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Autores

Roberto Aguilar Machado Santos Silva


Suzana Portuguez Viñas
Porto Alegre, RS
2020
Supervisão editorial: Suzana Portuguez Viñas

Projeto gráfico: Roberto Aguilar Machado Santos Silva

Editoração: Suzana Portuguez Viñas

Capa:. Roberto Aguilar Machado Santos Silva

1ª edição

2
Autores

Roberto Aguilar Machado Santos Silva


Membro da Academia de Ciências de Nova York (EUA), escritor
poeta, historiador
Doutor em Medicina Veterinária
robertoaguilarmss@gmail.com

Suzana Portuguez Viñas


Pedagoga, psicopedagoga, escritora,
editora, agente literária
suzana_vinas@yahoo.com.br

3
Dedicatória
ara todos os pais, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos e

P mestres.
Roberto Aguilar Machado Santos Silva
Suzana Portuguez Viñas

4
Só é possível ensinar uma criança a amar,
amando-a.
Johann Goethe

5
Apresentação

O
s objetivos deste livro são oferecer um treinamento
básico para os pais e professores. Também
esperávamos melhorias nas práticas parentaisn e
psicopedagógicas, redução do estresse dos pais e professore,
bem como dos problemas de internalização na criança.
Roberto Aguilar Machado Santos Silva
Suzana Portuguez Viñas

6
Sumário

Introdução.....................................................................................8
Capítulo 1- Transtorno Opositivo Desafiador (TOD).................9
Capítulo 2 - Avaliações Psicopedagógicas reais de
Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)...................12
Capítulo 3 - Recomendações para professores e pais em
casos de Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)...19
Epílogo.........................................................................................28
Bibliografia consultada..............................................................30

7
Introdução

U
ma grande quantidade de pesquisa foi feita sobre
Transtornos Disruptivos de Comportamento em geral e
sobre Transtorno Opositivo Desafiador em particular.
Embora a pesquisa tenha examinado muitas facetas do
Transtorno Opositivo Desafiador, muitas questões permanecem.
Além disso, inconsistências na terminologia e preocupações
metodológicas entre os estudos de pesquisa tornaram difícil
pensar consistentemente sobre o Transtorno Opositivo Desafiador
(TOD). Como resultado, antes de examinar as pesquisas sobre a
etiologia do Transtorno Opositivo Desafiador, são discutidas as
preocupações em identificar casos desse transtorno. Os fatores
de risco e os cursos potenciais do Transtorno Desafiador
Opositivo são examinados no contexto de possíveis etiologias
variadas.

8
Capítulo 1
Transtorno Opositivo
Desafiador (TOD)

O
diagnóstico é feito pela observação do comportamento
e sintomas da criança, por uma psicopedagoga
especialista. É importante avaliar também sinais de
ansiedade. Isso porque essas condições podem causar sintomas
semelhantes aos do Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD),
como irritabilidade e desobediência.
O Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
também apresenta sintomas semelhantes e foi avaliado se existe
uma comorbidade, visto que é muito comum que os dois
transtornos estejam associados.
Para diagnóstico do TOD, foi selecionada a presença de pelo
menos quatro dos seguintes sintomas:
• irritabilidade e acessos de raiva constantes;
• discute com adultos ou figuras de autoridade;
• desafia regras;
• faz coisas deliberadamente para aborrecer a terceiros;
• culpa os outros pelos seus próprios erros;
• se sente ofendido com facilidade;
• tem respostas coléricas quando contrariado;
• é rancoroso e vingativo quando desafiado ou contrariado.

9
Como as causas não são conhecidas, mas baseadas em
evidências, fatores genéticos podem influenciar o
desenvolvimento do transtorno. Assim como um ambiente familiar,
pode contribuir para o fazer TOD.
Os sintomas do TOD costumam se manifestar na pré-escola,
embora possam aparecer mais tarde, na adolescência. Como
mencionado, os principais sintomas do transtorno incluem os
seguintes comportamentos:
• agressividade;
• irritabilidade;
• desafia regras e instruções;
• discute com frequência;
• desobediência;
• incomoda os outros deliberadamente;
• culpa terceiros pelos seus erros;
• pode ser cruel e vingativo.

Pais e professores podem ajudar as crianças em casa e na


escola, a fim de modificar esses comportamentos.
A criança com Transtorno Opositor Desafiador irá exibir esses
sintomas com mais frequência do que outras crianças,
demonstrando problemas comportamentais.
A probabilidade de uma criança com TOD ter maiores dificuldades
no final da adolescência e na idade adulta depende dos
tratamentos e das circunstâncias ambientais. Casos, elas correm
maior risco de ter depressão e abuso de substâncias,

10
principalmente o TOD na infância para acompanhados por outros
transtornos, como TDAH, depressão e dificuldades de
aprendizagem.
É importante buscar o comportamento da criança e acompanhar
um tratamento adequado e eficaz.
Os sintomas do TOD podem aparecer em qualquer momento da
vida, mas é mais comum entre os 6 e 12 anos.
A terapia ajuda com que a criança encontra formas de lidar com
certas circunstâncias de forma mais segura, incluindo sua com
familiares até o ambiente escolar e profissional. Diante da
suspeita de TOD e / ou TDAH, sugiro uma avaliação
neuropsiquiátrica.

11
Capítulo 2
Avaliações
Psicopedagógicas reaisde
Transtorno Opositivo-
Desafiador (TOD)

A
valiação baseada em caso real de TOD.

Inventário de Habilidades
Escolares
As avaliaçõesforam realizadas baseadas em um caso real, de
uma criança do sexo masculino com 8 anos de idade.

Estas observações foram realizadas durante a avaliação


psicopedagógica.
Válida por 6 meses

Legenda:
Sim: S
Não: N
Parcialmente: P

Área de comunicação e
representação
12
Identidade, autonomia pessoal e
leitura e escrita
Reconhece seu nome: S
Escreve seu nome: N
Sabe informar a data do seu nascimento:N
Sabe o nome das pessoas da família: S
Escreve o nome das pessoas da família:
Utiliza o caderno de maneira organizada: S
Percebe seu erro: N
Refaz o trabalho quando erra: S
Percebe seu erro e pede ajuda: N
Possui direção gráfica: P
Utiliza as letras sem valor sonoro: N
Utiliza as letras com valor sonoro: S
Reconhece as letras do alfabeto: P
Escreve as letras do alfabeto: P
Lê palavras: P
Compreende a escrita como representação da fala: N
Utiliza a escrita, ainda que não convencionalmente como forma de
registro: N
Copia tudo, porém não dominou o processo de leitura: S
Domina a letra manuscrita e imprensa: P
Compreende ordens simples: S
Compreende ordens complexas: N
Emite respostas coerentes a perguntas simples: N
Reconta uma história com início, meio e fim: N.
Faz leitura de textos: N
Lê atribuindo sentido ao texto: N
Identifica sequência lógica dos fatos: N
Compreende ideias implícitas em textos: N
Compõe frases escritas, com sentido: P
Redige bilhetes com coerência de pensamento: N
Segmenta um texto em frases: N
Segmenta convencionalmente as palavras: N
Apresenta erros ortográficos: S
Organiza textos utilizando a pontuação corretamente: N
Expõe suas ideias de maneira clara: N

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Participa de situações de intercâmbio oral que requeiram ouvir
com atenção e formular perguntas sobre o tema tratado: N
Aprecia textos literários: N
Interpreta textos: N
Apresenta coesão nas produções de textos: N
Mantém paragrafação: N
Faz uso de recursos de pontuação adequadamente: N

Comunicação
Usa a fala de maneira funcional: N
Fala sobre seu cotidiano: N
Relata com coerência fatos e experiências: N
Relata fatos de dias passados: N
Conta fatos dos dias que virão: N
Mantêm diálogos ou fica repetindo o que o interlocutor fala: N
Não responde a perguntas: N
Apresenta estruturas organizadas da linguagem: N
Transmite recados: N
Faz-se entender claramente: N
Apresenta vocabulário restrito: S
Apresenta vocabulário amplo ou funcional: N
Utiliza gestos: S
Comunica-se verbalmente: S
Usa sistema de comunicação alternativa: N
Inicia conversas: N
Mantém conversas: N

Coordenação motora na escrita


Apresenta movimento brusco na escrita: N
Aperta em demasia o lápis ao escrever: P
Tem letra legível: S
Troca letras: S
Apresenta letras invertidas: N
Apresenta letras espelhadas: N
Apresenta excessiva lentidão ao escrever: N
Faz cópia de palavras: S
Faz cópia de frases: S
14
Necessita de algum tipo de adaptação para escrever: N

Área de raciocínio lógico


Noções de grandeza
Reconhece grande: S
Reconhece pequeno: S
Reconhece menor: S
Reconhece maior: S
Reconhece curto: S
Reconhece comprido: S.
Reconhece alto: S
Reconhece baixo: S

Área de representação espacial


Orientação espaço temporal
Possui noções de tempo longo (uma hora): P
Possui noções de tempo curto (um minuto): N
Conhece os dias da semana: P
Conhece os meses do ano:
Percepção de relações espaciais (profundidade, orientação,
movimento): S
Percebe o que falta em uma figura incompleta: P

Coordenação motora manual


Domina o movimento do segurar o lápis, pincel, giz de cera,
tesoura, etc: S
Realiza traçado de círculo: S
Realiza traçado de quadrado: S
Realiza traçado de retângulo: N
Realiza traçado de triângulo: N
Pega objetos com o polegar e o indicador (movimento de pinça):
S
15
Recorta com tesoura: S
Preocupa-se com o acabamento de seus trabalhos: S

Independência Motora
Levanta-se sem precisar de ajuda: S
Senta-se sem precisar de ajuda: S
Sobe escadas: S
Desce escadas: S
Apóia-se para subir em escada: N
Atravessa a rua sozinho: S
Anda em linha reta: S
Abaixa para pegar algum objeto: S
Apresenta agitação motora: S
Apresenta movimentos estereotipados: N
Mantêm o equilíbrio: S

Área de socialização e
comportamentos
Boas maneiras, aspecto afetivo
emocional e independência social
Identifica e faz uso adequado das saudações, despedidas e
agradecimentos: N
Pede permissão e desculpa-se quando necessário: N
Fala baixo em locais públicos: N
Demonstra espírito de cooperação: N
Respeita hierarquia: N
Reconhece e identifica o interlocutor pelo nome: N
Solicita e oferece ajuda espontaneamente: N
Demonstra amabilidade, gentileza, atenção no contato com a
professora: N
Direciona seu olhar para a professora com quem fala: N
Considera a opinião da professora: N
Compreende e apresenta comportamentos adequados nos gestos
e comunicação: N
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Demonstra insegurança, medo e timidez: N
Apresenta comportamentos inadequados: S
Compreende e respeita ordem ou regras: N
Ignora quando é advertido: S
Torna-se agressivo quando advertido: S
Aceita a advertência: N
Apresenta autocontrole em momentos de tensão: N
Segue e respeita regras em diferentes ocasiões: N
Concentra-se na atividade proposta: N
Sempre termina a atividade proposta: P
É interessado pelas atividades: N
Sabe perder: N
Apresenta algum tipo de tique: N
Necessita ser estimulado constantemente pelo professor nas
atividades propostas: S
Apresenta-se irritado quando não atende suas ordens ou desejos:
S
Apropria-se de objetos alheios sem permissão: S
Em brincadeiras e jogos que implicam em seguir regras é capaz
de percebê-las e respeitá-las: N
Faz birras: S
Apresenta condutas inadequadas: S
Apresenta disciplina: N
Apresenta organização: P
Demonstra atenção ao que lhe é solicitado: N

Realização de atividades
Trabalha com autonomia: N
Interessa-se pela atividade: N
Termina a atividade que inicia: P
Tem atenção enquanto trabalha: N
É preciso chamar sua atenção enquanto trabalha: S

O aprendente mostrava-se extremamente agressivo e relutante a


realizar tarefas quando solicitado.
No final do período de avaliação (10 dias), passou a desenvolver
tics nervosos.
Supõe-se que apresnta comorbidade com o TDAH.

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Recomendou-se uma avaliação com neurologista/psiquiatra e
psicólogo.

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Capítulo 3
Recomendações para
professores e pais em
casos de Transtorno
Opositivo-Desafiador (TOD)

E
ntenda que o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é
um padrão consistente de comportamento desafiador,
desobediente e agressivo em relação à autoridade que
persiste por pelo menos 6 meses. Os tipos de comportamentos
incluem: desafiar a autoridade, discutir, perder o controle do
temperamento, recusar-se a seguir regras, incomodar
deliberadamente as pessoas, colocar a culpa nos outros por suas
próprias ações, ser facilmente incomodado e comportamento
maníaco. Em vez de apenas mencionar as regras e regulamentos
da sala de aula, ensine-os a aplicar a regra em suas ações. Isso
evita o problema de as crianças tentarem encontrar “brechas” nas
regras da sua sala de aula. Integre isso em suas aulas. Alunos
desafiadores de oposição gostam de estar no controle de uma
situação, portanto, quando apropriado, em vez de fornecer
diretrizes, faça perguntas. Em vez de dizer “você precisa terminar
seu trabalho antes de sair da detenção”, pergunte à criança “o
que você precisa fazer antes de sair da detenção?”

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Transforme argumentos em discussões. Não ceda ou se
rebaixe ao nível do seu filho e argumente incessantemente. Dê à
criança escolhas explícitas e concorde em ouvi-la e entreter suas
ideias e desejos.

Dê Escolhas. Quando eles estiverem reclamando sobre a


quantidade de trabalho na ortografia, dê a eles a opção de fazer
seu trabalho agora ou não podem ir à academia ou fazer alguma
outra atividade desejável. Isso ajuda a dar-lhes autonomia ou
autocontrole.

A independência é necessária para os adolescentes, pois


leva a uma maior responsabilidade. Permita alguma escolha de
independência de seu filho adolescente, bem como ofereça a ele
algumas tarefas independentes mais estruturadas que exijam
responsabilidade.

Inclua a criança nas obrigações familiares e domésticas,


dando-lhe tarefas específicas que são de sua responsabilidade e
não serão feitas a menos que a criança as faça.

Quando apropriado, ignore o comportamento perturbador do


aluno. Se a função do comportamento é chamar a atenção
interrompendo consistentemente ou fazendo barulho, ignore o
comportamento. Antes de usar essa tática, certifique-se de que a
classe saiba que o mau comportamento nem sempre será tratado
imediatamente, mas será resolvido. Se a classe não for

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abordados, eles sentirão que o aluno perturbador está se
comportando mal.

Quando um aluno fizer perguntas consistentemente na


tentativa de distraí-lo da aula, diga a ele que você responderá à
pergunta mais tarde, durante o “tempo dele”. Isso tornará evidente
quais alunos realmente precisam da ajuda e quais estavam
apenas tentando distrair.

Quando um aluno menciona como outro professor não o


puniu por um comportamento, volte a focar na instrução atual.
Por exemplo, diga “você acha que só porque alguém deixou você
se safar do comportamento, não se aplica aqui, mas se aplica”.

Evite intimidações. Com alunos TOD, a intimidação aumenta


seu comportamento não compatível.

Evite reprimendas públicas. Sempre tente abordar o


comportamento em particular, especialmente com adolescentes.

Para que sejam eficazes, quaisquer recompensas ou punições


devem ser significativas e salientes para a criança.

Separe propositadamente e passe um tempo positivo com a


criança. As relações professor-pais e pais-filhos positivas e de
apoio são críticas.

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Elogie e reconheça o comportamento positivo de seu filho ou
mesmo a falta de comportamento negativo com o qual você está
acostumado. Aponte características positivas.

Enfatize, quando viável, técnicas de autogestão em vez de


controle externo.

Use o tempo limite como último recurso. Muitas vezes


aumenta o comportamento desafiador. Quando usado, mantenha-
se calmo e firme.

Use “tempo limite” de forma eficaz com adolescentes do


ensino fundamental e precoce. Designe a cadeira, sala ou área
específica onde a criança irá para um castigo. Não faça ameaças
vazias. Siga adequadamente, iniciando o castigo apenas quando
a criança estiver calma e quieta. Para os adolescentes, mandá-los
para o quarto por um determinado período de tempo será mais
eficaz do que dar-lhes uma pausa.

Evite mudanças rápidas na rotina normal. Afixe os horários na


sala de aula ou na mesa do aluno. Isso fortalece a criança. Para
crianças mais novas, uma programação de fotos pode ser mais
eficaz.

Indique aos alunos quanto tempo eles têm para fazer as


tarefas. Certifique-se de dar-lhes bastante aviso prévio. Isso dá
mais controle aos alunos. Quando você dá um certo período de

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tempo para terminar uma tarefa, mantenha os limites de tempo
curtos, porque os alunos desafiadores forçarão o limite.

Fornecer um alto nível de estrutura para o trabalho em sala


de aula. Os alunos TOD têm problemas com a organização. Um
exemplo de intervenção de estrutura seria colocar os pertences
das carteiras dos alunos em caixas e organizados de acordo com
a atividade. Isso diminui a chance de a criança ficar
sobrecarregada com o trabalho.

Evite tarefas que estão além da capacidade do aluno. Manter


as tarefas em seu nível de habilidade, permite que eles ainda
mantenham o controle.

Evite sinais de desaprovação em relação à criança. Isso mais


uma vez faz com que a criança sinta que precisa recuperar o
controle novamente, fazendo com que se comporte mal.

Se e quando a criança se calar e se recusar a falar, mantenha


a calma e exponha seus sentimentos e ponto de vista, e
então afaste-se da briga em potencial. A criança vai ouvir você,
quer ela pareça ou não estar ouvindo. Declare as consequências
que virão desse comportamento até que a criança esteja pronta
para falar.

As consequências devem ser diretas e fáceis de entender,


bem como acordadas por todas as partes envolvidas. Regras

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e consequências consistentes devem ser seguidas por todos que
as estão implementando.

Mantenha uma posição firme e consistente sobre as


consequências das violações das políticas, leis e normas
sociais da escola. Imponha limites, mas expresse amor
incondicional.

Escolha suas batalhas. Aceite a falta de controle em certas


áreas, como roupas, amigos, música e limpeza do quarto, onde
podem surgir discussões e violações de regras e regulamentos
são menores e não merecem discussão. Entenda que essas
divergências são mais frequentemente devido a mudanças no
desenvolvimento. No entanto, comunique claramente o que não é
aceitável e siga com as consequências.

Ensine as crianças a desenvolver e manter relacionamentos


sociais positivos. O treinamento de habilidades sociais é
importante para que esses alunos se envolvam em
relacionamentos equitativos

Ensinar intervenções de “saída voluntária”. É quando o aluno


aprende quando sair da sala de aula, para que suas ações não
prejudiquem ninguém. Pergunte aos alunos quais atividades os
ajudarão a recuperar o controle novamente. Quando os alunos
saírem da sala de aula, peça-lhes que realizem esta atividade
para acalmá-los e permitir que ganhem o controle.

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Institua um sistema de loteria de custo de resposta de token.
Os alunos recebem uma certa quantidade de fichas que são
removidas quando se comportam de forma inadequada. Após o
término de um certo período de tempo, os tokens restantes são
trocados por reforçadores.

Estratégia Comportamental de Loteria de Custo de


Resposta
A Loteria de Custo de Resposta pode ser usada para
alunos individuais, pequenos grupos ou grupo inteiro. O
principal objetivo dessa estratégia é aumentar a
frequência dos comportamentos direcionados
desejados. Para iniciar essa estratégia, o professor ou a
turma precisa desenvolver um “menu” de recompensas,
que são as recompensas que os alunos podem receber
se forem bem. O professor seleciona de 1 a 3
comportamentos que precisam ser reduzidos para um
aluno específico ou para a turma. O professor precisa
escolher um momento para implementar essa estratégia
em primeiro lugar. Como os inimigos da estratégia, o
tempo pode aumentar, mas ao começar, deve ser cerca
de 15 minutos para toda a turma e também para um
indivíduo. Isso ocorre porque você deseja monitorar
efetivamente o(s) aluno(s) durante esse tempo
permitido. Precisa ser claro sobre qual é o número
possível de pontos que podem ser recompensados. O(s)
aluno(s) então escreve(m) o nome no papel para toda a
turma ou para um indivíduo podes fazê-lo chegar ao
número x. Escolha um horário para o “desenho” e
certifique-se de que os alunos saibam quando será. Por
exemplo, toda semana, todo mês, final de período ou
final de dia. Apenas certifique-se de avisá-los com
antecedência.

O aluno ou o professor podem gerenciar este sistema. Um


sistema de loteria de custo de resposta também pode ser eficaz.
Distribuir pequenos pedaços de papel aos alunos no início da
semana. Então, cada vez que um comportamento inadequado é
exibido, você remove um pedaço de papel da mesa desse aluno.
No final da semana você pega os pedaços de papel restantes e
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coloca em uma caixa e sorteia um vencedor. Esse aluno é então
capaz de escolher entre uma série de reforçadores.

Exija o contato visual de seus alunos ao se dirigir a eles.


Você deve chamar o nome do aluno e ele precisa fazer contato
visual dentro de 2 segundos. Então você continua a explicar as
instruções da tarefa dada enquanto mantém contato visual o
tempo todo.

Faça Conferências de Resolução de Problemas (PBC, do


inglês Problem Solving Conferences) com seus alunos. São
reuniões que acontecem quando um aluno se comporta mal na
sala de aula. Você permite que o aluno explique seu lado da
história e, em seguida, a outra parte envolvida explica seu lado.
Existe um facilitador que permite que ambas as partes entendam
a posição uma da outra. Se as partes envolvidas não elaborarem
um plano de resolução, o facilitador oferece alternativas.

Sente-se com todos os cuidadores para discutir e concordar


com seu plano de ação para lidar com comportamentos
desafiadores. Isso inclui professores, pais e outras coisas da
escola, conforme apropriado (por exemplo, conselheiro, diretor).

Use um sistema de amigos para ajudar a promover o bom


comportamento (Buddy System). Nesse sistema, um aluno é
emparelhado com um colega e solicitado a registrar seu
comportamento e conformidade com as regras por um período de

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20 minutos. Suas gravações são comparadas com a avaliação do
professor. Eles discutem os resultados e os alunos sugerem
comportamentos apropriados.

Um sistema de amigos em uma escola (Buddy


System) é onde uma criança é emparelhada com outra
criança, geralmente uma mais velha e com habilidades
mais altas. Um sistema de amigos ajuda a promover a
amizade, um melhor apoio aos cursos, às necessidades
comportamentais e sociais, e pode promover um maior
sentimento de pertencimento e uma comunidade escolar
mais inclusiva.

O comportamento apropriado recebe pontos e, no final da


semana, os alunos podem trocar seus pontos por reforços.

TOD pode ocorrer simultaneamente com outros transtornos e é


importante testar outros problemas de saúde mental. Diagnosticar
e tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade,
ansiedade ou depressão que pode ocorrer concomitantemente
com o TOD tornará o gerenciamento e o tratamento do TOD mais
eficaz.

Se houver recursos disponíveis, os pais devem considerar a


possibilidade de participar de treinamento em gerenciamento de
pais ou habilidades de resolução de problemas, ou outras formas
de educação. Prática consistente e paciência são necessárias
para dominar essas habilidades.

27
Epílogo

O
Transtorno Opositivo (TOD) é um transtorno de
comportamento caracterizado por um padrão de humor
irritável, comportamento argumentativo ou desafiador
que dura pelo menos seis meses.
Crianças e adolescentes com TOD podem ter problemas para
controlar seu temperamento, ser desobedientes e desafiadores.
Não há ferramentas específicas para diagnóstico do transtorno,
mas podem ajudar a avaliar algumas condições psiquiátricas.
Adultos e com histórico de TOD têm cerca de 90% de chance de
adolescentes adolescentes com outro transtorno ao longo da vida.
Problemas sociais e comuns quando adultos, incluindo
transtornos por uso de substâncias, são no TOD (Neurosaber,
2022).
O TOD costuma estar associado a outras condições, como o
TDAH e o transtorno de conduta, embora os transtornos do humor
também sejam comuns. O uso de substâncias e outros problemas
comportamentais também podem coexistir.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é
uma das comorbidades mais comuns no TOD, ocorrendo em 14%
a 40% das crianças com o transtorno. Os sintomas de TDAH
podem preceder os de TOD e as crianças com sintomas mais
desafiadores são mais propensas a ter TDAH em comorbidade
(Neurosaber, 2022).

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O TOD configura uma interferência no comportamento da criança
em forma de irritabilidade, excessos de raiva e indisciplina. Já o
TDAH é um transtorno na infância neurobiológica que surge
ainda, caracterizado por desatenção, inquietude e impulsivas
(Girotto, 2022).
Por isso, é importante que os pais procurem um especialista para
que ele analise o quadro em questão, confirme o diagnóstico e
indique o melhor tipo de tratamento, de como orientar os pais e as
pessoas próximas sobre como lidar com esse tipo de situação
(Girotto, 2022).

29
Bibliografia consultada

B
BERNSTEIN, N. I. Treating the unmanageable adolescent: A
guide to oppositional defiant and conduct disorders.
Northvale, New Jersey: Jason Aronson, Inc. 1996.

BURROUGHS, J.; BARLOW, E. Oppositional Defiant Disorder:


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https://www.education.udel.edu/wp-
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2022.

C
COHEN, J.; FISH, M. C. Handbook of school-based
interventions: resolving student problems and promoting

30
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Social & Behavioral Science. 1993.

D
DAVIS, D. L. Your angry child: a guide for parents. New York:
The Hawthorne Press. 2004.

G
GIROTTO, P. Quando TOD e TDAH estão relacionados – saiba
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H
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HALL N.; WILLIAMS J.; HALL P. S. Fresh approaches with


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K
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N
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R
RILEY D. A. The defiant child: a parent's guide to Oppositional
Defiant Disorder. New York: Taylor Trade Publishing. 1997.

33
34

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