transtorno


neuropsíquico de comportamento destrutível, com apresentação de comportamentos que
fazem mal a própria criança e aos outros com ela convivem. É reconhecido como a
presença de comportamento negativista, desobediente e hostil com todas as pessoas que se
12

apresentam como autoridades, além da incapacidade de o indivíduo assumir as


responsabilidades pelos erros cometidos, colocando, assim, a culpa em outras pessoas.

É entendido como um distúrbio de esfera psicossocial que apresenta, nos sujeitos, um


comportamento pautado de maneira sucinta pela agressividade e pelos impulsos destruidor,
verbal ou físico tanto contra outras pessoas como em si próprio.

12. Bibliografia

Dalgalarrondo P. (2000), Síndromes neuróticas. In: Dalgalarrondo P. Psicopatologia e


semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas,: 196 – 200
DSM-IV, (2000), Manual diagnóstico e estatístico de transtorno5 Porto Alegre: Artmed
DSM-V, (2014), Manual diagnóstico e estatístico de transtorno5 Porto Alegre: Artmed
Rhema Educação, (SD), Manual do transtorno Opositivo desafiante. Rio de Janeiro
Teixeira, G. (2014), O Reizinho da Casa: manual para pais de crianças opositoras,
desafiadoras e desobediente. Rio de Janeiro: Best Seller

Você também pode gostar