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Figura 2: Atividade 3.7 Ora sim, ora não 1 - módulo controle inibitório do livro CENA -
Programa de capacitação de educadores em neuropsicologia da aprendizagem.
Figura 3: Atividade 5.5 E agora ... O que fazer? - módulo flexibilidade cognitiva do
livro CENA - Programa de capacitação de educadores em neuropsicologia da
aprendizagem.
Nesta tarefa, os alunos devem encontrar uma maneira de pegar o diamante. Cada
dupla recebe um tabuleiro e um boneco, que deve posicionar no local indicado.
Primeiramente, os alunos precisam planejar o melhor caminho para chegar até o
diamante. Antes de movimentar o boneco, os alunos devem planejar e anotar, em
uma folha, os movimentos que irão realizar, por meio de de flechas, e o número de
passos necessários. No final, os alunos irão movimentar o boneco, conforme
planejado.
Essa atividade é formada por 3 blocos com sequências de imagens. Em cada bloco há
um número específico de imagens. Essas imagens serão apresentadas e após alguns
segundos, serão retiradas e reapresentadas, mas com uma figura a menos. Os alunos
serão solicitados primeiro a falar qual a figura está faltando em cada imagem e após a
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O(a) professor(a) apresenta uma série de palavras ambíguas, metáforas, frases com
duplo sentido e discute com os alunos sobre os diferentes significados que elas
possuem e sobre como utilizá-las em diferentes contextos/frases.
que quando vem uma vontade primeiro precisa parar, depois pensar e por agir seguir.
Em sala de aula, o aluno F. (8 anos) comentou que a professora passou uma atividade e
ele já queria adivinhar o que teria que fazer e que nesse momento, a professora pediu
para esperar, fazendo com que lembrasse da estratégia ensinada pela Formiga Pedro. No
módulo de Flexibilidade Cognitiva, por exemplo, aluna C. (9 anos) referiu que na
semana anterior havia faltado luz na escola e que em função disso, precisaram pensar
em alternativas para que a aula pudesse acontecer. Com isso, além da evidência
quantitativa de que o grupo que participou do PENcE superou seus pares do grupo
controle em algumas medidas de desfechos utilizadas na pesquisa, fica ainda mais
evidente, diante de alguns exemplos e observação, que as crianças conseguiram
compreender, se apropriar e transferir o conhecimento para diversas áreas de suas vidas.
Assim, é possível considerar que a partir do PENcE as FE podem ser aperfeiçoadas,
mesmo com uma amostra com baixo nível socioeconômico.
Descrição do caso
Francisco está no quarto ano do ensino fundamental e sua idade no momento do
início da intervenção era de 9 anos e 5 meses. Seu nível intelectual avaliado pela Escala
Wechsler Abreviada de Inteligência (WASI) é de 86, classificado em média inferior. Os
pais e a professora responderam à SNAP-IV e não identificam sinais sugestivos de
desatenção e/ou hiperatividade. O nível socioeconômico da família é D-E, o que
corresponde a uma renda média domiciliar de 768,00 (http://www.abep.org/criterio-
brasil) e à baixa escolaridade dos pais. Assim, Francisco faz parte de um grupo de
crianças que, embora sem queixas dos pais e dos professores, representam, por si só, um
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grupo de risco por estarem submetidos a diversos fatores que interferem no desempenho
escolar. As condições socioeconômicas, acesso aos serviços de saúde e de lazer e a
baixa escolaridade dos pais são alguns desses fatores. Nesse capítulo, será ilustrado o
aproveitamento de Francisco em algumas atividades do módulo de controle inibitório.
Descrição do PECOLEFE
O Programa se baseia numa narrativa com três personagens principais com
dificuldades para compreender textos devido à prejuízos em um dos componentes de FE
(Vic, Gui e Ique) e o Sábio Samuel, um escritor que passa a auxiliar seus amigos a
compreender os conteúdos dos seus próprios livros. O PECOLEFE foi desenvolvido
para ser aplicado em sala de aula durante o ano letivo, com atividades que aumentam de
complexidade durante a sessão e ao longo dos encontros. A Figura 8 ilustra a estrutura
geral da intervenção.
Considerações finais
Referências
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