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SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................ 3
Fatores Psicológicos....................................................................... 28
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 32
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NOSSA HISTÓRIA
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Introdução
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relações interpessoais do indivíduo causando como sofrimento, confusão de
personalidade e sentimento de incapacidade.
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causais têm resultados diferentes conforme a idade, o momento do indivíduo e
o contexto familiar ou social. Como desfechos possíveis do processo de
desenvolvimento, os transtornos mentais não seriam necessariamente
categorias distintas, mas sim trajetórias desenvolvimentais dimensionais.
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sempre estão disponíveis, e é frequente que a base conceitual seja revelada em
função dos achados epidemiológicos.
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As abordagens epidemiológicas utilizadas para demonstrar que
determinado evento ambiental apresenta um efeito causal são limitadas frente à
complexidade dos processos e, principalmente, frente à diversidade de variáveis
confundidoras que não são levadas em consideração. A randomização é a
estratégia metodológica mais apropriada para a demonstração de uma relação
de causa e efeito, pois os indivíduos são alocados a uma determinada
intervenção aleatoriamente.
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intermediários que respondem ao aumento da renda e levam à redução da
psicopatologia. Nesse sentido, o estudo de fatores de risco proximais ao
desenvolvimento da psicopatologia, como qualidade do cuidado parental,
melhores condições nutricionais ou de habitação, são mais informativos para o
entendimento dos mecanismos e, consequentemente, para a elaboração de
estratégias de prevenção do que fatores de risco distais, como pobreza.
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Assim, foi comparado o efeito do tabagismo materno em relação ao peso
de nascimento e comportamento antissocial entre crianças que eram e não
geneticamente relacionadas às suas mães. O peso de nascimento foi menor no
grupo de crianças expostas ao tabaco intraútero, independentemente de serem
geneticamente relacionadas ou não às suas mães. Já os níveis de
comportamento antissocial foram maiores naquelas crianças expostas ao tabaco
intraútero apenas quando eram geneticamente relacionadas às suas mães
(tabagistas), indicando então que o efeito ambiental intraútero provocado pelo
tabaco não estaria associado a comportamento antissocial nas crianças.
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A terceira abordagem foca a modificação da expressão gênica provocada
por estressores ambientais, através dos chamados efeitos epigenéticos. Fatores
ambientais não podem alterar a sequência gênica, mas entende-se hoje que
podem alterar, ao longo do desenvolvimento, a forma como os genes são
expressos, alterando o seu funcionamento e contribuindo para o
desenvolvimento de transtornos mentais.
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estudo, tais dados fascinantes corroboram evidências anteriores em modelos
animais e sugerem que alterações na expressão destes receptores está
relacionada a abuso na infância. Tais dados, apesar de limitações na forma como
interpretá-los, indicam um caminho bastante promissor para que possamos
entender os mecanismos através dos quais eventos ambientais adversos
contribuem para o desenvolvimento de transtornos mentais.
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desencadeará reações nas pessoas de sua relação, moldando então suas
experiências ambientais.
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Em relação à depressão, é bastante claro que eventos adversos que
envolvem ameaça à vida, perdas, humilhações e privações estão implicados no
seu desenvolvimento. Há, no entanto, marcada variabilidade da resposta de
diferentes indivíduos a tais eventos. Para certos indivíduos, eventos
estressantes desencadeiam um episódio depressivo, enquanto outros sujeitos
submetidos a eventos tão ou mais estressantes não desenvolvem um transtorno
mental.
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heterogeneidade quanto à res posta aos estres sores entre os indivíduos. Além
disso, o efeito dos estres sores parece ser mais marcado naquelas crianças e
adolescentes em risco genético. A partir de tais evidências, Caspi et al. avaliaram
o efeito da interação entre um polimorfismo funcional na região promotora do
gene para a enzima monoamino oxidase.
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as pessoas mais sensíveis ou resistentes a desenvolver um transtorno mental,
quando expostos a fatores adversos, apresenta.
Sintoma psicopatológico
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Os sintomas médicos e psicopatológicos têm, como signos, uma
dimensão dupla. Eles são tanto um índice (indicador) como um símbolo. O
sintoma como índice indica uma disfunção que está em outro ponto do
organismo ou do aparelho psíquico; porém, aqui a relação do sintoma com a
disfunção de base é, em certo sentido, de contiguidade. A febre pode
corresponder a uma infecção que induz os leucócitos a liberarem certas citocinas
que, por sua ação no hipotálamo, produzem o aumento da temperatura. Assim,
o sintoma febre tem determinada relação de contiguidade com o processo
infeccioso de base.
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nervosismo, neurose, ansiedade ou gastura, passa a receber certo significado
simbólico e cultural (por isso, convencional e arbitrário), que só pode ser
adequadamente compreendido e interpretado tendo-se como referência um
universo cultural específico, um sistema de símbolos determinado.
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Denominam-se entidades nosológicas, doenças ou transtornos
específicos os fenômenos mórbidos nos quais podem-se identificar (ou pelo
menos presumir com certa consistência) certos fatores causais (etiologia), um
curso relativamente homogêneo, estados terminais típicos, mecanismos
psicológicos e psicopatológicos característicos, antecedentes genético-
familiares algo específicos e respostas a tratamentos mais ou menos previsíveis.
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Desenvolvimento patológico: determinantes genéticos e
ambientais do comportamento
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3. O terceiro diz respeito ao ambiente ou à cultura em que cada pessoa
vive, com suas peculiaridades, tradições e costumes. A interação de fatores
como a herança genética, condições ambientais e experiências ao longo da vida
determina o que tem sido descrito como equação etiológica das disfunções
psíquicas.
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Os determinantes ambientais abrangem influências que tornam muitos de
nós semelhantes uns aos outros, assim como as experiências que nos tornam
únicos.
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3. Eles recompensam comportamentos de forma seletiva. Tais interações
independem do fato dos pais compartilharem com a criança uma herança
genética.
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dialeticamente com a ordenação dos fenômenos. Isso significa que, para
observar, também é preciso produzir, definir, classificar, interpretar e ordenar o
observado em determinada perspectiva, seguindo certa lógica.
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Doença Mental
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aumento destas patologias associados ao envelhecimento da população, ao
aumento da miséria social e dos distúrbios civis (WHO, 2001, 2004).
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YLL (WHO, 2008) - refere-se aos anos de vida perdidos por morte
prematura na população e é calculado a partir do número de mortes em cada
idade multiplicado pela esperança média de vida de cada idade;
YLD (WHO, 2008) - reporta-se aos anos perdidos por incapacidade pela
incidência de casos do distúrbio ou ofensa e calcula-se pelo produto do número
de casos incidentes em determinado período, pela média da duração do distúrbio
e pelo fator de ponderação;
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Fatores Biológicos
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A dependência de substâncias psicoativas é encarada como o resultado
de alterações nas conexões sinápticas que ao longo do tempo originam
alterações no pensamento, nas emoções e no comportamento.
Fatores Psicológicos
Fatores Sociais
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Desjarlais e colaboradores (1995) afirmam que o urbanismo tem
consequências na saúde mental por influência do aumento de agentes
estressantes e eventos de vida adversos, assim como por ambientes
densamente povoados e poluídos, pobreza e dependência da economia,
elevados níveis de violência e redução do suporte social.
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evolução destes distúrbios também é determinada pelo estatuto socioeconómico
do indivíduo, que possibilita ou dificulta o acesso aos cuidados. Os países pobres
têm poucos serviços de saúde mental que não estão disponíveis aos segmentos
mais pobres da sociedade e nos países ricos, a pobreza está associada à falta
de cobertura de seguro de saúde, baixo nível educacional, desemprego e
minorias da raça, etnia e linguagem que criam barreiras no acesso aos cuidados.
Os pobres identificam mais facilmente as doenças físicas que a doença mental.
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estressantes, maior consumo de substâncias e menores relações familiares de
suporte. Os mesmos investigadores encontraram no seu estudo que todas as
medidas de stress examinadas, traumas, acontecimentos de vida recentes,
stress crónico e discriminação são preditores de significativos sintomas
depressivos. Por seu lado, ao examinarem o nível socioeconómico da família de
origem (composto pelo nível educacional dos pais, profissão e o rendimento do
agregado), verificaram que cada um dos componentes contribuía para a
associação entre a estrutura da família e a doença mental, estando associado a
um nível económico mais elevado significativa baixa de sintomas depressivos.
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REFERÊNCIAS
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mentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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