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Casos para serem analisados.

Caso 1

Sexo masculino, 30 anos, casado, sem filhos, auxiliar de produção.

Vem à consulta com a mãe. Muito nervoso, piorando muito nos últimos meses.

Sintomas: explosões, às vezes com consciência da desproporção de suas reações. Há 2 meses


acha que a esposa o está traindo (sem motivos). Sabe que a esposa não o trai, mas não
consegue evitar tal ideia. Muito agressivo com a esposa, a agrediu jogando um copo nas suas
costas.

Prejuízo no trabalho, por seus sintomas com diminuição de rendimento, fica isolado, não
tendo quase contato com seus colegas.

Faz uso de bebidas alcóolicas há 8 meses, 3 cervejas por dia, e no fim de semana 24 garrafas.

Usou cocaína por um ano, interrompendo a 7 meses.

Com 2 anos teve uma convulsão, tratou até 6 anos de idade, com desenvolvimento motor e
intelectual normal.

Dificuldade para dormir, desperta várias vezes e se sente muito cansado.

Paciente muito agitado, com fala acelerada, com tom alto e agressivo. Conjuntivas vermelhas,
não para de movimentar as mãos, mexendo em objetos na mesa ou apertando os braços.

Exame clínico geral e neurológico normal.

Diagnóstico: Esquizofrenia tipo paranóide

Caso 2

Sexo feminino, 42 anos, separada há 4 anos, 2 filhos, menino de 14 e uma menina de 17. Dona
de casa, veio à consulta com a mãe.

Queixa: depressão, toma Tryptanol, que diz não fazer efeito. Parou o tratamento.

Sem ânimo para nada até para tarefas simples.

Fica isolada, mesmo com os filhos, tem vontade de chorar, mas não o faz. Tem dificuldade para
dormir, acorda muito.

Se sente perseguido por pessoas à sua volta, atribui culpa e falta à outras próximas, à mãe, os
filhos, e o ex-marido.

Acredita que seus sintomas são normais, devido aos problemas que passa.

Durante a entrevista denota angústia, tom casual, dá a impressão de narrar fatos com pouco
conteúdo emocional.
Não conclui o raciocínio inicial, interrompe a sequência de ideias, mudando de assunto. Tem
atenção diminuída, evita contato visual, sem maiores alterações físicas e neurológicas.

Após dias da primeira entrevista, sua mãe e sua irmã, relataram explosões de agressividade
gratuita, agrediu o filho sem motivo. Após momentos, volta ao normal, como se nada tivesse
ocorrido.

Diagnóstico:

Caso 3

Sexo masculino, 42 anos, trazido pela polícia para a emergência por brigar onde trabalhava a
poucas semanas.

Deu o nome se Pedro dos Santos, sem documento de identidade, sem ficha policial. Não sabia
onde morava ou trabalhava antes da chegada na cidade.

Sabia o nome da cidade atual, mas não se recordava dos fatos anteriores, e não se importava.
Não consumia álcool nem drogas.

A polícia descobriu que seu nome verdadeiro era José Paulo de Oliveira, desaparecido há um
mês de uma cidade a 100km dali. Sua mulher disse que há um ano e ½ teve dificuldades no
trabalho (gerente Junior). Foi ignorado para uma promoção e recebeu críticas de seu
supervisor por não atingir os objetivos de produção porque muitos de seus subordinados
foram demitidos.

O estresse do trabalho fez ele ficar crítico e retraído com a esposa e os filhos, antes, era calmo
e gregário.

Antes de desaparecer discutiu com o filho, e este, foi morar com amigos.

Dois dias depois o paciente desapareceu.

Ao ser levado à presença da esposa, não a reconheceu, e se mostrou muito ansioso com
sudorese intensa, esfregando suas mãos com frequencia.

Diagnóstico:

Caso 4

Sexo feminino, 20 anos, solteira, universitária. Em 2000 iniciou com processo de tristeza
direcionado a problemas da faculdade, sem afetar seu relacionamento, com seu namorado de
tempo, nem com familiares e amigos. No primeiro semestre de 2000 tranca a matrícula com
diminuição da vontade de estudar ou sair e se divertir.

Em maio começa um tratamento com Fluoxetina 20mg/dia e psicoterapia psicanalística com


hipnose de maio a agosto de 2000. São usadas técnicas de regressão sem identificar episódios
traumáticos.
Houve melhoras, usando metáforas com sessões de discussões de modo pragmáticos.

Em agosto de 2000 estava bem com reintegração social e suspensão da medicação. Ficou bem
por 6 meses sem medicação.

Em janeiro de 2001 teve quadros de gastroenterite aguda, aí começou episódios de medo


intenso, com dispneia, sensação precordial pouca definida, náuseas, dor abdominal e a ideia
obsessiva que qualquer alimento faria mal, de que iria ficar doente e morrer.

Passou a ter medo agudo de dirigir, de ficar sozinha, mas nega sensação de tristeza ou
diminuição de volição, bem como ideias suicidas.

A maioria das crises apareciam ao se alimentar, ou até a ideia de comer, tendo ao ponto de
ingerir líquidos, e ainda assim com restrições.

Diagnóstico:

Caso 5

Sexo feminino, 2 filhos, solicitou autorização para retirada de cistos nas mamas. Descreveu-os
aumentando rapidamente e dolorosos. Disse, na entrevista, que eram grandes e sensíveis,
relatando não conseguir ter relações sexuais. Também relatava dor lombar, incapacitante, que
se irradiava para baixo, e fazia suas pernas cederem, e subitamente, fazendo-a cair.

Dizia que as costas doíam o tempo todo, e afetava seu relacionamento com as crianças,
dizendo que uma dor assim, transforma qualquer pessoa em uma fera. (estivera
anteriormente sob suspeita de abusar dos filhos). Também relatava falta de ar, tosse seca que
não a deixava subir ladeiras.

Sua história médica começou na puberdade, com fortes dores e excesso de sangramentos
menstruais. Com 18 anos fez uma cirurgia exploratória para possível cisto ovariano, teve
também uma cirurgia por suspeita de aderência intestinal. Tinha sintomas do trato urinário,
sem nunca ter constatado presença de microrganismos. Resultado normal para tireóide. Em
diversas ocasiões recebeu o diagnóstico de cólon espástico, enxaquecas e endometriose.

Teve 2 casamentos com alcóolatras, os quais se recusaram a pagar pensão alimentícia aos
filhos, resultando em divórcio. Perdeu vários empregos com faltas ao trabalho quando estava
em crise. Quando passava mal ficava em casa de pijamas e os parentes cuidavam das crianças.

Era dependente de calmantes e narcóticos, e analgésicos para dores nas costas. Dizia que
exagerava um pouco com os remédios.

Exame físico com inconsistências do tecido mamário com mamografia norma.

Diagnóstico:
Caso 6

Feminino, 46 anos, dona de casa. Encaminhada à consulta pelo psiquiatra do marido, o qual
dizia que a mulher tinha ataques de tontura toda vez que discutiam problemas conjugais.

Consulta: A paciente relata que tinha sensações de tonturas, quase sempre com náuseas 4 ou
5 noites por semana. Nesses ataques o quarto assumia uma aparência fugidia, e ela sentia-se
flutuando, perdendo o equilíbrio. Os ataques eram quase sempre às 16:00 hs, quando se
deitava no sofá até às 19 ou 20:00 horas. Depois assistia tv a noite toda, com frequência
dormia no sofá, não indo para à cama, antes das 2 ou 3 da manhã.

Exame clínico: saudável por um neuro e um otorrino, exame de sangue normal para glicose, e
ressonância magnética do encéfalo normal.

Descreve o marido como um tirano, que abusava dela e dos 4 filhos. Detestava quando ele
chegava em casa, porque reclamava de tudo e não a agradava. Quando não fazia o jantar, o
marido saía com as crianças para comer fora, e quando voltava ia assistir tv no quarto e quase
não se falavam.

Apesar disso a paciente dizia que amava o marido e que precisava dele.

Diagnóstico:

Caso 7

Masculino, 20 anos, universitário.

Queixa: dificuldade para estudar porque nos últimos 6 meses ficava progressivamente
preocupado com pensamentos que não conseguia afastar.

Toda noite passava horas repassando os eventos do dia, especialmente, interações com
amigos e professores, interminavelmente corrigindo em sua mente, todos os erros e enganos.
Como se fosse uma fita de vídeo, de cada fato ocorrido no dia, repetidas vezes em sua mente.

E indagava a si mesmo se se comportara bem ou não.

Fazia isso sentado em sua escrivaninha como se estivesse estudando, por 2 ou 3 horas, E suas
notas, em declínio, o preocupava.

Tinha um ritual de 2horas quando ia se encontrar com os amigos, fazia tudo com perfeição
(barba, banho, etc.) Era perseguido por superstições (por vários anos), que dominavam sua
vida diária. Evitava certos prédios quando ia para a faculdade, sentava-se sempre no mesmo
lugar da sala de aula, e alinhava seus livros e lápis em uma certa configuração na carteira antes
de estudar.

Diagnóstico: TOC transtorno obsessivo compulsivo.

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