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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências Sociais e Políticas

Curso de Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar

Gestão do equipamento de protecção individual como factor impulsionador na


protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de Quelimane
-2021)
(2019

A candidata:

Anquina Toaya

Quelimane,
Junhode 2022
Gestão do equipamento de protecção individual como factor impulsionador na protecção
de serviços na lavandaria do Hospital Central de Quelimane (2019-2021)

Monografia a ser submetido ao Departamento de


Administração e Gestão Hospitalar da Faculdade
de Ciências Sociais e Políticas da Universidade
Católica de Moçambique.
Supervisora: Dra. Cátia Zomane

Quelimane, Junho de 2022


Índice
Declaração De Honra.................................................................................................................
iii
Dedicatória.................................................................................................................................
iv
Agradecimentos ..........................................................................................................................
v
Lista De Abreviaturas E Acrónimos .........................................................................................
vii
Resumo ....................................................................................................................................
viii Capitulo – I.
Introdução .............................................................................................................. 1
1.1. Introdução ............................................................................................................................
1
1.2. Problematização...................................................................................................................
3
1.3. Objectivos ............................................................................................................................
4
1.4. Justificativa ..........................................................................................................................
4
1.5. Relevância Do Estudo .........................................................................................................
5
1.6. Perguntas De Pesquisa .........................................................................................................
5
1.7. Delimitação Da Pesquisa .....................................................................................................
6 Capitulo Ii: Revisão Da
Literatura.............................................................................................. 7
2.1. Literatura Conceptual ..........................................................................................................
7
2.1.1. Saúde ................................................................................................................................
7
2.1.2. Lavandaria ........................................................................................................................
7
2.1.3. Hospital .............................................................................................................................
7
2.1.3.1. Hospital Central .............................................................................................................
8
2.1.3.2. Instituição Hospitalar .....................................................................................................
8
2.1.4. Epi – Equipamento De Proteção Individual .....................................................................
9
2.1.5. Equipamento De Protecção Individual ...........................................................................
10
2.1.6. Segurança No Trabalho ..................................................................................................
11
2.1.7. Hst Na Lei De Trabalho Em Moçambique .....................................................................
11
2.1.8. Higiene, Segurança E Saúde Em Ambiente Hospitalar ..................................................
12 Capitulo Iii:
Metodologia ......................................................................................................... 15
3.1 Tipo De Pesquisa ................................................................................................................
15
3.1.1. Quanto A Natureza .........................................................................................................
16
3.1.2. Quanto A Abordagem .....................................................................................................
16
3. 1.3método De
Procedimento ................................................................................................. 16
3.2 Universo Populacional E
Amostra ..................................................................................... 17
3.2.1 População ....................................................................................................
.................... 17
3.2.2 Amostra .......................................................................................................
.................... 17
3.3 Técnicas E Instrumentos De Recolha De
Dados ................................................................ 17
3.3.1 Consulta
Bibliográfica ................................................................................................
..... 17
3.3.2 Observação ..................................................................................................
.................... 18
3.3.3 Entrevista ....................................................................................................
..................... 18
3.4 Técnicas E Instrumentos De Análise E Validação De
Dados ............................................ 19
3.5 Aspectos
Éticos ................................................................................................................. 19
Capítulo Iv: Apresentação, Análise E Discussão De
Dados .................................................... 20
4. 1.Apresentação E Análise De
Dados ..................................................................................... 20
4.2 Discussão Dos
Resultados .................................................................................................. 25
Capitulo V – Conclusão E
Sugestões ....................................................................................... 27
5.1. Conclusão ..................................................................................................................
........ 27
5.2. Sugestões ...................................................................................................................
........ 28
Bibliografia ...............................................................................................................................
29
Apêndices .................................................................................................................................
31
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro por minha honra que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e da
orientação minha Supervisora, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto e nas referências bibliográficas finais.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição de ensino
para obtenção de qualquer grau académico.

Por ser verdade passo a assinar.

Autora

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Anquina Toaya

Data: _______/________/_______

Supervisora

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Dra. Cátia Zomane

Data: _______/_______/________

DEDICATÓRIA

iii
Dedico o presente trabalho
aos meus Pais.

iv
AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus todo poderoso e detentor de toda sabedoria pela minha
vida, pela inteligência e por até aqui ter sido a minha fonte de vida, saúde e bem-estar.

Ao apresentar este trabalho, que representa o culminar de uma etapa de formação, gostava de
agradecer aqueles que estiveram de forma atenta na minha formação e sem os quais este
trabalho não seria realizado.

A todos os docentes da Faculdade de Ciência Sociais e Politicas – UCM, que de forma


indirecta ou directamente contribuíram para a minha formação académica e na realização do
meu trabalho.

Aos funcionários do Hospital Central de Quelimane, sobretudo da Direcção Administrativa,


bem como, da área de lavandaria pela preciosa informação disponibilizada para realização do
trabalho.

Aos meus colegas e amigos do grupo de estudos pelo apoio, conhecimento partilhado e
companheirismo ao longo do curso.

Contudo aqui expresso o meu reconhecimento e a minha amizade.

Ninguém vence sozinho... OBRIGADA A TODOS!

v
EPIGRAFE

“A Educação Tem Raízes Amargas, Mas


Os Seus Frutos São Doces”.

Aristóteles

vi
LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS
HCQ – Hospital Central de Quelimane

SU – Saúde Publica

RS – Resíduos Sólidos

OMS – Organização Mundial de Saúde

MISAU – Ministério de Saúde Moçambicano

UH – Unidade Hospitalar

UPCS – Unidade de Prestação de Cuidados de Saúde

RSS – Resíduos de Serviço de Saúde

vii
RESUMO

O trabalho tem como tema: Gestão do equipamento de protecção individual como factor
impulsionador na protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de Quelimane. De
forma geral objectivamos Analisar como é feita a Gestão do equipamento de protecção
individual na protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de Quelimane. A nossa
amostra foi retirada de forma aleatória, uma amostragem não probabilística de 8 funcionários
da lavandaria do Hospital Central de Quelimane. Dentre a estrutura organizacional de uma
instituição de saúde, a lavandeira hospitalar é um dos principais serviços de apoio ao
atendimento dos pacientes, na qual é responsável pelo processamento da roupa e sua
distribuição em perfeitas condições de higiene e conservação. A lavandaria hospitalar tem
como objectivo transformar toda a roupa suja ou contaminada, utilizada no hospital, em roupa
limpa. Este processo é extremamente importante para o bom funcionamento do hospital em
relação à assistência directa ou indirecta prestada ao paciente. E para o processamento de
roupas dentro dos hospitais deve ser dirigido de forma que a roupa não represente um veículo
de infecção, contaminação ou mesmo irritação aos pacientes e funcionários.
Palavras-Chaves: Gestão. Equipamento. Lavandaria.

viii
ABSTRAT

The work has as its theme: Management of personal protective equipment as a driving factor
in the protection of services in the laundry of the Quelimane Central Hospital. In general, we
aim to analyze how the management of personal protective equipment is carried out in the
protection of services in the laundry of the Central Hospital of Quelimane. Our sample was
taken at random, a non-probabilistic sampling of 8 employees of the laundry of the Hospital
Central de Quelimane. Among the organizational structure of a health institution, the hospital
laundry is one of the main services to support patient care, in which she is responsible for the
processing of clothing and its distribution in perfect conditions of hygiene and conservation.
The hospital laundry has the objective of transforming all dirty or contaminated clothes, used
in the hospital, into clean clothes. This process is extremely important for the proper
functioning of the hospital in relation to the direct or indirect assistance provided to the
patient. And for the processing of clothing within hospitals, it must be managed in such a way
that the clothing does not represent a vehicle of infection, contamination or even irritation to
patients and staff.

Keywords: Management. Equipment. Laundry.

ix
CAPITULO – I. INTRODUÇÃO

1.1. Introdução

A monografia tem como tema: Gestão do equipamento de protecção individual como factor
impulsionador na protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de Quelimane. O
trabalho exerce um papel fundamental na vida do homem, podendo produzir efeito positivo
quando é capaz de satisfazer às necessidades básicas de subsistência, criação e colaboração
dos trabalhadores. Por outro lado, ao executá-lo, o homem submete-se constantemente aos
riscos presentes no ambiente laboral, que podem interferir directamente em sua condição de
saúde.

Os trabalhadores da área da saúde, principalmente a hospitalar, estão expostos a múltiplos


riscos no seu ambiente de trabalho, de natureza química, física, biológica, psicossocial e
ergonómica. Os riscos biológicos são os principais geradores de periculosidade e
insalubridade para esses profissionais, pois eles têm contacto directo com sangue e outros
fluidos corpóreos, além de manipulação rotineira de materiais perfurocortantes. Daí a
importância da orientação e educação dos profissionais de enfermagem em controlar os
agentes de risco, utilizar os EPI´s e participar dos controles administrativos, programas de
exames médicos e sempre adoptar medidas de segurança.

A lavandaria hospitalar é um dos principais serviços de apoio ao atendimento dos pacientes,


responsável pelo processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene
e conservação, em quantidade adequada a todas às unidades do hospital. O serviço de
lavandaria, rouparia e costura de um hospital é de suma importância para o bom
funcionamento do hospital, pois a eficiência de seu funcionamento contribuirá para a
eficiência do hospital.

O controlo e uso adequado da temperatura, humidade, luminosidade, insolação, ventos


dominantes e renovação de ar contribuem para o conforto dos servidores. A lavandaria é uma
área que compreende um conjunto de maquinaria característico que geralmente provoca muito
ruído e vibração, devendo, portanto, ter tratamento acústico enquanto as máquinas devem ser
fixadas ao piso a fim de diminuir a transmissão das vibrações.

Em conjunto com o serviço de controlo de infecções hospitalares, a lavandaria deve actualizar


as rotinas periodicamente, desenvolver e aplicar normas de prevenção de acidentes e de

1
transmissão de doenças. A actuação conjunta destes sectores possibilita a diminuição dos
riscos de reutilização de roupas e o ajuste dos processos para a obtenção da qualidade
adequada.

É na base destes pressupostos que o presente projecto tem em vista a realização de um estudo
para melhor compreender as condições da gestão do equipamento de protecção individual
como factor impulsionador na protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de
Quelimane.

Esta pesquisa está dividida em cinco (5) capítulos. O primeiro capítulo trata da Introdução,
que basicamente faz a descrição da pesquisa, são apresentados a problematização, os
objectivos, a justificativa, entre outros aspectos típicos de introdução. Já o segundo capítulo
trata do marco teórico onde vários autores dentre eles nacionais e internacionais explicitam
alguns conceitos usados no decorrer do trabalho. A seguir vem o terceiro capítulo que aborda
a metodologia usada na pesquisa para o alcance dos objectivos. Depois temos o quarto
capítulo que destaca a apresentação, análise e interpretação dos dados. Já o quinto capítulo
versa sobre conclusões e as recomendações.

2
1.2. Problematização

Segundo Santaella (1999) não há problema sem uma indagação central, uma dificuldade que
se quer resolver, portanto o problema de pesquisa é uma interrogação que implica em uma
dificuldade não só nos termos teóricos ou práticos, mas que também é capaz de sugerir uma
discussão que pode, em alguns casos, passar por um processo de mensuração, para terminar
em uma solução viável por meio de um estudo sistematizado.

A contaminação dos funcionários e do ambiente tem maior probabilidade de ocorrer nas


seguintes situações: no momento em que as peças são retiradas de seus locais de uso; durante
o transporte, quando o ensacamento não for realizado correctamente; se houver cruzamento
real de roupas sujas e limpas; e quando a utilização dos EPIs for negligenciada.

Desde que adequadamente manuseadas e processadas, as roupas não constituem um risco


aumentado na transmissão de doenças. A contaminação pode ser evitada pelo manuseio
cuidadoso das peças, com a adopção das precauções para fluidos e secreções corporais
aplicadas a todas as roupas, independente da origem, e com o processamento das roupas
obedecendo as rotinas técnicas.

Para conseguir a adesão dos profissionais às normas estabelecidas, é indispensável um


programa permanente de educação continuada, enfatizando os riscos de transmissão de
doenças infecciosas e parasitárias, as diversas formas de contaminação e as medidas
necessárias para a protecção individual e de equipe no ambiente hospitalar.

O acidente de trabalho também prejudica o desenvolvimento da região ou do país, provocando


redução dos profissionais de saúde. No entender da pesquisadora, os profissionais dos
serviços na lavandaria do Hospital Central de Quelimane devem ter plena consciência da
higiene, segurança e saúde no seu ambiente de trabalho. Normalmente, por não terem sido
infectados.

Portanto, torna-se inaceitável que os profissionais de saúde tenham a sua própria saúde
prejudicada por conta das suas actividades laborais. Se os agentes prejudiciais à saúde não
forem evitados ou controlados todos os esforços em termos de protecção da saúde dos
trabalhadores serão em vão.

3
Portanto, em conformidade as inquietações acima apresentadas sobre a problemática da
comunicação suscitaram na autora desta linha de pesquisa a seguinte questão de investigação:
 Quais são os factores resultantes da falta do uso do EPI pelo pessoal da lavandeira do
HCQ?

1.3. Objectivos

1.3.1. Objectivo Geral

 Analisar como é feita a Gestão do equipamento de protecção individual na protecção de


serviços na lavandaria do Hospital Central de Quelimane.

1.3.2. Objectivos Específicos

 Identificar os factores resultantes da falta do uso do EPI pelo pessoal da lavandeira do


Hospital Central de Quelimane,

 Descrever o impacto do uso do equipamento de protecção individual como factor


impulsionador na protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de
Quelimane,

 Mencionar as causas provocadas da falta de uso de EPI pelo pessoal da lavandeira do


Hospital Central de Quelimane.

1.4. Justificativa

A principal motivação pela escolha do tema, surge pelo facto da estrutura organizacional de
uma instituição de saúde, a lavandaria hospitalar é um dos principais serviços de apoio ao
atendimento dos pacientes, na qual é responsável pelo processamento da roupa e sua
distribuição em perfeitas condições de higiene e conservação. Um bom sistema de
processamento da roupa é factor de redução das infecções hospitalares e impactos ambientais.
É de grande importância o estudo dos factores que propiciam e acometem os pacientes de uma
unidade hospitalar perante as infecções adquiridas neste meio, para que se possa obter
indicadores para possíveis controlos.

Trata da determinação de directrizes e parâmetros para orientar a contratação dos Serviços de


lavandaria Hospitalar, para processamento de roupas e tecidos em geral em todas as suas
etapas, desde sua utilização até seu retorno em perfeitas condições de reutilização, sob
4
situações higiénico-sanitárias adequadas, mediante a operacionalização e execução de todas as
actividades.

A lavandeira hospitalar é um dos principais serviços de apoio ao atendimento dos pacientes,


responsável pelo processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene
e conservação. Um bom sistema de processamento da roupa é factor de redução das infecções
hospitalares e impactos ambientais.

1.5. Relevância do Estudo

 No âmbito académico

Espera-se que a pesquisa promova os conhecimentos científicos e contribua para a resolução


de alguns problemas que enfermam a sociedade e possa cultivar um espírito de crítica e de
auto crítica sobre a realidade, bem como, forneça ferramentas para potenciar o conhecimento
científico. O estudo servira de base para as futuras pesquisas no sentido de que o tema é
extremamente relevante, isto porque possui conclusões de muitos desafios futuros referentes
as duvidas que os estudantes da área de Administração e Gestão Hospitalar.

 A nível social

O estudo pretende trazer um grande impacto, isto porque ira de forma alguma ajudar a reduzir
o nível de doença contraída por má gestão do equipamento de protecção individual na
protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de Quelimane.

 A nível Institucional

A análise irá ajudar no processo da garantia da implantação das normas de prevenção


préestabelecidas para a massificarão do bem-estar dos trabalhadores.

1.6. Perguntas de Pesquisa

De acordo com Gil (2002), “as perguntas de partida definem os propósitos de estudo que o
investigador ira realizar e torna-se central em qualquer investigação de índole científica.

Nesta ordem de ideias para a presente pesquisa teremos as seguintes perguntas de partida:

5
• P1: Quais são os factores que resultam da falta do uso do EPI pelo pessoal da
lavandeira do Hospital Central de Quelimane?

• P2: Que impacto tem o uso do equipamento de protecção individual como factor
impulsionador na protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de
Quelimane?
• P3: Quais são as causas provocadas pela falta de uso de EPI pelo pessoal da
lavandeira do Hospital Central de Quelimane?

1.7. Delimitação da Pesquisa

1.7.1. Delimitação Temporal – o estudo será realizada tomando como base o período
compreendido entre (2019 - 2021) que foi o tempo estabelecido pela pesquisadora de acordo
com as normas de elaboração do projecto de pesquisa. A escolha desse período deve-se pelo
facto do problema ter se propagado muito neste período e foi neste mesmo período em que
constatou-se morte de 1 funcionários dessa área de trabalho.

1.7.2. Delimitação Espacial – a presente pesquisa será realizada na área dos serviços de
lavandaria hospitalar do Hospital Central de Quelimane. No concernente a escolha do local e
a instituição, deveu-se por ser a cidade onde a estudante reside.

1.7.3. Delimitação Temática – o tema em estudo enquadra-se nas cadeiras de Gestão de


Cuidados Médico e Vivencia Hospitalar, com vista a alcançar uma compreensão integral do
problema, faz-se uma abordagem disciplinar, com subsídios extraídos em matéria de
biossegurança hospitalar.

6
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Literatura Conceptual

2.1.1. Saúde

“Saúde é o estado físico, mental e social de bem-estar” Chiavenato (2010, p.471). Esta
definição enfatiza as relações entre o corpo, a mente e os padrões sociais. A saúde de uma
pessoa pode ser prejudicada por doenças, riscos/acidentes e stressemocional. Por conseguinte,
deste ponto de vista a saúde é a ausência de doença.

2.1.2. Lavandaria

A lavandaria hospitalar é um dos principais serviços de apoio ao atendimento dos pacientes,


responsável pelo processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene
e conservação. Um bom sistema de processamento da roupa é factor de redução das infecções
hospitalares e impactos ambientais. (Macêdo eł al., 2002) Segundo Mesiano e Lisboa (2006) a
lavandaria hospitalar:

é um dos serviços de apoio ao atendimento dos pacientes, responsável pelo


processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene e
conservação, em quantidade adequada a todas às unidades do hospital. (p.23)

Executa a lavagem de roupas, separando-as de acordo com o tipo de material e grau de sujeira.
Pesando, regulando e operando máquinas lavadoras. Efectua a revisão de roupas lavadas,
verificando manchas e qualidade da lavagem. Opera equipamentos de baixa complexidade.

2.1.3. Hospital

Para Louzada (2008), o hospital é parte integrante de um sistema coordenado de saúde cuja
função é dispensar à comunidade completa assistência médica, preventiva e curativa,
incluindo serviços extensivos à família em seu domicílio e ainda um centro de formação dos
que trabalham no campo da saúde e para as pesquisas biossociais. Portanto, o hospital é um
lugar complexo que busca proporcionar a manutenção do bem-estar físico, social e mental do
ser humano.

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2.1.3.1. Hospital Central

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) citado por Londono etal, (2008, p. 5) define
o hospital como sendo parte integrante da organização médica social, cuja função é
proporcionar a população atenção médica completa, tanto preventiva como curativa, e cujo
serviço de consulta externas (ambulatório) alcança a família em seu lar. O hospital também é
um centro de prestação e treinamento de profissionais de saúde, assim como um campo de
pesquisa biossocial.

Ao abrigo do Diploma Ministerial Moçambicano (2007), Hospital Central constitui o primeiro


nível de referência de vários centros de saúde que fazem parte da zona de captação do hospital
distrital.

Segundo o Ministério de saúde de Brasil (2008), Hospital Central é uma instituição destinado
à prestação de atendimento nas especialidades básicas, por especialistas e/ ou outras
especialidades medicas. Pode dispor de serviços de urgência ou emergência.

Podemos concluir que Hospital Central é uma instituição de referência, a doentes que não
encontram solução de problema de saúde nos outros níveis inferiores, sem olhar pelas
questões étnicas, cultural, politicas, socioeconómica, religiosos, raça e idade.

2.1.3.2. Instituição Hospitalar

A instituição hospitalar é caracterizada como o lugar do exercício de um conjunto de práticas


em saúde, configurando uma tecnologia do processo de trabalho que na sua singularidade
exige do profissional de saúde respostas individuais e colectivas ao lidar diariamente com a
dor, doença e a morte (Brandão Júnior, 2001).

O hospital é parte integrante de uma organização Médica e Social, cuja função básica consiste
em proporcionar à população Assistência Médica Sanitária completa, tanto curativa como
preventiva, sob qualquer regime de atendimento, inclusive o domiciliar, cujos serviços
externos irradiam até o âmbito familiar (Marzialle; Carvalho, 1998).

Para Starling (2000, citado por Brandão Júnior, 2001) o hospital é um estabelecimento que
presta serviços específicos à população em geral e apresenta uma variedade de acções de
saúde que expõe seus trabalhadores a uma ou mais cargas, dentre as quais destaca-se a

8
exposição a doenças infecto-contagiosas e aquelas em contacto directo com pacientes e/ou
com artigos e equipamentos contaminados com material orgânico.

Hospital é um local destinado ao atendimento de doentes, para proporcionar o diagnóstico e


tratamento necessário. São empresas caracterizadas por produzir serviços e assistência à
saúde, não se preocupando suficientemente com a protecção, promoção e manutenção da
saúde dos empregados, os quais exercem suas actividades em ambientes altamente insalubres,
sujeitos a todo tipo de infecção, além do contacto com produtos químicos, tóxicos e altos
níveis de radiação.

2.1.4. EPI – Equipamento de Protecção Individual

Segundo Simões (2009), os equipamentos de protecção individual (EPI) são dispositivos e/ou
acessórios destinados a serem utilizados pelo trabalhador para o proteger dos riscos quando
estes não puderem ser evitados ou limitados, dentro de limites aceitáveis, por meios técnicos
de protecção colectiva ou por processos de organização do trabalho. Há que ter presente que
os EPI’s exigem do trabalhador um esforço no desempenho das suas funções devendo,
também
por esta razão, ser usados quando as medidas de protecção integrada e de protecção colectiva
não são suficientes para garantir a segurança e a saúde do trabalhador.

Os EPI’s devem respeitar as disposições comunitárias referentes à sua concepção e construção


em matéria de segurança e saúde, devem ser adequados relativamente aos riscos a prevenir,
sem que eles próprios induzam a um incremento do risco e por último devem ser adequados às
características do portador. Todo o EPI é de uso pessoal pelo que na realização de qualquer
trabalho deva estar à disposição dos trabalhadores, o equipamento mais adequado para o
trabalho a efectuar.

A selecção dos EPI’s deverá ter em conta:

• Os riscos a que o trabalhador está exposto;


• As condições em que trabalha;
• A parte do corpo a proteger;
• As características do próprio trabalhador.

Para Lima (1999) o conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como as edificações,
os equipamentos, os móveis, as condições de temperatura, de pressão, a humidade do ar, a
9
iluminação, a organização, a limpeza e as próprias pessoas, fazem parte das condições de
trabalho e constituem assim o que se designa por ambiente.

Em muitos casos, o ambiente de trabalho é agressivo para o trabalhador, dadas as condições


de ruído, temperatura, esforço, etc., a que o mesmo se encontra sujeito durante o cumprimento
das suas funções.

Há vários factores de risco que afectam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas
diárias. Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais, como é o caso, dos
técnicos de lavandaria, que trabalham em contacto consecutivo com substâncias perigosas.
Por esse facto, são obrigados a usar roupas especiais, para evitar que o corpo entre em
contacto directo com essas substâncias.

2.1.5. Equipamento de Protecção Individual

 Luvas

Um dos equipamentos mais importantes. Protegem as mãos de materiais escoriantes,


abrasivos, cortantes, tóxicos, corrosivos, etc. Existem vários tipos de luvas no mercado
devendo, portanto, ser utilizadas de acordo com o tipo e formulação do produto a ser
manuseado. Deve ser impermeável ao produto químico.

 Máscaras e respiradores

Tem o objectivo de evitar a inalação de vapores orgânicos, névoas ou finas partículas tóxicas
através das vias respiratórias. São recomendadas para locais onde o teor de oxigénio seja
inferior a 18%. Devem sempre estar limpos e higienizados e seus filtros jamais devem estar
saturados. Se utilizados de forma inadequada, os respiradores tornam-se desconfortáveis e
podem transformar-se em fonte de contaminação.

 Protectores faciais

Protegem os olhos e o rosto contra lesões durante o manuseio e aplicação, resultante do


contacto com partículas e respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas
intensas. Deve ter a maior transparência possível e não distorcer as imagens.

10
 Óculos de segurança

Combatem ferimentos nos olhos provenientes de contacto com partículas, líquidos agressivos,
etc.

 Vestimentas especiais

São usadas contra os riscos de lesões provocadas por produtos radioactivos, biológicos ou
químicos. A diferença entre os tipos de confecções se dá pelo nível de protecção que
oferecem.

 Calçados impermeáveis e de protecção

Evitam contacto do trabalhador em locais húmidos. Devem ser impermeáveis,


preferencialmente de cano alto e resistente aos solventes orgânicos.

2.1.6. Segurança no Trabalho

Para Chiavenato (2009), a segurança no trabalho envolve um conjunto de medidas técnicas,


educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, eliminando as
condições inseguras do ambiente ou instruindo e convencendo as pessoas da implantação e
uso de práticas preventivas.

Apresentadas as definições dos conceitos fundamentais para o presente estudo, segue-se a


discussão dos argumentos dos diversos autores sobre aspectos teóricos da higiene segurança e
saúde em ambiente hospitalar, os acidentes de trabalho, os riscos em ambiente hospitalar e as
principais lições aprendidas da discussão.

2.1.7. HST na lei de trabalho em Moçambique

De acordo com a lei 23/2007 de 01 de Agosto, no seu art. 216.2 “o empregador deve
proporcionar aos seus trabalhadores boas condições físicas, ambientais e morais do trabalho,
informa-los sobre os riscos do seu posto de trabalho e instrui-los sobre o adequado
comprimento das regras e higiene no trabalho”. Sendo assim o empregador deve criar um
ambiente saudável, livre de riscos e advertir o trabalhador sobre os riscos existentes e como
evitar acidentes ou doenças profissionais e o cumprimento das regras existentes sobre a
higiene e segurança no trabalho. De acordo com o código de trabalho no art.216.3’’o

11
empregador e o trabalhador são obrigados a cumprir pontualmente e rigorosamente as normas
legais e regulamentares, bem como as directivas e instruções das entidades competentes em
matéria de higiene e segurança no trabalho’’, neste contexto o empregador e o trabalhador tem
a responsabilidade de cumprir as ordens legais para o bom funcionamento do trabalho e a não
exposição aos riscos no local do trabalho.

2.1.8. Higiene, segurança e saúde em ambiente hospitalar

A inter-relação entre o ambiente e o ser humano engloba não apenas o meio físico mas
também as condições químicas, biológicas e socioculturais em que o homem se encontra.
Quando este ambiente é de trabalho, pode oferecer riscos que agridem a integridade física,
emocional e social do trabalhador.

O Ministério de Saúde, relativamente ao Relatório Mundial de Saúde de 2002, revela que dos
aproximadamente 35 milhões de trabalhadores de saúde em todo mundo, cerca de três milhões
em cada ano, sofrem exposições a elementos patogénicos presentes no sangue e a cada dia
morrem 5000 trabalhadores como resultado das doenças ligadas ao trabalho (Ministério de
Saúde, 2011). Estas doenças englobam as situações de acidente de trabalho, relacionadas com
o trabalho e agravadas pelo trabalho.

De acordo com Mendes (2007), a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação do
Homem desde o início de sua existência com outros títulos em outros contextos, mas sempre
voltada a facilitar ou a trazer a satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de sua
tarefa.

A segurança é a preocupação mais constante do Homem. De acordo com Chiavenato (2009), a


própria história relatando disputas diversas, revela a grande tendência dos povos e das pessoas
para aperfeiçoar, sempre que possível, novas e melhores formas de protecção, seja
construindo fortalezas, seja aumentando o poder militar e policial, seja aumentando a
capacidade financeira - todos buscam não depender das circunstâncias e dos outros. Por isso é
cada vez maior o número de organizações que criam seus próprios serviços de segurança no
sentido de estabelecer normas e procedimentos adequados, pondo em prática os recursos
possíveis para conseguir a prevenção de acidentes e controlar os resultados obtidos.

Ainda de acordo com este autor, a segurança do trabalho envolve um conjunto de medidas
técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes,
12
eliminando as condições inseguras do ambiente ou instruindo e convencendo as pessoas da
implantação e uso de práticas preventivas. Tem como finalidade estabelecer normas e
procedimentos com o objectivo de prevenir a integridade física do trabalhador, sua segurança
nos locais de trabalho, o controlo dos riscos profissionais bem como a melhoria das condições
e do ambiente do trabalho nos diversos sectores.

Para tal é necessário que as empresas desponham de equipamentos de protecção individual.


Um Equipamento de Protecção Individual (EPI) é definido como qualquer equipamento ou
acessório destinado ao uso pessoal do trabalhador, para protecção contra eventuais riscos
susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde durante o exercício das suas tarefas
(Mulatinho, 2001).

As empresas devem fornecer a seus trabalhadores Equipamentos de Protecção Individual


(EPI) visando manter a saúde e a integridade física dos mesmos. EPI são protectores
específicos para determinada parte do corpo que está sofrendo ameaças.

Ainda de acordo com Mulatinho (2001), a empresa deve informar aos usuários a maneira
correcta de utilizá-los, seja através de treinamento ou aulas expositivas, ficando assim o
trabalhador obrigado a usar os equipamentos necessários à sua segurança. A sua utilização
evita a ocorrência de lesões ou diminui a gravidade até mesmo dos efeitos nocivos de
substâncias tóxicas, garantindo, deste modo, a sua saúde.

A saúde do trabalhador pode ser analisada em duas vertentes, a mental e a física (Chiavenato,
2010). A saúde mental é analisada com base nas condições psicológicas e sociológicas do
trabalho, que possibilite bons resultados no comportamento das pessoas, evitando impactos
emocionais, como o stress. A saúde física está relacionada com a exposição do organismo
humano a agentes externos como ruído, ar, temperatura, humidade, luminosidade e
equipamentos de trabalho. Igualmente, deve ser implementado um sistema de vigilância de
saúde que tem por finalidade a verificação da aptidão física e psíquica do trabalhador para o
exercício da sua profissão.

Por sua vez, a higiene no trabalho está relacionada com as condições ambientais de trabalho
que asseguram a saúde física e mental e com as condições de saúde física e bem-estar das
pessoas. Portanto, um ambiente saudável de trabalho deve envolver condições ambientais
físicas que actuem positivamente sobre todos os órgãos do sentido humano como: visão,
audição, tacto, olfacto e paladar. Um ambiente de trabalho agradável facilita o relacionamento
13
interpessoal e melhora a produtividade, bem como reduz acidentes de trabalho. A higiene no
trabalho tem como objectivo proteger e promover a saúde e o bem-estar dos trabalhadores a
fim de garantir um ambiente de trabalho saudável e seguro.

Para Chiavenato (2009) sugere, a aplicação de medidas apropriadas para prevenir e controlar
os riscos em ambiente de trabalho. Estas medidas abrangem um conjunto de metodologias
necessárias à prevenção de doenças profissionais, tendo como principal campo de acção o
controlo dos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos componentes materiais de
trabalho que tem por base o estudo e controlo das condições e acidentes de trabalho.

14
CAPITULO III: METODOLOGIA

Neste capítulo são traçados os procedimentos necessários para a efectivação dos objectivos da
proposta de investigação aqui apresentada, tais como: tipo de pesquisa, participantes da
pesquisa, técnicas, instrumentos de colecta de dados, métodos de apresentação e análise de
resultados.

Segundo Ruiz (2002) “método é um conjunto de normas-padrão que devem ser satisfeitas,
caso se deseje que a pesquisa que a seja tida por adequadamente conduzida e capaz de levar a
conclusões merecedoras de adesão racional” (p. 78).

Assim do ponto de vista da autora, conforme as opiniões apresentadas sobre a metodologia,


conclui-se que é um estudo sistemático e lógico dos métodos empregados nas ciências, seus
fundamentos, sua validade e sua relação com as teorias científicas. Em geral, o método
científico compreende basicamente um conjunto de dados iniciais e um sistema de opiniões
ordenadas adequada para a formulação de conclusões, de acordo com certos objectivos
predeterminados.

3.1 Tipo de Pesquisa

De acordo com Cervo et tal., (2007) “a pesquisa é uma actividade voltada para a investigação
de problemas teóricos e práticos por meio de emprego de processos científicos. Ela parte, pois
de uma dúvida ou problema e com o uso do método científico busca respostas ou soluções”.

Tendo em conta os objectivos do estudo, a pesquisa é do tipo exploratório. De acordo com Gil
(1994):

Estas pesquisas tem como preocupação central identificar s factores que determinam
ou contribuem para ocorrência dos fenómenos. Este é o tipo de pesquisa que mais
aprofunda o conhecimento da realidade, porquê explica a razão, o porque das Cóias.
Por isso mesmo, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometererros
aumenta consideravelmente.

Optou-se por este tipo de pesquisa, levando em consideração a questão de partida que
pretende perceber quais são as causas provocadas pela falta de uso de EPI pelo pessoal da
lavandeira do HCQ.

15
3.1.1. Quanto a Natureza

Quanto a natureza este estudo é classificado como pesquisa aplicada que para Gil (1999), tem
por objectivo gerar conhecimentos para aplicação práticas dirigidos a solução de problemas
específicos portanto, uma vez que procuramos conhecer as causas provocadas pela falta de
uso de EPI pelo pessoal da lavandeira do HCQ, para posteriormente melhorarmos na
qualidade de prestação de serviços hospitalares.

3.1.2. Quanto a Abordagem

Quanto a abordagem a pesquisa a desenvolver é do tipo qualitativa, no qual caracterizar-se-á


pelo não emprego da quantificação tanto na modalidade de colecta de dados, assim como no
tratamento dos resultados. (Richardson, 1999).

Este tipo de abordagem permitira maior familiaridade com o problema em estudo sendo que
possibilitara na interacção com os intervenientes, no sentido de colher informações precisas
sobre a temática.

Por outro lado, a pesquisa qualitativa não se preocupa com responsabilidade numérica, mas
sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os
pesquisadores que adoptam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um
modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais tem suas
especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria, (Fonseca, 2002)

3.1.3Método de Procedimento

Para Marconi e Lakatos (20012, p.44):

Método de procedimento constitui, etapas mais concretas de investigação, com a


finalidade mais restrita em termos de explicação geral dos fenómenos abstractos.
Pressupõe uma atitude concreta em relação ao fenómeno e estão limitadas a um
domínio particular.

Quanto ao procedimento é usada diversas linhas de pesquisa, nomeadamente, o estudo de


casos e a pesquisa bibliográfica.

O estudo de caso consiste em colectar e analisar informações sobre determinado indivíduo,


um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados que sejam objectos de
pesquisa.
16
De acordo com Gil (2008), “o estudo de caso consiste no estudo profundo de um ou poucos
objectos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”.(p. 55).

Segundo Gil (2008), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado,


constitui principalmente de livros e artigos científicos”(p. 61).

3.2 Universo Populacional e Amostra

3.2.1 População

Na opinião de Marconi e Lakatos (2012), “universo ou população é um conjunto de seres


animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. A
delimitação do universo consiste em apresentar que pessoas, coisas ou fenómenos serão
pesquisadas, enumerando suas características comuns” (p. 61).

Deste modo a pesquisa terá como grupo alvo a estudar os funcionários do HCQ.

3.2.2 Amostra

Segundo Bento etal. (2010), “é o subconjunto finito de uma população” (p. 51).

Na perspectiva de Marconi e Lakatos (2012) “amostra constitui uma porção ou parcela,


convenientemente seleccionada do universo ou população; é o subconjunto do universo”.(p.
96)

Para o efeito do universo apresentado é retirado de forma aleatória uma amostragem não
probabilística de 8 funcionários da lavandaria do Hospital Central de Quelimane.

3.3 Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados

De acordo com a natureza do trabalho, é usada as técnicas de consulta bibliográfica,


observação e entrevista de forma a efectivar a pesquisa de estudo.

3.3.1 Consulta Bibliográfica

De acordo com Marconi & Lakatos (1996), a consulta bibliográfica “trata-se de levantamento
de toda bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas em
imprensa escrita e documentos electrónicos”.
17
No entanto esta técnica será usada na medida em que pesquisou-se sobre a literatura existente
que abordam sobre a técnica, como será o caso da pesquisa sobre os artigos, monografias,
dissertações e teses com conteúdos relacionados ao tema.

3.3.2 Observação

De acordo com Marconi & Lakatos (1996), “a observação é uma colecta de dados para
conseguir informações sob determinados aspectos da realidade. Ela ajuda o pesquisador a
identificar e obter provas a respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não têm
consciência, mas que orientam seu comportamento”. Para o presente estudo optara se em
fazer uma observação directa.

3.3.3 Entrevista

Segundo Ruiz (2002, p. 66):

A entrevista consiste no diálogo com o objectivo de colher, de determinada fonte, de determinada pessoa ou
informante, dados relevantes para a pesquisa

em andamento. Por tanto, não só os requisitos da pesquisa devem ser bem


elaborados, mas também o informante deve ser criteriosamente seleccionado.

Para Marconi & Lakatos (2012) “entrevista é uma conservação efectuada face a face, de
maneira metódica; proporciona ao entrevistador, verbalmente, a informação necessária” (p.
173)

Na opinião de Cervo etal., (2007) “a entrevista não é uma simples conversa. É uma conversa
orientada para um objectivo definido⁚ recolher por meio do interrogatório do informante,
dados para pesquisa”(p. 51)

Aliado a estes pensamentos dos autores acima citados, será feito um guião de entrevista para a
colecta de dados, direccionados aos funcionários da área de lavandaria do Hospital Central de
Quelimane e sendo assim uma entrevista semiestruturada.

18
3.4 Técnicas e Instrumentos de Análise e Validação de Dados

Em função do tipo de pesquisa desencadeado em terno do presente estudo, no que diz respeito
a abordagem, os resultados da pesquisa serão apresentados em texto descritos sem que haja
emprego de dados estatísticos, isto é, sem emprego da quantificação.

Entretanto, o método que será usado para a análise dos resultados, será o método de
triangulação, que segundo Patton (1990), citado por Carmo etal. (1998), “é uma forma de
tornar um plano de investigação mais sólido é através de triangulação, isto é, da combinação
de metodologias no estudo dos mesmos fenómenos ou programas” (p. 183).

O método de triangulação consiste no desdobramento do investigador na perspectiva de


conciliar as três principais técnicas de colecta de dados: a entrevista, a observação directa e a
análise documental.

3.5. Aspectos Éticos

De acordo com Servo, (2007):

A ética em pesquisa deve permear todo o trabalho do pesquisador.com o advento da internet, proliferam-se os
plágios e as copias de textos, sem a citação da fonte de
busca, desrespeitando, dessa forma, os autores. Nada impede que você faca uma
pesquisa na internet, mas lembre-se de que nem toda informação que há na internet é

cientificamente verdadeira, deve-se citar as obras consultadas.(p. 39)


Assim, na valorização das questões éticas, o pesquisador protegerá a identidade dos
entrevistados, garantindo o anonimato aos mesmos, identificando-os através de um código,
segundo as recomendações das questões relativas ao respeito da ética nas questões científicas.

19
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS

4.1.Apresentação e Análise de Dados

Neste capítulo fez-se a validação dos dados colhidos no campo, de modo a responder os
objectivos traçados. No entanto foram apresentados os dados obtidos através de inquérito por
entrevista semiestruturada, dirigido ao público-alvo e posteriormente fez-se a sua
interpretação (ou discussão).

Conforme Neves e Domingues (2007) a interpretação refere-se à relação entre os dados


empíricos e a teoria. Os autores, enfatizam a importância da teoria para o estabelecimento de
generalizações empíricas e de sistemas de relações entre proposições. Mediante uma teoria, é
possível verificar que, por trás dos dados, há uma série de observações, que sugere a
existência de suposições sobre a relação entre as variáveis de estudo.

Codificação

Entanto, com o intuito de salvaguardar a imagem dos intervenientes, os dados foram


codificados com a sigla “F” tendo “Fn”… “Fn”, em que “Fn” significa funcionário e n a
posição na entrevista.

4.1.1. Dados da Entrevista Dirigida aos funcionários da lavandaria do Hospital Central


de Quelimane.

1. Colocada a questão sobre a Como é feito o processo de selecção da roupa suja na lavandaria
da HCQ os entrevistados responderam:

“(…) O processo da roupa suja na lavandaria é feita separação roupa mais suja a menos
suja”. F1

“(…) O processo da roupa na lavandaria é coleccionado a roupa mais suja e menos limpa”.
F2

“(…) O processo da roupa para o sector da lavandaria é seleccionada a roupa mais suja e
roupa menos suja em cada em cada máquina de lavar”. F3 e F7

“(…) É feito através da separação roupa mais suja e menos suja”. F4

“(…) O processo de selecção da roupa suja a lavandaria é feito através da separação da


roupa mais suja da menos suja”. F5
20
“(…) O processo da selecção da roupa suja é feito através de selecção de muito suja e de
menos suja e por último pesamos para saber quantos vão entrar na máquina”. F6 e F8

Nesta ordem de ideias podemos afirmar que o processo de selecção da roupa suja na
lavandaria da HCQ é feita separação roupa mais suja a menos suja em cada em cada máquina
de lavar.

Esta resposta unânime leva a crer que este processo é feito desta maneira, já que os
entrevistados partilham a mesma ideia.

2. Colocada a questão sobre qual é o papel do Administrador Hospitalar na protecção do


pessoal que trabalha a lavandaria do HCQ, os entrevistados responderam:

“(…) O papel do administrador é de criar condições para o bom funcionamento do sector


garantindo a boa segurança dos seus funcionários”. F1

“(…)É de garantir o bom funcionamento e criar condições para o bem do sector da


lavandaria”.F3

“(…) É de garantir o bom funcionamento para bem do sector da lavandaria”. F4

“(…) O papel do administrador o sector da lavandaria é de garantir a higiene e segurança


no trabalho para o sector da lavandaria, a melhorar a prestação do serviço”. F5

“(…) O papel do administrador é de garantir a higiene e segurança no trabalho a melhor


protecção do serviço”. F7 e F2

“(…) O papel do administrador hospitalar na protecção do pessoal é de garantir a higiene e


segurança no trabalho para sector da lavandaria a melhorar a prestação de serviço” F8.

Nesta ordem de ideias podemos afirmar que o papel do administrador é de criar condições
para o bom funcionamento do sector garantindo a boa segurança dos seus funcionários e mais
sector da lavandaria é de garantir a higiene e segurança no trabalho para o administrador
hospitalar sector da lavandaria deve a melhorar a prestação do serviço.

3. Colocada a questão sobre quais são os factores que resultam da falta do uso do EPI pelo
pessoal da lavandeira do Hospital Central de Quelimane, os entrevistados responderam:

21
“(…) Os factores que resultam são: podemos a partir da falta do uso do EPI contrairmos
sertãs infecções ou até nos picarmos com agulhas”. F1 e F2

“(…) Na falta de uso de protecção e EPI apanhamos doenças”. F3

“(…) Na falta do uso do EPI pelo pessoal da lavandaria pode causar varias doenças”. F4 e
F5

“(…) O factores que resultam da falta do EPI, e do sector da lavandaria e de contaminação


de varias doenças infecciosas”. F6

“(…) Os factores que resultam da falta de EPI pelo pessoal da lavandaria é de:
contaminação de doenças infecciosas”. F7

“(…) Na falta do EPI são grandes riscos para o pessoal que exerce os trabalhos na
lavandaria também é fácil contaminar-se porque toda roupa que as enfermarias traz fica
cheia de microrganismos”. F8

Os nossos entrevistados afirmam que a falta do uso do EPI pelo pessoal da lavandeira do
Hospital Central de Quelimane pode resultar em contaminação por doenças infecciosas para
pessoal da lavandaria.

4. Perguntados sobre em que condições de trabalho os colaboradores da lavandaria estão


expostos, os entrevistados responderam que:

“(…) O ambiente de trabalho no qual os colaboradores estão expostos de certa forma


suscitar alguns riscos da saúde uma vês que tem contacto directo com alguns artigos que
pode apresentar microrganismos ou substâncias contagiosas avarias de máquinas que
dificulta a execução de algumas actividades”. F1, F3 e F7

“(…) Para sector da lavandaria como nos todos sabemos é um sector de muito risco. É da
responsabilidade nossa nos proteger usando o EPI completo para maior prevenção das
doenças”. F5

“(…) Quanto ao sector da lavandaria é um sector muito ariscado e da responsabilidade


nossa usar EPI para a nossa protecção”. F8

Os nossos entrevistados são unânime ao reconhecer que os colaboradores estão expostos de


certa forma suscitar alguns riscos da saúde uma vês que tem contacto directo com alguns
22
artigos que pode apresentar microrganismos ou substâncias contagiosas avarias de máquinas
que dificulta a execução de algumas actividades e mais o sector da lavandaria como nos todos
sabemos é um sector de muito risco. É da responsabilidade nossa nos proteger usando o EPI
completo para maior prevenção das doenças

5. Colocada a questão sobre quais os principais riscos que a lavandaria do HCQ oferece a
saúde pública, os entrevistados responderam que:

“(…) Os principais riscos que a lavandaria oferece a saúde publica é da drenagem das águas
negras”. F1 e F2

“(…) Os principais riscos que a lavandaria é a drenagem das águas negras”. F3

“(…) Drenagem das águas negras”. F4 e F5

“(…) Os principais riscos que a lavandaria do HCQ oferece a saúde publica é sao màs
sociedade”. F6

“(…) Os riscos são: contaminação a saúde pública com águas negras”.

“(…) Localização da drenagem das águas negras”. F7

“(…) Os principais riscos são: a ma localização das drenagens que leva a água suja para a
sociedade”. F8

Nesta ordem de ideias podemos afirmar que sobre os principais riscos que a lavandaria do
HCQ oferece a saúde pública, são a ma localização das drenagens de águas negras.

6. Colocada a questão sobre que impacto tem o uso do equipamento de protecção individual
como factor impulsionador na protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de
Quelimane, os entrevistados responderam que:

“(…) O equipamento de protecção individual têm como factor proteger a nossa saúde”. F1 e
F2

“(…) O impacto de uso de equipamento é positivo porque nos protegem a nossa saúde”.

“(…) O impacto de equipamento de protecção é positivo porque nos protege a nossa saúde”.
F3

23
“(…) O impacto que tem o uso de equipamento de protecção individual é de garantir o bem
estar do sector assim como bem estar do pessoal”. F4

“(…) O equipamento de protecção individual ajuda-nos a nos proteger primeiro nas que
trabalhamos na lavandaria e segundo o nosso próximo e também ajuda nos a não transmitir
as doenças a mais pessoas ou a não carregarmos para casa”. F5

“(…) O impacto é de proteger de doenças de transmissão”. F6

“(…) Boa execução de trabalho com segurança”. F7

“(…) Menos riscos no trabalho”. F8

Mediante as respostas dadas pelos nossos entrevistados podemos dizer que o equipamento de
protecção individual garante o bem-estar do sector assim como bem-estar do pessoal e mais o
equipamento de protecção individual têm como factor proteger a nossa saúde e a segurança
dos trabalhadores.

7. Colocada a questão sobre quais são as causas provocadas pela falta de uso de EPI pelo
pessoal da lavandeira do Hospital Central de Quelimane, os entrevistados responderam que:

“(…) As causas são: contaminações de doenças diversas que as enfermarias trazem com
roupa hospitalar no sector”. F1 e F5

“(…) As causas provocadas pela falta do EPI pelo pessoal da lavandaria são: é da
contaminação das doenças infecciosas, visto que a nossa roupa quando sai da enfermaria
para lavandaria encontramos vários objectos como seringa, agulhas, pinças, etc”. F2

“(…) As causas provocadas na falta de EPI são: doenças infecciosas no caso de seringas,
agulhas, que trazem com a roupa da enfermara”. F3

“(…) As causas provocadas na falta de EPI é contraimentos de varias doenças porque os


lenções passam nas várias enfermarias”. F4 e F8

“(…) As causas provocadas da EPI é contracção de varias doenças porque os lençóis passam
em muitas enfermarias”. F6

“(…) As causas provocadas pela falta do uso do EPI pelo pessoal da lavandaria são o risco
mais de contrairmos infecções”. F7
24
Os nossos entrevistados colocam como principais causas derivantes da falta de uso de EPI
pelo pessoal da lavandeira do Hospital Central de Quelimane as doenças infecciosas no caso
de seringas, agulhas, pinças, que trazem com a roupa da enfermaria.

4.2. Discussão dos Resultados

Sobre os factores resultantes da falta do uso do EPI pelo pessoal da lavandeira do Hospital
Central de Quelimane, Os nossos entrevistados afirmam que na falta do EPI são grandes
riscos para o pessoal que exerce os trabalhos na lavandaria também é fácil contaminar-se
porque toda roupa que as enfermarias traz fica cheia de microrganismos e assim pode resultar
em contaminação por doenças infecciosas para pessoal da lavandaria.

Um bom sistema de processamento da roupa é um factor de redução das infecções


hospitalares e impactos ambientais. É de grande importância o estudo dos factores que
propiciam e acometem os pacientes de uma unidade hospitalar perante as infecções adquiridas
neste meio, para que se possam obter indicadores para possíveis controlos.

Segundo a CCDLCS, (1999) a roupa suja deve ser transportada de tal forma que o seu
conteúdo não contamine o ambiente ou o trabalhador que a manuseia. O transporte pode ser
efetuado por meio de carro de transporte ou por tubo de queda.

Sobre o impacto do uso do equipamento de protecção individual como factor impulsionador


na protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de Quelimane, Mediante as
respostas dadas pelos nossos entrevistados podemos dizer que o equipamento de protecção
individual garante o bem-estar do sector assim como bem-estar do pessoal e mais o
equipamento de protecção individual têm como factor proteger a nossa saúde e a segurança
dos trabalhadores.

As roupas em unidades hospitalares representam todo e qualquer material de tecido utilizado


no âmbito hospitalar e que necessitam passar por um rigoroso processo de lavagem e secagem
para sua reutilização. Roupas hospitalares, por exemplo, incluem lençóis, fronhas, cobertores,
toalhas, colchas, cortinas, roupas de pacientes e roupas de funcionários, fraldas em tecido,
compressas, campos cirúrgicos, máscaras, aventais, gorros, panos de limpeza, entre outros.
Com esses exemplos pode-se perceber a grande diversidade, procedência, diferentes
empregos, sujeiras e contaminação das roupas utilizadas dentro de hospitais.

25
De acordo com Cargnin (2008), as roupas hospitalares diferem daquelas utilizadas em outros
tipos de instituições ou residências porque alguns itens apresentam-se contaminados com
materiais biológicos de pacientes em maior quantidade de contaminação e volume de roupa,
mas não há distinção das sujeiras encontradas nas roupas da comunidade em geral.

Sobre os Mencionar as causas provocadas da falta de uso de EPI pelo pessoal da lavandeira
do Hospital Central de Quelimane, os nossos entrevistados colocam como principais causas
derivantes da falta de uso de EPI pelo pessoal da lavandeira do Hospital Central de Quelimane
as doenças infecciosas no caso de seringas, agulhas, pinças, que trazem com a roupa da
enfermaria.

A contaminação da roupa hospitalar conforme Konkewicz (2006) depende basicamente da


quantidade de sua sujidade e da proveniência desta sujidade. Roupas sujas de fezes, secreções
purulentas, urina, sangue, secreções vaginais, uretrais, gástricas e outras secreções e excreções
corporais apresentarão muito maior quantidade de microrganismos do que roupas com
sujidade não proveniente de pacientes, como alimentos, líquidos diversos, poeira, ełc. Quanto
maior a quantidade da sujidade, também obviamente maior será a quantidade de
microrganismos presentes na roupa suja.

As roupas hospitalares diferem daquelas utilizadas em outros tipos de instituições ou


residências porque alguns itens apresentam-se contaminados com sangue, secreções ou
excreções de pacientes em maior quantidade de contaminação e volume de roupa, mas não
diferentemente das sujidades encontradas nas roupas da comunidade em geral.

26
CAPITULO V – CONCLUSÃO E SUGESTÕES

5.1. Conclusão

Durante a realização da nossa pesquisa pode se tirar dos nossos entrevistados o papel da
lavandaria como um dos principais serviços de apoio ao atendimento dos pacientes,
responsável pelo processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene
e conservação. Um bom sistema de processamento da roupa é factor de redução das infecções
hospitalares e impactos ambientais.

A infecção hospitalar apresenta-se como um agravo de grande significado epidemiológico,


dentro do contexto da assistência hospitalar. Suas consequências são relevantes, querem do
ponto de vista humano, querem do ponto de vista económico.

A atenção dos profissionais da saúde deve direccionar-se às medidas profiláticas e de controlo


da infecção hospitalar, tendo como meta garantir a qualidade da assistência oferecida à
comunidade. Para tanto, impõem-se esforços contínuos na busca de soluções eficazes e
eficientes.

A adopção de uma filosofia que priorize a prevenção toma-se condição indispensável ao


desenvolvimento dos avanços alcançados pela tecnologia, beneficiando o homem em suas
duas dimensões: enquanto usuário do hospital e como trabalhador pertencente à equipe de
saúde.

Desta forma, acredita-se que este trabalho é de suma importância para reflectir a respeito dos
factores que interferem no funcionamento adequado da lavandaria do Hospital Central de
Quelimane, contribuindo assim para diminuição dos riscos das infecções hospitalares.

Em se tratando dos factores que interferem no funcionamento adequado da lavandaria


hospitalar foi observada que quanto maior a quantidade da sujidade, maior será a quantidade
de microrganismos presentes na roupa suja, por isto o resultado final não representa
eliminação total de microrganismos. Porém, a contaminação pode ser evitada pelo manuseio
cuidadoso das peças, na qual as roupas não constituem um risco aumentado na transmissão de
doenças.

27
5.2. Sugestões

Tendo sido finalizado o trabalho, são deixadas as seguintes recomendações:

 É indispensável um programa de treinamento e reciclagem dos funcionários,


enfatizando-se os meios de contaminação do ambiente, do pessoal e da roupa limpa, a
possibilidade de transmissão de doenças infecciosas e parasitárias, bem como as
medidas de protecção individual e de equipa no ambiente hospitalar.
 Deve haver linhas de comunicação claras e directas entre os sectores e a lavandaria
Hospitalar, assim como destes com o serviço de controle de infecções hospitalares, no
que se refere à qualidade e à quantidade das roupas e das precauções a serem
utilizadas durante a execução dos processos considerados anteriormente.

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Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa


em educação. São Paulo: Atlas.

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Apêndices

Formulário de Entrevista
Pesquisa académica para elaboração de trabalho de conclusão de curso
Estudante: Anquina Toaya
Orientadora: Dra. Cátia Zomane
Guião de entrevista para os funcionários da lavandaria do Hospital Central de
Quelimane.

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Olá!

Solicito a gentileza de voluntariamente colaborar com minha pesquisa. Para isso, basta
responder as perguntas. Ela tem como objectivo de Analisar como é feita a Gestão do
equipamento de protecção individual na protecção de serviços na lavandaria do Hospital
Central de Quelimane. As informações fornecidas por você terão confidencialidade e
anonimato garantido e serão fundamentais para o andamento da pesquisa.

1. Como é feito o processo de selecção da roupa suja na lavandaria da HCQ?

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2. Qual é o papel do Administrador Hospitalar na protecção do pessoal que trabalha a


lavandaria do HCQ?

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3. Quais são os factores que resultam da falta do uso do EPI pelo pessoal da lavandeira do
Hospital Central de Quelimane??

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4. Em que condições de trabalho os colaboradores da lavandaria estão expostos?


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5. Quais os principais riscos que a lavandaria do HCQ oferece a saúde pública ?

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6. Que impacto tem o uso do equipamento de protecção individual como factor


impulsionador na protecção de serviços na lavandaria do Hospital Central de
Quelimane?

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7. Quais são as causas provocadas pela falta de uso de EPI pelo pessoal da lavandeira do
Hospital Central de Quelimane?

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