G1 menino 7 anos. Diagnóstico: TDAH, subtipo: hiperativo-impulsivo.
G apresentava comportamento desatento, agitado impossível irritadiço em casa e na escola além de muita dificuldade de tolerar adequadamente a frustração. Ele tinha reações negativas graves quando contrariado e, quando não era atendido imediatamente, insistia muito. Se não conseguisse o que queria, agredia verbalmente a mãe, o pai e os colegas, e em alguns momentos, agredia fisicamente a mãe. Houve um episódio em que ele quebrou o nariz com o final os professores queixam-se de que ele provocava os colegas com brincadeiras de mau gosto, levantava se muito durante as aulas não persistir nas tarefas, embora seu desempenho escolar fosse acima da média da turma. Tinha graves problemas de auto estima devido à inabilidade social e constantes fracassos em suas tentativas de fazer amigos. Em contrapartida jogador dos problemas relacionais, justificando e minimizando seus comportamentos inadequados. O sono era muito difícil, demorava demais para dormir todas as noites acordava diversas vezes. Em momentos de maior estresse, passava noites inteiras em Sony, tornando-se ainda mais irritadiço. G apresentou reações alérgicas gravíssimas aos medicamentos administrados para a melhora da desatenção inadequação do comportamento quais estavam: metilfenidato, risperidal, atomoxetina e dimesilato de lisdexanfetamina. Houve mal tolerância ao cloridrato de clonidina, que foi introduzido para melhorar o sono. Sendo assim, o tratamento dos sintomas comportamentais e de déficit de atenção deveria ser baseado em abordagens terapêuticas não medicamentosas. A família buscou ajuda no núcleo de atendimento neuropsicológico infantil, Nani, onde ele passou por avaliação interdisciplinar com excelente equipe de ambulatório de TDAH. Neste momento, eu estava lá desenvolvendo minha pesquisa de mestrado com a tradução e adaptação do programa “Peace on”, para o qual OG foi selecionado. Devido aos problemas com a medicação utilizada por todos os participantes da pesquisa, ele foi excluído do protocolo, mas continuou com acompanhamento comigo em consultório. Como subsídio, contei com o apoio e instrução dos médicos Dr. Mauro muszkate, neurologista coordenador do ambulatório de TDAH, doutora Sueli rizzotti, neurologista que ainda o acompanha, Dra. Sonia palma, psiquiatra e doutora Rita Ramer, pediatra, terapeuta familiar, além de neuropsicólogos e psicopedagogos com quem discutiu o caso.
Dados da avaliação neuropsicológica
Na avaliação neuropsicológica, AN, foram analisados os dados a seguir:
Nível intelectual global: acima da média. Funções de atenção: dificuldades acentuadas nas capacidades de seleção e sustentação atencional, com traços de impulsividade. Funções executivas: regulação de comportamento, automonitoramento planejamento e organização. Memória operacional: desempenho médio. Memória episódica: desempenho médio. Aspectos psicopedagógicos: desempenho muito acima da média. Resultados compatíveis com crianças de 10 anos de idade. Aspectos psiquiátricos: existência significativa de sintomas de ansiedade, agressividade problemas de relacionamento social. Aspectos comportamentais: a escola relatou importantes sinais de hiperatividade.