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Resultados:

A avaliação neuropsicológica é recomendada em qualquer caso onde exista suspeita de uma dificuldade
cognitiva ou comportamental de origem neurológica. Ela pode auxiliar no diagnóstico e tratamento de
diversas enfermidades neurológicas, problemas de desenvolvimento infantil, comprometimentos
psiquiátricos, alterações de conduta, entre outros. Esta consiste em um exame complementar, cujos
resultados devem ser interpretados pelo médico responsável pelo caso, considerando dados da anamnese,
exames clínicos, laboratoriais e observações das atividades da vida diária. Este laudo constitui-se em
documento clínico-legal para a descrição do estado neuropsicológico e cognitivo-comportamental do
paciente, haja visto que seu dinamismo longitudinal estabelece sua validade por um ano. Posteriormente,
sugere-se reavaliação do caso para sua possível atualização.
Avaliação Neuropsilógica para fins Clínicos, Diagnósticos e Terapêuticos, objetivando traçar o perfil de
funcionamento psicológico do paciente avaliado, destacando suas potencialidades para além de seus
déficits, em vistas de possibilitar o direcionamento e planejamento de uma posterior prática interventiva
eficiente e adequada a cada caso em suas especificidades. A entrevista de anamnese é uma entrevista
clínica semiestruturada com o objetivo de coletar informações sobre a história de vida do paciente. Nesta
entrevista, investiga-se diversos aspectos relacionados a histórico e configuração familiar, marcos do
desenvolvimento, escolarização, evolução da queixa, funcionamento psicossocial e adaptativo do
paciente, momento atual de vida, percepções sobre a queixa, entre outros. Compareceu para esta
entrevista de anamnese a própria paciente e foi utilizada uma anamnese de rastreio. Andrea 32 anos é
casada ah 14, mãe de 2 filhos, dez e três anos. Exerce a profissão de artesã em sua própria residência.
Afirma ter tentado um trabalho externo, porém não se adaptou ao convívio social. Buscou pela avaliação
por acreditar possuir características autistas, de TDAH ou algum transtorno psiquiátrico.
Andrea relata ter tido uma infância conturbada em meio a conflitos dos pais. Obrigada a seguir a religião da mãe,
se sentia reprimida, limitada de qualquer meio de comunicação, como televisão e internet. Durante a
adolescência, enfrentou dificuldades no contexto social, situação essa que te acompanha até avida adulta. Em
2013 apresentou um quadro grave de depressão, com algumas tentativas de autoextermínio. Fez uso de
Certralina. Em 2020 a depressão voltou mais grave ainda, afirma Andrea, dessa vez não fez uso de qualquer
medicação ou tratamento. Afirma ansiedade, psoríase em estágio avançado, principalmente nas mãos, tonturas e
vertigens. Expõe possuir diversas personalidades.

Introspectiva, passou a ter comportamentos de irritabilidade e intolerância. Sensível, diz que se magoa com
facilidade. Paciente se diz fragilizada frente a tomada de decisões e por vezes lhe abdica de mudança de rotina
por não acreditar em sua potencialidade. Afirma sentir prazer em dormir, ainda que tenha sonhos/pesadelos que
a fazem acordar cansada. Andrea verbaliza não suportar barulhos, sua rotina precisar ser programada e tudo ao
seu redor precisar estar devidamente organizado (TOC), (sic).

Apresenta dificuldade em manter contato visual, entretanto, conversa bastante durante os atendimentos. Tem
aparência simpática e é educada no trato com as pessoas. Participa com entusiasmo e persistência, sem nenhuma
desistência.

De acordo com o QA - Quociente de Espectro Autista Versão Adultos, Andrea demonstra características leves
condizentes com o quadro. No entanto, não foram vistas alterações na linguagem, tão pouco estereotipias
previstas para o TEA.O M-CHAT, que investigam especialmente comportamentos de interação social e qualidade
da brincadeira também investiga comportamentos sociocomunicativos, obteve como resultado déficits nos
comportamentos sociocomunicativos, na interação social recíproca, na brincadeira simbólica e a presença de
padrões restritos e repetitivos de comportamento.
Personalidade: Andrea apresenta condições de funcionamento psíquico inadequado, apresentado
personalidade desintegrada, com sinais patológicos. Foram observados sinais de ansiedade ou angústia
significativas. Suas necessidades parecem predominantemente em busca de atenção, de proteção e de
afiliação. Por fim, podemos admitir que Andrea tem improváveis possibilidades de relacionamento
interpessoal e maturidade, inibindo sua adaptação em instituições que possa participar, assim como seu
desenvolvimento a nível cognitivo, psicoafetivo e social.
Andrea apresenta critérios diagnósticos para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), com déficit na
comunicação social, comportamentos restritos, ansiedade e quadro depressivo, associado a transtorno de
personalidade, conforme DSM-5. CID10; F84.0; F41.2Aparentemente, é detalhista e com inclinação mais
obsessiva diante das atividades propostas. Tal comportamento pode favorecer tempo de execução mais
longo que o previsto para a idade. Por outro lado, Giulia tende a não persistir quando sente dificuldade,
esgotando ao máximo seu raciocínio para que a atividade seja perfeitamente executada.
O diagnóstico tardio, após a infância, pode ocorrer, por exemplo, quando há comorbidades que mascaram os
traços autistas – como hiperatividade, ansiedade e distúrbios do humor – bem como fatores socioeconômicos,
étnicos e outros, assim casos de autismo diagnosticados tardiamente costumam ter os mais variados motivos. Um
deles está atrelado à situação de pacientes que apresentam sintomas leves e, quando criança, passam
despercebidos por seus responsáveis. Vale ressaltar que a entrevista com os pais é de mera importância, pois com
ela é possível colher informação sobre vários sinais e sintomas característicos presentes durante o
desenvolvimento do filho e nesse caso não foi possível tal averiguação.

Frente às observações realizadas na presente avaliação, sugere-se, portanto: ⮚Parecer médico no que se refere a
sintomas discretos condizentes com o espectro autista (TEA);⮚Acompanhamento psiquiátrico, com enfoque na
depressão;⮚Continuidade ao acompanhamento psicoterapêutico;⮚Inserção da paciente em programa de
orientação profissional. ⮚Por fim, o TEA em adultos é um transtorno que também afeta o ambiente familiar.
Portanto, é pertinente que a avaliação desse espectro inclua um diálogo com os familiares ou entes queridos do
paciente.

Sugere-se reavaliação daqui a seis meses para acompanhamento da evolução do quadro

1.1 - Desenvolvimento da motricidade geral: Auto-identificação:( nome do paciente ), Esta indo na escola no
turno matutino e segunda, quarta e sexta-feira no contra turno, gosta da escola, dos animais, de brincadeiras
com interação, porém tem dificuldade em socializar com períodos mais longos, acaba ficando estressado e se
irrita com facilidade, principalmente quando não expressar suas vontades. Aparentemente apresenta uma
boa saúde física.

1.2 - Integração Sensório-motora: O paciente tem dificuldades de realizar tarefas rotineiras, atrapalhando a
aprendizagem, precisa demais atenção e repetição com leveza para não deixar a criança cansada, consegue
recordar situações de aconteceram n escola e em casa.

1.3 - Habilidades Perceptivas-motora: Nas sessões não apresentou dificuldades de audição, o que lhe foi proposto
e conversado, respondeu com um pouco de timidez e na maioria das vezes de forma acelerada. Faz birras e
gestos para de mostrar que não quer fazer determinada atividade. O avaliado tem incentivo em casa e se sente
muito bem na escola, seus colegas incluem nas brincadeiras o mesmo quando ganha intimidade conversa
bastante e demostra um sorriso único.

1.4 - Desenvolvimento da Linguagem: Seu vocabulário ajuda na aprendizagem, porém precisa ser trabalhado e
colocado em pratica em todos os lugares que o paciente estiver, sendo a melhor formato de socialização à escola.
Precisa seguir uma rotina de atividades e horários explanados com os responsáveis.

1.5 - Habilidades Conceituais: Conceito numérico: Possui capacidade determinista, precisa ser cobrado e ter
alguém do lado para auxiliar no seu dia a dia, com isso ele se concentrar e consegui efetuar as atividades laborais.
O mesmo senti vontade de fazer as atividades sozinho, mas não desenvolve ou finaliza a atividade, acriança
necessita de confirmação e elogios para manter o foco.
4. ANÁLISE Nas primeiras sessões o examinado demonstrou estar chatiado e apresentou falta de cooperação,
porém na quarta sessão em diante se encontrou animado para fazer as testagens e conseguiu iniciar e terminar
todas as atividades propostas. No teste, (DENVER-II) trabalhou o comportamento adaptativo, a comunicação, as
habilidades cotidianas, a socialização, as habilidades motoras e os comportamento mal adaptados.

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