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Primeira sessão

com os pais
Por onde começar
Quem somos

Eu sou Florença Justino Ferreira, psicóloga há 11 anos.


Desde sempre quis trabalhar com pessoas e com o comportamento
humano. Fui inspirada pela minha terapeuta da adolescência. Como
uma boa mineira, que não perde o trem, entrei na faculdade de
psicologia e cresci em um berço de Análise do Comportamento.
Descobri que aqueles princípios poderiam ser usados para melhorar
a qualidade de vida das pessoas por meio da prática clínica e foi
amor à primeira vista. Meu propósito enquanto psicóloga é ajudar as
pessoas a viverem uma vida valorosa e que faça sentido. Ao longo
dos anos de atendimento, comecei a me interessar pela psicoterapia
de adolescentes. Como isso aconteceu? As demandas sobre
adolescência foram chegando pelos meus clientes adultos, que
estavam se tornando pais de adolescentes. Aos poucos, as crianças
que eu atendia também cresciam. Com o isolamento social, as
queixas foram ficando mais complexas e se intensificando. Percebi
que eu precisava me capacitar porque atender adolescentes requer
um conhecimento específico e não bastava adaptar aquilo que eu já
sabia. Desde então, tenho navegado pelo mar da adolescência com
os meus clientes e suas famílias. Soma-se ao meu propósito acolher
e ajudar as famílias e os adolescentes a navegarem por esse mar
com amor, compaixão e muita conexão.

Florença Justino Ferreira – Psicóloga CRP 06/110173


Quem somos

Sou Priscila, psicóloga e mãe de três meninos. As crianças sempre


fizeram parte da minha vida. Estava constantemente rodeada delas,
fosse brincando, ajudando a cuidar ou responsável - por ser a filha
mais velha - por meus irmão mais novos e filhos dos amigos da
família. Trabalhar como psicóloga clínica não fazia parte dos meus
planos quando comecei a cursar Psicologia. Até que, durante o
estágio em uma clínica, me apaixonei pela possibilidade de
acompanhar, bem de perto, vidas sendo transformadas. Não tinha
ideia da riqueza desse trabalho. O que eu não imaginava era que
poderia juntar duas paixões, as crianças e a clínica! Descobri isso
quando pais de criança começaram a me procurar logo que me
formei e comecei a atender. Mesmo com medo (na verdade,
apavorada!) aceitei o desafio de aprender como fazer diferença na
vida das crianças e suas famílias. E foi assim, aproveitando as
oportunidades, estudando e colocando a mão na massa que
descobri o sentido da minha vida. E descobri também que posso
ensinar e compartilhar o que sei e ajudar a mudar a trajetória de
outros profissionais da Psicologia.

Priscila M. L. Ribeiro Manzoli - CRP 06/83052


Participação dos pais na terapia da criança e do
adolescente
Os pais têm um papel relevante na terapia da criança e do adolescente.
Geralmente, são eles que começam a perceber que há algo errado e buscam
ajuda. Uma parte das contingências responsáveis pela manutenção dos
repertórios dos filhos são dispostas por eles. A relação de segurança e afeto
que existe (ou pelo menos deveria existir) entre pais e filhos é o motor
propulsor no desenvolvimento de repertórios essenciais para que a criança e
o adolescente construam uma vida que valha a pena

Por isso, a(o) psicóloga(o) precisa estar atenta(o) à sua postura durante a
primeira sessão (mas não só na primeira). Um olhar empático, sensível e
compassivo é essencial. É preciso se atentar para não culpabilizar os pais.
Eles podem fazer parte do problema, mas não são os únicos responsáveis por
ele.

Na terapia da criança, a primeira sessão ocorre sempre com os pais. Na


terapia do adolescente isso pode variar. E vamos explicar mais adiante o
porquê.

A primeira sessão com os pais tem dois objetivos principais. O primeiro é


levantar dados relevantes sobre a queixa e sobre a história de vida da
criança/adolescente. Temos a oportunidade de conhecer a
criança/adolescente a partir do olhar dos pais. Esses dados serão nosso ponto
de partida para o direcionamento da coleta de dados, o levantamento de
hipóteses e o estabelecimento de objetivos. Mas atenção: a primeira sessão
não pode ser um interrogatório ou o preenchimento de um questionário. É
preciso equilibrar a escuta da queixa com algumas intervenções da terapeuta,
por meio de perguntas, solicitação de exemplos, que tenham como resultado o
esclarecimento da situação-problema.
O segundo objetivo, mas igualmente importante, é iniciar a construção da
aliança terapêutica. O vínculo terapêutico é responsabilidade nossa,
terapeutas, e é fundamental para a manutenção e o andamento da
intervenção. Muitas vezes os pais não têm clareza do papel e da importância
da participação deles no processo terapêutico. Por isso, desde o início,
precisa ficar claro que haverá necessidade, por parte deles, de uma postura
de comprometimento e de colaboração. Somente numa interação baseada em
parceria, em que as decisões estejam alinhadas e os objetivos e
responsabilidades sejam compartilhados é que será possível a superação das
dificuldades.
A primeira sessão com os pais de crianças
A primeira sessão na psicoterapia da criança é realizada com os pais (ou o
cuidador principal da criança). Nem sempre pai e mãe podem ou querem
participar desse encontro. Num mundo ideal, seria importante que ambos
participassem, mas em alguns casos teremos que fazer a primeira sessão
apenas com um deles ou com aquele que se mostra mais disponível. Em casos
de pais separados cada situação deve ser analisada individualmente para
decidir se a primeira sessão será feita com o ex-casal ou se é mais viável
atender cada um de forma separada.

Como mencionamos, um dos objetivos da primeira sessão é o esclarecimento


da queixa e o levantamento de informações sobre a história de vida da
criança. Para isso, depois de se apresentar e acomodar os pais na sala de
atendimento, você pode começar com uma pergunta aberta: “O que fez vocês
procurarem terapia para [nome da criança]?”, “Me conte um pouco sobre o
que está acontecendo com [nome da criança]”. Permita que nesse momento
os pais descrevam, sem muita interrupção e intervenção da sua parte, a
queixa. Observe a forma como eles descrevem, os termos que eles usam para
se referir à criança, o tom, se choram ou se emocionam, os sentimentos que
expressam. Tanto a linguagem verbal quanto a não verbal são dados
relevantes para nossas análises posteriores.

Conforme eles descrevem, peça exemplos: “Me dá um exemplo de como isso


acontece?”; “Me conta uma situação em que você observou sua criança agir
assim?”. Perceba que a partir daqui você está dando um direcionamento para
as informações que serão relatadas pelos pais. Quando pedimos exemplos,
estamos pedindo descrições de situações, condições, comportamentos e
sentimentos da criança que ocorrem e tem relação com a queixa, além de
informações sobre o que acontece depois da criança se comportar dessa
forma e a reação de pessoas envolvidas.
Se os pais não relatam alguma dessas informações, podemos ser mais diretos
e perguntar: “Mas quando isso acontece?”, “Em que lugares ou situações?”,
“Quem está com a criança nesse momento?”, “Como ela reage? O que fala,
sente, faz?”, “E o que acontece logo depois?”, “Como os adultos ou pares
reagem?”. Os pais não devem ser metralhados por essas perguntas, mas elas
são recursos para a terapeuta investigar de forma mais assertiva e eficiente o
que trouxe essa família para a terapia. Conforme os pais vão relatando, a
terapeuta pode (por meio de anotações breves) identificar quais informações
ainda estão faltando e direcionar o relato, fazendo perguntas mais específicas.

Outros dados que consideramos relevantes: 1) como e quando os


comportamentos presentes na queixa se iniciaram? Houve mudanças no
modo de apresentação dos problemas?; 2) as tentativas dos pais para resolver
o problema: o que eles já fizeram na busca de solução? Quais foram as
tentativas? A criança já passou por intervenção, de que tipo? Que resultados
alcançaram? Isso nos dá também informações sobre a motivação a respeito
da intervenção; 3) sentimentos dos pais em relação à queixa; 4) práticas
educativas adotadas pelos pais e a dinâmica familiar; 5) relacionamento social
com adultos e pares; 6) expectativas a respeito da terapia; 7) preferências e
gostos da criança - temos que lembrar que vamos precisar preparar as
primeiras sessões com a criança e saber de antemão o que ela gosta aumenta
a chance de disponibilizar atividades que vão permitir parear a terapia e a(o)
terapeuta a variáveis reforçadoras.

Note que nem sempre precisaremos perguntar diretamente aos pais todas
essas informações. No decorrer da sessão eles já relatam algumas delas. O
que é preciso é que você, psicóloga(o), fique sob controle de quais
informações são necessárias para uma primeira sessão.

Com essas informações vamos conseguir identificar o comportamento-


problema e variáveis ambientais relacionadas a ele. Já vamos conseguir
também iniciar o esboço de análises funcionais e o levantamento de
hipóteses.
Outras informações são também importantes, mas não obrigatoriamente
vamos conseguir coletar na primeira sessão. Fizemos um guia com as
informações relevantes que precisamos obter nos atendimentos de crianças e
adolescentes e você o encontra no final desse texto. Esse guia tem como
objetivo te direcionar na investigação do problema e organizar as
informações.

Faça uma síntese do que foi discutido na primeira sessão e dê algumas


orientações iniciais. Geralmente orientamos sobre o vínculo pais-criança.
Quanto mais esse vínculo estiver fortalecido, mais a criança coopera e se
sente feliz. Então é sempre bom orientar os pais sobre formas de participar
ativamente da vida de seu filho. Essas orientações iniciais têm função de
aliviar algumas dificuldades mais imediatas e produzir pequenas mudanças no
ambiente. Explique também quais serão os próximos passos. Quantas sessões
você fará com a criança, quando dará a devolutiva aos pais e também qual
será o papel dos pais no processo terapêutico. E não se esqueça de dar
orientação aos pais sobre como eles podem explicar a terapia para a criança.

"As relações de cuidado podem alterar


o curso de desenvolvimento de uma
criança e a sua capacidade futura de
formar relacionamentos saudáveis e
adaptáveis"

(Powell, Cooper, Hoffman, Marvin; 2014)


A primeira sessão com os pais de adolescentes
Uma dúvida comum das terapeutas que estão iniciando ou já trabalham com
adolescentes é: com quem fazer a primeira sessão? Em geral, fazemos essa
primeira sessão com os pais ou o responsável pelo adolescente. Tem sido
comum os adolescentes terem a iniciativa de pedir aos pais pelo processo
psicoterapêutico. O que nós percebemos é que mesmo que a demanda venha
do adolescente, os pais ainda fazem o primeiro contato e a intermediação para
escolher uma terapeuta para os filhos.

Pode acontecer de alguns adolescentes, principalmente aqueles maiores de


idade (lembre-se que maioridade não é igual ao fim da adolescência), fazerem
contato direto com a terapeuta. Quando isto acontece, a sessão pode ser
realizada com o adolescente, mas é preciso se certificar que os pais estão
cientes da busca do filho ou filha e que em determinado momento, eles
precisarão participar do processo terapêutico.

Assim como na terapia da criança, a primeira sessão com os pais do


adolescente tem como objetivos principais: 1) coletar informações sobre a
queixa e dados da história de vida do adolescente, 2) acolher os pais,
validando emoções e pensamentos e legitimando dúvidas e dificuldades com
relação ao manejo com o filho adolescente e 3) estabelecer um vínculo de
confiança e firmar uma parceria com a família, se colocando à disposição para
caminhar junto no processo.

Logo no contato para o agendamento da sessão, aja com acolhimento,


responda as dúvidas dos pais e forneça todas as informações para que eles
cheguem ao consultório no dia e horário do agendamento. A partir do
momento que os pais estiverem acomodados na sala de atendimento, comece
dizendo “Me contem o motivo ou os motivos que fizeram com que vocês
buscassem terapia para a/o [nome da/o adolescente] ou “Estamos aqui pela/o
[nome do adolescente], me falem um pouquinho sobre ela/ele”.
Evite fazer interrupções enquanto os pais estiverem descrevendo a situação-
problema que os levou à busca pelo atendimento. Apenas faça perguntas que
direcionem o relato dos pais para uma maior compreensão da queixa e da
história de vida do adolescente.

Na medida em que o relato dos pais for acontecendo, peça exemplos sobre as
situações que eles estão descrevendo. Os exemplos serão úteis para entender
o contexto que pode estar contribuindo para a manutenção das queixas.
Aproveite as descrições e exemplos dos pais para se atentar à forma como
eles se referem ao adolescente, que termos eles escolhem para se referir a
ele ou ela. Observe (e faça breve anotações) quais traços, qualidades ou
características do adolescente compõem a percepção dos pais.

Também consideramos relevantes os seguintes dados: o que os pais já


tentaram fazer para lidar com a situação que motivou a busca pela terapia,
padrões de comportamentos dos pais em relação aos filhos, crenças e
pensamentos da família sobre a adolescência e sobre a educação de filhos
adolescentes, como está a comunicação dos pais com o adolescente e qual
tem sido o manejo para melhorar esta comunicação, como está o
relacionamento dos pais, como o adolescente tem exercido a sua
individualidade e feito reivindicações, como a família reage diante do que é
reivindicado.

Nem tudo precisa ser perguntado diretamente, mas lembre-se que é seu
papel, enquanto terapeuta, estar sob controle dessas informações para que
você possa observá-las diretamente ou inferi-las a partir da demanda que a
família do adolescente apresenta. Você pode optar por realizar mais uma
sessão de anamnese antes de conhecer o adolescente para acessar as
informações que você julgue importantes. Algumas terapeutas optam por
solicitar que a família preencha um formulário com informações para poupar o
tempo de sessão.
Os pais de adolescentes, muitas vezes, chegam perdidos e sem saber o que
fazer. Isso acontece porque as bases da relação com os filhos são alteradas e
o que funcionava antes deixa de funcionar com a chegada da adolescência. É
importante se certificar de quais são as expectativas dos pais em relação ao
processo terapêutico.

Na direção de encerrar o primeiro contato com os pais é importante retomar


os pontos que a família relatou de forma resumida (você pode parafrasear
algumas descrições dos pais). Retomar os pontos trazidos pelos pais fará com
que eles se sintam vistos, acolhidos e compreendidos. Após esta breve
retomada, dê orientações pontuais para aliviar sentimentos aversivos. Assim
como na primeira sessão com a criança, aborde o vínculo entre pais e filhos e
algumas estratégias para melhorar a comunicação, de modo que o
adolescente se sinta ouvido.

Antes de encerrar, não se esqueça de explicar para os pais como funcionará o


seu trabalho. Pontos importantes de serem mencionados são: como ocorrerá
o atendimento individual com o adolescentes; quantas sessões você fará com
o adolescente antes da devolutiva com os pais; o sigilo das sessões e como
será a participação da família ao longo do processo terapêutico. É importante
frisar também como e quando a família pode fazer contato com a terapeuta.
Vale perguntar para os pais também se o adolescente sabe que este primeiro
contato ocorreu.
ATENÇÃO

Tanto na primeira sessão com pais de criança quanto com pais de adolescente
é importante deixar tempo para questões práticas, burocráticas e o
estabelecimento do contrato. O ideal é que o contrato seja feito por escrito e
que os pais fiquem com uma cópia. No contrato precisa constar questões
relacionadas ao funcionamento do trabalho: duração e frequência, faltas,
desmarques, atrasos, contato por telefone, férias, sessões de orientação para
pais e escola e pagamento.

A partir de junho de 2022, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da


resolução 13/2022, passou a regulamentar que a prestação de serviços
psicoterapêuticos para crianças e adolescentes pelo psicólogo deve
acontecer mediante a autorização, por escrito, assinada ao menos por um
responsável legal antes do início do processo psicoterapêutico. Abaixo, você
encontrará o modelo de autorização sugerido pelo CFP.
Highlights da Orientando Psis para uma
trajetória de sucesso no primeiro contato com
mães e pais de crianças e adolescentes

Além de tudo que foi mencionado acima, para que você possa navegar pela
jornada de cuidado das famílias de crianças e adolescentes de forma segura e
transformadora, sendo a bússola que irá guiar os pais na jornada da
parentalidade, recomendamos que no contato com os pais e mães, você:

Preste atenção
Reflita
Atente-se ao não dito
Compreenda
Reconheça o válido
Demonstre igualdade em relação aos pais

Temos certeza que as nossas orientações farão com que você alcance a
confiança e a parceria das famílias atendidas.

Com carinho
Flor e Pri
AUTORIZAÇÃO PARA ACOMPANHAMENTO PSICOTERAPÊUTICO DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES (menores de 18 anos)

Eu, _____________________________________________________________________,
nascido em ____/____/____, portador(a) do documento de identidade nº
____________________________, domiciliada(o) à ____________________________
________________________________________________________________________,
responsável legal pela(o) criança/adolescente _____________________________
____________________________________, nascido(a) em _____/_____/_____,
portador(a) do documento de identidade nº
__________________________________, autorizo a(o) profissional
____________________________________________________________, psicóloga(o),
sob registro CRP______/_____________ a realizar acompanhamento
psicoterapêutico e os encaminhamentos cabíveis. Todas as intervenções e
documentos produzidos serão regidos pelos dispositivos legais vigentes, em
especial pelo disposto na Resolução CFP nº 10, de 2005 (Código de Ética
Profissional do Psicólogo), bem como pelas demais Resoluções da Psicologia
relacionadas ao exercício da profissão. Em especial, serão garantidos à(s)
criança(s) ou adolescente(s) o sigilo das informações e a preservação da
dignidade e da intimidade durante a prestação dos serviços de que trata esta
autorização.

CIDADE, DATA

__________________________________________
Responsável Legal pela Criança ou Adolescente

__________________________________________
Nome Completo com Registro e o carimbo da(o) Psicóloga(o)

Modelo de autorização retirado de Conselho Federal de Psicologia. Resolução nº. 13, 2022.
Guia de informações relevantes no atendimento
de crianças e adolescentes
Os dados abaixo indicam as informações importantes que vão permitir que a(o) psicóloga(o)
conheça mais detalhadamente a criança/adolescente e a família que está acompanhando.
Uma parte dessas informações pode estar em um arquivo para os pais preencherem. Esse
arquivo pode ser enviado logo após a primeira sessão. Escolha quais informações os pais
poderiam responder por escrito sem prejuízo para a coleta de dados. Conforme você,
psicóloga(o), for tendo acesso a essas informações coloque-as em um documento para
organizar os dados e facilitar seu acesso.

Dados de identificação
Identificação da criança/adolescente
Nome, idade, data de nascimento, endereço, telefone, com quem reside, nome e idade dos
irmãos (se o cliente tiver)

Identificação dos pais


Nome, idade, estado civil, formação/ocupação, telefone

Escola
Nome da escola, ano, turma, professor responsável, coordenador/diretor

Outros profissionais que acompanham a criança/adolescente


Nome, profissão, telefone de contato

Queixa
Motivo da busca pela terapia
Como e há quanto tempo apareceu o problema
Contextos que intensificam ou aumentam a ocorrência do problema
Contextos em que o problema não ocorre
Qual a reação da família diante da ocorrência do problema
Como estava a vida da família quando o problema iniciou
Eventos estressores prévios ao problema atual
Como os pais explicam as dificuldades da criança/adolescente
Criança/adolescente tem consciência e percebe as próprias dificuldades

Histórico de nascimento e saúde


Gestação
Foi planejada
Complicações (gestão ou parto. Se sim, peça descrições)
Uso de substância ou medicação durante a gestação
Prematuridade
Saúde
Alterações de saúde (idade de início, diagnósticos e comorbidades, profissionais
responsáveis pelo acompanhamento)
Atrasos de desenvolvimento
Hospitalizações ou acidentes
Uso de medicação regular (nome do medicamento, dosagem e horário de administração)
Histórico de doença mental na família (tipo de doença mental e parentesco)

Desenvolvimento neuropsicomotor
Realização de avaliação neuropsicológica ou de desenvolvimento (solicitar cópia do
relatório)
Idade em que alcançou principais marcos do desenvolvimento: andar, falar primeiras
palavras, desfralde (diurno ou noturno)

Aspectos psicossociais
Mudanças importantes na vida da criança/adolescente (divórcio, perdas, mudanças de
escola ou de cidade)
Dificuldades conjugais dos pais
Condições socioeconômicas da família

Aspectos emocionais
Como a criança/adolescente reage diante de situações novas ou estressoras
Autorregulação diante de situações estressoras (como lida com as emoções mais
intensas)
Formas que os pais respondem diante das emoções mais intensas da
criança/adolescente

Vida escolar
Idade de ingresso na escola e adaptação no início da vida escolar
Em quantas escolas já estudou e os motivos da troca
Experiência escolar atual
Desempenho acadêmico (notas, comprometimento com as atividades escolares,
participação em sala de aula)
Desenvolvimento cognitivo (atrasos ou dificuldades relevantes)
Suporte escolar (há necessidade e escola apoia e oferece, faz algum tipo de
acompanhamento pedagógico/reforço fora da escola)
Atividades extracurriculares (modalidades, frequência, criança/adolescente gosta)

Rotina
Estudos
Realização das lições
Necessidade de suporte (tarefas, organização de mochila e materiais, agenda, estudos em
provas)
Alimentação
Principais alimentos consumidos
Horários das refeições
Restrições alimentares
Como são realizadas as refeições (locais, quem acompanha)
Autonomia para se alimentar
Usa dispositivos (celular, TV, tablet) durante a refeição

Sono
Horários habituais de dormir e acordar
Dorme durante o dia
Rotina pré-sono (higiene do sono)
Dorme sozinho, acompanhado, precisa de ajuda para adormecer

Uso de telas
Tipo de dispositivos, tem dispositivo próprio
Tempo de uso diário e períodos do dia de acesso
Acesso a redes sociais, jogos e aplicativos de mensagem
Pais conhecem e monitoram o que a criança/adolescente acessa na internet

Relacionamentos
Família
Relacionamento com pais e irmãos
Relacionamentos com família estendida (avós, tios, primos)
Práticas parentais utilizadas pelos pais
Formas de manejo de conflitos com pais e irmãos
Tempo de qualidade em família
Principais práticas culturais/religiosas da família

Social
Relacionamento com pares
Relacionamento com adultos relevantes (outros profissionais que acompanham a
criança/adolescente, equipe da escola)
Repertório de fazer e manter amizades
Envolvimento (fez ou sofreu) em situações de bullying ou cyberbullying
Nome dos melhores amigos
Grupos sociais que frequenta (igreja, clube etc.)

Interesses e preferências
Aptidões, habilidades e potenciais identificados
Tempo sem atividades dirigidas
Tempo de brincar
Brincadeiras, atividades preferidas, hobbies

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