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comportamento opositor for acentuadamente maior do que aquele que em geral se observa entre
indivíduos com idade mental comparável e com gravidade comparável de deficiência intelectual.
Transtorno da linguagem. O transtorno de oposição desafiante deve também ser diferenciado
da incapacidade para seguir orientações resultante de uma alteração na compreensão da lingua-
gem (p. ex., perda auditiva).
Transtorno de ansiedade social (fobia social). O transtorno de oposição desafiante também
deve ser diferenciado da recusa decorrente do medo de uma avaliação negativa associada com o
transtorno de ansiedade social.
Comorbidade
As taxas do transtorno de oposição desafiante são muito mais altas em amostras de crianças, adoles-
centes e adultos com TDAH, sendo que isso pode ser o resultado de fatores de risco temperamentais
compartilhados. Além disso, o transtorno de oposição desafiante com frequência precede o transtor-
no da conduta, embora isso pareça ser mais comum em crianças com o subtipo com início na infân-
cia. Indivíduos com transtorno de oposição desafiante também têm risco aumentado de transtornos
de ansiedade e transtorno depressivo maior, e isso parece ser, em grande medida, atribuível à pre-
sença de sintomas de humor raivoso/irritável. Adolescentes e adultos com o transtorno de oposição
desafiante também apresentam taxas mais altas de transtornos por uso de substâncias, embora não
esteja claro se essa associação é independente da comorbidade com transtorno da conduta.
autista nos casos em que as explosões de agressividade impulsiva recorrentes excederem aquelas
normalmente observadas nesses transtornos e justificarem atenção clínica independente.
Características Diagnósticas
As explosões de agressividade impulsivas (ou decorrentes de raiva) no transtorno explosivo in-
termitente têm início rápido e, geralmente, pouco ou nenhum período prodrômico. Em geral, as
explosões duram menos de 30 minutos e costumam ocorrer em resposta a uma provocação mí-
nima por um amigo íntimo ou um colega. Com frequência, indivíduos com transtorno explosivo
intermitente apresentam episódios menos graves de violência verbal e/ou física que não causa
dano, destruição ou lesões (Critério A1) em meio a episódios mais graves, destrutivos/violentos
(Critério A2). O Critério A1 define explosões de agressividade frequentes (i.e., duas vezes por
semana em média, por um período de três meses) que se caracterizam por acessos de raiva, injú-
rias, discussões verbais ou brigas ou violência sem causar danos a objetos ou lesões em animais
ou em outros indivíduos. O Critério A2 define explosões de agressividade impulsivas infrequen-
tes (i.e., três no período de um ano) que se caracterizam por causar danos materiais ou destruir
um objeto, seja qual for seu valor tangível, ou por violência/ataque ou outra lesão física em um
animal ou outro indivíduo. Independentemente da natureza da explosão de agressividade im-
pulsiva, a característica básica do transtorno explosivo intermitente é a incapacidade de controlar
comportamentos agressivos impulsivos em resposta a provocações vivenciadas subjetivamente
(i.e., estressores psicossociais) que em geral não resultariam em explosões agressivas (Critério B).
De maneira geral, as explosões de agressividade são impulsivas e/ou decorrentes de raiva, em
vez de serem premeditadas ou instrumentais (Critério C) e estão associadas a sofrimento signifi-
cativo ou a prejuízos na função psicossocial (Critério D). Um diagnóstico de transtorno explosivo
intermitente não deve ser feito em indivíduos com idade inferior a 6 anos ou nível equivalente
de desenvolvimento (Critério E) ou naqueles cujas explosões de agressividade forem mais bem
explicadas por outro transtorno mental (Critério F). Um diagnóstico de transtorno explosivo in-
termitente não deve ser feito em indivíduos com transtorno disruptivo da desregulação do hu-
mor ou naqueles cujas explosões de agressividade impulsivas forem atribuíveis a outra condição
médica ou a efeitos fisiológicos de uma substância (Critério F). Além disso, crianças com idade
entre 6 e 18 anos não devem receber esse diagnóstico em situações nais quais as explosões de
agressividade impulsivas ocorrerem no contexto de um transtorno de adaptação (Critério F).
Prevalência
A prevalência em um ano de transtorno explosivo intermitente nos Estados Unidos é de 2,7%
(definição estrita). É mais prevalente entre indivíduos mais jovens (p. ex., idade inferior a 35 a 40
anos), em comparação com mais velhos (acima de 50 anos), e em pessoas com nível de educação
médio ou inferior.
Desenvolvimento e Curso
O início de comportamentos agressivos impulsivos problemáticos recorrentes é mais comum
na fase final da infância ou na adolescência e raramente inicia depois dos 40 anos de idade.
Geralmente, as características centrais do transtorno explosivo intermitente são persistentes e
continuam por muitos anos.
468 Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta
O curso do transtorno pode ser episódico, com períodos recorrentes de explosões de agres-
sividade impulsivas. O transtorno aparentemente segue um curso crônico e persistente ao longo
de muitos anos e parece ser relativamente comum independentemente da presença ou ausência
de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade ou transtornos disruptivos do controle de
impulsos e da conduta (p. ex., transtorno da conduta, transtorno de oposição desafiante).
Consequências Funcionais do
Transtorno Explosivo Intermitente
Problemas sociais (p. ex., perda de amigos ou parentes, instabilidade conjugal), profissionais
(p. ex., rebaixamento de posto, perda de emprego), financeiros (p. ex., causados pelo valor de
objetos destruídos) e legais (p. ex., ações civis resultantes de comportamentos agressivos contra
pessoas ou propriedades; ações criminais por violência) frequentemente ocorrem como resultado
do transtorno explosivo intermitente.
Diagnóstico Diferencial
Um diagnóstico de transtorno explosivo intermitente não deve ser feito nos casos em que os
Critérios A1 e/ou A2 forem preenchidos somente durante um episódio de outro transtorno men-
tal (p. ex., transtorno depressivo maior, transtorno bipolar, transtorno psicótico) ou quando as
explosões de agressividade impulsivas forem atribuíveis a outra condição médica ou aos efeitos
fisiológicos de uma substância ou medicamento. Esse diagnóstico também não poderá ser feito,
principalmente em crianças e adolescentes com 6 a 18 anos, quando as explosões de agressivi-
dade impulsivas ocorrerem no contexto de um transtorno de adaptação. Outros exemplos nos
quais explosões de agressividade impulsivas, recorrentes e problemáticas podem (ou não) ser
diagnosticadas como transtorno explosivo intermitente incluem os apresentados a seguir.
Transtorno Explosivo Intermitente 469
Comorbidade
Transtornos depressivos, de ansiedade e por uso de substâncias são frequentemente comórbidos
com o transtorno explosivo intermitente. Além disso, indivíduos com transtorno da personali-
dade antissocial ou borderline, assim como aqueles com história de transtornos com comporta-
mentos disruptivos (p. ex., TDAH, transtorno da conduta, transtorno de oposição desafiante),
apresentam um risco aumentado para transtorno explosivo intermitente comórbido.