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2020
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Como estimular as Funções Executivas no TEA?
Para essa autora, ainda, a condição socioemocional da criança, marcada pela qualidade
das relações com pais e cuidadores, é fundamental para a formação de um bom
funcionamento executivo. Se a criança estiver estressada, triste, sem dormir direito, sem
receber atenção dos adultos, sem se exercitar adequadamente ou com problemas nutricionais,
ela não será capaz de desenvolver adequadamente seu funcionamento executivo.
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Tabela 1. Tabela de jogos lúdicos de estimulação de funções executivas
Dessa forma, programa de intervenção em função executiva tem sido elaborado para
intervenção clínica (Diamond & Ling, 2016). Neste cenário, no Brasil, Dias e Seabra (2013)
elaboraram o Programa de Intervenção em Autorregulação e Funções Executivas (PIAFEx)
para psicólogos, pedagogos, psicopedagogos, o qual tem contribuído para estimular o
desenvolvimento de funções executivas e autorregulação em crianças pré-escolares e
ingressantes no Ensino Fundamental.
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contribuindo com a memorização do que foi aprendido. Uma das estratégias para consolidar a
aprendizagem, segundo esses autores, são a retomada do conteúdo, que consiste em perguntar
ao aprendiz se ele entendeu sobre o que o professor acabou de explicar, rever e reescrever a
matéria, pois ajudará a consolidação da memória de trabalho para armazenar e manipular as
informações recentes para evocá-las, e também ser possível fazer associações e comparações
com outros conhecimentos armazenados na memória de longo prazo e relacionados ao que foi
apresentado. Da mesma forma, estes autores afirmam também que é importante apresentar
conteúdos e experiências aplicadas ao cotidiano e ao contexto de vida do aluno, pois isso
contribuirá para a consolidação das memórias, além de ter uma boa qualidade de sono quando
ocorre a fixação das memórias.
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É importante que o professor motive os alunos, reconhecendo seu empenho,
fornecendo orientação, mostrando e corrigindo erros, dando feedbacks, buscando tornar o
aluno participante, ativo e sujeito responsável por sua aprendizagem, contribuindo também
para o desenvolvimento das funções executivas (Fonseca, 2008).
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Referências Bibliográficas
Cantiere, C. N., Ribeiro, A. de F., Khoury, L. P., Seraceni, M. F. F., Macedo, L. F. R., &
Carreiro, L. R. R. (2012). Treino cognitivo em crianças e adolescentes com sinais de
desatenção e hiperatividade: Proposta de protocolo de intervenção neurológica nos
domínios verbal e executivo. Cadernos de Pós-Graduação Em Distúrbios Do
Desenvolvimento, 12(1), 98–107.
Diamond, A., & Ling, D. S. (2016). Conclusions about interventions, programs, and
approaches for improving executive functions that appear justified and those that, despite
much hype, do not. Developmental Cognitive Neuroscience, 18, 34–48.
https://doi.org/10.1016/j.dcn.2015.11.005
Ferreira, F. de O., Penna, F. J., & Haase, V. G. (2009). Aspectos Biopsicossociais - Da Saúde
na Infância e Adolescência. Coopmed.