Você está na página 1de 136

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TERAPIA

COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Módulo: Terapia Cognitivo-Comportamental


na Infância e na Adolescência
Professora: Caroline Muniz
Caroline Muniz
• Psicóloga – CRP 05/53295.
• Especialista em Neurociências do Esporte
e da Atividade Física (UFRJ).
• Mestre em Psicologia Social (UERJ).
• Psicóloga das Categorias de Base de
Base do C.R. Flamengo.
• Docente dos cursos de graduação em
Psicologia e Educação Física no Centro
Universitário de Valença - UNIFAA.
• Psicóloga clínica com foco em Orientação
Parental e em atendimentos de crianças,
adolescentes e atletas através da
abordagem Cognitivo-Comportamental.
Agenda – Aula
Sábado, 29/01/2022
 Psicopatologia na Infância e na Adolescência;
 Principais transtornos e demandas na clínica
infantojuvenil;
 Estrutura das sessões;
 Orientação de pais;
 Visita a escola;
 Instrumentos de acesso clínico;
 Habilidades Sociais;
 Uso de livros na prática clínica;
 Uso de músicas na prática clínica;
 Uso de filmes na prática clínica;
 Erros x acertos;
 Sessões finais/alta;
 A TCC além do setting clínico;
 O que pode/ o que não pode;
 Avaliação;
 Feedback.
PSICOPATOLOGIA NA INFÂNCIA E
NA ADOLESCÊNCIA
PSICOPATOLOGIA NA INFÂNCIA E NA
ADOLESCÊNCIA
 Transtornos com início na infância, exemplos: transtorno do espectro autista,
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, transtornos de ansiedade e
transtorno desafiador opositor.
 Queixas: crianças agitadas, agressivas, opositoras, teimosas, birrentas, vivem no
“mundo da lua”, tem amigos imaginários, são explosivas, são intolerantes à
frustração, choram em demasia, não estudam o suficiente, entre outros
comportamentos relatados.
 Normal x patológico
 Conceitualização Cognitiva

(DUTRA & SERRA, 2017)


O COMPORTAMENTO DE UMA CRIANÇA PODE
SER CONSIDERADO ANORMAL QUANDO:
 Infringir ou ignorar regularmente as regras de seu grupo social, seja esse a sua
família ou a sociedade na qual está inserida;
 Limitar o seu desenvolvimento, prejudicando relações familiares e sociais,
dificultando o êxito escolar e atrasando ou impendido a sua autonomia pessoal;
 Nível de sofrimento que dado comportamento ou sintomatologia está produzindo
na vida da criança, ainda que não existam prejuízos funcionais significativos.

(DUTRA & SERRA, 2017)


Intervenções cognitivas e/ou comportamentais
de acordo com a faixa etária

(DUTRA & SERRA, 2017)


Práticas indicadas para transtornos mentais

(DUTRA & SERRA, 2017)


TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE - TDAH
DEFINIÇÃO

 O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) caracteriza-se como um


padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade, mais
frequente e severo do que aquele tipicamente observado em indivíduos em nível
equivalente de desenvolvimento.

 Alguns dos sintomas hiperativo/impulsivos que causam prejuízo devem ter estado
presentes antes dos sete anos de idade. Deve ser verificado se houve prejuízo em,
pelo menos, dois contextos, além de apresentar claras evidências de interferência
no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.

(MONTEIRO, 2014)
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
DEFINIÇÃO

 É um distúrbio do neurodesenvolvimento de alta complexidade e diversidade de


manifestações clínicas (cognitivas, emocionais e neurocomportamentais).

 Déficits na comunicação e interação social e por padrões restritos e repetitivos de


comportamento, interesses e atividades.

 O diagnóstico é possível através de um conjunto de informações clínicas sobre o


desenvolvimento e crescimentos dos/as pacientes, visto que não existe até o
momento um biomarcador para este diagnóstico.

 Critério A: Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em


múltiplos contextos.

 Critério B: Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou


atividades.

(MARCHEZAN, GROKOSKI & RIESGO, 2018; APA, 2014)


TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM
DEFINIÇÃO

 Processo de aprendizagem: aspectos psicológicos, cognitivos, familiares,


socioculturais, pedagógicos e biológicos.

 Dificuldade de aprendizagem (DA): se relaciona com diferentes situações, tais


como métodos pedagógicos não assertivos, metodologias de ensino inadequadas,
ambiente físico desfavorável, assim como causas relacionadas ao próprio aluno.

 Transtorno Específico de Aprendizagem (TEA): corresponde a um padrão de


dificuldade com uma frequência e intensidade definida, demonstrando assim um
impacto constante na funcionalidade de aprendizagem da criança ou do
adolescente.

(FIGUEIRÓ, COSTA, THIERS & TISSER, 2018)


DEFINIÇÃO

(APA, 2014)
TRANSTORNOS ALIMENTARES
DEFINIÇÃO

 Os transtornos alimentares (TAs) consistem em dificuldades relacionadas ao


comportamento alimentar que envolvem a alteração no consumo ou na absorção
de alimentos e que geram prejuízos biopsicossociais.

 Influência da mídia, ambiente familiar e social, vivências de bullying podem


contribuir para o desenvolvimento dos TAs.

(FREITAS, TISSER & ZANCAN, 2018; APA, 2014)


DEFINIÇÃO

 Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE): esquiva ou restrição da ingestão


alimentar, não satisfazendo as demandas de nutrição ou ingestão energéticas
necessárias.

 PICA: se caracteriza pela ingestão de substâncias não nutritivas (por exemplo:


cabelo, sabão, tijolo, terra, fezes de animais), incomuns para a cultura do indivíduo.

 Transtorno de Ruminação: caracterizado pela regurgitação de alimentos não


explicada por outras condições médicas por um período mínimo de um mês.

(FREITAS, TISSER & ZANCAN, 2018; APA, 2014)


DEFINIÇÃO
 Anorexia Nervosa: caracteriza-se pela restrição da ingestão calórica em relação às
necessidades, levando a um peso significativamente inferior ao peso mínimo
normal esperado, em relação à idade, gênero e trajetória do desenvolvimento. A
restrição é acompanhada pelo medo intenso de engordar e comportamentos que
interferem no ganho de peso. Além disso, há perturbação da percepção do próprio
peso ou da própria forma corporal.

 Bulimia Nervosa: se caracteriza por episódios recorrentes de compulsão alimentar


seguidos de comportamentos compensatórios para impedir o ganho de peso, como
vômitos autoinduzidos, uso de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos, jejum
e exercício em excesso.

 Transtorno de Compulsão Alimentar: caracterizado pela ingestão de comida


significativamente maior do que a maioria das pessoas em determinado contexto.
Nesta condição, está presente a sensação de falta de controle ao comer, assim
como o sofrimento relacionado a esse comportamento.

(FREITAS, TISSER & ZANCAN, 2018; APA, 2014)


TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
DEFINIÇÃO

 Problema frequente.

 Fatores biológicos e ambientais.

 Toda ansiedade é um problema clínico?

 Estado de humor negativo, sintomas corporais de tensão física e apreensão em


relação ao futuro.

(LHULLIER & SERRA, 2018; APA, 2014)


TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)

 Tipo de transtorno que inicia precoce e lentamente com o número de sintomas


aumentando conforme a idade.

 A criança diagnosticada com TAG relata o quanto as preocupações excessivas e


ansiedades acabam prejudicando a sua vida acadêmica e social, fugindo do seu
controle e despertando apreensão desproporcional diante de diversos eventos e
atividades no seu cotidiano.

 O TAG pode ser entendido como um transtorno multidimensional, com três


sistemas de ansiedade: 1) Fisiológico; 2) Cognitivo; 3) Comportamental.

(LHULLIER & SERRA, 2018; APA, 2014)


TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO

 Configura-se como um transtorno quando se torna inadequada para o grau de


desenvolvimento ou quando interfere no funcionamento da vida diária da criança.
Ela pode se manifestar antes, durante e depois do momento da separação.

 A ansiedade é vista como uma saudade excessiva na sua frequência e intensidade,


causando algum tipo de prejuízo, como dificuldades em realizar tarefas cotidianas
normais, nas áreas sociais e acadêmicas.

(LHULLIER & SERRA, 2018; APA, 2014)


TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)

 Os sintomas podem ser confundidos com timidez ou temperamento, e podem


implicar em prejuízos severos em domínios como o funcionamento emocional,
social, educacional, vocacional e familiar.

 Possui uma característica essencial de medo acentuado e persistente em situações


sociais ou desempenho.

 Ideação cognitiva de ser avaliado negativamente pelos outros.

 Medo de humilhação e rejeição.

(LHULLIER & SERRA, 2018; APA, 2014)


FOBIA ESPECÍFICA

 Medo irracional, intenso e persistente produzido pela presença (ou antecipação)


de um objeto específico que não é intrinsicamente perigoso, tais como animais, ou
de alguma situação específica, como altura ou visão de sangue.

 Tipos de fobias específicas: animais, situações ambientais, dor, situacionais e


outros tipos, como por exemplo: vomitar, ter uma doença, pessoas fantasiadas e
sons estridentes.

 Atenção fundamental para as etapas do desenvolvimento.

(LHULLIER & SERRA, 2018; APA, 2014)


MUTISMO SELETIVO

 Incapacidade ou evitação para falar em algumas situações, como na escola ou


diante de pessoas estranhas.

 Grave prejuízo social e acadêmico.

 Déficits nas habilidades sociais.

 Bullying.

 Desafio clínico: linguagem verbal.

(LHULLIER & SERRA, 2018; APA, 2014)


TRANSTORNO DO PÂNICO

 Surgimento inesperado e não provocado de sintomas físicos e psicológicos de


ansiedade.

 Sintomas físicos: aceleração dos batimentos cardíacos, sensação de dificuldade


para respirar, sensação de estar em choque e sudorese.

 Sentimentos de despersonalização (sensação de estar distanciando de si mesmo)


ou desrealização (sensações de irrealidade).

(LHULLIER & SERRA, 2018; APA, 2014)


TRANSTORNO DO PÂNICO

 Agorafobia: medo intenso de estar em um lugar ou uma situação onde seja difícil
ou constrangedor escapar. Associado ao transtorno de pânico, mas não
necessariamente.

 Prejuízo social, físico e acadêmico.

 Desemprego e evasão escolar.

 Conflitos familiares, abuso sexual e físico.

(LHULLIER & SERRA, 2018; APA, 2014)


TRANSTORNO OBSSESSIVO-
COMPULSIVO (TOC)
TRANSTORNO OBSSESSIVO-COMPULSIVO (TOC)

 Transtorno psiquiátrico caracterizado pela presença de obsessões e/ou


compulsões.

 As obsessões são pensamentos, imagens ou impulsos recorrentes, indesejados e


intrusivos.

 As compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais que o indivíduo se


sente compelido a executar, visando aliviar a ansiedade e o medo associados às
obsessões.

(BORTONCELLO et al., 2018; APA, 2014)


TRANSTORNO OBSSESSIVO-COMPULSIVO (TOC)

 Entre crianças e adolescentes, são mais comuns: obsessões de conteúdo agressivo


(como por exemplo: o medo de separação, de causar ferimentos); compulsões não
acompanhadas de obsessões; medo de contaminação; compulsão por limpeza e
lavagem; dúvidas seguidas de verificações, necessidade de confirmação ou
evitações; preocupações com simetria, alinhamento ou exatidão; ou a necessidade
de refazer algo diversas vezes na tentativa de que fique perfeito ou completo.

(BORTONCELLO et al., 2018; APA, 2014)


DEPRESSÃO
DEPRESSÃO

 Tristeza persistente e pervasiva, perda de prazer nas atividades do dia a dia,


irritabilidade, pensamento negativo, falta de energia, dificuldade de
concentração, alteração apetite e sono.

 Prejuízo social, familiar e escolar.

 Quanto mais grave, maior a probabilidade de comorbidades.

 Avaliação: vínculo, desenhos, brincadeiras, histórias...

 Inventário de Depressão Beck (BDI)

 Childrens’s Depression Inventory (CDI-2)

 Avaliação de risco: automutilação e suicídio.

(AGNE et al., 2018; APA, 2014)


TRANSTORNOS DE ELIMINAÇÃO:
ENURESE E ENCOPRESE
TRANSTORNOS DE ELIMINAÇÃO

 Enurese: falta de controle da urina que tem como resultado a micção em local
inadequado para eliminação. Implica uma deficiência no controle vesical em idade
que crianças já teriam esse domínio. Mínimo duas vezes por semana por pelo
menos três meses consecutivos.

 Encoprese: falta de controle sobre os mecanismos responsáveis pela evacuação


intestinal na ausência de patologia orgânica e além de um limite de idade
arbitrário, comumente estabelecido aos quatro anos.

(SILVARES, SILVA & SCHOEN, 2018; APA, 2014)


TRANSTORNOS DE ELIMINAÇÃO
USO DE SUBSTÂNCIAS
USO DE SUBSTÂNCIAS

 Adolescência x risco.

 Período chave do desenvolvimento humano.

 Destaque: uso de medicamentos.

 Fatores: violência, abuso físico e emocional, uso de drogas por algum familiar,
pressão dos pares, comorbidades clínicas e psiquiátricas e herança genética.

 Sintomas e avaliação: alterações do sono, sintomas de depressão e/ou ansiedade,


humor instável, irritabilidade exagerada, faltas frequentes a compromissos,
problemas gastrointestinais, irritação nasal e/ou conjuntivas, odor de
álcool/nicotina/maconha, uso frequente e incomum de colírio ocular, “síndrome
da higiene bucal”.
(ARGIMON, CERUTTI & MORAES, 2018; APA, 2014)
USO EXCESSIVO DE TELAS
USO EXCESSIVO DE TELAS

 O brincar não é mais físico.


 Riscos virtuais.
 Monitoramento, acordos e diálogos.
 Rotina.
 Pais também devem se desconectar.
 Jogos eletrônicos.
 Latência.
 Socialização.

(KILBEY, 2018)
USO EXCESSIVO DE TELAS
 Evitar a exposição de crianças menores de dois anos às telas, mesmo que passivamente;
 Limitar o tempo de telas ao máximo de uma hora por dia, sempre com supervisão para crianças com
idades entre dois e cinco anos;
 Limitar o tempo de telas ao máximo de uma ou duas horas por dia, sempre com supervisão para
crianças com idades entre seis e 10 anos;
 Limitar o tempo de telas e jogos de videogames a duas ou três horas por dia, sempre com supervisão;
nunca “virar a noite” jogando para adolescentes com idades entre 11 e 18 anos;
 Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de
dormir;
 Oferecer como alternativas: atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a
natureza, sempre com supervisão responsável;
 Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, além das regras de segurança,
senhas e filtros apropriados para toda família, incluindo momentos de desconexão e mais convivência
familiar;
 Encontros com desconhecidos online ou off-line devem ser evitados; saber com quem e onde seu filho
está, e o que está jogando ou sobre conteúdos de risco transmitidos (mensagens, vídeos ou webcam), é
responsabilidade legal dos pais/cuidadores;
 Conteúdos ou vídeos com teor de violência, abusos, exploração sexual, nudez, pornografia ou
produções inadequadas e danosas ao desenvolvimento cerebral e mental de crianças e adolescentes,
postados por cyber criminosos devem ser denunciados e retirados pelas empresas de entretenimento
ou publicidade responsáveis.

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2020)


PRÁTICA: AÇÚCAR DIGITAL
ESTRUTURAS DAS SESSÕES
ESTRUTURA DAS SESSÕES
“A terapia cognitiva é um procedimento ativo, diretivo, estruturado e de tempo limitado”
(BECK, RUSH, SHAW & EMERY, 1983, p.13).

 Atualização do estado de humor.


 Recapitulação da sessão anterior.
 Revisão das atividades realizadas entre as sessões.
 Menção dos temas do dia ao paciente.
 Implementação dos objetivos da sessão.
 Definição de novas atividades a serem feitas durante a semana.
 Resumo final e feedback do paciente.

(BARILÁ, SOTTANI & MUSICH, 2015)


ESTRUTURA DAS SESSÕES

(BARILÁ, SOTTANI & MUSICH, 2015)


ESTRUTURA DAS SESSÕES

(Acervo pessoal da professora)


ESTRUTURA DAS SESSÕES

(Acervo pessoal da professora)


ORIENTAÇÃO DE PAIS
ORIENTAÇÃO DE PAIS

 Orientação de pais ou Treinamento de pais? São termos técnicos que são utilizados
para descrever esse processo de fazer com que os pais sejam mais ativos no processo
terapêutico, com o intuito de buscar soluções mais assertivas para comportamentos
problemas na infância e adolescência; melhorar comunicação e vínculo; melhorar o
próprio exercício da parentalidade, que pode ser desafiador para alguns pais, e
auxiliar no tratamento de muitos transtornos.

 A Orientações de pais então, seria o psicólogo habilitar esses pais para serem co-
terapeutas de seus filhos, aquilo que se faz no consultório com o paciente precisa ser
continuado em casa para a eficácia do tratamento, e é nesse momento que a atuação
dos pais se tornam indispensáveis.

(GAMELEIRA, 2021)
ORIENTAÇÃO DE PAIS

(GAMELEIRA, 2021)
ORIENTAÇÃO DE PAIS: ESTILOS PARENTAIS

(BAURIMD, 1996; GAMELEIRA, 2021)


ORIENTAÇÃO DE PAIS

(GAMELEIRA, 2021)
ORIENTAÇÃO DE PAIS – COMO ENGAJAR

(GAMELEIRA, 2021)
ORIENTAÇÃO DE PAIS – COMO ENGAJAR

(GAMELEIRA, 2021)
ORIENTAÇÃO DE PAIS – INDICAÇÃO DE LEITURAS
VISITA A ESCOLA
VISITA A ESCOLA
1. APRESENTAÇÃO
2. POR QUE A VISITA NA ESCOLA?
3. ENTREVISTA
4. ESTRUTURA DA ESCOLA
5. CURRÍCULO E DISCIPLINAS
6. APRENDIZAGEM
7. ATIVIDADES EXTRA CURRICULARES
8. PROMOÇÃO DO ESPORTE
9. EDUCAÇÃO EMOCIONAL
10. COMPORTAMENTO
11. RELACIONAMENTO COM OS PAIS
12. OUVINDO A PROFESSORA
13. AGRADECIMENTOS
VISITA A ESCOLA
INSTRUMENTOS DE ACESSO
CLÍNICO
REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA

(Acervo pessoal da professora)


PROVAS ESCOLARES

(Acervo pessoal da professora)


CALENDÁRIO SAZONAL

(Acervo pessoal da professora)


CALENDÁRIO SAZONAL

(Acervo pessoal da professora)


CALENDÁRIO SAZONAL

(Acervo pessoal da professora)


CALENDÁRIO SAZONAL

(Acervo pessoal da professora)


CALENDÁRIO SAZONAL

(Acervo pessoal da professora)


CALENDÁRIO SAZONAL

(Acervo pessoal da professora)


MONITORAMENTO DAS EMOÇÕES

(Acervo pessoal da professora)


MONITORAMENTO DAS EMOÇÕES

(CARTAXO, 2017)
MONITORAMENTO DAS EMOÇÕES

(CARTAXO, 2017)
RPD

(CARTAXO, 2017)
RPD

(CARTAXO, 2017)
DICIONÁRIO DOS SENTIMENTOS

(CARTAXO, 2017)
PSICOEDUCAÇÃO

(Acervo pessoal da professora) (BBDU)


CARTÃO DE ENFRENTAMENTO – TATUAGEM REMOVÍVEL

(Como comprar? Sinopsys)


CARTÃO DE ENFRENTAMENTO - PASSAPORTE

(Acervo pessoal da professora)


TINTA, MASSINHA, LÁPIS DE COR

(Acervo pessoal da professora)


ROTINA

(Acervo pessoal da professora)


ROTINA
IMPORTANTE ACRESCENTAR: TEMPO DE DESCANSO,
TEMPO DE BRINCAR E TEMPO COM A FAMÍLIA)

(BBDU)
ACESSANDO A FAMÍLIA - EXEMPLO

(Acervo pessoal da professora)


FILTRO DOS PENSAMENTOS

(Acervo pessoal da professora)


EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO

(Acervo pessoal da professora)


RESPIRAÇÃO MILKSHAKE

(Acervo psicólogas Lara Costa e Mirella Nobre)


MEDO DE DORMIR SOZINHO/ESCURO

(Lanterna da coragem/Ticket:
Acervo psicólogas Lara Costa e Mirella Nobre)
Livro: Psicóloga Jaqueline Malheiros
SPRAY ANTI-MONSTROS
RELAXAMENTO PROGRESSIVO

(PUREZA et al., 2014)


POTE DA CALMA

(Inspirado no método Montessori)


CAIXINHAS MATRIX
CURTOGRAMA
QUIS TEEN

(Acervo psicóloga Lara Costa)


QUEDA BLOCOS

(Acervo psicóloga Mirella Nobre/ADAPTAÇÃO)


1 MINUTO DE QUEM SOU EU

(Acervo psicólogas Lara Costa e Mirella Nobre)


EMOJIS FAVORITOS

(Acervo psicólogas Lara Costa e Mirella Nobre)


FÉRIAS DO TERAPEUTA

(Acervo pessoal da professora)


FÉRIAS DO TERAPEUTA

(Acervo pessoal da professora)


LICENÇA MATERNIDADE

(Acervo pessoal da professora)


HABILIDADES SOCIAIS
VOCÊ SE CONSIDERA
SOCIALMENTE
HABILIDOSO/A?
 POR QUE É DIFÍCIL SER EXCELENTE
EM COMPETÊNCIAS SOCIAIS?

 QUEM APRENDE COM MAIS


FACILIDADE?

 QUEM SÃO NOSSOS PROFESSORES


EM HABILIDADES SOCIAIS?
EQUÍVOCOS NA MANEIRA DE ENSINAR

https://www.youtube.com/watch?v=NoPrWEwbT7c
CONCEITO DE HABILIDADES SOCIAIS

 Aplica-se à noção de existência de diferentes classes de comportamentos


sociais no repertório do indivíduo para lidar com as demandas das situações
interpessoais.

 Na dinâmica das interações, as habilidades sociais fazem parte dos


componentes de um desempenho social bem-sucedido.

(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2015; CABALLO, 2014)


CONCEITO DE HABILIDADES SOCIAIS
ESTILO CONDUTAS HABITUAIS CONSEQUÊNCIAS

AGRESSIVO – São levados em Acusações, brigas, ameaças, Alívio imediato, mal-estar


conta somente os próprios culpabilização do outro. posterior, isolamento,
sentimentos e pensamentos. distanciamento por parte das
outras pessoas.

PASSIVO – São levados em conta Silêncio, ressentimento, atribuição Irritação, ressentimento,


os sentimentos e pensamentos de razão ao outro. humilhação e favorecimento do
das outras pessoas e são outro.
ignorados os próprios.

ASSERTIVO – São levados em Expressão da própria opinião e Bem-estar, satisfação, obtenção


conta os sentimentos e defesa dos próprios interesses. do que se deseja e aproximação
pensamentos próprios e também das outras pessoas.
os do outro.

(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2015; CABALLO, 2014)


INCOMPETÊNCIA SOCIAL

https://www.youtube.com/watch?v=XV59HVVA6_M
INCOMPETÊNCIA SOCIAL

 Rejeição.
 Baixa aceitação.
 Ignorância e isolamento.
 Problemas emocionais e educacionais.
 Distúrbios psicológicos.
 Problemas de saúde mental na idade adulta.

(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2015; CABALLO, 2014)


DÉFICIT DE HABILIDADES SOCIAIS VERSUS ANSIEDADE
SOCIAL

 Ansiedade Social: Medo ou ansiedade elevados em uma ou mais cenas sociais nas
quais o indivíduo está submetido à possível avaliação.

 Déficit de habilidades sociais: quando o indivíduo apresenta um resultado


negativo em suas interações.

(APA, 2014; CABALLO, 2014)


SETE CLASSES DE HABILIDADES SOCIAIS NA INFÂNCIA

1) Autocontrole e expressividade emocional


2) Civilidade
3) Empatia
4) Assertividade
5) Fazer amizades
6) Solução de problemas interpessoais
7) Habilidades acadêmicas

(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2015; CABALLO, 2014)


VANTAGENS DE TREINAR HABILIDADES SOCIAIS COM
CRIANÇAS

 Na infância serão mais facilmente aprendidas.

 Reduzir sofrimento e dificuldades emocionais, acadêmicas e relacionais ao


longo da vida.

 Segurança ao diferenciar um comportamento adequado e um inadequado,


melhorando o resultado das interações.

(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2015; CABALLO, 2014)


PRINCIPAIS TÉCNICAS DO THS

 Psicoeducação
 Modelação
 Ensaio comportamental (role-play)
 Provimento de feedback
 Reforço positivo
 Tarefas de casa

(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2015; CABALLO, 2014)


PROTOCOLO SOCIALIZE-SE

(BELLÉ & SCHUH – PROTOCOLO SOCIALIZE-SE )


USO DE LIVROS INFANTIS NA
PRÁTICA CLÍNICA
BIBLIOTERAPIA

 Auxilia na psicoeducação
 Permite empatia e parâmetro para novas situações
 Repetição: pois as crianças gostam de ler o mesmo livro muitas vezes
 Generalização: pois podem ser lidos em casa, na escola e em diversos contextos
 Propagação: pois diversas crianças podem ler

(BELLÉ & SCHUH – PROTOCOLO SOCIALIZE-SE )


USO DE LIVROS NA PRÁTICA CLÍNICA

(CARTAXO, 2017)
USO DE LIVROS NA PRÁTICA CLÍNICA

(CARTAXO, 2017)
USO DE LIVROS NA PRÁTICA CLÍNICA

(CARTAXO, 2017)
USO DE MÚSICAS NA PRÁTICA
CLÍNICA
USO DE MÚSICAS NA PRÁTICA CLÍNICA

(CARTAXO, 2017)
PLAYLIST DA CALMA
USO DE FILMES NA PRÁTICA
CLÍNICA
USO DE FILMES NA PRÁTICA CLÍNICA

(CARTAXO, 2017)
USO DE FILMES NA PRÁTICA CLÍNICA

(CARTAXO, 2017)
ERROS E ACERTOS NA PRÁTICA
CLÍNICA INFANTO-JUVENIL
ERROS X ACERTOS

ERROS ACERTOS

 Não realizar orientação de  Trabalhar em conjunto com


pais a família
 Não utilizar estratégias  Acesso clínico através do
lúdicas lúdico
 Utilizar protocolos sem  Conceitualizar casos
pensar no paciente  Fazer uma anamnese
 Não realizar anamnese completa
 Quebrar a confiança do  Respeitar o sigilo, mesmo
paciente com crianças
SESSÕES FINAIS/ALTA
SESSÕES FINAIS/ ALTA
 Diminuição gradual das sessões
 Alcance de objetivos
 Paciente e terapeuta em comum acordo
 Manutenção e generalização dos resultados
 Redução e prevenção de recaídas
 Análise de ganhos
 Planejamento de estratégias
 Feedback aos pais
 Listas, desenhos, antes x depois, apostila com estratégias de enfrentamento e
certificado
 Sessão de despedida

(CARRO, RIZZO & SCANDAR, 2015)


SESSÕES FINAIS/ ALTA
A TCC PARA ALÉM DO SETTING
CLÍNICO
AÇÕES
 Acompanhamento de grupos
 Projetos
 Palestras
 Consultorias
 Treinamentos
 Dinâmicas de grupo

IMPORTANTE: Realizar encaminhamento clínico sempre que houver necessidade de


psicoterapia.
CAMPOS DE ATUAÇÃO
 Escolas
 Instituições esportivas
 Comunidades
 SUS
 Orfanatos
 Abrigos
 Encontro de pais/famílias
 Oficinas das emoções
 Hospitais

IMPORTANTE: Realizar encaminhamento clínico sempre que houver necessidade de


psicoterapia.
COMO DIVULGAR MEU TRABALHO
DE FORMA ÉTICA?
O QUE EU POSSO COMPARTILHAR SENDO PSICÓLOGO(A)?

(Psicóloga Lara Costa)


O QUE EU NÃO POSSO COMPARTILHAR SENDO
PSICÓLOGO(A)?

(Por Marina Soares Tavares –


Psicóloga CRP 06/121.504)
SUGESTÕES
AVALIAÇÃO...
Data de entrega: 07/02/2023 (terça-feira)
FEEDBACK

O QUE VOCÊ ESTÁ LEVANDO DO


MÓDULO “TCC NA INFÂNCIA E NA
ADOLESCÊNCIA”?
REFERÊNCIAS
BECK, J. S. Terapia Cognitivo-Comportamental: teoria e prática. 3 ed. Porto alegre: Artmed, 2022.

BUNGE, E.; SCANDAR, M.; MUSICH, F., & CARREA, G. (orgs.). Sessões de Psicoterapia com Crianças e Adolescentes: erros e acertos. Novo Hamburgo: Sinopsys,
2015.

CABALLO, V. E. Manual de avaliação e treinamento as habilidades sociais. São Paulo: Santos Editora, 2014.

CAMINHA, R. M. Darwin para terapeutas: socialização, emoções, empatia e psicoterapia. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2019.

CAMINHA, R. M.; CAMINHA, M. G., & DUTRA, C. A. A prática cognitiva na infância e na adolescência. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2017.

CARTAXO, V. (org.). Luz, câmera e ação! Filmes na prática clínica infantil. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2019.

DEL PRETTE, A., & DEL PRETTE, Z. M. (orgs). Habilidades sociais: desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Alinea, 2015.

FAVA, D. C.; ROSA, M.; DONATO, A. O. Orientação Para Pais: O Que É Preciso Saber Para Cuidar Dos Filhos. Belo Horizonte: Artesã, 2018.

FRIEDBERG, R. D.; MC CLURE, J. M. A Prática Clínica da Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes. 2 ed. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2019.

GREENBERGER, D; PADESKY, C. A Mente Vencendo o Humor. Mude como você se sente, mudando o modo como você pensa. Porto Alegre: Artmed, 2017.

LEAHY R. Técnicas de Terapia Cognitiva: MANUAL DO TERAPEUTA. Porto Alegre: Artmed, 2006.

LINS, M. R. C., & NEUFELD, C. B. (orgs.) Técnicas em terapia cognitivo-comportamental com crianças e adolescentes: uma perspectiva de intervenções
individuais e em grupos. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2021.

RANGÉ, B. (org.). Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. 2° Ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

REIS, A. H. (org.). Terapia do Esquema com crianças e adolescentes: do modelo teórico à prática clínica. Campo Grande: Episteme, 2019.

TISSER, L. (org.). Transtornos psicopatológicos na infância e na adolescência. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2018.

ZANONATO, A.; PRADO, L. C. Trabalhando com crianças e suas famílias: Casos Clínicos Ilustrados. Porto Alegre: A. Zanonato/ L. C. Prado, 2012.
Obrigada!

(21) 98109-9945 CAROLINEFMUNIZ@HOTMAIL.COM CAROLMUNIZPSI

Você também pode gostar