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com os pais
Por onde começar
Quem somos
Por isso, a(o) psicóloga(o) precisa estar atenta(o) à sua postura durante a
primeira sessão (mas não só na primeira). Um olhar empático, sensível e
compassivo é essencial. É preciso se atentar para não culpabilizar os pais.
Eles podem fazer parte do problema, mas não são os únicos responsáveis por
ele.
Note que nem sempre precisaremos perguntar diretamente aos pais todas
essas informações. No decorrer da sessão eles já relatam algumas delas. O
que é preciso é que você, psicóloga(o), fique sob controle de quais
informações são necessárias para uma primeira sessão.
Na medida em que o relato dos pais for acontecendo, peça exemplos sobre as
situações que eles estão descrevendo. Os exemplos serão úteis para entender
o contexto que pode estar contribuindo para a manutenção das queixas.
Aproveite as descrições e exemplos dos pais para se atentar à forma como
eles se referem ao adolescente, que termos eles escolhem para se referir a
ele ou ela. Observe (e faça breve anotações) quais traços, qualidades ou
características do adolescente compõem a percepção dos pais.
Nem tudo precisa ser perguntado diretamente, mas lembre-se que é seu
papel, enquanto terapeuta, estar sob controle dessas informações para que
você possa observá-las diretamente ou inferi-las a partir da demanda que a
família do adolescente apresenta. Você pode optar por realizar mais uma
sessão de anamnese antes de conhecer o adolescente para acessar as
informações que você julgue importantes. Algumas terapeutas optam por
solicitar que a família preencha um formulário com informações para poupar o
tempo de sessão.
Os pais de adolescentes, muitas vezes, chegam perdidos e sem saber o que
fazer. Isso acontece porque as bases da relação com os filhos são alteradas e
o que funcionava antes deixa de funcionar com a chegada da adolescência. É
importante se certificar de quais são as expectativas dos pais em relação ao
processo terapêutico.
Tanto na primeira sessão com pais de criança quanto com pais de adolescente
é importante deixar tempo para questões práticas, burocráticas e o
estabelecimento do contrato. O ideal é que o contrato seja feito por escrito e
que os pais fiquem com uma cópia. No contrato precisa constar questões
relacionadas ao funcionamento do trabalho: duração e frequência, faltas,
desmarques, atrasos, contato por telefone, férias, sessões de orientação para
pais e escola e pagamento.
Além de tudo que foi mencionado acima, para que você possa navegar pela
jornada de cuidado das famílias de crianças e adolescentes de forma segura e
transformadora, sendo a bússola que irá guiar os pais na jornada da
parentalidade, recomendamos que no contato com os pais e mães, você:
Preste atenção
Reflita
Atente-se ao não dito
Compreenda
Reconheça o válido
Demonstre igualdade em relação aos pais
Temos certeza que as nossas orientações farão com que você alcance a
confiança e a parceria das famílias atendidas.
Com carinho
Flor e Pri
AUTORIZAÇÃO PARA ACOMPANHAMENTO PSICOTERAPÊUTICO DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES (menores de 18 anos)
Eu, _____________________________________________________________________,
nascido em ____/____/____, portador(a) do documento de identidade nº
____________________________, domiciliada(o) à ____________________________
________________________________________________________________________,
responsável legal pela(o) criança/adolescente _____________________________
____________________________________, nascido(a) em _____/_____/_____,
portador(a) do documento de identidade nº
__________________________________, autorizo a(o) profissional
____________________________________________________________, psicóloga(o),
sob registro CRP______/_____________ a realizar acompanhamento
psicoterapêutico e os encaminhamentos cabíveis. Todas as intervenções e
documentos produzidos serão regidos pelos dispositivos legais vigentes, em
especial pelo disposto na Resolução CFP nº 10, de 2005 (Código de Ética
Profissional do Psicólogo), bem como pelas demais Resoluções da Psicologia
relacionadas ao exercício da profissão. Em especial, serão garantidos à(s)
criança(s) ou adolescente(s) o sigilo das informações e a preservação da
dignidade e da intimidade durante a prestação dos serviços de que trata esta
autorização.
CIDADE, DATA
__________________________________________
Responsável Legal pela Criança ou Adolescente
__________________________________________
Nome Completo com Registro e o carimbo da(o) Psicóloga(o)
Modelo de autorização retirado de Conselho Federal de Psicologia. Resolução nº. 13, 2022.
Guia de informações relevantes no atendimento
de crianças e adolescentes
Os dados abaixo indicam as informações importantes que vão permitir que a(o) psicóloga(o)
conheça mais detalhadamente a criança/adolescente e a família que está acompanhando.
Uma parte dessas informações pode estar em um arquivo para os pais preencherem. Esse
arquivo pode ser enviado logo após a primeira sessão. Escolha quais informações os pais
poderiam responder por escrito sem prejuízo para a coleta de dados. Conforme você,
psicóloga(o), for tendo acesso a essas informações coloque-as em um documento para
organizar os dados e facilitar seu acesso.
Dados de identificação
Identificação da criança/adolescente
Nome, idade, data de nascimento, endereço, telefone, com quem reside, nome e idade dos
irmãos (se o cliente tiver)
Escola
Nome da escola, ano, turma, professor responsável, coordenador/diretor
Queixa
Motivo da busca pela terapia
Como e há quanto tempo apareceu o problema
Contextos que intensificam ou aumentam a ocorrência do problema
Contextos em que o problema não ocorre
Qual a reação da família diante da ocorrência do problema
Como estava a vida da família quando o problema iniciou
Eventos estressores prévios ao problema atual
Como os pais explicam as dificuldades da criança/adolescente
Criança/adolescente tem consciência e percebe as próprias dificuldades
Desenvolvimento neuropsicomotor
Realização de avaliação neuropsicológica ou de desenvolvimento (solicitar cópia do
relatório)
Idade em que alcançou principais marcos do desenvolvimento: andar, falar primeiras
palavras, desfralde (diurno ou noturno)
Aspectos psicossociais
Mudanças importantes na vida da criança/adolescente (divórcio, perdas, mudanças de
escola ou de cidade)
Dificuldades conjugais dos pais
Condições socioeconômicas da família
Aspectos emocionais
Como a criança/adolescente reage diante de situações novas ou estressoras
Autorregulação diante de situações estressoras (como lida com as emoções mais
intensas)
Formas que os pais respondem diante das emoções mais intensas da
criança/adolescente
Vida escolar
Idade de ingresso na escola e adaptação no início da vida escolar
Em quantas escolas já estudou e os motivos da troca
Experiência escolar atual
Desempenho acadêmico (notas, comprometimento com as atividades escolares,
participação em sala de aula)
Desenvolvimento cognitivo (atrasos ou dificuldades relevantes)
Suporte escolar (há necessidade e escola apoia e oferece, faz algum tipo de
acompanhamento pedagógico/reforço fora da escola)
Atividades extracurriculares (modalidades, frequência, criança/adolescente gosta)
Rotina
Estudos
Realização das lições
Necessidade de suporte (tarefas, organização de mochila e materiais, agenda, estudos em
provas)
Alimentação
Principais alimentos consumidos
Horários das refeições
Restrições alimentares
Como são realizadas as refeições (locais, quem acompanha)
Autonomia para se alimentar
Usa dispositivos (celular, TV, tablet) durante a refeição
Sono
Horários habituais de dormir e acordar
Dorme durante o dia
Rotina pré-sono (higiene do sono)
Dorme sozinho, acompanhado, precisa de ajuda para adormecer
Uso de telas
Tipo de dispositivos, tem dispositivo próprio
Tempo de uso diário e períodos do dia de acesso
Acesso a redes sociais, jogos e aplicativos de mensagem
Pais conhecem e monitoram o que a criança/adolescente acessa na internet
Relacionamentos
Família
Relacionamento com pais e irmãos
Relacionamentos com família estendida (avós, tios, primos)
Práticas parentais utilizadas pelos pais
Formas de manejo de conflitos com pais e irmãos
Tempo de qualidade em família
Principais práticas culturais/religiosas da família
Social
Relacionamento com pares
Relacionamento com adultos relevantes (outros profissionais que acompanham a
criança/adolescente, equipe da escola)
Repertório de fazer e manter amizades
Envolvimento (fez ou sofreu) em situações de bullying ou cyberbullying
Nome dos melhores amigos
Grupos sociais que frequenta (igreja, clube etc.)
Interesses e preferências
Aptidões, habilidades e potenciais identificados
Tempo sem atividades dirigidas
Tempo de brincar
Brincadeiras, atividades preferidas, hobbies