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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA
A paciente relatou como queixa inicial ansiedade, acompanhada por tontura e choro.
Apresenta inibição quando está fora de casa, com dificuldade de interação social, mesmo
com pessoas já conhecidas.
3. PROCEDIMENTO
4. ANÁLISE
Durante as entrevistas com os pais de Nadine foi perceptível o interesse dos mesmos
em buscar ajuda para a filha, apesar de demonstrarem um certo distanciamento neste
relacionamento. O principal motivo da procura do tratamento foi a timidez da
adolescente, todavia a mesma já vem apresentando sintomas mais graves há anos, sem
que os pais tenham percebido. Relataram um desenvolvimento normal, sem grandes
acontecimentos significativos que possam ter gerado tal comportamento na filha.
Todavia, a falta de percepção de algo não estava bem, por si só já é um indício de um
distanciamento nessa relação familiar e um laço afetivo que indica conflitos.
A adolescente mostrou-se participativa nas sessões, relatando o sofrimento que já lhe
acompanha desde a infância e agora se agravou. Sofre bullying na escola desde sua
infância e nunca teve capacidade de reagir ou se impor, o que se agravou na adolescência.
Considerando o referencial psicanalítico, os modelos familiares são como matrizes
que utilizamos para pautar nossos relacionamentos sociais em geral. Neste sentido,
Nadine descreve o relacionamentos com seus genitores de forma significativa, o que nos
ajuda a pensar a origem de seus sintomas. Sua inibição, antes mesmo de se manifestar na
escolar, já se apresentava em sua realção com a mãe. A paciente descreve o
comportamento da mãe como de “uma pessoa que fala alto, excitável, agressiva e um
pouco assustadora” (s.i.c.). Também apresenta identificação com a figura paterna, que,
apesar de bem sucedido profissionalmente, descreve-se como tímido no contato social e
com a própria esposa.
De acordo com Calligaris (2000) uma questão fundamental da adolescência é a
imagem que o adolescente faz de si e como ele se sente preso entre a infância e a vida
adulta.
Entre a criança que se foi e o adulto que ainda não chega, o espelho do adolescente é
frequentemente vazio. Podemos entender então como essa época da vida possa ser
campeã em fragilidade de autoestima, depressão e tentativas de suicídio
(CALLIGARIS, 2000, p. 25)
A paciente em questão, tem manifestado ideação suicida, como resultado de uma série
de sintomas como ansiedade e isolamento social, que tem a deixado em constante
sofrimento psíquico.
Estabeleceu boa relação de confiança com a terapeuta e deseja manter-se em
tratamento semanal a fim de encontrar novas alternativas para seus conflitos emocionais.
5. CONCLUSÃO
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Adriane Schein- Psicóloga/Psicanalista
CRP: 12/16458
Bibliografia: