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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

1. Identificação

Psicóloga: Luana Carlos de Oliveira – CRP/GO 09/013244


Solicitante: André Pinto dos Santos
Paciente: José Pedro Melo dos Santos
Assunto: Avaliação Psicológica
Local: Setor Central, Ed. Valadares Center 2º andar- Padre Bernardo-Go

2. Descrição da Demanda

O Sr. André compareceu ao atendimento para avaliação psicológica direcionada ao


seu filho José Pedro. A necessidade de Avaliação Psicológica decorreu-se da
percepção do comportamento da criança e de suas falas voltadas ao medo.
Segundo informação do processo de triagem, para investigar as suspeitas de
episódios em relação aos medos da criança.

Segundo a queixa inicial, o paciente apresenta medos inanimados e se sente


inseguro de estar sozinho em ambientes diversos. O estado de sofrimento chegou a
colapso quando a criança começou a sentir desespero e choro constante quando
algum adulto saia de perto da criança. A criança apresentou sintomas de agitação
motora, dificuldade extrema de falar sobre seus sentimentos familiares e medo de
personagens inanimados (monstro, lobo-mal, bicho). Conforme a demanda
apresentada, José Pedro passou por uma consulta em 10 de março de 2020, que
considerou necessária a realização da Avaliação Psicológica para maiores
investigações.

Atenção: Este documento tem caráter sigiloso. Seu conteúdo deve ser conhecido somente por
aqueles que necessitam acessá-los, conforme previsto nos artigos 21 a 29 do código de ética
Profissional do Psicólogo, com a redação dada pela Resolução CFP, nº002 de 15/08/1987. Solicito
que este relatório se destine somente a este fim e não autorizamos cópia integral ou parte.
3. Procedimento

Frente à demanda apresentada o avaliando foi submetido á avaliação psicológica


através da Entrevista Psicológica, na fase de obtenção de informações, utilizou-se
entrevistas para compreensão do comportamento da criança e de seu
funcionamento social e suas relações existenciais familiar . No processo avaliativo é
de extrema importância a participação familiar da criança, e foi orientado ao pai que
havia necessidade de conhecer os adultos que tem contato com a criança para
afunilar as investigações da demanda.
Foi convidado então a participar da entrevista a família paterna e materna que tem
vínculo primário em relação a criança. Foi entrado em contato com a mãe através do
número de celular e explicado sobre o processo de avaliação da criança e da
importância para seu desenvolvimento. Houve mais de duas tentativas de encontro
para realizar a entrevista para obtenção de relatos sobre a criança, mas infelizmente
ela se recusou a participar da dinâmica familiar psicológica e relatou que o filho não
possui nenhum problema.
Sendo assim entrei em contato com a avó paterna, na qual foi convidada para
participar do processo e o Tio mais próximo da criança que residem na mesma casa.
Foram coletadas informações sobre a dinâmica da criança, suas formas de
expressar e seu comportamento atual. E a última participação foi da atual esposa
(madrasta) do pai da criança. Realizada em cinco etapas, distribuídas em quatro
sessões de atendimento, com 50 minutos cada, em cinco dias, sendo o último dia de
atendimento na data do presente documento.

4. Análise

No decorrer do processo, e mais especificamente nas entrevistas clínicas em


conjunto com a anamnese e análise dos dados familiares, o atendimento individual

Atenção: Este documento tem caráter sigiloso. Seu conteúdo deve ser conhecido somente por
aqueles que necessitam acessá-los, conforme previsto nos artigos 21 a 29 do código de ética
Profissional do Psicólogo, com a redação dada pela Resolução CFP, nº002 de 15/08/1987. Solicito
que este relatório se destine somente a este fim e não autorizamos cópia integral ou parte.
infantil, o paciente apresenta de acordo com as respostas no teste apresentado
através da técnica de desenho, a criança não conseguiu desenvolver em nenhuma
das 3 tentativas a representação familiar de acordo com sua idade. Percebe-se que
ele possui frequentemente a latência de fuga de sentimento familiar, e está divido de
maneira inconsciente sobre as duas representações, trazendo confusão mental e
emocional sobre sua própria configuração familiar, sensação de insegurança,
carência, dificuldade de desenvolver atividades de ordem familiar. Houve indícios de
alienação diante os comportamentos da criança quando retorna para a casa do pai
em relação a madrasta.
A criança esboçou durante o atendimento infantil um vínculo de afeto que se
destacou em relação a madrasta, se referindo a ela enquanto Tia Beca. Foi a
pessoa do círculo familiar paterno que teve destaque em relação ao convívio de
cuidados e carinho. E foi constatado na entrevista familiar a veracidade do afeto
construído e da importância para a criança dessa referência.
A família parterna se mostrou presente em todos os atendimentos e participativa nas
sessões, não foi encontrado nenhum resultado negativo na interação dos membros
para com a criança. A criança se mostrou afetuosa com todos eles e segura quando
se encontra no mesmo ambiente.
Então devido ao processo de guarda compartilhada e da forma atual na interação
entre os vínculos paterno e materno a criança apresenta descontrole emocional em
lidar com situações de divisões e a capacidade familiar do paciente encontra-se
limitada no momento e com prognóstico reservado, requer tratamento a longo prazo
com acompanhamento psicológico terapêutico.

Em relação aos problemas desenvolvidos, sendo assim existe um aspecto


preocupante quanto à relação dos pais na disputa de guarda, e como as crianças
vão estar nessa relação de dualidade como efeito negativo. Na sociedade moderna
a família possui uma função organizadora mental, para Barenstein (1988) por outro

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que este relatório se destine somente a este fim e não autorizamos cópia integral ou parte.
lado, a psicopatologia do desenvolvimento preconiza que a existência de vínculos
primários negativos não é, por si só, determinante no surgimento de sintomas
psicopatológicos na criança. A relação estabelecida em família, na forma como se
constituem os vínculos pais-filhos e entre irmãos, na atualidade, podem vir a
favorecer situações de risco e de proteção para o surgimento de sintomas e
transtornos psicopatológicos. Desta forma a relação de desordem entre as famílias
pode evocar sofrimento mental e a conversão de problemas fisiológicos e
psicológicos.

5. Conclusão

Através das observações realizadas e de acordo com os dados obtidos nesta


avaliação, confirma-se por questões situacionais relacionadas com a separação dos
pais, que não são facilmente observadas sem o auxílio de um profissional, mas que
com o decorrer do processo do desenvolvimento infantil podem interferir na
expressão global da personalidade da criança. Por isso a intervenção familiar
precoce, e a rapidez no encaminhamento da criança para tratamento terapêutico
individual, podem ser fundamentais para evitar perdas reais da potencialidade da
criança. A Psicologia pode auxiliar o filho a compreenderem as mudanças que estão
ocorrendo, e da mesma forma, ajudar o casal a resolver os conflitos da separação,
favorecendo as relações dos mesmos com os filhos.

Brasília,25 de junho de 2021.

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Luana Carlos de Oliveira
Psicóloga – CRP 09/013244

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