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A t e l i k k T v r . m . Victokix.»
A. C A M A R A & C .
Ran 21 de Março e IV João Marin
NATAt 1920-BRAZIÍ
a â ^ ^ j y í - o .
y j f f c s »
CONSIDERAÇÕES GERAES
t o p o g r a p h i a d e n a t a l e s u a g e o g r a -
PHÍA MEDICA
R « J ? * ? 1 é 3 C l d a d e m a i s s a u d a v e l do Norte do
t/nuí a , n a - g e m O C e a n o e c e r c a d a por mon-
fl
C d
r ^ ° d e ^ p r e s s õ e s , onde facilmente s^
CQJIecta m aguas pluviaes.
e P o r t o de mar '
Western e Great
, A Cidade Alta se estende á Cidade Nova. im-
b a l r o , P do
bairros J a n Tyrot,
T , e ' , TPetrópolis
P ° r f™ V e z se
e Alecrim. nos
//Us dois primeiros são pouco habitados, mas <
ern compensação os seus habitantes sfto.na maioria,
pessoas qae se esforçam péla segurança sanitaria
dessas duas zonas, onde raramente vae o medico.
Entre Petropolis e Tyro) não ha desconti-
nuidade do solo, que é bastante permeável, infil-
trando se rapidamente as aguas de precipitação,
de modp que depois das chuvas não ha á menor
coIJecção d a g t í a . /
/ O bairro do'Alecrim se desdobra em Boa Vis-
ta, Baixa da Belleza e Kefoles.
Em plenas ruas do Alecrim, cercado pelas ha-
bitações. está o Cemitério de Natal, de edade se-
crular eimproprio, peta saturação, de exercer a sua
funcção bíblica de reverter em pó o envoluçro da
alma do peccador.
A uns 200 metros da Cidade dos Mortos ficam
as fontes de abastecimento dagua á população de
toda Natal.
__ Entre o cemitério e estas fontes seinstallou a
Bôa Vista, bairro, ou rua exclusivamente de opera-
rios e onde não ha agua canalizada e a matéria ex-
cretada è lançada á flor do sólo numa orgia de
atteotad.^s4"vida coílectiva. pelo"ãFê~pela agua. "
Atõra estes bairros ha pequenos gruposdê"ca-
sas por além, habitações esparsas, com o mesmo
systema de vida sanitaría.
Abaixo do Alecrim, á margem esquerda da
Great Western, fica o Refoles, suburbio de Natal e
onde se installou a Escola de Aprendizes Marinhei-
ros. Exceptuando raros casos de beri beri. não sei
de moléstia outra que perturbe a vida regular da
quelle núcleo de instrucçíío. O seu abastecimento
d agua é feito p o r m e i o d e p o ç o s tubulares./
s, . • . . • „ • .. ' . . .
E s t a v a m e s c r i p t a s essas c o n s i d e r a ç õ e s q u n n d o , do diti 4 da A b r i l .
£ui couvidad.o a v e r orti d o e n t e á r u a do C o m m e r c i o a . . . . . . a <tca
•nado. h a v i a d o i s diax.
D e 14 a n n o s d e e d a d e , Í>1 B - . nacioDtfl, tinha f o b r e de 389,4,
. l i m i p u t s s ç f l o d e 46 por/ m i c u t o ; vómitos biliosos, adyn.imía,- c e p h . i l & i
intensa. photophobi^, constipação, conjunctivíis snb-ictericas, língua.,,
s u b u r r o s a . fígado s e n s í v e l á p r e s s ã o , ' u r i n a s f o r t o m e u t e a l b u m i n o s a s .
embora ligeiramente diminuídas.
N o d i a 6 o p u l s o s u b i u a 56, c o m a m e s m a t e m p e r a t u r a do dia
a n t e r i o r , o estado p e r a l m e l h o r o u . c e d e n d o a c r p h í l é » , o s f e z e s ne-
grBS e a p e l l e f r i a . Nr> dia 7 a t e m p e r a t u r a b a i x o u a 37".4. o pulso des-
c e u a 54, c o n t i n u a n d o m e l h o r o estudo g e r a l , a língua s a b n r r o s a , a urina
a i n d a a l b u m i n o s a e o figadu indolor ã pressflo. N o d i a 8 a t e m p e r a t u -
r a d e s c e u a 36^,4. a p u l s a ç õ o s u b i u a 56, a l i n g u » m e n o s s i l j s . a urina
p o u c o a l b u m i n o s a . m e l h o r a n d o o estado g e r a l , f e z e s a m n r e l l d - e s v e r -
d e a d a s , tudo p a r - c e o d o se t n c a m i u h a r p a r a a c o n v a l e s c e u v B >
E s c u s o m e d e e s t a b e l e c e r d i a g n o s t i c o ; fica no e m m a r a n h a d o
s y m p t o m a t o l o g i a uma d u v i d a s o b r e a n a t u r e z a deste caso c l i n i c o .
D t s f a ç o - u q u e m se j u l g a r em c o n d i ç õ e s d e n f l o ver a q u i um c a s o
suspeito.
accenh^H-i ™P-^-^fliüa^táa
har^oiyaj—que——reco.tdaçõesLa_
quantos sabem admtrar a n a t u r a
Os seus ares são os melhores de Natal - os
ventos que agitam aquellas franças veem do oceano
bravio, em longas caminhadas atravez das densas
ramarias, dando áquella zona um banho de ar pu-
ríssimo. p
j 39
38
daquellas aguas e limpar as suas margens, teria
/Aberto em largas e extensas avenidas, o T y - Z Z n Z ^ V a ° U S O a < ^ destinam não se
rol se continua, descendo, em procura de Petrópo- furtariam os seus proprietários.
lis, cuja linfaa divisória ainda mio foi limitada, ten-
do uma população global de 3231 habitantes com
647 casas. Estes dois bairros constituem pro- d e P . r e h W d e r das considerações que
priamente a Cidade Nova./ aço sobre os meios de? saneamento de Natal o in
^Nos seos limites"com o Alecrim, o T y r o l soffre teresse que me desperta a vida da collectividade e
as consequências das proximidades das lagôas do o desejo de ser util á terra que é a minha patria
Enforcado, Manoel Felippe. etc., que tanto mal fa- Nao se comprehenda. porém, que todas as
zem aos moradores dos dois bairros. medidas a p o n u d a ^ a ^ u t sejam de caracter defini-
Quando o nivel das aguas dessas lagôas exce- tivo. Mu,tas ha que dispensarão futuras despesas
de os limites de uma das paredes da bacia hydro- í C a n a m L a s m e d í d a s fl«« aconselho
graphica, ellas decantam para as propriedades vi referentes á hydrographia sanitária do Baldo, terre-
sinhas, onde se acham as vertentes que alimentam nos da Empreza. Rocas, etc., e remoção do forno
o Baldo e seguem as aguas caminho do Oirizeiro/ ao lixo, matadouro e cemiterio para logares conveni-
A'clinica hospitalar afflde um crescido numero entemente escolhidos pelas autoridades sanitarias.
de doentes pobres, residentes nas immedir.ções da - : . . a s medidas de maior alcance sanitario e
quelles charcos, portadores de paludismo agudo removíve.s só pela rede de esgotos da capital pe-
uns, outros velhos impaludados. conduzindo dis- dem a intervenção dos governos, reclamam o nosso
forme hepato-spleno megalia. empenho, appellam para o nosso patriotismo.
O systema de abastecimento d a g u a do Tyrol • exigem mesmo o nosso sacrifício, desafiam os
è feito por poços tubulares, e não fossem os seus nossos créditos de gente civilizada, cuja cultura se
reservatórios sem os cuidados indispensáveis, esta méde também pelas condições de vida de que nos
parte da Cidade Nova teria para lhe desmerecer as cercamos,
í
qualidades naturaes de salubridade o typo de fós-
sas usado em toda Natal, embora as suas habita- « M t , ^ t ™ | G W i S t i r u S i b r e ' ^ Natal, bem como o
ções sejam esparsas, muito afastadas umas das ou- oeTbuL
A r n -, ,
reoarH^r
P r t . Ç , U 1
l i b i d o , nOS archivos de
m a s e m m i o s do D r . João S o a r e s d e
tras. A r - o p , a quem deve-se o melhor recenseamento da Capital.
S f f / 0 5 f o c o s e m c a d a b a i r r o e a sua d i s t r i b u i ç ã o etn « n a s
vendo-se um movimento de terraplenagem, obstru- uístinctas para o s s e r v i ç o s d e p r o p l i y l a x i a .
indo as com a3 próprias areias da elevação do ter- í
reno. i Uma população qualquer maior de dois mil
Esta solução me parece a mais racional e habitantes não pôde viver sem as garantias de uma
acceitavel, porque outra que se limitasse a cuidar
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