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Instituto Superior de Ciências da Saúde Dr.

Victor Sá Machado

Curso Licenciatura em Psicologia Clínica

Tema:

Caso clínico nº 3

Docente:
Dr. Raquel Moreno
Discentes:
13- Hiomira P. dos Santos
17- Ronilda de Carvalho
19- Valdmar E. Santo

São Tomé- 2022

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Sumário
Introdução........................................................................................................................................3
1. Apresentação do Caso Clínico.................................................................................................4
2. Proposta Terapêutica...........................................................................................................6
3. Justificação da Proposta Terapêutica.....................................................................................7
Enquadramento Teórico..................................................................................................................8
4. Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade............................................................8
4.1 Características Essenciais..................................................................................................8
4.2 Fatores de Riscos..........................................................................................................9
5. Transtorno Depressivo.......................................................................................................10
5.1 Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor......................................................10
a) Critérios Diagnósticos....................................................................................................10
b) Consequências Funcionais – TDDH.....................................................................................11
c) Comorbidade do – TDDH.....................................................................................................12
d) Diagnóstico......................................................................................................................12
e) Causas..............................................................................................................................12
Conclusão........................................................................................................................................14
Discussão de Caso...........................................................................................................................15
Referência Bibliográficas...............................................................................................................17

Siglas:
TDAH- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
TDDH- Transtorno Disruptivo de Desregulação de Humor
DSM-5 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Edição
APF- Antecedentes Patológico Familiar

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Introdução

O presente trabalho tem como ponto focal a resolução de um caso clínico de modo a
identificarmos o transtorno que o indivíduo apresenta bem como, propostas que possam
melhorar os sintomas ou distúrbios encontrados no sujeito.

No campo da medicina, o conceito de caso clínico refere-se à descrição do que uma pessoa
experimenta durante uma doença juntamente com os dados fornecidos por estudos clínicos,
diagnósticos, etc.

Nos permite descrever as circunstâncias do problema que o paciente está sofrendo, como
problemas profissionais, estresses pessoais, conflitos no relacionamento, a revivências de
problemas do passado ou problemas de dependência que podem estar causando ou
melhorando os sintomas.

Na apresentação deste caso clínico o sujeito foi nomeado como Anacleto Mendes e será
indicado no texto como Mendes.

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1. Apresentação do Caso Clínico

Mendes era um rapaz com 12 anos de ficava furioso sempre que não lhe
idade referenciado a um programa de compravam os brinquedos ele exigia.
hospitalização parcial para adolescentes,
O boletim da escola primaria referiam
dados os repetidos conflitos que tinham
agitação, desatenção e impulsividade.
assustado os colegas e a família.
Quando Mendes tinha dez anos, um
De acordo com os pais, Mendes era pedopsiquiatria diagnosticou-lhe
geralmente temperamental e irritável, Perturbação de Hiperatividade/Défice de
com episódios frequentes em que era “um Atenção (PHDA), com apresentação
monstro enraivado”. Tinha-se tornado combinada.
quase impossível estabelecer limites.
Mendes foi referenciado a um terapeuta
Mais recentemente, Mendes arrombava a comportamental e iniciou medicação com
porta de um armário para recuperar um metilfenidato, com melhoria dos
jogo de vídeo que lhe tinha sido retirado sintomas. Na quarta classe, o seu mau-
para o encorajar a fazer os trabalhos de humor tornou-se mais pronunciado e
casa. Na escola, Mendes mostrava um persistente. Mostrava-se geralmente
temperamento facilmente inflamável e carrancudo e queixava-se de que a vida
tinha recentemente sido suspenso por ter era «injusta». Mendes e os pais iniciaram
dado um murro na cara de um colega as suas batalhas diárias pela imposição de
depois de ter perdido um jogo de xadrez. limites ao pequeno-almoço, ao mesmo
Mendes era um rapazinho extremamente tempo que ele se atrasava em aprontar-se
ativo que andava «sempre» a correr. Era para a escola e depois – ao fim da tarde –
também uma «criança sensível», continuavam as discussões por causa dos
permanentemente preocupada por as trabalhos de casa, dos vídeo-jogos, e da
coisas poderem não correr bem. A sua ida para cama. Durante estas discussões
tolerância a frustração era menor do que a era frequente que gritasse e atirasse
dos seus pares e os pais deixaram de o objetos. Quando chegou ao sexto ano de
levar quando iam as compras, porque escolaridade os pais estavam cansados e
os irmãos evitavam-no.

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Segundo os pais de Mendes ele não tinha fazer estas coisas, mas quando fico
problemas de apetite e, embora fosse furioso não penso em nada. É como se a
necessária nova batalha para o obrigar a ir minha cabeça ficasse vazia. »
para cama, parecia não ter perturbações
Quando questionado sobre o que sentia
do sono. Parecia ter prazer nas suas
depois das suas explosões de fúria,
atividades habituais, mantendo um bom
pareceu muito triste e disse muito sério: «
nível de energia, e não tinha história de
Detesto ficar assim. » Sobre se pudesse
exaltação, grandiosidade, nem diminuição
mudar três coisas na sua vida, Mendes
da necessidade de dormir durante mais do
disse « Havia de ter mais amigos, ter
que um dia. Embora considerassem que o
melhores notas na escola e parar de me
filho era «temperamental taciturno e
enfurecer tanto. »
solitário», os pais achavam que ele não
estava deprimido. Negaram qualquer
história de alucinações, abuso, trauma,
tendência suicida ou homicida, desejo
premeditado de lesionar os outros. Tanto
ele como os pais negaram que alguma vez
tivesse consumido álcool ou drogas. A
sua história medica na da tinha de
significativo. A história familiar era
relevante devido a ansiedade e depressão
do pai, alcoolismo dos avós paternos e
possível PHDA não tratada da mãe.
Durante a entrevista, Mendes mostrou-se
moderadamente ansioso, embora fosse
fácil captar-lhe a atenção. Movia o corpo
para frente e para trás enquanto estava
assentado numa cadeira. Ao passar em
revista os seus ataques de fúria e agressão
física, Mendes disse: « É como se eu não
me conseguisse controlar. Eu não quero

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2. Proposta Terapêutica

Os sintomas do TDDH podem causar limitações significativas na vida da criança. Os


sintomas de irritação, raiva e surtos que caracterizam essa condição podem danificar o
relacionamento da criança com familiares e colegas, por exemplo.

Recomendamos assim, psicoterapia individual visto que a psicoterapia é considerada o


método primário de tratamento, geralmente incluindo a terapia cognitivo-comportamental
(TCC), que ensina a criança a reconhecer os pensamentos que contribuem para o
sentimento de raiva e a desenvolver novas maneiras de responder a diferentes situações.

Os psicoterapeutas também podem trabalhar com os pais, na terapia familiar, de modo a dar
suporte a eles visto que a família carrega muitos antecedentes patológicos tais como:
ansiedade, depressão, alcoolismo e TDAH. Por carregarem essa genética tão complexa os
familiares não sustetaram sozinhos o apoio ao Mendes. Pois apresentam comportamentos
disfuncionais que também deverão ser trarados.

O psicólogo terá que intervir no contexto escolar auxiliando com a professora de modo que
ela apoie o Mendes e a sua famíla, para ajudá-los a encontrar novas maneiras de responder
aos acessos de raiva e mau comportamento da criança. E no momento que a família estiver
preparada para dar apoio ao Mendes aos poucos o psicólogo e a professora vão se afastando
da família de modo que possam levar a sua rotina diária.

Pelos sintomas apresentados, o Mendes será encaminhado para um psiquiatra e assim terá
um acompanhamento psicológico para as terapias e psiquiátrico para ser medicado com
psicofármacos específicos para a sua recuperação.

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3. Justificação da Proposta Terapêutica

A escolha da proposta terapêutica deve-se ao transtorno diagnosticado e aos sintomas


apresentados pelo paciente Mendes.
Sintomas esses de irritação, raiva e surtos que caracterizam essa condição e podem
danificar o relacionamento da criança com seus familiares e colegas.

Pelo seu comportamento em casa e na escola houve a necessidade de prescrever um


acompanhamento psicológico de modo a fazer uma psicoterapia individual para ajudar o
paciente a regular as suas emoções e a mudar o seu comportamento bem como uma
psicoterapia familiar para ajudar os pais e irmãos a entenderem o seu comportamento e
serem capazes de o ajudar a superar os seus problemas.

É de grande importância ressaltar que a família constitui um dos pilares mais fundamentais
no apoio da restauração da saúde mental dos pacientes com qualquer tipo de transtorno ou
perturbação mental. Por isso a família tem que ser bem trabalhada e tratada.

É essencial o acompanhamento da professora no contexto escolar e no suporte do aluno


visto que é um dos ambientes mais frequentados pelo Mendes e a família não tem o a
capacidade suficiente para prestar o apoio necessário. Tomando em conta o desejo que o
Mendes tem de ter boas notas. O encaminhamento para um psiquiatra apresenta uma grande
vantagem pois o Mendes necessita de tratamento medicamentoso para diminuir os sintomas
do transtorno.

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Enquadramento Teórico

4. Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade

O Transtorno de Déficit de Atenção TDAH é uma condição neurobiológica, caracterizada


por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Por isso, as pessoas com TDAH costumam
ser inquietas, sentem dificuldade para se concentrar e podem agir por impulso. O transtorno
pode acompanhar a pessoa durante toda a vida.

4.1 Características Essenciais

A característica essencial do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é um padrão


persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no
funcionamento ou no desenvolvimento. A desatenção manifesta-se comportamentalmente
no TDAH como divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e
desorganização - e não constitui consequência de desafio ou falta de compreensão.

A hiperatividade refere-se à atividade motora excessiva (como uma criança que corre por
tudo) quando não apropriado ou remexer, batucar ou conversar em excesso. Nos adultos, a
hiperatividade pode se manifestar como inquietude extrema ou esgotamento dos outros com
sua atividade.

A impulsividade refere-se a ações precipitadas que ocorrem no momento sem premeditação


e com elevado potencial para dano à pessoa (p. ex., atravessar uma rua sem olhar). A
impulsividade pode ser reflexo de um desejo de recompensas imediatas ou de incapacidade
de postergar a gratificação. Comportamentos impulsivos podem se manifestar com
intromissão social (p. ex., interromper os outros em excesso) e/ou tomada de decisões
importantes sem considerações acerca das consequências no longo prazo (p. ex., assumir
um emprego sem informações adequadas).

O TDAH começa na infância. A exigência de que vários sintomas estejam presentes antes
dos 12 anos de idade exprime a importância de uma apresentação clínica substancial

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durante a infância. Ao mesmo tempo, uma idade de início mais precoce não é especificada
devido a dificuldades para se estabelecer retrospectivamente um início na infância. As
lembranças dos adultos sobre sintomas na infância tendem a não ser confiáveis, sendo
benéfico obter informações complementares. Manifestações do transtorno devem estar
presentes em mais de um ambiente (p. ex., em casa e na escola, no trabalho). A
confirmação de sintomas substanciais em vários ambientes não costuma ser feita com
precisão sem uma consulta a informantes que tenham visto o indivíduo em tais ambientes.
É comum os sintomas variarem conforme o contexto em um determinado ambiente. Sinais
do transtorno podem ser mínimos ou ausentes quando o indivíduo está recebendo
recompensas frequentes por comportamento apropriado, está sob supervisão, está em uma
situação nova, está envolvido em atividades especialmente interessantes, recebe estímulos
externos consistentes (p. ex., através de telas eletrônicas) ou está interagindo em situações
individualizadas (p. ex., em um consultório).

4.2 Fatores de Riscos

Temperamentais: O TDAH está associado a níveis menores de inibição comportamental, de


controle à base de esforço ou de contenção, a afetividade negativa e/ou maior busca por
novidades. Esses traços predispõem algumas crianças ao TDAH, embora não sejam
específicos do transtorno.

Ambientais: Muito baixo peso ao nascer (menos de 1.500 gramas) confere um risco 2 a 3
vezes maior para TDAH, embora a maioria das crianças com baixo peso ao nascer não
desenvolva transtorno. Embora o TDAH esteja correlacionado com tabagismo na gestação,
parte dessa associação reflete um risco genético comum. Uma minoria de casos pode estar
relacionada a reações a aspectos da dieta. Pode haver história de abuso infantil, negligência,
múltiplos lares adotivos, exposição a neurotoxina (p. ex., chumbo), infecções (p. ex.,
encefalite) ou exposição ao álcool no útero. Exposição a toxinas ambientais foi
correlacionada com TDAH subsequente, embora não se saiba se tais associações são
causais.

Genéticos e fisiológicos: O TDAH é frequente em parentes biológicos de primeiro grau


com o transtorno. A herdabilidade do TDAH é substancial. Enquanto genes específicos
foram correlacionados com o transtorno, eles não constituem fatores causais necessários ou

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suficientes. Deficiências visuais e auditivas, anormalidades metabólicas, transtornos do
sono, deficiências nutricionais e epilepsia devem ser considerados influências possíveis
sobre sintomas de TDAH. O TDAH não está associado a características físicas específicas,
ainda que taxas de anomalias físicas menores (p. ex., hipertelorismo, palato bastante
arqueado, baixa implantação de orelhas) possam ser relativamente aumentadas. Atrasos
motores sutis e outros sinais neurológicos leves podem ocorrer. (Notar que falta de jeito e
atrasos motores comórbidos devem ser codificados em separado [p. ex., transtorno do
desenvolvimento da coordenação].)

Modificadores do curso: Padrões de interação familiar no começo da infância


provavelmente não causam TDAH, embora possam influenciar seu curso ou contribuir para
o desenvolvimento secundário de problemas de conduta.

5. Transtorno Depressivo

Segundo o DSM-5 os transtornos depressivos incluem transtorno disruptivo da


desregulação do humor, transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior),
transtorno depressivo persistente (distimia), transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno
depressivo induzido por substância/medicamento, transtorno depressivo devido a outra
condição médica, outro transtorno depressivo especificado e transtorno depressivo não
especificado.

5.1 Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor

Transtorno disruptivo da desregulação do humor, refere à apresentação de crianças com


irritabilidade persistente e episódios frequentes de descontrole comportamental extremo, é
acrescentado aos transtornos depressivos para crianças até 12 anos de idade

a) Critérios Diagnósticos

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A. Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem (p. ex., violência
verbal) e/ ou pelo comportamento (p. ex., agressão física a pessoas ou propriedade) que são
consideravelmente desproporcionais em intensidade ou duração à situação ou provocação.

B. As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de desenvolvimento.

C. As explosões de raiva ocorrem, em média, três ou mais vezes por semana.

D. O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou zangado na maior


parte do dia, quase todos os dias, e é observável por outras pessoas (p. ex., pais,
professores, pares).

E. Os Critérios A-D estão presentes por 12 meses ou mais. Durante esse tempo, o
indivíduo não teve um período que durou três ou mais meses consecutivos sem todos os
sintomas dos Critérios A-D.

F. Os Critérios A e D estão presentes em pelo menos dois de três ambientes (p. ex., em
casa, na escola, com os pares) e são graves em pelo menos um deles.

G. O diagnóstico não deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos ou após os 18 anos
de idade.

H. Por relato ou observação, a idade de início dos Critérios A-E é antes dos 10 anos.

I. Nunca houve um período distinto durando mais de um dia durante o qual foram
satisfeitos todos os critérios de sintomas, exceto a duração, para um episódio maníaco ou
hipomaníaco. Nota: Uma elevação do humor apropriada para o desenvolvimento, como a
que ocorre no contexto de um evento altamente positivo ou de sua antecipação, não deve
ser considerada como um sintoma de mania ou hipomania.

J. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante um episódio de transtorno


depressivo maior e não são mais bem explicados por outro transtorno mental (p. ex.,
transtorno do espectro autista, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de
ansiedade de separação, transtorno depressivo persistente [destemia]).

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K. Os sintomas não são consequência dos efeitos psicológicos de uma substância ou de
outra condição médica ou neurológica.

b) Consequências Funcionais – TDDH

A irritabilidade crônica grave, como observada no TDDH está associada à marcada


perturbação na família da criança e nas relações com os pares, bem como no desempenho
escolar. Devido à sua tolerância extremamente baixa à frustração, essas crianças, em geral,
têm dificuldade em ter sucesso na escola; com frequência não conseguem participar das
atividades que costumam ser desfrutadas por crianças saudáveis; sua vida familiar tem
perturbação grave devido a suas explosões e irritabilidade; e elas têm problemas em iniciar
ou manter amizades.

c) Comorbidade do – TDDH

As taxas de comorbidade no transtorno disruptivo da desregulação do humor são


extremamente altas. É raro encontrar indivíduos cujos sintomas satisfazem os critérios para
transtorno disruptivo da desregulação do humor isolado. A comorbidade entre o transtorno
disruptivo da desregulação do humor e outras síndromes definidas no DSM parece mais
alta do que para muitos outros transtornos mentais pediátricos;

d) Diagnóstico

Para receber o diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do humor, a criança


deve ter entre 6 e 18 anos. Além disso, o início dos sintomas não pode ocorrer após os 10
anos de idade. O diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do humor não deve
ser feito se os sintomas ocorrerem somente em um contexto que desperta ansiedade.

e) Causas

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As causas exatas do transtorno disruptivo da desregulação do humor não estão claras,
embora acredite-se que alguns fatores tenham uma relação. Tais fatores podem incluir
genética, temperamento, condições mentais coexistentes e experiências na infância.

O transtorno parece ser mais comum no início da infância e tem chances altas de coexistir
com outras condições psiquiátricas, mais comumente transtornos depressivos e transtorno
desafiador de oposição.

O temperamento da criança pode ser um fator de risco para o TDDH. Alguns traços
comumente vistos em crianças com a condição incluem:

 Mau humor;

 Ansiedade;

 Irritabilidade;

 Mau comportamento.

Outros fatores de riscos associados com o transtorno disruptivo da desregulação do humor


incluem:

 Pouco apoio dos pais;

 Hostilidade ou uso de substâncias por parte dos pais;

 Conflitos familiares;

 Problemas disciplinares na escola.

Não existe tratamento específico para o transtorno disruptivo da desregulação do humor,


mas a condição costuma ser tratada com psicoterapia, medicamentos ou uma combinação
de ambos.

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Conclusão

Pode se concluir que o transtorno disruptivo da desregulação do humor pode ser detectado
em crianças a partir de 6 anos e os primeiros sintomas devem surgir antes dos 10 anos de
idade. Requer acompanhamento psicoterapêutico e medicamentoso para que o sujeito possa
lidar melhor com os sintomas, visando o seu bem-estar e equilíbrio emocional, visando a
sua qualidade de vida no médio e longo prazo.

Conviver com o transtorno disruptivo da desregulação do humor pode apresentar desafios


tanto para a criança quanto para os cuidadores. O transtorno pode dificultar o
funcionamento da criança na escola e em casa, e os pais e outros adultos podem achar
difícil lidar com os surtos da criança.

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Discussão de Caso

O caso de Mendes é um caso complexo não apenas por se tratar de um paciente de gênero
masculino visto que o mesmo se encontra numa idade que podemos assim dizer, próprias
desses comportamentos, numa fase de passagem da puberdade para a adolescência onde
encontraremos um aumento na produção de hormônios, crises que o levará ao
desenvolvimento e criação da sua identidade, conflitos de emancipação e amadurecimento
corporal, mas também por apresentar fatores genéticos do APF. São essas umas das
características que dificultaram no diagnóstico de Mendes.

Durante a análise do caso de Mendes, encontramos vários sinais semelhantes a outros


quadros clínicos. Visto que Mendes já possuía TDAH e que apresentava uma grande
chance de comorbidade com outros transtornos fomos a busca dessas possibilidades, e
enquanto tentávamos entender os sintomas que referia ter, acreditávamos no início que ele
possivelmente tinha: transtorno de conduta pois « mostrava-se geralmente carrancudo e
queixava-se de que a vida era injusta. […] batalhas diárias pela imposição de limites ao
pequeno almoço, ao mesmo tempo que ele se atrasava em aprontar-se para a escola e depois
– ao fim da tarde – continuavam as discussões por causa dos trabalhos de casa, dos vídeo-
jogos e da ida para a cama»; « a sua tolerância a frustração era menor do que a dos seus
pares e os pais deixaram de o levar quando iam as compras, porque ficava furioso sempre
que não lhe comprava os brinquedos que ele exigia. »

Transtorno de ansiedade «durante a entrevista, mostrou-se moderadamente ansioso[…]»


levando em consideração o seu APF. Transtorno de personalidade pois o paciente
apresentava sintomas que aproximavam a mesma, mas devido alguns critérios não foi
aprovado. Transtorno de espectro autista << movia o corpo para a frente e para trás
enquanto estava assentado numa cadeira. Transtorno de oposição desafiante seu

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comportamento caracteriza-se por negatividade, hostilidade e desafio. Tais sintomas devem
ser diferenciados de aversão à escola ou a tarefas de alta exigência mental causadas por
dificuldade em manter um esforço mental prolongado, esquecimento de orientações e
impulsividade que caracteriza os indivíduos com TDAH. Um complicador do diagnóstico
diferencial é o fato de que alguns indivíduos com TDAH podem desenvolver atitudes de
oposição secundárias em relação a tais tarefas e, assim, desvalorizar sua importância, e por
último o Transtorno explosivo interminente e o TDAH compartilham níveis elevados de
comportamento impulsivo. Entretanto, indivíduos com o transtorno explosivo intermitente
apresentam agressividade importante dirigida aos outros, o que não é característico do
TDAH, e não têm problemas em manter a atenção como se vê no TDAH. Além disso, o
transtorno explosivo intermitente é raro na infância podendo ser diagnosticado na presença
de TDAH. Todos os citados a cima são transtornos que podem ocorrer em indivíduos com
TDAH e por isso, foram as nossas primeiras hipóteses levantadas. E logo depois pelos APF
do paciente Mendes que indicava a depressão, verificamos as classes da mesma e assim
encontramos o diagnóstico na qual os critérios necessários conscidiam com os seus
sintomas. Sendo assim foi diagnosticado que Mendes sofria do TDDH.

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Referência Bibliográficas

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso eletrônico] : DSM-5 /


[American Psychiatric Association ; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento … et al.] ;
revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli … [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre : Artmed, 2014.

IPEMED (2022/11/28). . Retirado de https://www.ipemed.com.br/blog/estabilizador-de-


humor-principais-tipos pelas 16h45mim no dia 06 de janeiro de 2023.

Bringel, R. (2022) Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor – TDDH. Retirado de


https://renatabringel.com.br/transtorno-disruptivo-da-desregulacao-do-humor/ pelas
09:10mim 5 de janeiro de 2023.

Santos, J.V. (2022/01/01). Blog PsyMeet. Retirado de


https://www.psymeetsocial.com/blog/artigos/transtorno-disruptivo-da-desregulacao-do-
humor pelas 09:13mim 5 de janeiro de 2023.

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