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2-Ana, estoquista, 22 anos, procura um serviço de saúde mental, encaminhada pelo médico
do trabalho. Na entrevista de triagem, relata que, em seu trabalho, os colegas estão sempre
olhando para ela, fazendo comentários jocosos a seu respeito, o que ela percebe pelo jeito
como eles olham e dão risadas às vezes. Não sabe o porquê desta atitude deles, pois antes
eram amigos e até costumavam sair todos juntos. Suspeita que, talvez, tenha sido porque
uma amiga tem conseguido ler os seus pensamentos, e depois ela conta para todos. Qual
seria a hipótese diagnóstica provável?
d) Transtorno psicótico.
3- Tônia foi trazida para a emergência psiquiátrica após ficar parada por mais de 15 horas
parada numa esquina esperando que passasse um fusca vermelho com o final da placa 5.
Qual o provável diagnóstico?
4- Uma mulher de 28 anos chega a seu clínico com a queixa principal de tensão muscular.
Descreve-se como alguém que se preocupa muito e, desde que teve seu primeiro filho, no
ano anterior, sua preocupação aumentou. Não consegue parar de se preocupar, mesmo
quando se esforça ativamente para fazê-lo. Preocupa-se com uma série de coisas, dentre
elas, as relações do Brasil com outros países, se ela e o marido conseguirão pagar a
faculdade do filho, a saúde do marido e o mercado de ações. Também relata sintomas de
inquietude e insônia. Adormece sem dificuldade, mas acorda no meio da noite e não
consegue voltar a dormir. Descreve seu humor como "ok" e nega qualquer uso de
substância, fora um copo de vinho eventual no fim de semana. Ela e o marido são
advogados. A paciente relata ter dificuldade para concentrar-se no trabalho desde o
nascimento do filho. A hipótese diagnóstica mais consistente para o caso seria a de:
(A) Transtorno de Ansiedade Generalizada.
Questões Discursivas: (2,0 pontos cada) ATENÇÃO: Respostas similares entre os colegas
de turma serão INVALIDADAS
Questão 7:
A partir do caso abaixo, escreva qual seria a hipótese diagnóstica inicial? Justifique sua
resposta, caracterizando o transtorno.
Peggy Isaac, uma enfermeira de 32 anos, foi levada ao setor de emergência seis dias após
ter dado à luz. Seu marido indicou que ela estava agindo de forma muito estranha e que
estava convencida de que havia sufocado e matado seu bebê. O marido relatou que, depois
de uma gestação normal e parto sem complicações, a sra. Isaac voltou para casa, feliz com
seu primeiro filho. Contudo, no terceiro dia após o parto, seu humor e seu afeto começaram
a alternar rapidamente entre euforia e choros. Ficou irritável e inquieta. Dormia apenas uma
hora por noite, mesmo quando o bebê estava dormindo. Seu comportamento ficou cada vez
mais bizarro, com agitação e excesso de atividade. Seu discurso era rápido e digressivo.
Embora não fosse uma pessoa religiosa anteriormente, estava convencida de que Deus
falava por meio dela e que tinha poderes especiais que poderiam acabar com os problemas
do mundo. Disse ao marido que conseguia identificar pessoas más olhando em seus olhos e
que estava começando a ficar preocupada quanto a estar rodeada de pessoas diabólicas,
incluindo sua própria mãe. O mais perturbador era que, sempre que estava longe do filho,
ficava totalmente convencida de que o havia sufocado e ninguém conseguia convencê-la do
contrário. A sra. Isaac tinha uma história de três episódios de depressão maior durante a
adolescência e na faixa dos 20 anos. Esses episódios se resolveram com psicoterapia e
medicamentos antidepressivos. Ela também havia passado por uma internação psiquiátrica
por mania três anos antes do parto, depois de um voo da Ásia para a Europa. Durante o
exame de estado mental, a sra. Isaac caminhou pela sala, aparentemente incapaz de
sentar-se durante mais do que alguns momentos. Distraía-se facilmente e falava em
demasia e demonstrou fuga de ideias, passando rapidamente de um assunto para outro.
Seu humor era lábil. Algumas vezes, parecia alegremente eufórica, em outras, beirava o
choro; além disso, podia se tornar rapidamente irritável quando achava que não a estavam
entendendo. Era evidente que exibia uma série de crenças delirantes, mas não estava
disposta a falar sobre a maioria delas com o examinador. Insistiu veementemente que havia
matado seu próprio filho, o que levou a vários minutos de choro, mas voltou a apresentar
euforia nervosa depois de alguns momentos. Ela negou intenção de machucar a si mesma
ou a outros. Parecia desatenta, com má concentração, mas não se submeteu a testes
cognitivos formais. Os resultados do exame físico e dos testes laboratoriais estavam
normais.