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CASOS
CASO 1
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Casos
O plano de intervenção é apresentado à Sra. Manuela, que recusa, mas as filhas insistem
em querer avançar.
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Casos
CASO 2
O Sr. Filipe tem 68 anos, casado, com 2 filhos, que tem sido acompanhado por uma
equipa multidisciplinar no Departamento de Psicogeriatria do HML durante os últimos 6
anos.
O motivo para o presente exame foi o pedido da mulher para internar o marido numa
unidade residencial.
O Sr. Filipe foi examinado pela primeira vez há 9 anos (59 anos), quando a mulher lhe
notou alterações da memória e do comportamento e lhe sugeriu que procurasse auxilio
médico. Nessa altura o Sr. Filipe trabalha como segurança. Durante a primeira consulta,
o Sr. Filipe referiu que vinha sentido crescentes problemas de memória desde há pelo
menos 2 anos. Disse que se esquecia frequentemente das chaves, ou que ia a casa
buscar qualquer coisa da qual se esquecia quase imediatamente. A mulher notou que
ele se modificara, deixando de ser uma pessoa agradável e que gostava de sair, passando
a evitar conversas. Disse também que ele por vezes parecia hostil, sem qualquer razão
aparente. O Sr. Filipe gozava de boa saúde em geral e não estava a tomar qualquer
medicação. O seu consumo de álcool limitava-se a 2 ou 3 cervejas por dia. Não tinha
qualquer historia medica ou psiquiátrica significativa, nem familiar, de perturbações
psiquiátricas ou cognitivas.
Três anos mais tarde (62 anos), a mulher contactou o serviço de psicogeriatria para
tratamento dos sintomas cognitivos e comportamentais do marido. O exame físico geral
realizado nessa consulta nada mostrou de notável. O Sr. Filipe mostrava-se hesitante e
manifestava dificuldade em manter a atenção. Não havia evidência de qualquer
perturbação do humor. O exame neuropsicológico permitiu verificar que o Sr. Filipe
estava desorientado em relação ao tempo e ao espaço. Contudo, pareceu compreender
quase todas as questões e estava ciente de que tinha dificuldades cognitivas.
O Sr. Filipe manifestou um défice moderado a grave da memória, da atenção, do
funcionamento espaciovisual, da mudança de contexto e das mudanças de julgamento
e planeamento.
Mais recentemente, a esposa do Sr. Filipe referiu que o marido tinha começado a exibir-
se nu aos vizinhos, especialmente à crianças que passavam à janela da sua casa.
Disse também que o marido tinha começado a ser sexualmente agressivo com ela.
Quando confrontado com estes fatos, referiu não se recordar deles. Começou a tomar
1mg de haloperidol à hora de deitar. No entanto o comportamento do Sr. Filipe não
melhorou nos 4 meses de medicação. A medicação foi suspensa a pedido da esposa.
Com as dificuldades de lidar com a situação, a esposa solicita apoio e possível
internamento.
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Casos
CASO 3
O Sr. Abílio era chefe de departamento de uma empresa no ramo da restauração, com
o 9º ano escolaridade. Aos 64 anos começou a apresentar alguns esquecimentos de
encomendas e visitas. Em casa, a sua família achava-o um pouco “estranho”: não tinha
o mesmo interesse pelas coisas que habitualmente fazia e estava muitas vezes irritável.
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Casos
CASO 4
Sra. Clara tem 68 anos, viúva, reformada e reside numa região semi-urbana. Uma filha
solicita a consulta para o esquecimento e as falhas de memória, mais frequentes nos
últimos 2-3 anos.
A falta de memória afeta as suas atividades diárias. Começou a escrever notas para que
não esquecesse coisas, não sabe como lidar com dinheiro, está constantemente confusa
e tem problemas para expressar o que quer dizer.
A sua personalidade mudou, passou de ser amável e afetuosa a ter raiva por nenhum
motivo aparente. Tornou-se teimosa e queixosa. Ocasionalmente é agressiva sem
motivo aparente. Perdeu o interesse em passatempos, jornais e televisão. Tem
dificuldade em encontrar a palavra certa e às vezes forma frases sem sentido.
Sem história somática ou psiquiátrica relevante. Sua saúde geral é boa e não está a
tomar medicação.
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