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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

PACIENTES COM TRANSTORNOS


MENTAIS
Psicóloga: Nayana Barreto
IDENTIFICANDO UM TRANSTORNO MENTAL
Para avaliar a presença de um transtorno mental, devem ser observados tais quesitos:
◦ A gravidade dos sintomas
◦ Por quanto tempo os sintomas duram
◦ Presença de sofrimento significativo
◦ De que maneira os sintomas afetam a capacidade de funcionamento na vida diária
D. S. S., 35 anos, procura a unidade básica do seu bairro, com queixas de falta de
apetite, perda de peso, desânimo frequente, perda de vontade em atividades antes
prazerosas, falta de energia, sentimento de que não vale nada acompanhado de
sensação de vazio e desespero há 2 anos. Apresenta conflitos no casamento e é vítima
de violência doméstica cometida pelo marido. Fala que se sente frequentemente triste e
de que sente que não presta para nada, nem pra ser esposa e nem pra ser mãe. Diz para
o clínico que fica dias sem comer direito, só quer ficar isolada em casa, deitada na
cama. Nega pensamentos ou tentativas de suicídio. Qual hipótese diagnóstica?

Resposta: Depressão
M.L.S, 30 anos, relata insônia ao seu médico clínico, o qual percebeu a paciente muito
preocupada. Ela afirma que desde a faculdade sente-se com medo intenso e preocupada
em relação a vários assuntos, tais como trabalhos que precisa entregar, finanças no final
do mês (mesmo sem ter problemas financeiros), assuntos de família ou mesmo questões
do dia a dia. Ela relata que vir ao médico é um problema, pois precisa desmarcar
compromissos, não sabe como vai fazer para buscar os filhos na escola, tem que chegar
na hora marcada, etc. Às vezes sente dor de cabeça, dificuldade de concentração e tensão
muscular. Sente que seu modo de ser a sobrecarrega para suas atividades.

Resposta: Transtorno de Ansiedade Generalizada


C.A.M, 42 anos, compareceu à emergência relatando falta de ar, taquicardia, sudorese
intensa, tremores e forte medo de morrer. Desde os 20 anos apresentava crises como
essa, que, inclusive, a impediam de ir a determinados lugares sozinha, como
supermercados, ou utilizar transporte coletivo, pois tinha medo de que ter crises
novamente. Mesmo com esse comportamento, não vinha apresentando ataques há
alguns anos. No último mês, contudo, realizou tratamento para uma infecção urinária
grave, em que foi necessária a administração durante vários dias de antibiótico, e ainda
estava em acompanhamento. Relata que está com medo de ficar doente, medo de
perder o controle e sofrer algo grave e medo de ter ataques, ficando bastante
angustiada há alguns meses.
Resposta: Transtorno do Pânico
J.L.P, 19 anos, apresenta como queixa principal: “Prejuízo na qualidade de vida, devido
à obsessão com sua rotina de limpeza” há mais de um ano. O paciente refere sempre
ter sido considerado uma pessoa “bastante limpa”, mas que vem apresentando
pensamentos compulsivos que o impedem de viver sua vida de forma que considera
“normal”. Aponta que lavava as mãos e tomava banho de forma menos frequente,
mas que começou a se preocupar constantemente com a limpeza das coisas, no
momento atual lava as mãos cerca de 40 vezes ao dia, e que passa grande parte do seu
tempo preocupado com limpeza, que inclui banhos frequentes (quase 7 por dia) e uso
de água sanitária e álcool como desinfetantes para os objetos à sua volta.

Resposta: Transtorno Obsessivo Compulsivo


“M.S.S, 26 anos, passou por mudanças intensas e sofrimento significativo após ter
sofrido um acidente de carro no último mês. Ele estava com sua namorada indo para a
casa de seus pais, quando após se distrair com a música que estava tocando, invadiu a
pista oposta e colidiu com um caminhão. Ele teve a perna quebrada e múltiplas
escoriações, enquanto infelizmente sua namorada veio a óbito. Após esse dia, ele conta
que não consegue mais dirigir, pois fica com medo de que possa sofrer outro acidente.
Ele também disse que passou a ter pesadelos com sua namorada e que sempre acorda
subitamente quando sonha com um caminhão. Além do mais, quando escuta qualquer
música é tomado por raiva. Depois disso, ele deixou de ver seus amigos e passou a ficar
em casa mais isolado e afirma que não acredita que um dia volte a ser como antes”.
Resposta: Transtorno do Estresse Pós traumático
C.V.N, 36 anos, já fez acompanhamento no Caps Adulto e já realizou tratamento
intensivo no Hospital Dia. Apresenta sintomas como delírios de influência (rastreada por
antenas) e alucinações auditivas com vozes de conteúdo ameaçador e pejorativo. Nunca
internou, mas já teve dois afastamentos do trabalho cada um durante 10 dias e
atualmente está desempregada. Relata irritabilidade, diminuição dos relacionamentos
sociais, medo de sair de casa sem acompanhante, estranhamentos de algumas situações
cotidianas (sentia que os momentos eram apenas “armações”), insônia e sonhos vívidos
de desastre, alucinações auditivas frequentes e sentimentos ambíguos em relação às
pessoas objeto de suas alucinações. Qual suspeita diagnóstica?

Resposta: Esquizofrenia
FL, 46 anos, profissional de saúde, desempregada, 2º. dia de internação no Centro de
Terapia Intensiva por alta ingestão de medicamentos. Seu filho adolescente, relatou à
equipe que encontrou a sua mãe caída no chão do quarto, sem resposta aos estímulos e
notou ao seu lado que havia duas caixas de Diazepam vazias. Ele relata, também, que a
mãe sofreu muita pressão no ambiente de trabalho e que isso perdurou por bastante
tempo e resultou na sua demissão involuntária. Após isso, ela demonstrava-se
desanimada, triste, sem perspectiva futura, suspirando, com medo, com vergonha de
estar desempregada, inclusive negligenciando sua higiene e aparência pessoal,
afastando-se de amigos e familiares e das atividades de lazer e, em alguns momentos,
relatando sentimentos negativos e autonegativos de não querer mais viver.
Resposta: Depressão com risco de suicídio

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