Você está na página 1de 72

TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL
COM CRIANÇAS
Prof. Cristina Pilla Della Méa
cristina.mea@imed.com.br
Curso de Psicologia-IMED
Psicologia cognitivo-comportamental contemporânea
Psicoterapia com Crianças
• A psicoterapia com crianças tem em comum
com a psicoterapia com adultos os objetivos:
propiciar, ensinar ou desenvolver, no paciente,
habilidades e competências que lhe permitam
não apenas obter o alívio do sofrimento como
a retomada da normalidade da vida saudável.
• Implica dois tipos distintos, embora
interdependentes, de atuação do terapeuta:

- a intervenção realizada diretamente com a


criança;
- a intervenção realizada com os pais, ou com a
família.
Quando há necessidade de
tratamento?
• Mudança de comportamento: agressividade,
apatia, surgimento de tiques, rituais de
verificação e lavagem, gritos, choro, sintomas
ansiosos e depressivos, mentira, furtos.
• Dificuldades escolares:
aprendizagem e baixo
desempenho, bullying,
TDAH

• Dificuldades ligadas a
ansiedade: angústias,
fobias, obesidade.
• Perdas- morte, separação
dos pais, doenças.
• Dificuldades ligadas ao sono: dormir no meio
da aula, dormir com os pais (não consegue
dormir no seu quarto), insônia, pesadelos

• Manifestações Psicossomáticas: enurese,


encoprese, dores de cabeça, dores de barriga.
• Violência-abuso físico e sexual.
Os Encaminhamentos

• Feitos por pais, professores e familiares


quando estes observam alta frequência de
comportamentos disfuncionais.
• Pode ocorrer dificuldades, como, por exemplo,
a ausência de motivação própria da criança
para o tratamento, o que representa uma área
inicial de dificuldade.
TCC com Crianças
• Modelo não varia muito do adulto, porém
muitos aspectos na prática necessitam ser
ajustados, adaptados.
• A criança está desenvolvendo os esquemas
afetivos, cognitivos, motivacionais,
comportamentais e de controle em relação
aos adultos, o que força o terapeuta em ter
mais conhecimento em psicopatologia e
psicologia do desenvolvimento.
Por que a TCC é indicada?
• Estrutura: agenda, feedback, tarefas de casa e
metas bem definidas
• Modelo Cognitivo: psicoeducação e
objetividade
• Descoberta guiada e empirismo colaborativo:
• “Trabalho em equipe”, responsabilidade,
curiosidade.
Fatores relevantes devem ser considerados, específicos
dessa faixa etária, com destaque para:

• questões de desenvolvimento;
• questões de identidade;
• a contribuição da família à etiologia, à instalação
e à manutenção do transtorno;
• a relevância do envolvimento da família no
tratamento;
• questões relativas à sexualidade e
desenvolvimento de atividades sexuais;
• questões relativas à socialização.
Princípios –Chave
na TCC com Crianças:
• Parceria entre criança e terapeuta;
• Empatia do terapeuta;
• Criatividade do terapeuta- despertar mais
interesse na criança;
• Encorajar a criança a identificar suas crenças e
suposições;
• Promover capacitação e encorajamento para
criança recorrer as próprias idéias e descobrir as
próprias soluções;
• TCC- atividade prazerosa.
Fase Inicial
• Coleta de dados
Com os pais: Anamnese
• Hipótese Diagnóstica
• Estratégia de intervenção clínica
• Conceitualização do caso
• Ver objetivos do tratamento
Com os pais:
• Identificar sinais e sintomas de patologias
emocionais deles, indicativos de isolamento
social e problemas conjugais.
• Reconhecer a gravidade da disfunção da
criança e/ou família.
• Avaliar se é ou não indicado a TCC.
• Aliança terapêutica.
O comportamento da criança
depende e muda em função as
modificação nas práticas parentais.
O Diagnóstico
• Ampla avaliação
- Entrevista com os pais
- Contato com a escola
- Contato com profissionais que lidam com a
criança (pediatra, fono, professor particular)
- Observação da criança na sessão, em casa e na
escola
- Desenhos
- Inventários
- Monitoramento de atividades diárias
Sala de Atendimento
• Organizada;
• Condições de ser rapidamente limpa;
• Mesa para a criança se acomodar para
desenhar;
• Sugere-se banheiro junto a sala.
Material do paciente
• Gaveta para guardar as produções individuais
de cada paciente- pastas.
• Materiais individuais: massa de modelar, lápis
de cor, canetinha, giz de cera, tesoura, cola.
Brinquedos coletivos
• Blocos de montar
• Fantoches
• Família de bichos/ terapêutica
• Kit de construção (casa de madeira)
• Instrumentos musicais
• Carrinhos
• Animais
• Bonecas
• Kit médico
• Bola de material flexível
• Quadro negro para psicoeducação
Primeiro Atendimento
• Criança se sinta acolhida e respeitada;
• Ressaltar a questão do sigilo profissional;
• Terapeuta deve explicar seu papel (função do
psicólogo);
• Ver o que a criança pensa a respeito do
tratamento;
• Entender qual a representação que tem da
terapia;
• Explicar que serão feitos encontros com os pais e
que a criança fica a par desses.
No início do tratamento...
• Necessário definir com a criança os objetivos
(problema a ser tratado)
• O terapeuta poderá expor à criança os objetivos dos
pais para com a terapia questionando-a sobre a sua
concordância quanto à ocorrência de tais problemas.
• O terapeuta deve também auxiliar a criança a definir
seus próprios objetivos, sejam eles condizentes ou
não com os dos pais.
• Ver o nível de desenvolvimento cognitivo
(emprego de técnicas cognitivas).
• Técnicas comportamentais são mais utilizadas
em crianças menores.
As Sessões
• Geralmente, sessões semanais, duração de 50
minutos.
• Casos que envolvem problemas mais sérios ou
situações de crise, pode ser duas vezes por
semana.
• Eventualmente sessões com os pais.
Estrutura da Sessão
Passos
Verificação do humor Verificar o humor usando termômetro do humor
ou perguntando.
Verificação da tarefa de casa Retomar o foco e dar continuidade a tópicos
trabalhados em outra sessão.
Agenda da consulta Avaliação de ocorrências entre as sessões e a
verificação de como o tempo da consulta será
aproveitado.
Trabalho nos tópicos da agenda Uso de protocolos, brinquedo livre ou ambos.
Prescrição da tarefa de casa Tarefas que possam reforçar as habilidades
trabalhadas na consulta. Uso de biblioterapia ou
prescrição de atividades predefinidas ou
construídas na sessão.
Resumo da sessão pelo terapeuta Síntese das principais questões abordadas na
sessão, favorecendo a memória de habilidades
desenvolvidas na consulta e sugestões.
Feedback do paciente sobre a sessão Avaliação geral, a fim de confirmar as percepções
do terapeuta.
O Terapeuta
• Atua como modelo, devendo portanto
continuamente enfatizar em sua atuação as
habilidades que deseja desenvolver em seu
paciente.
Escola

• Orientação à escola sobre o problema e/ou


transtorno
• Responsabilidade da escola x responsabilidade
família
• Técnicas para lidar com o problema x
funcionamento da criança
• Contato com pessoas próximas à criança
• Intervenção com as outras crianças da escola
Fase Intermediárias
• Educação quanto ao modelo cognitivo.
• Identificação de pensamentos automáticos e
crenças básicas e disfuncionais-reestruturação
cognitiva.
• Resolução de problemas.
Modelo Cognitivo
• Psicoeducação do modelo: nomear emoções,
estados mentais, intensidade das emoções.
• Associar emoções aos pensamentos e
comportamentos.
• Automonitoramento.
• Distorções cognitivas.
Biblioterapia

• Estórias, desenhos, filmes e metáforas.


• Dramatização ou uso de bonecos.
• Atribuir nomes diferentes e deixar com que a
criança crie as características do personagem.
Recursos para psicoeducação
Quadro Material
Transtornos de Ansiedade O que fazer quando você se preocupa
demais (Huebner, D., 2009)
Quando sinto medo (Morony, T., 2007)
Transtorno do sono/ ansiedade O que fazer quando você não consegue
dormir sozinho ( Huebner, D., 2009)
Situações traumáticas Quando alguma coisa acontece
(Heegaard, M., 2009)
O Estrassadinho (Lipp, 2005)
Transtornos do Humor O que fazer quando você reclama demais
(Huebner, D., 2009).
Quando me sinto triste ( Heegaard, M.
2007).
Luto na família Quando alguém muito especial morre
(Heegaard, M., 1998)
Recursos para psicoeducação
Quadro Material
Doenças na família Quando alguém tem uma doença muito grave
(Heegaard, M., 1998)
Vovô teve um AVC (Butler, D., 2010)
Arthur vai para o hospital. (Bennet, H., 2010)

Impulsividade O que fazer quando você se irrita demais


(Huebner, D., 2009).
Quando me sinto irritado. (Moroney, T. 2007).

TDAH No mundo da lua. (Mattos, P., 2001).


TCC no TDAH, manual do paciente (Knapp et al.,
2002)
Uso e abuso de substâncias na Quando a família está com problemas. (Heegaard,
família M., 1998).

Enurese Camila faz pipi na calça. (Petigny, A., 2006)


Recursos para psicoeducação
Quadro Material
Obesidade Infantil João não cabe mais no seu calção. (Doinet,
M., 2004).
Educação sexual De onde vem os bebês. (Andry e Schepp,
2002)
Interações familiares Agora sou o irmão mais velho. Uma história
sobre o novo bebê na família. (Sheldon, A.,
2009).
O filho por adoção. Um manual para crianças.
(Weber, L., 2004).
Tudo sobre adoção. Como as famílias são
formadas e como as crianças se sentem.
( Nemiroff, M. e Annunziata, J., 2010).
Crenças comuns na infância:
Crenças infantis básicas:
Devo ser aprovado e amado pelas pessoas importantes para mim;
Devo ter tudo que eu quero;
Não devo ter incômodos e devo estar sempre entretido.
As crenças Irracionais são:
É horrível que não gostem de mim;
Sou mau ou incapaz se cometer erros;
Tudo deve ser cômodo e prazeroso;
Eu sempre devo fazer o que eu quero, ou ainda ter tudo que eu quero;
É horrível estar aborrecido e ter que esperar.
Crenças relacionadas a vida escolar:
Eu devo ser perfeito;
Não posso cometer erros;
Se os outros me rejeitam é porque não faço as coisas direito;
Sou um perdedor;
Eu não posso me sentir desconfortável.
Reestruturação Cognitiva
• Adaptar o de adulto
Nome: Data:
Orientação: Desenhe a expressão que melhor descreve seu
sentimento

Alegre Triste Com medo Nervoso __________


Registro de Pensamentos
Data Situação Sentimento Pensamento
Distorções cognitivas
• Construção de um par de óculos com as lentes
quebradas para ver como a realidade fica
distorcida
• Para ver melhor, é preciso tirar os óculos
• Aponta a distorção e corrigi com a retirada do
óculos.
Formulações
• Usar o empirismo colaborativo:
- Existe outra forma de ver o que aconteceu?
- Como posso ter certeza de que vai acontecer
isso?
- E se acontecer?
Adaptação Questionamento Socrático
Baralho das Emoções
• Instrumento para acessar as emoções da criança e também
fortalecer o vínculo terapêutico;

• Utilizado entre 7 e 12 anos ou conforme a funcionalidade


específica de cada paciente;

• Composto de 40 cartas, um baralho para cada sexo (20 cartas).


Cada figura descreve uma emoção. Também, acompanha um
termômetro para mensurar a emoção expressada;
• Emoções: tranquilo, esperançoso, orgulhoso, desconfiado,
culpado, preocupado, solitário, feliz, triste, cansado, ansioso,
irritado, estressado, saudoso, amoroso, amedrontado, confuso,
decepcionado, envergonhado, cansado.
• Desenvolvido por Renato Caminha e Marina Caminha.
Checklist de Sentimentos

Coloque V ou F Preocupação sobre minha saúde:____


Triste ou para baixo: ______ Querer ser eu mesmo:______
Raiva: _________ Não poder permanecer sentado:_____
Culpado:_____ Nada é divertido:_____
Não amado:______ Dificuldade para dormir:______
Cansado:______ Comer mais ou menos do que o
Não gosto de mim mesmo:____ usual:____
Minha vida é dura:______ Dificuldade de se concentrar:_____
Dores: _______ Pensou em se machucar:______
Se movendo em câmera lenta:_______
Baralho dos Sentimentos
O Relógio do Sentimento
• Visa desenvolver na criança as habilidades de autoobservação
dos sentimentos e pensamentos.
• As crianças criam relógios de brinquedo utilizando papel e
outros materiais, como velcro, tachinhas, etc., no qual elas
desenham “carinhas” que expressam quatro (ou mais) estados
emocionais contente e preocupado) nos locais em que
ficariam os “quartos de hora” (3:00h, 6:00h, 9:00h e 12:00h).
• Pronto o relógio, as crianças podem usá-lo tanto para se
expressar, ajustando seus ponteiros de acordo com o estado
que estão experimentando ou sentindo naquele momento, o
que permite à criança, de uma maneira divertida, expor seus
sentimentos para os terapeutas e pais, ao mesmo tempo que
estimula o auto-exame e a auto-expressão das emoções.
• “Emoções variam com o passar do tempo”, que “a
pessoa pode sentir mais de uma emoção ao mesmo
tempo”, que “emoções são fenômenos naturais e
esperados do ser humano”.
• Terapeutas criativos usam o relógio de várias maneiras
diferentes, como por exemplo, pedindo à criança para
ajustar o relógio em um sentimento estimulam-na a
fantasiar as circunstâncias em que este sentimento
surge; ou a explorar os pensamentos que acompanham
estes sentimentos; ou a praticar estratégias que
permitam lidar com estes sentimentos; ou a encontrar
formas de expressar estes sentimentos; e assim por
diante.
Baú dos Pensamentos
• Objetivo: trabalhar pensamentos disfuncionais ao
mesmo tempo em que facilita o entendimento da
criança para desenvolver a flexibilidade do
pensamento e as habilidades de autoinstrução e
autocontrole.
• A partir do 7 anos.
• Criança registra os pensamentos negativos e
aprisiona os mesmo e depois de trabalhados
transformam-se em pensamentos mais
adaptativos.
Passos:
1) Criança escreve seus pensamentos negativos
em um bloco de papel e aprisiona no baú;
2) Em novo papael, escreve as declarações
positivas que irão substituir os pensamentos
negativos.
3) Cria-se cartões de enfrentamento com os
novos pensamentos.
Autoinstrução
• Objetivo- produzir uma mudança no diálogo interno sem
análise racional profunda.
• 3 fases:
1) Preparação: preparar e encorajar a criança para situações
aflitivas.
2) Encontro: se ensina a criança a desenvolver monólogos
que serão utilizados para diminuir o estresse quando ela
se deparar com situações desagradáveis.
3) Autorrecompensa: criança é ensinada a se dar créditos
por ter utilizado a estratégia adequada.
• Criança deve ser instruída a cada estágio desenvolver
orientações ou regras para seu próprio comportamento, as
quais ajudarão passar por situações estressantes.
Torta de Responsabilidade
• Usar quando a criança tende a assumir
responsabilidade em demasia porsituações
que estão além de seu controle, faz
generalizações incorretas.
• Com a redistribuição, busca explicações
alternativas para o problema. “Qual seria a
outra forma de olhar para isso?”
Economia de Fichas

• Reforçamento no qual se administram fichas como


reforço imediato;
• O recebimento de fichas dependerá do número de
comportamentos (pode-se retirar fichas quando ocorre
comportamentos inadequados).
• Combinar previamente com os pais e a criança quais os
comportamentos serão valorizados, o número de fichas
que recebe a cada comportamento e o quantas fichas
valem um prêmio.
• Útil para crianças com problemas de impulsividade e
com o autocontrole.
Planilha de comportamentos a serem
modificados
Pontuação da Semana Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom.

Dormir na sua cama


sozinho

Ir a escola todos os
dias

Obedecer a
professora, ficar
sentado

Escovar os dentes

Dormir às 22:30

Não brigar com os


colegas
Planilha de prêmios escolhidos

Prêmios Pontos Prêmio Escolhido

1 chocolate 20

Figurinhas 20

Livro de pintura 30

Jogar mais tempo de 50


videogame

Pizza 50

Dormir na casa de um 100


amigo

Banco Imobiliário 400


Registro de Pontuação Realizada
Pontuação Semanal

Casa Escola

Semana 1

Semana 2

Semana 3

Semana 4

Total mês:
Avaliação de vantagens e
desvantagens

DETERMINAR O PROBLEMA:

Vantagens Desvantagens
Treino de Inoculação de Estresse
• Objetivo- dar ao paciente um domínio sobre
seus medos através da ressignificação da
memória traumática e do ensino de
habilidades de manejo diante das situações
temidas.
• 1ª fase: educar sobre a natureza e origem do
medo e da ansiedade, educar quanto ao
modelo cognitivo-comportamental.
- Realização de RPD
• 2ª fase: treinamento de habilidades de
manejo e enfrentamento:
a) Orientação quanto a solução de
problema- definição de habilidade de
manejo (com uma base racional);
b) Demonstrações e ensaios de habilidades
dentro do consultório (dramatização);
c) Aplicação pelo paciente (fora da sessão)
da habilidade em que não esteja
necessariamente vinculada ao problema;
d) Revisão em sessão de como a habilidade
funcionou, com avaliação da autoeficácia do
paciente;
e) Promoção de ajustes necessários;
f) Aplicação e prática da habilidade com um dos
medos focalizados (ir do mais fácil até o mais
difícil).
Treino em Relaxamento

• Ensinar a criança ( e família) na sessão

• Praticar com eles e também em casa


- Respiração diafragmática
- Imagens relaxantes
- Relaxamento muscular progressivo
Treino em Solução de Problemas
• Objetivo: ajudar a criança a agir de forma mais
adaptativa.
• Usar uma cartolina
- Qual o problema? (definir o problema)
- O que fazer? (alternativas/estratégias
elencadas)
- Quais foram os resultados? (avaliação)
Modelação
• Aprendizagem por observação de modelos
(Bandura).
• Pode ocorrer a partir de modelos reais quanto
simbólicos (personagem de filmes ou livros).
• Criança é instituída a imitar o modelo.
• Importante feedback e reforço das respostas
que se aproximam do modelo.
Máscara do Herói

• O paciente escolhe um herói, podendo ser personagens,


pessoas famosas ou mesmo pais e professores, e cola a
figura desse herói em uma máscara.
• Ao usar a máscara e “transformar-se” no herói, a criança
passa a ver o problema sobre outra perspectiva e pode
sentir-se empoderada. Ela é incentivada pelo terapeuta a
explorar todas as alternativas para seu problema e
selecionar a melhor opção para resolvê-lo.
• Sendo um herói, a criança consegue questionar crenças
disfuncionais e reconhecer recursos que possui para lidar
com a situação, gerando autoconfiança.
Enquanto isso, nas sessões
intermediárias, também vai se
tendo contato com os pais...
Com os pais
• Tratar diretamente os comportamentos
problemáticos dos pais;
• Identificar e reestrutura cognições parentais
disfuncionais que possam atrapalhar ou
impedir o progresso da criança/tratamento;
• Melhorar os relacionamentos familiares
aumentando a comunicação e reduzindo o
conflito.
Psicoeducação
• Educar quanto ao modelo cognitivo, saber o
que a criança está realizando no tratamento
• Salientar questões fundamentais: ajudar a
criança
• Envolver os pais no tratamento
• Sessões com eles separado ou com eles e a
criança
SUPPORT (Apoio)
S (show)- mostre ao seu filho como ser bem-sucedido
U (understand)- compreenda que ele tem um problema
e precisa da sua ajuda
P(patient)- seja paciente
P (prompt)- estimule-o tentar
O (observe)- observe o que ele faz
R (reward)- recompense e elogie seus esforços
T (talk)- converse sobre o que ele faz
Importância das Regras
• Regra compatível com ao idade, habilidade da
criança e condições do meio.
• Cada regra ensinada de um a vez, pode usar
lembretes.
• Regras devem ser preferencialmente curtas e
afirmativas.
• Enunciar o comportamento e sua consequência.
• Linguagem bem clara para a criança entender.
• Consequências da realização ou não da regra
devem ser facilmente aplicáveis.
Reforços
• Maximizar a atenção e o reforço parental de
novas habilidades por parte da criança e
minimizar essa atenção e reforço no caso de
comportamentos disfuncionais.
• Elogiar.
Questão
da Punição

• Só deve ser empregada com comportamento-


problema muito intensos ou muito
frequentes.
• Apesar de sua eficácia, produz efeitos não-
desejáveis.
• Quando usado, emitir logo após a resposta
inadequada.
• Não utilizar comportamentos agressivos.
Sessões Finais

• Objetivos alcançados (não só a visão da criança,


mas os pais, a escola).
• Fortalecer a mudança.
• Prever a recaída.
• Terapeuta começa a mostrar as conquistas para a
criança, conversando com calma porque cada
criança entende de uma maneira (alta é devido a
melhora e não associar a abandono).
• Marcar sessões mais espaçadas.
Se houver interrupção do tratamento
• Chamar os pais para conversar para ver as
razões da decisão.
• Colocar alternativas para que isso não ocorra.
• Ressaltar o vínculo e os progressos da criança
até o dado momento.
• Se optarem em interromper mesmo, realizar
pelo menos mais uma sessão com a criança
(despedida).
Referências Bibliográficas:
Caminha, R.M., Caminha, M. G., Dutra, C.A. (2017). A prática cognitiva
na infância e na adolescência. Novo Hamburgo, RS: Sinopsys
Editora.
Petersen, C., & Wainer, R. (Cols.) (2011). Terapias cognitivo-
comportamentais para crianças e adolescentes. Porto Alegre:
Artmed.
Pureza, J. da R., Ribeiro, A.O., Pureza, J. da R., Lisboa, C.S. de M. (2014).
Fundamentos e aplicações da Terapia Cognitivo Comportamental
com crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Psicoterapia, 6
(1), 85-103.
Stallard, P. (2007). Guia do Terapeuta para os Bons Pensamentos- Bons
Sentimentos. Porto Alegre: Artmed.
Wainer, R., Piccoloto, N. M. (2011). Novas Temáticas em Terapia
Cognitiva. Novo Hamburgo, RS: Sinopsys Editora.

Você também pode gostar