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08/02/2024, 18:01 Testes projetivos e expressivos gráficos

Testes projetivos e expressivos gráficos


Prof.ª Clara Maria Matuque da Siva Rento

Descrição

Os testes gráficos expressivos e projetivos, seu histórico, objetivos e


principais aplicações, bem como os cuidados éticos para sua integração
no contexto da Avaliação Psicológica.

Propósito

O conhecimento dos testes gráficos, tanto os projetivos como os


expressivos, bem como sua ampla gama de utilização no contexto da
Avaliação Psicológica, além dos cuidados éticos na utilização dos
mesmos, permite o uso consciente, ético e eficiente dessas
ferramentas, e dos dados que delas se derivam.

Preparação

Para melhor compreensão de alguns conceitos que serão apresentados,


sugerimos a utilização de algumas resoluções do Conselho Federal de
Psicologia, como a Resolução que regulamenta a Avaliação Psicológica
e o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI (CFP nº
09/2018), o Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução CFP
nº 010/05) e a lei que regulamenta a profissão do psicólogo (Lei
4119/1962).

Objetivos

Módulo 1

Testes gráficos e suas aplicações

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Identificar os tipos de testes psicológicos projetivos, expressivos e
gráficos, bem como limites em sua aplicação e regulação.

Módulo 2

Teste do Desenho da Figura Humana e teste


da Família
Reconhecer os objetivos e características do Desenho da Figura
Humana (DFH) e do Desenho da Família (DF).

Módulo 3

Teste HTP – House, Tree, Person (Casa/


Árvore/Pessoa)
Reconhecer os objetivos e características do Teste HTP, bem como
aspectos de sua utilização e regulação.

Módulo 4

O Teste Palográfico
Reconhecer os objetivos e características do Teste Palográfico, bem
como aspectos de sua utilização.

meeting_room
Introdução
Existe no imaginário de muitas pessoas a crença de que o
psicólogo, ao olhar para alguém, já seria capaz de analisar sua
personalidade e inclusive predizer seu comportamento, além de
estar constantemente analisando a realidade ao redor. Entretanto,
o psicólogo não possui uma “bola de cristal” e não é um
“adivinhador” que somente ao se aproximar de uma pessoa
poderia conhecer e decifrar seu mundo interior. No entanto, a
partir de recursos técnicos e científicos, podemos investigar e
avaliar traços e características referentes a aspectos específicos,

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tais como inteligência, raciocínio e a personalidade, se
fundamentando em evidências empíricas e científicas. Dentre os
diversos recursos existentes, temos os chamados de testes
psicológicos.

Em algum momento de sua vida você já foi submetido a um teste


psicológico? Os testes psicológicos são instrumentos
padronizados e sistemáticos que visam apreender amostras de
comportamentos e, com isso, permitem inferir e predizer o
comportamento humano, baseado na situação do teste. Eles são
ferramentas de uso frequente e restrito somente ao profissional
de psicologia.

Ao longo deste material, você poderá compreender alguns tipos


de testes psicológicos bem como sua utilização, nos mais
diversos contextos, a fim de contribuir para iniciar o caminho de
conhecimento do universo da avaliação psicológica e perceber o
horizonte de possibilidades que podem ser alcançadas por meio
dessa prática profissional em Psicologia.

1 - Testes gráficos e suas aplicações


Ao final deste módulo, você estará apto a identificar os tipos de testes psicológicos projetivos,
expressivos e gráficos, bem como limites em sua aplicação e regulação.

A Avaliação Psicológica e os
desenhos
Para início de conversa, é muito importante ressaltar que os testes
psicológicos sempre precisam estar inseridos em um contexto
específico de avaliação. É inviável a sua utilização de outra maneira,
podendo oferecer, caso não se considere o contexto e outras técnicas
psicológicas, um recorte reducionista e enviesado da realidade de uma

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pessoa. Por isso, o teste sempre precisa estar atrelado aos objetivos
presentes em um processo de avaliação psicológica.

A Avaliação Psicológica, de acordo com a Resolução 09/2018, resulta


de um processo que visa à obtenção, análise e interpretação de
informações psicológicas, resultantes de um conjunto de
procedimentos confiáveis que permitem avaliar um comportamento
(CFP,2018). Portanto, é imprescindível que seja levada em consideração
a finalidade de uma investigação, a fim de saber que instrumentos
podem vir a ser utilizados.

Sendo assim, compreender os tipos de testes que existem torna-se


muito relevante para uma avaliação mais adequada e eficaz.

Exemplo

Existem testes nos quais se é solicitado que a pessoa avaliada faça um


desenho, outros nos quais é preciso desenhar uma série de traços
dentro de um tempo determinado, e outros em que a pessoa responde a
um inventário. Por isso, é importante compreender a tipologia dos testes
para saber como, quando e em que situações aplicar.

Dentre os mais diversos tipos de testes psicológicos, encontram-se os


testes projetivos e expressivos gráficos. Mas de que forma podemos
conhecer as características das pessoas por meio de seus desenhos?
Para compreendermos melhor esse processo, é importante pensarmos
sobre o uso de desenhos e gráficos na história da humanidade.

Petróglifos representando dois caçadores montados a cavalo.

Provavelmente você já viu aqueles famosos desenhos em cavernas que


remontam a milhares de anos e são os primeiros registros das
atividades humanas. A arte rupestre começou a ser feita há cerca de
40.000 anos, constituindo-se um registro de inestimável valor. Além
disso, essa arte permite que conheçamos um pouco daqueles que nos
antecederam na história desse planeta, bem como as vivências dos
primeiros representantes da nossa espécie.

Desenhar, portanto, foi uma das primeiras formas de comunicação do


homem. Uma maneira de contar sua história, representar suas
impressões e desafiar o tempo. Uma das primeiras formas do homem
expressar sua representação do mundo, dos outros e de si mesmo.

Mas o desenho não tem um valor apenas histórico-cultural, ele também


é visto como muito importante na busca por compreender melhor os
aspectos cognitivos, emocionais e da personalidade das pessoas, sendo

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uma técnica utilizada e aprimorada na Psicologia ao longo do
desenvolvimento desta ciência.

De fato, dentro do campo da Psicologia, a análise do desenho permite


que possamos perceber a maneira como o inconsciente se revela por
meio dos aspectos simbólicos presentes na expressão gráfica. Para
Hammer (1991), ao realizar um desenho, o sujeito expõe o seu mundo
interno, isto é, suas fantasias mais profundas, seus desejos, impulsos,
medos, ansiedades e conflitos. Ao responder a uma técnica projetiva, o
sujeito se utiliza do repertório de imagens e vivências registradas em
sua experiência e revela as maneiras que desenvolveu para lidar com as
situações de vida, exemplificando o modo como usa seus recursos e
suas habilidades para enfrentar problemas.

Paciente desenhando durante sua sessão de psicoterapia.

Vamos, então, entender o quanto um simples desenho pode contribuir


para melhor compreensão de diferentes aspectos da pessoa e como, de
forma técnica, a análise do desenho humano pode ajudar na
compreensão de crianças e adultos na Avaliação Psicológica.

Testes gráficos: aspectos gerais


No campo da Psicologia, o desenho pode ser considerado um dos
recursos que podem ser utilizados em processos de Avaliação
Psicológica, servindo de base para diversos instrumentos devido à sua
qualidade informativa, especialmente no que se refere à avaliação da
personalidade.

A partir da análise do desenho, na avaliação dos traços ou rabiscos, é


possível levantar elementos referentes a aspectos do desenvolvimento
infantil, tanto cognitivos quanto psicomotores, como também a respeito
de características relacionadas à criatividade e estado emocional.

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Tal possibilidade se deve ao fato de que, a partir da construção e
sistematização de normas e padrões, o desenho deixou de ser uma
mera expressão para compor escalas, testes e técnicas psicológicas,
com diferentes finalidades, sejam elas avaliativas, terapêuticas ou de
pesquisa científica, servindo de base para diversos instrumentos
psicológicos.

Os testes que utilizam o desenho como base para


avaliação e aquisição de informações são conhecidos
como instrumentos gráficos e podem ser avaliados
com base em diferentes perspectivas teóricas.

De um modo geral, os testes gráficos são aqueles em que a pessoa se


utiliza do grafismo para sua execução, tais como desenho, pintura,
rabiscos, traçados etc. Em um processo de avaliação psicológica, o
teste gráfico pode ser executado de forma não estruturada e
espontânea ou por meio de instruções direcionadas de acordo com o
tipo de teste a ser realizado (ANASTASI, 2000).

Comentário
Podemos dizer que existem testes gráficos nos quais é solicitado que
sejam realizados desenhos, mas não é especificado como devem ser
feitos, ficando a critério de cada pessoa como ela vai desenhar e, com
isso, projetar por meio do desenho o seu mundo interior e percepção.

Em outros testes gráficos, para sua realização, o examinador solicita


uma determinada tarefa, de acordo com um grafismo específico a ser
aplicado, onde a pessoa fará traçados ou desenhos seguindo um
modelo preestabelecido.

Vemos então que existem alguns tipos de testes gráficos diferentes, que
podem ser categorizados conforme a forma de execução, como pode
ser exemplificado a seguir:

Primeiro grupo expand_more

Caracteriza-se pela cópia de determinados modelos, como no


caso dos testes: Bender, Palográfico, Figuras Complexas de Rey.

Segundo grupo expand_more

Denomina-se como o completamento de desenhos, linhas ou


pontos, como no caso do teste Wartegg (liberado apenas para
fins de estudo até o presente momento – desfavorável para
aplicações pelo SATEPSI).

Terceiro grupo expand_more


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É composto por aqueles que se baseiam nas realizações gráficas


sobre um tema específico proposto ou por desenhos temáticos
sem modelo, como, por exemplo, os testes DFH (Desenho da
Figura Humana) e o teste HTP (Casa-Árvore-Pessoa).

O teste HTP (Casa-Árvore-Pessoa), mencionado no terceiro grupo,


refere-se aos Desenhos Livres, nos quais não há um estímulo específico.
Além desse conjunto de técnicas gráficas, existem outras que envolvem
a realização de traçados simples e a análise da escrita (GOMES, 2015).

No Brasil, os instrumentos psicológicos gráficos de maior destaque


são o Desenho da Figura Humana (DFH) e o House-Tree-Person
(HTP). Atualmente, entre esses, apenas a técnica projetiva gráfica
Casa-Árvore-Pessoa – Técnica Projetiva do Desenho (HTP), baseada
em Buck (2003) e voltada à avaliação da personalidade, a escala
DFH – Escala Sisto (SISTO, 2005), voltada à avaliação da inteligência,
e o teste gráfico DFH IV – Avaliação do desenvolvimento cognitivo
infantil (WECHSLER, 2018), apresentam parecer favorável na lista do
SATEPSI e estão aprovados para uso pelos psicólogos brasileiros.
Contudo, os instrumentos que constam dessa lista devem ser
revisados periodicamente.

Você pode perceber que nas categorias acima já foram exemplificados


alguns testes gráficos que são utilizados e até o momento considerados
favoráveis. Para saber qual teste se encontra favorável, no Brasil, você
precisa sempre consultar o sistema que regulamenta e fiscaliza os
estudos de validação de teste, chamado SATEPSI.

O SATEPSI (Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos) foi


desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) em 2001 e
atualmente está regulamentado por meio da Resolução CFP nº 09/2018
(CFP, 2018). O objetivo desse Sistema é o de avaliar a qualidade técnico-
científica de instrumentos e testes psicológicos para serem usados na
prática profissional do psicólogo e periodicamente os psicólogos
brasileiros devem acessar essa plataforma a fim de verificar, de forma
regular, os testes que se encontram com parecer favorável para uso.

No que se refere aos testes gráficos, além de compreender e buscar


verificar quais os instrumentos que se encontram aptos para uso com
fins de avaliação, também é importante compreender que os testes
gráficos se dividem de forma ampla em expressivos e projetivos. Vamos
agora abordar um pouco dessas duas categorias.

Testes projetivos gráficos

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Profissional fazendo anotações, com testes projetivos na mesa.

Os testes projetivos podem ser identificados como um conjunto de


ferramentas que visam revelar atributos a respeito de uma pessoa,
permitindo a projeção de uma série de informações sobre seu
funcionamento mental, como os padrões de funcionamento e
características de sua personalidade.

De acordo com Villemor (2009), os testes projetivos permitem obter


informações complementares sobre a dinâmica de personalidade do
avaliado, além de contribuir para revelar traços e problemas dos quais
as pessoas não estão plenamente conscientes. Desse modo, um dos
contextos em que os testes projetivos são mais utilizados é na
avaliação da personalidade, uma vez que permitem verificar traços que
muitas vezes não são conscientes e autorrelatados por alguém.

Uma pequena curiosidade a respeito do termo projetivo está relacionada


ao que Hutz (2018, p. 410) afirma. Segundo este autor, “as respostas
das pessoas a determinados estímulos, em determinadas tarefas,
trazem uma marca de algo que não se observa diretamente”. E é
exatamente essa a ideia que está inserida dentro desse tipo de
avaliação.

Existem diferentes testes projetivos e cada um apresenta uma demanda


específica para a pessoa avaliada.

Podemos considerar que os testes projetivos permitem


que a pessoa externalize sua própria estrutura e

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características de personalidade, por meio do desenho


ou outro estímulo específico.

No contexto da avaliação psicológica, no que se refere à sua


aplicabilidade, os testes projetivos gráficos podem ser analisados por
meio da atribuição de qualidades às situações ou aos objetos, que
podem ser constatadas pelo conteúdo e pela maneira de tratar o tema.

Baseados em conceitos psicanalíticos, autores como Machover (1949),


Hammer (1991) e Van Kolck (1984), acreditam que a folha em branco
favorece a projeção, à medida que serve de estímulo para a produção
subjetiva da pessoa. Assim, os desenhos tendem a refletir a
configuração geral da personalidade, contendo ansiedades,
inseguranças, desejos, necessidades, entre outros aspectos, daquele
que desenha, e, com isso, possibilitam a identificação de suas
necessidades afetivas e terapêuticas (HUTZ et col. 2018).

Desse modo, os autores consideram que a pessoa consegue expor do


seu inconsciente a história não dita, projetando no desenho esse
significado.

Assim, o desenho ‒ como os sonhos, as atitudes e a linguagem – passa


a ser fonte de informação do mundo interno da pessoa avaliada.

Profissional e paciente conversando sobre desenho.

Esse tipo de instrumental é bastante utilizado na avaliação psicológica


de crianças e de indivíduos com dificuldade de expressão verbal,
mostrando-se importante para a captação de informações.

Saiba mais
O termo projetivo vem sendo cada vez mais substituído pela
nomenclatura “Medidas de Desempenho Típico”, visando cada vez mais
diferenciar e categorizar essa forma de teste gráfico.

Testes expressivos gráficos


Os testes expressivos gráficos estão relacionados ao estilo peculiar do
sujeito, que se revela por meio das qualidades propriamente gráficas, as
quais dizem mais respeito à forma. Ou seja, a partir do estilo de
resposta da pessoa ao estímulo proposto, podemos inferir as suas

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características peculiares, facilitando a capacidade da pessoa de
expressar sentimentos, emoções e significados associados às suas
experiências vividas. Para compreender melhor, vejamos um exemplo.

Você conhece alguém que escreve exatamente igual a você?

Possivelmente a resposta a essa pergunta seja que sim, mas se


prestarmos bastante atenção, até mesmo uma pessoa que escreva
semelhante a você tem seu estilo próprio de realizar algum traçado,
demonstrando, então, que cada pessoa se expressa de forma particular,
embora a tarefa de escrever seja a mesma. Assim, as particularidades
da nossa escrita expressam características individuais que, quando
estudadas cientificamente, permitem descobrir informações de cada
um.

Em relação ao traçado, inclusive considerando a força que exercemos


no papel, existem diversos estudos que demonstram que essa condição
na nossa produção gráfica está fortemente associada a traços da nossa
personalidade. De acordo com Hutz (HUTZ apud HAMMER, 2018, p.
435), “os músculos de um indivíduo são honestos”, ou seja, podemos
até esconder o que pensamos ou sentimos, entretanto, nosso corpo
tende a se expressar de modo a não esconder nossas características.

Nesse sentido, podemos dizer que os testes expressivos gráficos


possibilitam uma execução mais livre, uma vez que existam tarefas
específicas a serem realizadas, e cada pessoa impõe um estilo diferente
de responder, convertendo em um resultado particular e, por meio dele,
é possível analisar e observar aspectos referentes à personalidade de
uma pessoa.

video_library
Os testes projetivos, os testes
projetivos gráficos e os testes
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expressivos gráficos
O vídeo a seguir explica e diferencia, com a ajuda de exemplos, os testes
projetivos, os testes projetivos gráficos e os testes expressivos gráficos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Quanto aos testes projetivos gráficos, podemos dizer que os


mesmos

favorecem que a pessoa projete no desenho seus


A aspectos inconscientes, favorecendo a aquisição de
informações de seu mundo interior.

são facilmente manipuláveis pela desejabilidade


B
social do avaliado.

Se concentram nos aspectos conscientes da


C pessoa, sobretudo os conflitos perceptíveis na
linguagem verbal.

não têm boa capacidade para aquisição de


D
conteúdos inconscientes.

são pouco utilizados com indivíduos que possuem


E
dificuldades no âmbito da expressão verbal.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Os testes projetivos gráficos têm como aspecto importante o


estímulo, para que haja a manifestação do inconsciente e de
informações não facilmente verbalizadas pelas pessoas. Dessa
forma, os testes projetivos gráficos não são facilmente
manipuláveis. Sendo muito utilizados especialmente para avaliar
pessoas com dificuldade de expressão verbal, como crianças.

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Questão 2

Qual das resoluções abaixo regulamentou o SATEPSI, Sistema de


Avaliação dos Testes Psicológicos do Conselho Federal de
Psicologia?

A Resolução 06/2019

B Resolução 09/2018

C Resolução 03/2005

D Resolução 09/2001

E Resolução 06/2001

Parabéns! A alternativa B está correta.

A Resolução 09/2018 regulamenta o SATEPSI, embora o mesmo


tenha sido desenvolvido desde 2001.

2 - Teste do Desenho da Figura Humana e teste da Família


Ao final deste módulo, você estará apto a reconhecer os objetivos e características do
Desenho da Figura Humana (DFH) e do Desenho da Família (DF).

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Aspectos históricos relacionados ao


DFH e Desenho da Família

Desenhar é uma das primeiras formas de expressão de uma criança,


muitas vezes antecedendo a própria escrita e leitura. É uma maneira
simples e divertida de se expressar, bem como comunicar, sendo que o
desenho da figura humana aparece de forma espontânea e frequente
nas atividades infantis.

Por isso mesmo, o interesse pela análise e estudo do desenho da figura


humana (DFH) feito por crianças se apresenta desde os primórdios da
Psicologia como ciência.

Corrado Ricci, segundo Wechsler, Martinez e Comparini (2018), foi um


dos primeiros a se debruçar sobre o desenho da figura humana feito por
crianças, tendo publicado uma coletânea de ilustrações realizadas por
crianças de escolas italianas. Ricci se interessou por aspectos estéticos
e possíveis contribuições para compreensão do estágio de evolução nos
desenhos colhidos.

Wechsler e Schelini (2002) citam que Lamprecht, em 1906, também


realizou um trabalho importante por meio do estudo do desenho de
crianças de diferentes países, buscando encontrar aspectos comuns
nos traços dos referidos desenhos.

Entretanto, os primeiros estudos sistematizados do desenho da figura


humana foram realizados por Florence Goodenough, em 1926. A
importância desse estudo foi a busca por uma padronização com o
intuito de realizar uma avaliação cognitiva a partir do desenho.
Conforme apontam Wechsler, Martinez e Comparini (2018, p. 124):

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O DFH poderia ser utilizado


como uma forma de avaliar o
desenvolvimento intelectual
de uma criança, uma vez que
esse tipo de desenho é
familiar a todas as crianças e
apresenta, em seus aspectos
essenciais, a menor
variabilidade possível.
(WECHSLER; MARTINEZ; COMPARINI, 2018, p. 124)

Aqui, podemos já perceber algo importante. O DFH teve em seu marco


de desenvolvimento uma utilização para revelar aspectos cognitivos da
criança e não somente a personalidade. Embora o trabalho de
Goodenough tenha sido criticado posteriormente, sobretudo pelo fato de
que somente um desenho não deveria ser considerado suficiente para a
avaliação da inteligência de uma criança, seu pioneirismo é reconhecido
como um marco para posteriores desenvolvimentos relacionados à
análise do DFH.

Entretanto, o DFH não é somente uma forma de avaliação de aspectos


cognitivos, sendo seu uso múltiplo. Campos (1986) aponta que a
psicologia vê no desenho infantil diversos aspectos, dentre eles:
psicopatologia, noção do espaço, papel da forma, motricidade etc.

Essa aproximação é confirmada por outros autores que veem no DFH


diferentes formas de avaliação. Wechsler, Martinez e Comparini (2018)
citam ao menos 4:

A primeira seria a avaliação cognitiva.


A segunda seria da compreensão do desenho como uma medida
projetiva, que revela características da personalidade, tendo como
base a teoria psicanalista.
A terceira seria utilização do DFH como medida de avaliação
emocional.
A quarta seria a utilização do DFH como uma medida indicativa de
criatividade.

Elizabeth Koppitz foi um outro nome importante no campo de estudos


do DFH por sistematizar os desenhos, dividindo-os por faixa etária, bem
como classificando os itens que aparecem no desenho em comuns,
incomuns, esperados e excepcionais (KOPPITZ, 1973).

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Essa sistematização permitiu avaliar uma criança


levando em consideração as características de seu
desenho, como os itens que a mesma desenhou, as
partes do corpo, mas sem desconsiderar sua faixa
etária. Os sistemas de Goodenough e Koppitz foram
bastante usados no Brasil.

Notem que a avaliação do desenho é algo fruto de estudos e pesquisas


criteriosas. Ela não é um olhar sem critério, buscando associar de forma
subjetiva e acidental a qualidade do desenho (se é bonito ou não) com a
capacidade da criança, mas sim uma busca por uma abordagem
científica de tal atividade humana, na qual os desenhos são avaliados
dentro de sistemas compreensivos, buscando identificar os aspectos do
desenho que apontam características mediante a observação de um
grupo (amostra da população) estudado anteriormente. Os sistemas de
Koppitz e Goodenough se destacam por serem os primeiros esforços
por essa sistematização.

Atualmente, o DFH continua sendo uma técnica muito utilizada no Brasil


e fora dele, sendo no Brasil o segundo instrumento mais conhecido e
utilizado por psicólogos e estudantes. A facilidade para sua execução e
o baixo custo contribuem para tal status.

O Desenho da Família (DF) também tem um histórico que remonta ao


início do século XX. Ortega (1981) afirma que desde a década de 1930
já se utiliza o DF para o estudo da personalidade de crianças no
contexto clínico. No entanto, o aumento geral de tal técnica se deu nos
anos 1950, ainda que faltasse uma padronização para interpretação do
DF.

De certa forma, o DF era utilizado principalmente para compreender


melhor a dinâmica e conflitos familiares. Visto seu contexto de
desenvolvimento, quase todas as crianças tinham uma família que
poderia ser chamada tradicional (no sentido de ser comum à época).

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O Desenho da Família, feito por uma criança.

O DF é um teste projetivo que se baseia em três premissas importantes


conforme pontua Ortega (1981) citando o trabalho de Monique Morval:

Primeira
Estabelece que a família possui um papel de significativa importância
na constituição da personalidade da pessoa.

Segunda
Sugere que, pelo DF, é possível avaliar a projeção da criança (de
sentimentos e comportamentos) em relação à própria família.

Terceira
Indica que é possível conhecer essas atitudes e sentimentos,
interpretando os signos presentes no Desenho da Família.

Ortega descreve a técnica do Desenho da Família proposta por Porot em


1952 (ORTEGA, 1981, p. 74):

A instrução consiste em se pedir à criança:


"Desenhe sua família", caracterizando dessa
maneira a família verdadeira. O material
empregado é uma folha de papel e um lápis
preto. Para ele, é necessário observar a
criança enquanto desenha: anotar a ordem de
aparecimento dos personagens, os eventuais
retornos, as rasuras, as hesitações etc.
Durante e após a execução do desenho,
anotam-se os comentários e principalmente a
denominação que a criança dá a seus
personagens (...) Assim, Porot enfatiza três
aspectos na análise do Desenho da Família:
a) a composição da família; b) as
valorizações e desvalorizações dos
diferentes elementos constituintes; c) a
situação na qual o sujeito se coloca em
relação aos seus.

(ORTEGA, 1981, p. 74)

Pode-se perceber que a análise do DF é complexa, envolvendo múltiplos


fatores e tendo um roteiro importante de ser seguido, sendo que ao
longo do tempo tais roteiros foram sendo adaptados e modificados.

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Posteriormente, houve uma ampliação da técnica para o chamado
Desenho Cinético da Família. Essa técnica foi criada por Burns e
Kaufman (KLUMPP et al., 2020) na década de 1970. A orientação dada
era para que a criança desenhasse a família fazendo algo. Os pontos
principais avaliados eram a ação (movimentos individuais entre as
figuras desenhadas ou entre estes e objetos), o estilo e os símbolos,
havendo uma base psicanalítica para a interpretação dos resultados.

DFH e DF na Avaliação Psicológica


Como já dito anteriormente, o DFH e, em parte, o DF, avaliam diferentes
aspectos da pessoa, sendo que o psicólogo que utiliza essa técnica
deve ter claro qual é o seu objetivo na avaliação para, assim, escolher o
melhor teste e as melhores padronizações, evitando-se a adoção de
testes de forma aleatória. Todos esses critérios permitem adequar a
técnica aos objetivos e à pessoa que está sendo avaliada.

Desenho feito por criança.

O DFH é um tipo de teste particularmente interessante por ser de fácil


compreensão para uma criança, mesmo as não alfabetizadas.

As diretrizes fáceis permitem inclusive que crianças estrangeiras


possam, dependendo do sistema de avaliação, realizar o teste.

No contexto da Avaliação Psicológica, o DFH foi utilizado tanto para a


avaliação dos aspectos cognitivos como de personalidade, sendo que,
nesse segundo caso, várias são as interpretações para as
características apresentadas no desenho.

Cohen, Swerdlik e Sturman (2014, p. 463) afirmam que o teste do


desenho humano é uma prova projetiva da personalidade e, na busca
pela interpretação dos resultados, dar-se-á ênfase a fatores como
"tempo requerido para completar o desenho, colocação das figuras e

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tamanho da figura, pressão do lápis usada, simetria, qualidade da linha,
sombreamento, a presença de rasuras, expressões faciais, postura,
roupas e aparência geral".

No Brasil há duas padronizações do DFH reconhecidas pelo CFP


(Conselho Federal de Psicologia): o DFH escala Sisto e o DFH-IV, sendo
que ambas avaliam o desenvolvimento cognitivo infantil. Vejamos suas
definições:

DFH escala Sisto

Baseia-se nos sistemas de Goodenough e Koppitz. Seu principal


objetivo é a avaliação do desenvolvimento cognitivo não verbal. A
pesquisa inicial de Sisto para a padronização do teste
compreendeu 2750 crianças com idade entre 5 e 10 anos, de
ambos os sexos e de escolas públicas e particulares.

DFH-IV

Foi desenvolvido por Weschler, estando agora na sua quarta


versão. Ele é específico para a população brasileira, baseado em
mais de 22 anos de pesquisa, demonstrando ser um teste
robusto para a avaliação do desenvolvimento cognitivo infantil.

Embora o DFH e o DF sejam muito utilizados no campo clínico da


investigação sobre a personalidade e dinâmicas familiares, existem
grandes críticas a essas formas de avaliação. Por exemplo, o sistema de
avaliação proposto por Burns e Kaufman para o Desenho Cinético da
Família era definido como primário com normatização inadequada.

No caso do Brasil, o DFH clínico em adultos e o DFH


para avaliação emocional, no momento, encontram-se
desfavoráveis para uso segundo o CFP por meio do
SATEPSI (2022).

De qualquer forma, é sempre importante considerar que a utilização da


figura humana na Avaliação Psicológica deve ser acompanhada de
outros instrumentos, sejam testes psicológicos, sejam entrevistas que
contribuam para corroborar as hipóteses que nascem da interpretação
do desenho.

DFH E DF: aplicação e interpretação


Tendo já apresentado o histórico, os objetivos e as ponderações críticas
sobre o DFH e o DF, vamos agora apresentar os aspectos relacionados à
aplicação e interpretação do DFH escala Sisto, do DFH-IV, do DFH livre
(utilizado na avaliação da personalidade) e do DF.

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Crianças realizando o DFH escala Sisto coletivamente.

O DFH escala Sisto pode ser aplicado em crianças de 5 a 12 anos. Para


aplicar o procedimento, o profissional solicita à criança que desenhe
uma pessoa com o maior número de detalhes (no manual do teste você
encontra detalhada a forma de solicitar o desenho à criança, lembrando
que esse procedimento deve ser seguido de forma fiel ao que manual
exige). É possível utilizar borracha e, caso a criança rasgue a folha,
pode-se dar outra para ela. Esse detalhe é importante, pois pode denotar
características específicas da forma como essa criança lida com ela e o
meio. É possível aplicar esse teste tanto de forma individual quanto
coletivamente, mas, nesse último caso, deve-se atentar para a idade das
crianças, podendo ser necessário mais de um aplicador no ambiente
para ajudar com alguma dificuldade com o teste ou comportamental
das crianças no grupo.

Uma vantagem da avaliação individual é que o avaliador pode registrar


com mais detalhe todo o comportamento da criança ao longo da
produção, não considerando apenas o desenho final.

É importante um local adequado. Sobretudo, deve-se observar se não


existe a presença de estímulos (como desenhos de pessoas em livros,
ou bonecos na sala) que possam ser copiados. Geralmente o tempo de
aplicação não supera os 15 minutos.

O critério para a avaliação do desenho se divide em duas partes:

Itens imprescindíveis

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Como itens imprescindíveis, temos cabeça, pernas e braços.

Itens para pontuação


Os itens para pontuação envolvem boca, nariz, roupa, pescoço etc.,
compreendendo 30 itens.

Nesse sentido, por exemplo, um desenho que apresente nariz recebe


pontuação em detrimento de um que não apresente. As pontuações
permitem chegar a um índice de percentil comparado à idade e sexo da
amostra pesquisada. O DFH Sisto é considerado uma medida de
inteligência relacionado ao fator g, ou seja, contribui para a avaliação de
um índice geral de inteligência.

O DFH-IV é utilizado para crianças de 5 a 12 anos, levando entre 20 a 30


minutos para sua execução. É solicitado que a criança faça dois
desenhos da figura humana, um de cada sexo.

As normas do DFH-IV levam em consideração a idade da criança, o sexo


da mesma, o sexo da figura, também considerando as diferentes regiões
do Brasil.

O DFH-IV leva em consideração também a frequência de aparecimento


de itens no desenho, classificando-os em esperados, comuns, incomuns
e excepcionais.

Foto de desenho com duas figuras humanas.

No DF (desenho da família), as instruções são semelhantes às do DFH


Escala Sisto, mas pede-se, nesse caso, que a criança desenhe sua
família. O uso de borracha é optativo e a criança receberá um lápis e
uma folha em branco na posição vertical.

Depois do desenho, deve-se inquirir a criança sobre quem é cada figura


desenhada e sua idade. A análise deve ser feita levando em

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consideração cada figura e diferentes aspectos, como se a figura está
em negrito, se possui transparências etc.

O DF é utilizado tanto no contexto clínico como no psicopedagógico,


contribuindo para melhor compreensão de algumas dinâmicas da
família, bem como a representação que a criança tem da mesma e seu
lugar nesse contexto.

Profissional orientando realização do teste DFH.

O DFH, utilizado de forma livre, busca compreender aspectos da


personalidade do avaliado, sendo utilizado em crianças e adultos.
Geralmente, o examinado recebe uma folha e lápis, sendo instruído a
desenhar uma pessoa. Após o término do primeiro desenho, lhe é
entregue uma nova folha e pedido para desenhar uma pessoa do sexo
oposto ao desenhado anteriormente.

Perguntas sobre o desenho podem ser feitas pelo avaliador, ajudando na


formulação de hipóteses sobre aspectos da personalidade da pessoa
avaliada. Geralmente, dar-se-á atenção para a colocação das figuras na
folha, entendida por algumas interpretações como o ambiente e como a
pessoa se vê no mesmo.

Comentário

Muitas das interpretações do DFH de forma livre se baseiam em uma


perspectiva psicanalista. Como já dissemos anteriormente, tais
interpretações geram polarizações na Psicologia, em que alguns
psicólogos são a favor e utilizam de forma sistemática enquanto outros
são resistentes ao uso da técnica, sendo partidários por outras formas
de avaliação.

Vale destacar que durante o procedimento de avaliação psicológica, o


profissional deve levar em consideração a faixa etária do indivíduo.
Vejamos por quê:

Crianças Adultos

Quando avalia crianças, Já no caso de adultos,


o psicólogo pode optar os desenhos podem ser
pelo uso de desenhos utilizados após o uso de
num primeiro momento, close outras técnicas, isso
pois o desenho porque adultos não se
costuma ser uma sentem tão confortáveis

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08/02/2024, 18:01 Testes projetivos e expressivos gráficos
atividade familiar para desenhando como as
elas. crianças, pelo contrário.

Além de não se sentirem confortáveis para desenhar, os adultos podem


ainda apresentar uma certa resistência e uma alta autocrítica,
expressando normalmente que não sabem desenhar.

video_library
DFH E DF: padronizações, aplicação e
interpretação
Você conhece as padronizações, os princípios básicos de aplicação e
principais critérios de avaliação e interpretação? O vídeo a seguir explica
cada um desses aspectos.

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08/02/2024, 18:01 Testes projetivos e expressivos gráficos

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

No que diz respeito ao Desenho da Figura Humana, analise as


afirmativas abaixo:

I - Desenhar é um ato natural do ser humano, mas difícil para a


criança antes de seus 8 anos, sendo necessário certo estágio de
desenvolvimento cognitivo para que se possa avaliar o mesmo.
II - O Desenho da Figura Humana pode ser utilizado tanto para a
avaliação de aspectos cognitivos como da personalidade.
III - O Desenho da Figura Humana é um teste psicométrico.

É correto o que se afirma em:

A Somente nas afirmativas I e II.

B Somente nas afirmativas II e III.

C Somente nas afirmativas III e I.

D Somente I.

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E Somente II.

Parabéns! A alternativa E está correta.

A criança desde seus primeiros anos já é capaz de se expressar por


meio do desenho. O Desenho da Figura Humana é um teste
projetivo. O desenho da figura humana é tanto utilizado na
avaliação de aspectos cognitivos como de personalidade.

Questão 2

O DFH possui diferentes formas de avaliação, uma delas seria a de


características de personalidade. Essa forma de avaliação
geralmente está baseada na matriz de pensamento

A humanista.

B existencial.

C cognitivo-comportamental.

D psicanalista.

E comportamentalista.

Parabéns! A alternativa D está correta.

A matriz de interpretação dos desenhos geralmente tem como base


a teoria psicanalista.

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3 - Teste HTP – House, Tree, Person (Casa/Árvore/Pessoa)


Ao final deste módulo, você estará apto a reconhecer os objetivos e características do Teste
HTP, bem como aspectos de sua utilização e regulação.

Caracterização e contexto histórico

Desenho Casa-Árvore-Pessoa.

O HTP (House, Tree, Person), na tradução para o português, Casa-


Árvore-Pessoa, é um dos testes mais utilizados no contexto brasileiro
para avaliação da personalidade (HUTZ; BANDEIRA; TRENTINI, 2018).

Trata-se de um teste projetivo que tem como objetivo investigar


características e traços de personalidade, externalizando o mundo
interior da pessoa por meio do desenho. De acordo com Hutz, Bandeira
& Trentini (2018, p. 410), o HTP “visa obter informações acerca da
sensibilidade, maturidade e da integração da personalidade do indivíduo,
bem como da sua forma de interagir com as pessoas e com o
ambiente”.

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Sendo assim, a premissa é de que o HTP pode contribuir para que, por
meio do desenho, a pessoa consiga comunicar situações de sua
dinâmica pessoal, características psicológicas e contexto de conflitos
vivenciados nos ambientes dos quais faz parte. Por ser um instrumento
projetivo, é possível observar indicadores psicológicos não verbalizados
pela pessoa, ainda que esta não perceba que está transmitindo tais
indicadores, sendo uma expressão da sua realidade psíquica.

O HTP também pode ser considerado um instrumento


tanto gráfico (uma vez que utiliza do grafismo ‒
desenho ‒ para sua execução), quanto expressivo,
caracterizado pelo estilo pessoal do examinado a partir
da resposta ao estímulo que é solicitado a ele.

O HTP foi criado em 1948 por John N. Buck oriundo da prática clínica,
visando inicialmente ao levantamento de elementos para serem
trabalhados dentro do processo terapêutico. Atualmente, sua utilização
perpassa essa área, podendo ser aplicado em diversos contextos, como
avaliação de problemas de aprendizagem, recrutamento e seleção, entre
outros.

Curiosidade

Proveniente da sistematização de pesquisas que estavam sendo


realizadas com testes gráficos, o HTP foi elaborado a partir da
percepção de que Casa, Árvore e Pessoa seriam conceitos familiares,
independentemente da idade e classe socioeconômica da pessoa
avaliada. Sendo assim, essas figuras poderiam ser mais facilmente
aceitas e desenhadas, representando, a partir do grafismo, o próprio
indivíduo. Já a folha de papel representaria o seu contexto de vida e
ambiente. A sequência no desenho é justamente pelo fato de que
desenhar uma casa acaba sendo mais facilmente aceito por qualquer
pessoa, independentemente da idade, e desenhar uma pessoa ou figura
humana sempre apresenta uma certa associação com a autoimagem e
autopercepção, sendo o desenho em que podemos encontrar maior
resistência. Assim, ao pedir o desenho da pessoa no final, o avaliado se
encontra mais adaptado à situação de desenhar (RETONDO, 2000).

Sendo assim, a partir da produção gráfica, o HTP estimula a projeção de


elementos da personalidade de áreas de conflitos que podem estar
sendo vivenciadas por uma pessoa, bem como indicadores mentais de
capacidades cognitivas, memória e inteligência.

Inicialmente o HTP foi idealizado por Buck apenas em sua versão


acromática, entretanto, posteriormente, Emmanuel Hammer introduziu o
HTP cromático, visando, por meio do uso das cores, investigar a
personalidade em um nível mais profundo do que o possibilitado pela
versão acromática.

No que se refere a marcos históricos do HTP, não existem muitas


referências acerca da trajetória do desenvolvimento da técnica.
Entretanto, a corrente teórica que muitos autores apresentaram ao longo
dos anos por meio de diferentes estudos, foi o conceito de projeção a

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partir da teoria psicodinâmica da personalidade (HUTZ; BANDEIRA;
TRENTINI, 2018).

O HTP e a Avaliação Psicológica


Quando pensamos em utilizar um teste psicológico, antes de mais nada,
é necessário compreender a finalidade de cada instrumento e os
objetivos da avaliação a ser feita, além de estarmos capacitados para
poder interpretar todos os elementos obtidos por meio dos diversos
instrumentos utilizados. Outro ponto relevante a ser considerado é o
fato de que não existe teste que seja suficiente para ser utilizado de
forma isolada numa Avaliação Psicológica. Assim, o HTP não pode ser
utilizado como um único instrumento em um processo diagnóstico que
vise avaliar os aspectos da personalidade de uma pessoa. De acordo
com Buck (2003), um erro frequente é o movimento de avaliar os
resultados do HTP isoladamente, sem agregar informações adicionais e
sem considerar a necessidade de um conhecimento mais profundo
sobre o sujeito.

A Avaliação Psicológica representa um processo complexo que utiliza


diferentes ferramentas para a coleta de informações.

Sendo assim, uma recomendação para avaliação da personalidade seria


a utilização de diferentes instrumentos (escalas, inventários, testes), a
fim de obter maiores dados acerca dos elementos da personalidade,
não devendo considerar o HTP como uma ferramenta única em um
processo de Avaliação Psicológica.

Vejamos agora em quais cenários esse instrumento pode ser utilizado:

Prática clínica expand_more

O processo terapêutico é justamente o contexto originário do


HTP. Dentro da prática clínica, a aplicação desse teste torna-se
um facilitador para levantar questões referentes à personalidade
que não são trazidas à tona pelo paciente durante as sessões,
seja por uma dificuldade na comunicação, seja pela vivência de
algum conflito e consequente dificuldade em verbalizá-lo,
permitindo então que o psicólogo adquira informações
importantes a respeito dos aspectos básicos da personalidade,

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08/02/2024, 18:01 Testes projetivos e expressivos gráficos
especificamente no que se refere a forças e fraquezas da pessoa
e sua interação com o ambiente, a fim de melhor serem
identificados e elaborados durante a psicoterapia.

De acordo com Buck (2003), o HTP estimula a projeção de


elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da
situação terapêutica e proporciona uma compreensão dinâmica
das características e do funcionamento do indivíduo.

Contexto jurídico/forense expand_more

No contexto jurídico/forense, a utilização desse teste também


tem se mostrado relevante, por exemplo, na realização de perícia,
em que ocasionalmente existe uma avaliação compulsória
(contra a vontade da pessoa), na qual geralmente é esperada
uma recusa em verbalizar temas que podem vir a ser prejudiciais
para algum interesse particular. De tal forma, a aplicação do HTP
favorece o acesso a traços e características da personalidade
que podem ser omitidas pelo autorrelato. Outra área em que o
HTP vem sendo cada vez mais utilizado é no que se refere à
avaliação em caso de suspeita de abuso sexual. Nesse caso,
embora não exista um teste específico que confirme se uma
pessoa foi vítima de violência sexual, a utilização do HTP permite
avaliar elementos que têm demonstrado a possibilidade de
identificação de casos de abuso sexual a partir dos desenhos
(HUTZ; BANDEIRA; TRENTINI, 2018). Lembrando especialmente
nesses casos que um único teste não é capaz de responder de
forma completa a uma realidade, sendo necessárias outras
intervenções.

Recrutamento e seleção expand_more

No que diz respeito ao campo organizacional, o HTP é


frequentemente utilizado em processos seletivos, possibilitando
analisar, a partir da avaliação da personalidade e de forma não
verbal, o candidato que melhor se adequa à organização dentre
aqueles recrutados, bem como identificar pontos da
personalidade do candidato conforme as competências do cargo
avaliado.

Orientação vocacional expand_more

No processo de orientação vocacional, o HTP também se


apresenta como um instrumento enriquecedor, uma vez que, ao
avaliar características da personalidade do orientando, dentro de
outros aspectos, tais como os próprios interesses vocacionais,
associado a seu interesse declarado ou descoberto durante a

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08/02/2024, 18:01 Testes projetivos e expressivos gráficos
orientação vocacional, possibilita esclarecer possíveis profissões
nas quais o candidato se encaixaria de forma mais promissora.

De fato, existe um campo muito variado onde o HTP pode ser aplicado,
uma vez que, sendo um teste de personalidade, a partir da demanda de
cada contexto, ele pode ser inserido a fim de corroborar o processo no
qual está destinado a avaliar. Para tanto, além de se compreender onde
esse teste pode ser empregado, é de grande importância conhecer e
preparar o ambiente e contexto de aplicação, bem como o público para
o qual o mesmo é padronizado além da sua interpretação.

O HTP – processo de aplicação e


interpretação
Como já vimos, no que se refere ao HTP, podemos considerar que ele é
um instrumento versátil, sendo uma ferramenta amplamente utilizada
em diversos contextos, como o organizacional, jurídico, clínico,
hospitalar, avaliação em contextos escolares, para procedimentos
cirúrgicos, aquisição de porte de armas de fogo etc. Essa versatilidade
também se deve a dois outros aspectos: poder ser aplicado a partir da
faixa etária de 8 anos em diante, ampliando o campo de atuação, e ser
um teste de baixo custo.

Didaticamente, a administração do HTP é dividida em duas partes,


sendo elas:

Acromática

Na parte acromática (fase obrigatória), o examinador solicita que


sejam realizados de forma sequencial os desenhos da casa,
árvore e pessoa. De acordo com Buck (2003), essa fase de
aplicação é não verbal, criativa e quase completamente não
estruturada. Em seguida, após o término do desenho, é
conduzido um inquérito com o objetivo de explorar as
características e as descrições de cada um dos desenhos.

Esse inquérito é guiado por um protocolo de perguntas contidas


no manual do teste, sendo uma fase em que o examinando
verbaliza sua percepção acerca dos desenhos produzidos.

Para a realização do teste na parte acromática, é necessária a


utilização de papel A4, lápis preto nº2, borracha e cronômetro.

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Embora o teste não seja cronometrado, é importante observar o
tempo entre o início e fim de cada desenho.

Cromática

A parte cromática (fase facultativa), segue as mesmas diretrizes


da parte acromática, tanto na sequência dos desenhos quanto no
inquérito. Entretanto, para aplicação dessa parte, é necessário
além das folhas A4 o uso de giz de cera nas cores vermelho,
laranja, amarelo, azul, violeta, marrom e preto. Além das cores,
também pode ser utilizada a borracha.

A fase de interpretação do HTP inicia-se junto com o processo da


aplicação, uma vez que, de acordo com Hutz, Bandeira e Trentini (2018,
p. 413):

A observação do comportamento do
indivíduo durante a realização dos
desenhos é parte fundamental do
processo de aplicação do HTP.
Assim, pode-se dizer que a
interpretação do HTP, tal qual
proposta no manual, é realizada por
informações obtidas por uma tríade
de fontes: elementos gráficos
produzidos pelo indivíduo
(desenhos); conteúdo verbal
(oriundo do inquérito) e observação
(comportamento do indivíduo ao
longo da aplicação).

(HUTZ; BANDEIRA; TRENTINI, 2018, p. 413)

De fato, essa tríade de fontes precisa ser levada em consideração no


momento da interpretação do HTP, e por ser um teste projetivo, esse
instrumento engloba a utilização de estímulos ambíguos. Ou seja, um
único estímulo pode gerar diferentes interpretações, possibilitando que
a resposta seja livre e personalizada e improvável de saber a maneira

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como a resposta a esse estímulo será interpretada pelo examinador
(HUTZ; BANDEIRA; TRENTINI, 2018).

Sendo assim, a interpretação do HTP precisa ser realizada a partir de


uma análise global do desenho, baseada no protocolo de inquérito e
lista de conceitos interpretativos para cada desenho, facilitando a
maneira como é corrigido e diminuindo a possibilidade de uma
interpretação subjetiva.

O protocolo de interpretação se apresenta então como uma tentativa de


sistematizar a aplicação e criar critérios para a interpretação dos
desenhos, pois, de acordo com o manual, o teste se configura como um
recurso útil para a apreensão das características relevantes para a
demanda para a qual ele está sendo utilizado.

Isso significa que não é possível avaliar traços da


personalidade apenas analisando um único desenho,
ou um único item. Para Hammer (1991), nenhum item
sozinho é capaz de definir qualquer força ou fraqueza
do sujeito e poucos itens têm um único significado, por
isso nenhum deles pode ser visto isoladamente.

Além disso, o processo de interpretação deve estar atrelado com a


história de vida da pessoa a ser avaliada e dados oriundos de outras
fontes, como, por exemplo, a utilização de outros instrumentos
padronizados, dados de entrevistas prévias, considerando sempre a
finalidade da avaliação (BUCK, 2003).

video_library
HTP: processo de aplicação e
interpretação
A seguir, assista ao vídeo com a explicação sobre a padronização e
elementos básicos do processo de aplicação e interpretação do HTP.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

De acordo com o contexto histórico do teste HTP (House-Tree-


Person), podemos afirmar que

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A o HTP é proveniente da prática clínica e só pode ser
utilizado dentro do contexto clínico.

o HTP é proveniente da prática clínica e pode ser


B utilizado em outros contextos de avaliação
psicológica.

o HTP surgiu no contexto da psicologia


C organizacional, por isso ele pode ser utilizado
somente para avaliação de recrutamento e seleção.

o HTP é oriundo do contexto organizacional,


D podendo ser utilizado para avaliação psicológica em
outras áreas.

o HTP é um teste que pode ser utilizado para


E avaliação da personalidade por vários profissionais,
incluindo psicólogos.

Parabéns! A alternativa B está correta.

O HTP foi desenvolvido por J. Buck, proveniente do contexto clínico,


visando inicialmente ao levantamento de elementos para serem
trabalhados dentro do processo terapêutico, mas depois seu uso foi
estendido para outras áreas de atuação, tais como orientação
vocacional, recrutamento e seleção, avaliação para porte de arma,
cirurgia bariátrica, área da psicologia hospitalar etc.

Questão 2

A Resolução 009/2018, no que diz respeito à definição de Avaliação


Psicológica, afirma que

a Avaliação Psicológica é o processo de aplicação


A
de testes para uma finalidade específica.

a Avaliação Psicológica é um processo que visa


B investigar um fenômeno psicológico por meio da
opinião do psicólogo.

a Avaliação Psicológica é um processo estruturado


de investigação de fenômenos psicológicos que
C

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pode ser realizado tanto por psicólogos quanto por
médicos.

a Avaliação Psicológica é um processo estruturado


de investigação de fenômenos psicológicos,
D composto de métodos, técnicas e instrumentos,
com o objetivo de prover informações à tomada de
decisão.

a Avaliação Psicológica é um processo que visa


E
determinar quem uma pessoa deve ser.

Parabéns! A alternativa D está correta.

A Avaliação Psicológica não é somente aplicação de testes, pois o


teste é uma das ferramentas. Assim, a Avaliação Psicológica é
realizada por um processo estruturado de investigação composto
por instrumentos técnico-científicos, e não pela opinião subjetiva de
um profissional. Além do mais, a Avaliação Psicológica é uma
atribuição privativa do psicólogo de acordo com a Lei nº 4119/62.
Esse processo não determina um futuro, pois trata-se de um
processo de investigação e levantamento de dados visando uma
tomada de decisão.

4 - O teste Palográfico
Ao final deste módulo, você estará apto a reconhecer os objetivos e características do teste
Palográfico, bem como aspectos de sua utilização.

Contexto histórico e aspectos gerais


Em algum momento da sua vida, se você já fez parte de algum processo
seletivo ou exame psicotécnico, pode ter se deparado com este teste,

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conhecido vulgarmente como o famoso “teste dos pauzinhos” ou, como
é correto chamá-lo, Palográfico.

No Brasil, por exemplo, o Conselho Federal de Psicologia (CFP, 2006)


apontou o teste Palográfico como o instrumento mais comumente
utilizado para avaliação da personalidade dos candidatos a adquirir a
Carteira Nacional de Habilitação (CNH), sendo também amplamente
utilizado em diversos contextos de avaliação.

Curiosidade

O teste Palográfico foi desenvolvido na Espanha, pelo psicólogo


Salvador E. Milá, e trazido para o contexto brasileiro em 1976 por
Agostinho Minicucci, tendo passado por algumas edições até chegar à
versão mais atualizada, no ano de 2019, encontrando-se atualmente em
sua 3ª edição (HUTZ; BANDEIRA; TRENTINI, 2018).

O teste Palográfico é considerado um instrumento expressivo gráfico de


avaliação da personalidade, o que significa que, a partir das instruções
que o examinado precisa seguir para a execução do teste, é possível
observar padrões de comportamento a partir da forma como cada
pessoa se expressa dentro de sua individualidade.

De acordo com Alves (2019), a proposta teórica do Palográfico está


sustentada a partir da relação entre o comportamento expressivo e
aspectos grafológicos.

Sendo assim, a partir da avaliação do comportamento expressivo, seria


possível verificar o estilo de resposta que cada pessoa expressa,
visando identificar a relação entre a maneira como cada pessoa se
expressa e as características e traços de sua personalidade.

Exemplo

Pense no seguinte exemplo: você está caminhando na rua e, de repente,


se vê diante de um assalto. Um sentimento de medo possivelmente
tomará conta de você, e diante dele, a reação de lutar ou fugir pode vir à
tona, a fim de se ver livre dessa situação e se manter em segurança.
Entretanto, pode ser que você reaja se abaixando, correndo para se
esconder, ou até mesmo lutando com o assaltante, algo que em outro
momento talvez jamais passasse pela sua cabeça. Essas reações
ocorrem de forma involuntária e muito rápida, como se você acionasse
o “piloto automático”, mas que de uma certa maneira, já estão presentes
em você e, a partir de um estímulo específico, você se expressa e reage
de forma particular.

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De certa maneira, essa expressividade a partir de um estímulo


específico é o que o Palográfico vai buscar suscitar na pessoa que está
sendo avaliada.

Segundo Allport (1974, apud ALVES; ESTEVES, 2019),


no Palográfico, o comportamento expressivo é
avaliado no transcorrer do teste, iniciando de uma
forma mais consciente e adaptativa, para,
posteriormente, ser mais espontâneo e abaixo do
limiar da consciência.

Isso quer dizer que, na fase de treino do Palográfico, são avaliados mais
aspectos adaptativos, pois, no início da atividade, a pessoa avaliada vai
trabalhar tentando se adequar às instruções recebidas. Entretanto, à
medida que o teste continua, vai se tornando uma tarefa mais
espontânea, menos controlada e revelando mais aspectos expressivos,
que podem ser observados a partir do próprio movimento corporal, da
musculatura empregada na execução do teste, em que a pessoa vai
expressando a “força do impulso psíquico, que pode se manifestar de
diversas formas, como a amplificação do movimento, a aceleração da
velocidade, o reforçamento do traço ou a intensificação da pressão
sobre o lápis” (HUTZ; BANDEIRA; TRENTINI, p. 434).

Outro aspecto relevante a respeito do comportamento expressivo seria


o de que ele geralmente ocorre de forma espontânea, inconsciente,
sendo apenas a forma de expressão de uma pessoa, como, por
exemplo, a maneira de gesticular, ou manifestar a alegria ou raiva, ou
como sorri. Além disso, o comportamento expressivo se manifesta por
meio da resposta corporal.

Tal como afirma Hammer (1958 apud HUTZ, 2018), os músculos de um


indivíduo não mentem, no sentido de afirmar que pode até ser possível
uma pessoa esconder sua opinião, ou o sentimento por alguém, mas o

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seu corpo, musculatura facial, postura corporal não conseguem
esconder da mesma forma.

Por isso, os testes expressivos e, de modo particular, o Palográfico,


podem contribuir de forma enriquecedora qualquer processo de
avaliação psicológica.

O teste Palográfico e a Avaliação


Psicológica
O Palográfico é um dos instrumentos disponíveis atualmente para os
psicólogos em relação à avaliação da personalidade, sendo o mesmo
um teste expressivo gráfico. Dito isso, é necessário compreender quais
aspectos o teste avalia e em quais contextos ele melhor pode ser
utilizado.

A tarefa do instrumento, de um modo geral, é a reprodução de traçados


simples dentro de uma determinada sequência de tempo, seguindo um
estímulo inicial e sendo sua premissa a que cada pessoa execute essa
tarefa de maneira peculiar, imprimindo, ao realizar o teste, seu estilo
individual de resposta, o que possibilita estabelecer uma relação entre
os traçados e as suas características de personalidade (ALVES;
ESTEVES, 2019).

Esse instrumento pode ser utilizado em diversos contextos, entretanto,


nas áreas de recrutamento e seleção, avaliação para aquisição de
carteira de habilitação e porte de armas, esse teste vem sendo aplicado
com mais frequência.

Os aspectos que são avaliados por meio do Palográfico correspondem à


produtividade, autoconfiança, autoestima, ânimo, humor, relacionamento
interpessoal, agressão, organização, impulsividade, aspectos
depressivos e outras características.

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Também avalia o máximo de rendimento e o mínimo de esforço, nível de


organização, estabilidade e domínio de si (ALVES; ESTEVES, 2019).

Nos contextos de avaliação citados anteriormente, em que são


necessários critérios para contratar um candidato, ou para considerar
apta uma pessoa a dirigir ou a portar uma arma, os aspectos avaliados
no Palográfico podem corroborar para a obtenção de elementos
esclarecedores para o psicólogo avaliador.

Cabe ressaltar aqui que a avaliação psicológica e o uso


de testes são atribuições privativas ao psicólogo,
sendo este o profissional qualificado para administrar
e interpretar esse instrumento, tomando sempre o
cuidado de não divulgar ou emprestar essa ferramenta
para profissionais que não sejam psicólogos.

Precisamos também estar atentos ao que atualmente vem ocorrendo


através das redes sociais no que se refere à aplicação de testes,
incluindo o Palográfico: a tentativa de burlá-los.

De forma cada vez mais frequente, vem sendo divulgados na Internet


vídeos e sites que visam ensinar as pessoas a conhecerem os testes
psicológicos para “auxiliá-las” a terem um bom desempenho. Porém,
essa prática é totalmente contrária ao que diz o código de ética
profissional do psicólogo quando afirma, nos deveres fundamentais do
psicólogo, a importância de zelar para que a comercialização, aquisição,
doação, empréstimo, guarda e forma de divulgação do material privativo
do psicólogo sejam feitas somente para profissionais da Psicologia
(CFP, 2005). Para que você exerça a Psicologia de forma ética e
coerente, é necessário levar em consideração o que preconiza esse
Código.

Precisamos também contribuir para desconstruir a ideia existente no


senso comum de que os testes psicológicos reprovam ou aprovam
alguém, levando à busca de adquirir um “bom desempenho” nos
mesmos. Independentemente da finalidade da avaliação psicológica, o
objetivo do teste psicológico não é aprovar ou reprovar ninguém, mas
somente identificar, descrever, qualificar e mensurar características
psicológicas, por meio de procedimentos sistemáticos de observação e
descrição do comportamento humano (CFP, 2018).

Comentário

Outro ponto relevante para considerar, no que se refere ao Palográfico, é


que até o presente momento ele está com parecer favorável para uso de
acordo com o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI
(o SATEPSI é o sistema que regulamenta e fiscaliza os testes no Brasil).
Quando um teste está favorável no SATEPSI para ser utilizado, significa
que ele passou por uma série de pesquisas nas quais foram avaliados
seus aspectos quantitativos e qualitativos, demonstrando a
fidedignidade, validade e rigor nos aspectos que podem ser obtidos por
meio da administração e interpretação desse instrumento.

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Aplicação e interpretação

O Palográfico é um teste que pode ser aplicado tanto em adolescentes


quanto em adultos, correspondendo à faixa etária dos 16 aos 60 anos,
podendo ser aplicado de forma individual ou coletiva. Sendo um teste
rápido e de fácil manejo, são necessários para sua execução o manual
com as instruções para aplicação, avaliação e interpretação, bem como
a folha padronizada de testagem.

A execução do teste consiste em reproduzir traços verticais (os


chamados “palos” ou, como diz o senso comum, “palitinhos”) de acordo
com o modelo previamente impresso na folha de aplicação, devendo ser
executado com rapidez e qualidade, buscando imitar o tamanho e a
distância entre os traços.

Existem duas etapas de aplicação, que são realizadas dentro de um


tempo cronometrado. São elas:

Treino

Na etapa do treino, a duração é de 2 minutos e 30 segundos,


divididos por 5 tempos de 30 segundos.

Teste

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Na etapa do teste propriamente, a duração é de 5 minutos,


divididos em 5 tempos de 1 minuto. Esse processo consiste em
avaliar como funciona o mundo interno da pessoa a partir de uma
expressão do traçado, sendo inicialmente uma etapa mais
consciente e adaptativa (treino), e logo em seguida, um traçado
mais espontâneo (teste propriamente dito), permitindo por meio
dessa técnica que o psicólogo identifique as características
pessoais da pessoa avaliada (ALVES, 2019).

A interpretação do Palográfico apresenta duas etapas, sendo elas


quantitativa e qualitativa.

Quantitativa expand_more

A avaliação quantitativa está relacionada com a verificação de


aspectos como: ritmo de trabalho, produtividade, distância e
tamanho entre os traços, tamanho das margens, inclinação e
direção dos traços, e posteriormente esses itens são
comparados com uma tabela normativa. Também são
verificados na avaliação quantitativa o número de traços
realizados (em cada tempo separadamente e no total do teste),
assim como a presença de ganchos nos traços (que são
indicadores de emotividade e impulsividade). Para a tarefa de
avaliar quantitativamente, é necessário, por parte do psicólogo,
empenho e dedicação, sendo recomendado medir os traços com
uma régua e transferidor, a fim de obter dados fidedignos e
precisos. Entretanto, recentemente, existem sistemas para
correção automática que visam auxiliar nesse processo.

No teste Palográfico, o psicólogo deve usar cronômetro, régua e


transferidor.

Qualitativa expand_more

A avaliação qualitativa, por sua vez, visa verificar alguns


aspectos, como a pressão empregada no lápis, a qualidade e o
tipo do traçado, como é executada a tarefa, se houve algum tipo
de correção. Em seguida, os dados da avaliação qualitativa e
quantitativa são integrados para fazer uma sondagem de
maneira eficaz (ALVES apud HUTZ, 2018).

Você percebeu quantos detalhes perpassam a aplicação, correção e


interpretação do Palográfico? É muito importante que o psicólogo que
vai utilizar esse teste tenha não apenas preparo e conhecimento, mas
também experiência para interpretar.

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O código de ética profissional do psicólogo afirma, no


artigo 1º, que é dever fundamental do psicólogo
“assumir responsabilidades profissionais somente por
atividades para as quais esteja capacitado pessoal,
teórica e tecnicamente” (CFP, 2010). Sendo assim,
somente quem está devidamente familiarizado com a
técnica pode definir as características dos traços e
como cada um deles se relaciona com a personalidade
do candidato a ser avaliado.

Cabe considerar aqui novamente que os testes psicológicos são de uso


privativo do psicólogo, de acordo com a Lei nº 4119/62, não devendo
ser xerocado e compartilhado com profissionais que não sejam da área
de Psicologia. Além disso, significa que as folhas de aplicação do teste
devem sempre ser originais.

video_library
Processo de aplicação e
interpretações do Palográfico
Você sabe identificar as diferentes etapas no processo de aplicação e
as diferentes avaliações do teste Palográfico? O vídeo a seguir vai te
ajudar a entender melhor esses processos.

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08/02/2024, 18:01 Testes projetivos e expressivos gráficos

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Dentro de um processo de avaliação psicológica, A psicóloga Maria


decidiu aplicar o teste Palográfico para candidatos que estavam
concorrendo a uma vaga de uma empresa. Entretanto, ela havia
acabado de comprar o Palográfico, portanto, nunca o aplicou e não
estava preparada. De acordo com o Código de Ética Profissional do
Psicólogo, podemos dizer que a atitude de Maria

foi correta, pois se ela percebeu que poderia aplicar


o teste, o fato de ela não dominar a prática não
A
afetaria em nada o processo de avaliação e
interpretação do teste.

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foi correta, pois em todo processo seletivo, o teste


B Palográfico deve ser aplicado, por isso ela não teve
outra escolha.

foi errada, pois é dever fundamental do psicólogo


assumir responsabilidades profissionais somente
C
por atividades para as quais esteja capacitado
pessoal, teórica e tecnicamente.

foi errada, pois ela deveria ter buscado de forma


D rápida na Internet algum vídeo que ensinasse como
burlar o teste Palográfico para já saber aplicar.

foi correta, pois se ela acreditou que poderia ser


capaz de aplicar o teste mesmo sem preparo, a
E opinião do profissional é mais importante do que a
busca contínua de capacitação e conhecimento do
teste.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Embora o teste Palográfico seja utilizado no contexto


organizacional, isso não é uma regra prevista em nenhuma
resolução até o momento e o psicólogo tem a autonomia para
escolher qual instrumento usar. Em adição, o psicólogo não pode
ser conivente com nenhum tipo de situação em que a Psicologia
seja aviltada, e vídeos que ensinam a burlar o teste são contrários
ao código de ética.

Questão 2

A respeito do teste Palográfico, avalie as afirmativas a seguir:

I - O constructo de normatização é de 16 até 60 anos.


II - O constructo de normatização é de 06 até 70 anos.
III - O Palográfico é um teste gráfico de personalidade.
IV - O Palográfico é um teste gráfico de inteligência.

A I, III

B I, IV

C II, III

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D II, IV

E IV apenas

Parabéns! A alternativa A está correta.

A idade de aplicação é de 16 até 60 anos, e o Palográfico é um teste


de personalidade, podendo ser aplicado de forma individual ou
coletiva. Não é um teste com função de aprovação e reprovação,
porém é um elemento importante para auxiliar o psicólogo no
conhecimento do paciente.

Considerações finais
Ao longo deste percurso, foi possível conhecer alguns dos testes
gráficos mais usados no Brasil, bem como aprender a identificar e
diferenciar os testes projetivos e expressivos gráficos.

Além disso, foi possível reconhecer o SATEPSI, órgão que regulamenta e


fiscaliza a utilização de testes, apresentando os instrumentos que
podem ser usados na avaliação psicológica, atividade restrita ao
psicólogo.

É importante que os testes psicológicos sempre sejam utilizados,


levando-se em consideração a complexidade dos processos de
avaliação psicológica, não os considerando individualmente como única
fonte de informação.

Com isso, esperamos que você continue a descobrir o universo da


avaliação psicológica e as inúmeras possibilidades de contextos
possíveis onde os testes podem ser inseridos, a fim de contribuir cada
vez mais para a eficácia da prática profissional.

headset
Podcast
Para concluir este estudo, o podcast aborda assuntos como: a
caracterização dos testes projetivos expressivos gráficos, a importância
do desenho na Avaliação Psicológica, as características, aplicações,

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procedimentos de administração e interpretação dos testes DFH, HTP,
DF, Palográfico e aspectos éticos da profissão.

Explore +
Você quer conhecer mais sobre testes psicológicos? Uma dica é assistir
a este diálogo promovido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP),
intitulado Diálogo Digital do CFP discute testes psicológicos, disponível
no YouTube.

Faça uma busca na Internet para compreender melhor sobre o SATEPSI


(Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos), incluindo seu website.

Existem algumas resoluções do Conselho Federal de Psicologia que são


indispensáveis para o psicólogo que atua no campo da Avaliação
Psicológica. A seguir, colocamos uma delas e sugerimos a sua leitura.

Conselho Federal de Psicologia. Resolução nº 008/2019.


Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no
exercício profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o
Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI e revoga
as Resoluções nº 002/2003, nº 006/2004 e nº 005/2012 e Notas
Técnicas nº 01/2017 e 02/2017.

Também recomendamos algumas referências técnicas importantes


sobre testes psicológicos:

Nota Técnica CFP nº 02/2017 – Orientação de Atualização de


Testes Psicológicos.

Nota Orientativa sobre uso de testes psicológicos


informatizados/computadorizados e/ou de aplicação remota/on-
line.

Referências
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personalidade. 3. ed. São Paulo: Vetor Editora, 2019.

ANASTASI, A.; URBINA, S. Testagem psicológica. Porto Alegre: Artes


Médicas, 2000.

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BUCK, J. N. H-T-P: Casa-Árvore-Pessoa. Técnica Projetiva de Desenho:
Manual e Guia de Interpretação. São Paulo: Vetor, 2003.

CAMPOS, D. O teste do desenho como instrumento de diagnóstico da


personalidade. In: CAMPOS, D. O teste do desenho como instrumento de
diagnóstico da personalidade. Petrópolis: Vozes, 1986. p. 98-98.

COHEN, R. J.; SWERDLIK, M. E.; STURMAN, E. D. Testagem e Avaliação


Psicológica: Introdução a Testes e Medidas. Porto Alegre: AMGH, 2014.

GOMES, H. A. R. A aprendizagem cooperativa como ferramenta para a


inclusão. 2015. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação –
Especialização em Educação Especial, Domínio, Cognição e
Multideficiência) – Instituto Politécnico de Lisboa, 2015.

HAMMER, E. F. (Org.). Aplicações clínicas dos desenhos projetivos. Rio


de Janeiro: Interamericana, 1991.

HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M. Avaliação Psicológica da


Inteligência e da Personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2018.

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Fidedignidade para o Desenho da Família Cinética. Avaliação
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Editorial Guadalupe, 1973.

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VILLEMOR-AMARAL, A. E. Métodos projetivos em avaliações


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WECHSLER, S. M.; MARTINE, C. M. B.; COMPARINI, I. P. O Desenho da


Figura Humana: Avaliação Cognitiva e Criativa Infantil. In: HUTZ, C. S. et
al. (Orgs.). Avaliação psicológica da inteligência e da personalidade.
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WECHSLER, S.; SCHELINI, P. W. Validade do desenho da figura humana


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Journal of Psychological Assessment, v. 1, n. 1, p. 29-38, 2002.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03566/index.html# 47/48
08/02/2024, 18:01 Testes projetivos e expressivos gráficos

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