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AV2 de Psicopatologia II – Professora: Rosemeri Covre

Aluna: Rayane Dos Santos Machado


Matrícula: 201904087469

Responda às questões propostas em arquivo anexo com nome e matrícula: Questões


Objetivas (1,0 ponto cada)
1- Maria, 19 anos, tendo como hipótese transtorno de personalidade borderline, vai ao
calçadão de Nilópolis e compra "chumbinho de rato", sob a promessa que se naquela noite o
namorado terminar o relacionamento com ela, ela irá se matar ingerindo a substância
adquirida.
Podemos dizer que o ato de Maria consiste em:

(B) Ideação suicida.

2-Ana, estoquista, 22 anos, procura um serviço de saúde mental, encaminhada pelo médico
do trabalho. Na entrevista de triagem, relata que, em seu trabalho, os colegas estão sempre
olhando para ela, fazendo comentários jocosos a seu respeito, o que ela percebe pelo jeito
como eles olham e dão risadas às vezes. Não sabe o porquê desta atitude deles, pois antes
eram amigos e até costumavam sair todos juntos. Suspeita que, talvez, tenha sido porque
uma amiga tem conseguido ler os seus pensamentos, e depois ela conta para todos. Qual
seria a hipótese diagnóstica provável?

d) Transtorno psicótico.

3- Tônia foi trazida para a emergência psiquiátrica após ficar parada por mais de 15 horas
parada numa esquina esperando que passasse um fusca vermelho com o final da placa 5.
Qual o provável diagnóstico?

(E) Transtorno Obsessivo-Compulsivo.

4- Uma mulher de 28 anos chega a seu clínico com a queixa principal de tensão muscular.
Descreve-se como alguém que se preocupa muito e, desde que teve seu primeiro filho, no
ano anterior, sua preocupação aumentou. Não consegue parar de se preocupar, mesmo
quando se esforça ativamente para fazê-lo. Preocupa-se com uma série de coisas, dentre
elas, as relações do Brasil com outros países, se ela e o marido conseguirão pagar a
faculdade do filho, a saúde do marido e o mercado de ações. Também relata sintomas de
inquietude e insônia. Adormece sem dificuldade, mas acorda no meio da noite e não
consegue voltar a dormir. Descreve seu humor como "ok" e nega qualquer uso de
substância, fora um copo de vinho eventual no fim de semana. Ela e o marido são
advogados. A paciente relata ter dificuldade para concentrar-se no trabalho desde o
nascimento do filho. A hipótese diagnóstica mais consistente para o caso seria a de:
(A) Transtorno de Ansiedade Generalizada.
Questões Discursivas: (2,0 pontos cada) ATENÇÃO: Respostas similares entre os colegas
de turma serão INVALIDADAS

Questão 5: Diferencie ansiedade normal de ansiedade patológica:

Resposta: Ansiedade normal é a espera de algo importante aguardado por um


determinado tempo e está mais próximo de acontecer, não comprometendo as atividades e
funções fisiológicas do indivíduo. Já a ansiedade patológica pode comprometer as
atividades e funções fisiológicas do indivíduo e é a que ocorre sem nenhum estímulo
aparente ou não aguarda proporção.

Questão 6: *No caso abaixo relatado, temos um exemplo de Transtorno de Personalidade


Esquizotípica. Por que não poderíamos dizer que se trata de um caso de Esquizofrenia?
HAROLD, um universitário de 20 anos, no segundo ano de faculdade, foi encaminhado ao
centro de saúde do estudante por um assistente de ensino que percebeu que ele parecia
estranho, preocupado e obcecado e que seu caderno de laboratório estava cheio de
desenhos bizarramente ameaçadores. Harold apareceu no horário para a consulta
psiquiátrica. Embora desconfiado quanto ao motivo do encaminhamento, explicou que
geralmente “seguia ordens” e faria o que lhe fosse solicitado. Concordou que havia ficado
desconfiado de alguns de seus colegas, acreditando que eles estavam sabotando suas
habilidades. Afirmou que eles diziam aos instrutores que ele era “um cara esquisito” e que
não o queriam como parceiro de laboratório. O encaminhamento ao psiquiatra era, afirmou,
a confirmação de sua percepção. Harold descreveu como havia visto dois estudantes “tirar
no cara ou coroa” para ver se ele era gay ou heterossexual. Afirmou que as moedas podiam,
com frequência, prever o futuro. Uma vez o resultado “cara” previu a doença de sua mãe.
Acreditava que seus pensamentos seguidamente se tornavam realidade. Harold havia se
transferido para essa universidade fora de sua cidade natal depois de cursar o primeiro ano
em sua faculdade comunitária local. A transferência havia sido ideia dos pais, disse, e fazia
parte de seus planos para que ele fosse como todos os outros, frequentasse festas e saísse
com garotas. Ele afirmou que esse tipo de comportamento era uma perda de tempo. Embora
tivessem tentado forçá-lo a ficar em uma residência estudantil, ele se recusara, e vivia
sozinho em um apartamento fora do campus.Com a permissão de Harold, sua mãe foi
chamada para fornecer informações colaterais. Ela informou que ele sempre fora quieto,
tímido e reservado, desde a infância. Ele nunca teve amigos próximos, nunca namorou, e
negava querer ter amigos. Sua mãe chorou ao explicar que ela sempre se sentia mal por ele
nunca ter realmente “se adaptado”, e que ela e o marido tentaram orientá-lo durante anos,
sem sucesso. Ela conjecturava sobre como uma pessoa poderia funcionar sem nenhum tipo
de vida social. Ela acrescentou que fantasmas, telepatia e bruxaria fascinavam Harold desde
o final do ensino fundamental. Há muito tempo achava que conseguiria mudar o resultado de
eventos, como terremotos e furacões, ao pensar neles. Consistentemente, negava abuso de
substância, e dois exames toxicológicos resultaram negativos nos dois anos anteriores.

Resposta: Harold apresenta realidade e seu pensamento e discurso mais desorganizados.


Na esquizofrenia os pensamentos e comportamento não são tão incomuns ou fora da
realidade.

Questão 7:
A partir do caso abaixo, escreva qual seria a hipótese diagnóstica inicial? Justifique sua
resposta, caracterizando o transtorno.
Peggy Isaac, uma enfermeira de 32 anos, foi levada ao setor de emergência seis dias após
ter dado à luz. Seu marido indicou que ela estava agindo de forma muito estranha e que
estava convencida de que havia sufocado e matado seu bebê. O marido relatou que, depois
de uma gestação normal e parto sem complicações, a sra. Isaac voltou para casa, feliz com
seu primeiro filho. Contudo, no terceiro dia após o parto, seu humor e seu afeto começaram
a alternar rapidamente entre euforia e choros. Ficou irritável e inquieta. Dormia apenas uma
hora por noite, mesmo quando o bebê estava dormindo. Seu comportamento ficou cada vez
mais bizarro, com agitação e excesso de atividade. Seu discurso era rápido e digressivo.
Embora não fosse uma pessoa religiosa anteriormente, estava convencida de que Deus
falava por meio dela e que tinha poderes especiais que poderiam acabar com os problemas
do mundo. Disse ao marido que conseguia identificar pessoas más olhando em seus olhos e
que estava começando a ficar preocupada quanto a estar rodeada de pessoas diabólicas,
incluindo sua própria mãe. O mais perturbador era que, sempre que estava longe do filho,
ficava totalmente convencida de que o havia sufocado e ninguém conseguia convencê-la do
contrário. A sra. Isaac tinha uma história de três episódios de depressão maior durante a
adolescência e na faixa dos 20 anos. Esses episódios se resolveram com psicoterapia e
medicamentos antidepressivos. Ela também havia passado por uma internação psiquiátrica
por mania três anos antes do parto, depois de um voo da Ásia para a Europa. Durante o
exame de estado mental, a sra. Isaac caminhou pela sala, aparentemente incapaz de
sentar-se durante mais do que alguns momentos. Distraía-se facilmente e falava em
demasia e demonstrou fuga de ideias, passando rapidamente de um assunto para outro.
Seu humor era lábil. Algumas vezes, parecia alegremente eufórica, em outras, beirava o
choro; além disso, podia se tornar rapidamente irritável quando achava que não a estavam
entendendo. Era evidente que exibia uma série de crenças delirantes, mas não estava
disposta a falar sobre a maioria delas com o examinador. Insistiu veementemente que havia
matado seu próprio filho, o que levou a vários minutos de choro, mas voltou a apresentar
euforia nervosa depois de alguns momentos. Ela negou intenção de machucar a si mesma
ou a outros. Parecia desatenta, com má concentração, mas não se submeteu a testes
cognitivos formais. Os resultados do exame físico e dos testes laboratoriais estavam
normais.

Resposta: Transtorno bipolar tipo I, com características psicóticas e início no pós-parto.


Os sintomas são mais intensos e caracterizados por fases de humor eufórico combinadas a
um estado mais leve de excitação e otimismo exagerado, o indivíduo pode apresentar
profundas mudanças comportamentais e que influenciam sua conduta.

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