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SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................ 3
Divisões da semiologia......................................................................... 6
Sintoma psicopatológico ................................................................... 7
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 29
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NOSSA HISTÓRIA
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Introdução
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A Psicopatologia deve considerar o individuo globalmente atentando
sempre para os padrões de normalidade aonde o indivíduo a ser questionado
está inserido, não se deixando guiar “cegamente” pelos sintomas. Considerar um
sintoma isolado é fazer com que o objetivo principal de entendê-lo (compreender
o indivíduo) seja esquecido.
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Por isto, o sentido e o valor de um símbolo dependem das relações
que este mantém com os outros símbolos do sistema simbólico total, ou seja, da
ausência ou presença de outros símbolos que expressam significados próximos
ou antagônicos a ele.
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O sintoma como índice aponta para uma disfunção que está em outro
ponto do organismo ou do aparelho psíquico. Por exemplo: mãos geladas,
tremores e aperto na garganta são indicadores de uma disfunção no sistema
nervoso autônomo.
Divisões da semiologia
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preliminar, necessária a todo estudo psicopatológico e prática clínica
psiquiátrica.
Sintoma psicopatológico
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Dessa forma, a angústia manifesta-se (e realiza-se) ao mesmo tempo
como mãos geladas, tremores e aperto na garganta (que indicam, p. ex., uma
disfunção no sistema nervoso autônomo), e, ao ser tal estado designado como
nervosismo, neurose, ansiedade ou gastura, passa a receber certo significado
simbólico e cultural (por isso, convencional e arbitrário), que só pode ser
adequadamente compreendido e interpretado tendo-se como referência um
universo cultural específico, um sistema de símbolos determinado.
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nosológicas precisas. Cabe lembrar que o reconhecimento dessas entidades
não tem apenas um interesse científico ou acadêmico (valor teórico); ele
geralmente viabiliza ou facilita o desenvolvimento de procedimentos terapêuticos
e preventivos mais eficazes (valor pragmático).
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Desenvolvimento patológico: determinantes genéticos e ambientais
do comportamento
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3. O terceiro diz respeito ao ambiente ou à cultura em que cada pessoa
vive, com suas peculiaridades, tradições e costumes. A interação de fatores
como a herança genética, condições ambientais e experiências ao longo da vida
determina o que tem sido descrito como equação etiológica das disfunções
psíquicas.
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Os determinantes ambientais abrangem influências que tornam muitos de
nós semelhantes uns aos outros, assim como as experiências que nos tornam
únicos.
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3. Eles recompensam comportamentos de forma seletiva. Tais interações
independem do fato dos pais compartilharem com a criança uma herança
genética.
História da Psicopatologia
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Segundo Isaías Paim, não é fácil descobrir a origem do termo
psicopatologia. É possível que o seu criador tenha sido Jeremy Bentham, filósofo
inglês (Londres, 1748-1832), que, ao preparar uma lista das motivações
humanas, reconheceu a necessidade da organização de uma psychological
pathology (1817).
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Pelas definições apontadas podemos ver que permanece em nossos
tempos, não obstante, uma certa confusão quanto ao objeto de estudo da
psicopatologia: é a enfermidade mental ou a conduta anormal? É a conduta
anormal ou a desadaptada?. Isto se deve às diferenças de enfoques existentes
na área ainda que se saiba que a variedade de estabelecimentos de critérios não
é característica peculiar da psicopatologia.
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uma clínica, basicamente descritiva e fenomenológica, e outra experimental,
basicamente especulativa e com pouca capacidade de explicação dos
fenômenos clínicos;
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Diferentes abordagens na psicopatologia
Ainda que na tendência atual algo pareça estar mudando, até hoje são
encontrados dois grupos claros na psicopatologia: aqueles que se interessam
pela investigação básica dos processos psicopatológicos subjetivos e aqueles
interessados na prática clínica, que procura evitar os modelos etiológicos e se
interessa mais pelas técnicas e procedimentos diagnóstico a partir de uma
posição próxima da fenomenologia.
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De fato, cada disciplina que se ocupa do sofrimento psíquico produz
modelos específicos de psicopatologia, coerentes no interior do referencial
teórico em que se inscrevem e respondendo a certos problemas inerentes à
clínica. Os diferentes enfoques ou abordagens atuais na psicopatologia, de
acordo com Ionescu (1997), são:
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de acordo com Buss (1962), causadas por um agente externo (por exemplo, um
vírus) que ataca o organismo (enfermidade infecciosa), um mau funcionamento
de algum órgão (enfermidade sistêmica) ou trauma (enfermidade traumática).
Definição de psicopatologia
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A psicopatologia pode ser definida como o conjunto de conhecimentos
referentes ao adoecimento mental do ser humano. É uma ciência autônoma que
busca ser sistemático, elucidativo e desmistificante. Como conhecimento que
visa ser científico, não inclui critérios de valor, nem aceita dogmas ou verdades
a priori. O psicopatólogo não julga moralmente o seu objeto, busca apenas
observar, identificar e compreender os diversos elementos da doença mental.
Além disso, rejeita qualquer tipo de dogma, seja ele religioso, filosófico,
psicológico ou biológico; o conhecimento que busca está permanentemente
sujeito a revisões, críticas e reformulações.
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dois séculos, a observação prolongada e cuidadosa de um considerável
contingente de doentes mentais.
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Em todo indivíduo, oculta-se algo que não se pode conhecer, pois a
ciência requer um pensamento conceitual sistemático, pensamento que
cristaliza, torna evidente, mas também aprisiona o conhecimento. Quanto mais
conceitualiza, afirma Jaspers, “quanto mais reconhece e caracteriza o típico, o
que se acha de acordo com os princípios, tanto mais reconhece que, em todo
indivíduo, se oculta algo que não pode conhecer”. Assim a psicopatologia
sempre perde, obrigatoriamente, aspectos essenciais do homem, sobretudo nas
dimensões existenciais, estéticas, éticas e metafísicas.
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A ordenação dos fenômenos em psicopatologia
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1. Fenômenos semelhantes em todas as pessoas. De modo geral,
todo homem sente fome, sede ou sono. Aqui se inclui o medo de um animal
perigoso, a ansiedade perante uma prova difícil, o desejo por uma pessoa
amada, etc. Embora haja uma qualidade pessoal própria para cada ser humano,
essas experiências são basicamente semelhantes para todos.
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como sintoma mais ou menos típico. Para a dinâmica interessa o conteúdo da
vivência, os movimentos internos dos afetos, desejos e temores do indivíduo,
sua experiência particular, pessoal, não necessariamente classificável em
sintomas previamente descritos. A boa prática em saúde mental implica uma
combinação hábil e equilibrada de uma abordagem descritiva, diagnóstica e
objetiva e uma abordagem dinâmica, pessoal e subjetiva do doente e sua
doença.
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cognitivistas conscientes de cada indivíduo. As representações conscientes
seriam vistas como essenciais ao funcionamento mental, normal e patológico.
Os sintomas resultam de comportamentos e representações cognitivas
disfuncionais, aprendidas e reforçadas pela experiência sociofamiliar.
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Psicopatologia biológica versus Psicopatologia sociocultural
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Psiquiatria e a Classificação Internacional de Doenças, versão número 10 (CID-
10), da OMS.
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REFERÊNCIAS
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