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DENVER II

teste de triagem do
desenvolvimento

Aulas 10 e bônus! - Interpretação


final do teste e Possíveis
intervenções após análise de
Denver II com alterações e atrasos

Instrutora:
Sara Bonates Ehndo
CRP 01/19038
neuropsi.sarabonates@gmail.com
INTERPRETAÇÃO FINAL DO TESTE

Vamos avaliar os resultados de forma quantitativa e qualitativa!


Mas primeiro, vamos relembrar como encontramos possíveis
atrasos:

Em cada área, pelo menos três itens bem pertinho da linha da


idade, localizados à esquerda, devem ser aplicados. Se ela
falhar em algum, vai aplicando os demais até acertar 3
consecutivos. Para achar possíveis pontos fortes, é a mesma
lógica, porém a criança acertando esses 3, você vai continuar
aplicando os itens à direita (para além do limite/linha de idade.

Contudo, como já disse, pode ser muitíssimo interessante aplicar


até os itens considerados mais "bobinhos" para determinada
idade. E também se deve ter cuidado ao aplicar itens para além da
linha, buscando não frustrar ou exigir demais do paciente.

Ok, feito isso, teste aplicado, tudo bonitinho, vamos


interpretar os resultados do que achamos disso aí!
INTERPRETAÇÃO FINAL DO TESTE
Para corrigir/interpretar, então:

É considerado normal para o desenvolvimento: Crianças sem


atraso e com no máximo uma cautela.

É considerável questionável, possibilidade de atraso no


desenvolvimento: Um ou mais atrasos e duas ou mais
cautelas.

Não se aplica, ou seja, não é válido para levantar hipóteses


de normalidade ou atraso: Escores de recusa em um ou mais
itens à esquerda ou em mais de um item que tenha ocorrência
de 75 à 90% na idade avaliada.

E aí? O que fazemos com isso?


Primeiramente, se a classificação da criança foi normal, ainda
assim é importante reavaliar para acompanhar este
desenvolvimento.
Se foram observados atrasos e levantou-se a hipótese de um
atraso no desenvolvimento, essa reavaliação deve ser feita no
prazo de 1 à 2 semanas para descartar que tenha ocorrido por
aspectos não observáveis (cansaço, irritabilidade passageira,
doença, medo do ambiente, etc).
Em caso de não aplicabilidade, o prazo de reavaliação em 1 à
2 semanas se mantém e faz-se nova tentativa de avaliar aquela
criança. Caso seja observado comportamento extremamente
irritável ou opositor no momento da avaliação, encaminhar
para a Psicologia ;)
INTERPRETAÇÃO FINAL DO TESTE
Passaram-se duas semanas e com a necessidade de uma
reavaliação, esta foi feita. Novamente resultado questionável
ou não aplicável? Vamos então para a parte mais qualitativa,
que vai depender do seu raciocínio clínico.

O julgamento vai depender do resultado do teste (quais foram


os itens com falha, cautela ou não aplicados? O que eles
avaliam?
Não se esqueça de comparar esses resultados com anteriores,
se houverem, e também correlacionar com outros testes ou
atividades que podem lhe dar uma luz sobre o funcionamento
daquela criança.
Qual o histórico dessa criança? Uma boa anamnese também vai
lhe possibilitar uma boa análise de possíveis aspectos
correlacionados com fatores da vida da criança.
POSSÍVEIS INTERVENÇÕES APÓS
A TESTAGEM
Digamos que o paciente avaliado é um paciente antigo ou que
após a avaliação opte por continuar um acompanhamento com
você.

Se esse paciente apresenta alertas para um possível atraso no


desenvolvimento, devemos trabalhar isso para que os danos
sejam reduzidos ou os prejuízos compensados. Como fazer
isso?

TREINO COGNITIVO É A PALAVRA!

Como planejar os treinos dos pacientes?


Lembre-se: Cada treino será diferente, adaptado às
necessidades específicas daquela criança. Por exemplo, se é
uma criança que está com dificuldade na área motora fina, mas
a linguagem se encontra dentro da normalidade, o foco será na
área motora fina e não na linguagem, apesar desta também ser
estimulada naturalmente no processo ;)
Por hoje é só, pessoal!

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