Desvendando o Inventário

Portage Operacionalizado
Este menino se chama
João
João tem 07 anos e vem apresentando as
seguintes características:

• Dificuldade em iniciar interações sociais, preferindo brincar com objetos

do seu interesse.
• Emite vocalizações repetitivas e sem função comunicativa.
• Apresenta com frequência diária, episódios de comportamentos
disruptivos como morder, beliscar, bater em adultos e jogar objetos no
chão.
• Não tem noção de perigo, escalando móveis e se colocando em risco
constantemente.
• Não entra na salinha de aula, permanecendo na escola somente no
espaço externo, correndo e brincando no parquinho.
Por estes motivos João foi
encaminhado para uma
avaliação para nortear um
planejamento individualizado
(PEI).
O que fazer?
Passo 1 - entrevista inicial
Objetivos da entrevista inicial

Acolhimento
Informação de qualidade
Relação de confiança
Empatia
Aceitação incondicional
Apresentar plano de trabalho
Coletar informações
Avaliação indireta de preferências
Passo 2 – vínculo com o
aprendiz
 Passo 3 – aplicação de
instrumentos de avaliação
Aplicação de instrumentos de avaliação

O inventário Portage Operacionalizado avalia 580

comportamentos esperados em crianças de 0 até 6 anos
em cinco diferentes áreas. Com base nele é possível
compreender a faixa etária geral da criança, mapear
atrasos e selecionar objetivos para o desenvolvimento
em casa uma das áreas.
Aplicação de instrumentos de avaliação
Em qual faixa etária começar?

• Iniciar por uma faixa etária anterior à que a criança

se encontra.

• Se constatar que o desempenho da criança não é

suficiente, retrocede-se a faixa etária.

• Pode-se iniciar pela faixa etária que o avaliador

julgar conveniente, quando existirem informações
suficientes para essa escolha, visando a economia de
tempo.
Por qual área iniciar?

• Pode-se avaliar toda uma área antes de passar para

a seguinte ou avaliar todas as áreas, concomi-
tantemente.

• Caso opte por avaliar uma área por vez, recomenda-

se iniciar pelo desenvolvimento motor e, por último,
a socialização e linguagem.
Regras gerais

• O critério de desempenho comum é de um mínimo

de 3 respostas corretas em 4 tentativas (75%).

• Para a resposta ser considerada correta, precisa

ocorrer dentro de 30 segundos (20 segundos para a
área da linguagem) após o início da tentativa.

• Critérios diferentes são especificados no manual.

 DADOS
GERAIS

TENTATIVA
S

RESULTADO
DO ITEM

ITENS
AVALIADOS
Passo 4 – Construção do PEI
Passo 5 – Devolutiva para a
família
Entrevista de devolutiva

Metas de longo prazo;

Metas de curto paro;
Estratégias de generalização;
Lições;
Esvanecimento de ajuda;
Critérios para aprendizagem;
Folhas de registros.
 Referências

Oliveira, J. J. M. Intervenção centrada na família: influência nas habilidades comunicativas e interativas da criança com
transtorno do espectro autista e no empoderamento parental. 2016. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade
Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2016.
Meimes, M. A., Saldanha, H. C., & Bosa, C. Adaptação materna ao transtorno do espectro autismo: Relações entre crenças,
sentimentos e fatores psicossociais. Psico, 2015
WILLIAMS, L.C.A.; AIELLO, A.L.R. O Inventário Portage operacionalizado: intervenção com famílias. São Paulo: Memnon. 2001.
Mello, A.M. et al. Retratos do autismo no Brasil. São Paulo: Associação dos Amigos do Autista, 2013.
National Professional Developmental Center. Evidence-based practices for children, youth, and young adults with Autism.
National Clearinghouse on Autism Evidence and Practice Review Team, 2020.
Russa M. Expanding Supports to Improve the Lives of Families of Children With Autism Spectrum Disorder. Randolph: National
Autism Center; 2009
Santos, L. S; Novo, B. N. O uso do treinamento parental como técnica interventiva em crianças com Transtorno do Espectro
Autista (TEA) na cidade de Teresina, Estado do Piauí, Brasil. Revista Científica Semana Acadêmica, Fortaleza, São Paulo, v.01,
n. 110, P. 1-13, 2017.
Silva, A. J. M. et al. Evaluating the efficacy of a parent-implemented autism intervention program in Northern Brazil. 2016.
Sallows, G. & Graupner, T. Intensive Behavioral Treatment for Children with Autism: Four-Year Outcome and Predictors.
American Journal of Mental Retardation, 2005.
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