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DENVER II

teste de triagem do
desenvolvimento
Aulas 1 e 2 - Introdução e
Contextualização

Instrutora:
Sara Bonates Ramos
CRP 01/19038
bonates.psi@gmail.com
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
Pensando em desenvolvimento infantil, o que vêm à sua
mente?

Pois bem, aqui iremos abordar o desenvolvimento como


resultado de fatores genéticos e também da influência do
ambiente.
Tanto os fatores genéticos quanto as experiências e vivências
da criança podem contribuir para o avanço ou atraso do
desenvolvimento.

Como sabemos se uma criança está atrasada, dentro da média


ou avançada?
Temos como base a observação clínica e os conhecimentos de
cada área acerca do que é considerado normal para a
idade. Em aspectos específicos, falamos de fatores essenciais
como o motor e a linguagem (fala), comparando o desempenho
da criança avaliada ao que é tomado como esperado (normal,
típico), para cada fase.
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
Vamos rapidinho para um breve contexto histórico:

Anos 80: Unicef e OMS lançam um documento sobre sobrevivência


e desenvolvimento da criança, contudo, ainda abordava apenas
aspectos de crescimento e fatores de risco principalmente
associados à desnutrição.

1984: No Brasil, o Ministério da Saúde lança uma série de manuais


sobre atenção básica dos 0 à 5 anos, com uma "tímida" ficha com
os marcos do desenvolvimento e abordando como lidar com
possíveis atrasos.

2002: Nova cartilha do Ministério da Saúde (anexa na plataforma


para vocês), que trata de forma muito mais abrangente sobre o
desenvolvimento infantil, seus marcos e a importância da
vigilância.

Tome nota: Uma avaliação do desenvolvimento


deve ser feita de forma multidisciplinar, ou seja,
com o parecer de diversos profissionais da saúde,
que juntos, podem compreender o funcionamento
da criança de forma global e chegarem à um
diagnóstico preciso. O Denver II é um teste que
pode ser utilizado por profissionais de diversas
áreas e possibilita esse diálogo.
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
Além da análise clínica, existe algum exame ou teste que
delimite essas classificações do desenvolvimento?

Sim! E é aqui que entram os instrumentos que podem auxiliar


o profissional, como é o caso do Teste de Triagem do
Desenvolvimento de Denver, que vamos aprender a aplicar,
corrigir e interpretar os resultados neste curso!

Todo profissional da saúde que lidar com o desenvolvimento e


patologias relacionadas, seja na avaliação ou no
tratamento/acompanhamento, deve ter em mente que quanto
mais precocemente se identificar o problema, melhor. 
Chamamos de vigilância do desenvolvimento, a atenção que
damos à este, e essa vigilância deve ser incentivada e
promovida também para a família.
Ainda sobre a identificação precoce de problemas no
desenvolvimento, falamos sobre neuroplasticidade, que é a
capacidade do cérebro de mudar e se adaptar à novas
situações (e crianças têm ótima capacidade neuroplástica!).
Traduzindo: se uma criança com dificuldades no
desenvolvimento têm essas dificuldades identificadas e então é
bem estimulada, ela tende à recuperar ou compensar os
déficits, por um mecanismo natural de seu cérebro, e orientada
por profissionais competentes e carinhosos. 
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
Vamos então para um breve resumo do desenvolvimento
infantil e seus marcos. Os critérios que utilizaremos aqui são
pautados, ainda, pelo Ministério da Educação.
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
Vamos então para um breve resumo do desenvolvimento
infantil e seus marcos. Os critérios que utilizaremos aqui são
pautados, ainda, pelo Ministério da Educação, conforme ficha
de avaliação do desenvolvimento, semelhante ao Denver II.
Este comparativo nos dá uma introdução ao que é esperado
para cada idade e nos prepara para maior familiaridade com os
constructos do Denver II
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
INTRODUÇÃO E
CONTEXTUALIZAÇÃO
O DENVER II

Iniciando então sobre o teste em si, vamos falar um pouco do


Denver II.
É um teste que faz uma triagem do desenvolvimento, ou seja,
seleciona crianças a partir de um comparativo com a amostra
encontrada em pesquisa para normatização. Essa triagem deve
ser um norte para que o profissional destaque pontos que
requerem maior avaliação, não sendo o Denver II um teste de
QI ou preditor definitivo da capacidade intelectual e
prognóstico da criança.

O teste avalia crianças na primeira infância (dos 0 à 6 anos) e


permite identificar possíveis atrasos que não são perceptíveis
apenas em exame de rotina.

O Denver II consta de um formulário com 125 itens (tarefas)


organizados em quatro áreas do desenvolvimento: 

Pessoal Social: Aspectos da socialização da criança, da


interação com o outro e comportamentos sociais de troca.
Motor Fino Adaptativo: Coordenação olho-mão, incluindo
movimentos pequenos e precisos.
Motor Grosso: Controle Corporal, relacionado com os
movimentos que envolvem grandes músculos e membros.
Linguagem: Capacidade de reconhecer, entender e usar a
linguagem. Relaciona-se com a aquisição e refinamento da
fala.
O DENVER II
O DENVER II
Por hoje é só, pessoal!

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