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11 RECURSOS

TERAPÊUTICOS

PARA
CRIANÇAS
FERRAMENTA - 1

Quem sou eu?

OBJETIVO:

Interagir com a criança no intuito de saber mais


sobre a percepção de si mesma, de como é vista
pelas pessoas que convive com ela diretamente e
com quem se identifica. Dizer quem ela é possibilita
uma estruturação da sua imagem egóica além de
situar sua condição de sujeito no mundo, como
pensa, do que gosta quais suas características mais
marcantes e como pode lidar com essa identidade
ainda em construção psíquica e social.

MATERIAIS MATERIAL NECESSÁRIO

Canetas, lápis de cor, giz de cera, tinta, papel,


cartolina, metro, revistas para recorte, tesoura sem
ponta, cola papel.
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ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO

A. Solicitar a criança criar um texto, se ela


souber escrever, desenhar ou colar figuras de
revistas sobre como se vê, quem acredita que
é. A ideia é que ela faça uma autobiografia que
pode ser estruturada através de um texto
corrido ou por tópicos, frases, palavras ou
figuras que a represente.

B. Uma redação falando sobre si, um desenho,


uma colagem, tópicos com características que
representem a criança, desenho grande no papel
metro contendo coisas que identifique

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VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO

Se a criança não quiser fazer nenhuma dessas


opções, a aplicadora pode ir fazendo e
perguntando para ela. Pode ser construído de
forma conjunta tanto o texto quanto a figura.
Outra ideia é a aplicadora ir escrevendo tudo que
a criança se identifica, perguntar a ela, por
exemplo, o que gosta de fazer, de comer, de
assistir, de ler, de ouvir.

Quem sou eu?

OBSERVAÇÕES
Essa ferramenta pode ser utilizada com crianças
maiores de 6 anos na primeira sessão de
avaliação. Com crianças menores pode ser
utilizada depois de um tempo de vínculo com o
terapeuta, e com a ajuda dele no processo.

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Caso a criança demonstre muita resistência, é
importante trabalhar com ela sua auto-imagem,
autoestima e questões interpessoais.

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças: O que você acha mais legal ou


Interessante em você? Se você pudesse mudar algo
em você o que mudaria? As pessoas acham isso de
você também, quais? Se pudesse nascer novamente,
como gostaria de ser? Identifica-se com algum
artista ou personagem de filme ou desenho? Para
as aplicadoras: Se existir resistência por parte da
criança em fazer essa atividade, quais as análises
podem ser feitas? A criança que está sendo
proposta essa ferramenta está numa fase de
desenvolvimento que permite ser construída a
atividade? Você conhece o suficiente a demanda da
família e da criança para inferir análises
consistentes do resultado dessa ferramenta?

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FERRAMENTA - 2

Conte uma História...

OBJETIVOS
Favorecer a criança o espaço livre para explorar seus
conteúdos simbólicos e estruturar de forma a
trazê-la para uma perspectiva mais real do discurso
e da história contada e ouvida por ela mesma. Ela
poderá reviver situações que já experimentou ou
apenas deseja vivenciar, de forma livre podendo
ajustar como entender mais interessante em sua
fantasia para depois conseguir colocar em prática de
forma assertiva e coerente, fazendo um link entre o
que imagina e o que pode ser vivido na realidade. A
criança também demonstra através dessa ferramenta
o que se identifica, o que julga ser correto ou errado,
seus valores sua forma de ver o mundo e de se
relacionar com as pessoas.

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MATERIAL NECESSÁRIO

Cartas (amarelas) com desenho de personagens


diferentes (pode ser animais, tipos de pessoas,
personagens de contos de fadas) cartas (azuis) com
ações diversas sugeridas para os personagens fazerem,
cartas (rosa) com perfil de cada personagem

ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO

A aplicadora pede para a criança sortear uma cartinha


de cada cor e contar uma história com o personagem, o
perfil e a ação que foram sorteadas.

A ideia é que a criança possa, através dessas cartinhas,


construir uma história baseada nas sugestões que
foram explicitadas e incrementar da sua forma.

Pode ser feita quantas vezes a aplicadora quiser.

Conte uma História..

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VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO

Pode-se trabalhar com desenho livre, ou desenho de


uma história em quadrinhos, a aplicadora pode pedir
para a criança criar também esses três tipos de cartas
com as sugestões dela mesma. A aplicadora também
pode criar as cartinhas com personagens reais para a
criança, como as pessoas de suas famílias, colegas de
escola, professores, e colocar perfis e ações que já
sabe que a criança vivenciou para que ela mesma
consiga contar de forma mais livre e lúdica sobre o que
viveu e sobre o que pensa e sente sobre isso.

OBSERVAÇÕES
Trabalhar com histórias tanto inventadas quanto reais
é um recurso muito bom para se vincular a criança e
também facilitar sua expressão sem achar estar sendo
julgada pelo que pensa,sente e se comporta.

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É importante plastificar todas as cartinhas; A
aplicadora pode desenvolver o conteúdo das cartinhas
especifico para cada criança, criando a partir da
história e demanda trazida por ela e pela família. O
conteúdo do anexo são apenas sugestões, cada
aplicadora pode desenvolver o seu

ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO

A aplicadora pede para a criança sortear uma cartinha


de cada cor e contar uma história com o personagem,
o perfil e a ação que foram sorteadas. A ideia é que a
criança possa, através dessas cartinhas, construir uma
história baseada nas sugestões que foram explicitadas
e incrementar da sua forma. Pode ser feita quantas
vezes a aplicadora quiser.

Conte uma História...

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VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO

Pode-se trabalhar com desenho livre, ou desenho de uma


história em quadrinhos, a aplicadora pode pedir para a
criança criar também esses três tipos de cartas com as
sugestões dela mesma. A aplicadora também pode criar
as cartinhas com personagens reais para a criança, como
as pessoas de suas famílias, colegas de escola,
professores, e colocar perfis e ações que já sabe que a
criança vivenciou para que ela mesma consiga contar de
forma mais livre e lúdica sobre o que viveu e sobre o que
pensa e sente sobre isso.

OBSERVAÇÕES

Trabalhar com histórias tanto inventadas quanto reais é


um recurso muito bom para se vincular a criança e
também facilitar sua expressão sem achar estar sendo
julgada pelo que pensa,sente e se comporta. É importante
plastificar todas as cartinhas; desenvolver o seu

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A aplicadora pode desenvolver o conteúdo das cartinhas
especifico para cada criança, criando a partir da história e
demanda trazida por ela e pela família. O conteúdo do anexo
são apenas sugestões, cada aplicadora pode desenvolver o
seu.

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças:

Explorar ao máximo a história "contada" pela criança, fazer


perguntas em relação a tudo que for dito por elas.

Para as aplicadoras:

O que pode ser ouvido além da própria história que a criança


inventa a partir das sugestões?
O que está nas entrelinhas do que é contado pelas crianças?
Como você pode explorar melhor as histórias criadas pelas
crianças?
Consegue adaptar as cartinhas para as demandas trazidas
pelas crianças e sua família?

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A aplicadora pode desenvolver o conteúdo das cartinhas
especifico para cada criança, criando a partir da história e
demanda trazida por ela e pela família. O conteúdo do anexo
são apenas sugestões, cada aplicadora pode desenvolver o seu.

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças: Explorar ao máximo a história "contada" pela


criança, fazer perguntas em relação a tudo que for dito por
elas.

Para as aplicadoras:

O que pode ser ouvido além da própria história que a criança


inventa a partir das sugestões?
O que está nas entrelinhas do que é contado pelas crianças?
Como você pode explorar melhor as histórias criadas pelas
crianças?
Consegue adaptar as cartinhas para as demandas trazidas
pelas crianças e sua família?

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FERRAMENTA - 3

Conte uma história

CARTINHAS PERSONAGENS

Imagens de crianças Imagens de animais Personagem de


contos de fadas

CARTINHAS PERFIL PERSONAGENS

Imagens Adulto Sentimentos (triste, alegre, tangado,


entediado, angustiado, medroso, corajoso, animado,
surpreso,sustado)

FERRAMENTAS

Personalidade (chato, espontâneo, carinho Passivo, chorão,


serio, amor cuidadoso, desajeitado, tímido, manhoso,
birrento

CARTINHAS AÇÕES DIVERSAS

Almoçar, Jantar, tomar café da manhã, trabalhar, ir para o


shopping, tomar banho, arrumar a bagunça,ir para a escola.

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FERRAMENTA - 4

Minha Família animal

OBJETIVOS

Analisar através da projeção da criança como ela percebe as


pessoas que fazem parte da sua família pela perspectiva das
características dos animais.

Fazer uma associação entre o que o animal desenhado e a


pessoa da família sugerida podem ter em comum e diferente.

Explorar a capacidade simbólica e associativa da criança,


através de aspectos da sua fantasia, da sua realidade e do
seu jeito de perceber as pessoas de referência de cuidado e
proteção.

Os animais desenhados no lugar das pessoas possibilitam que


criança fale de forma mais livre sobre questões que se
sintam inibidas de falar diretamente na figura que identifica de
forma mais real sobre seus pais e familiares.

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MATERIAL NECESSÁRIO

Papel, lápis, borracha, lápis de cor, giz de cera, tinta

ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO

A.Solicitar que a criança desenhe sua família em forma


de animal, explicando que o desenho deverá ser do
animal e esse representa a pessoa da sua família.

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FERRAMENTA - 5

Minha Família animal

OBSERVAÇÕES

O mais interessante é que essa atividade seja realizada


através do desenho da criança, já que essa técnica por si
só já é bastante projetiva e pode elucidar na criança
outras possibilidades de construir e elaborar suas
questões internas. Os animais desenhados no lugar das
pessoas possibilitam que criança fale de forma mais livre
sobre questões que se sintam inibidas de falar
diretamente na figura que identifica de forma mais real
sobre seus pais e familiares.

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças: O que esse animal representa para você?


Em que você acha que sua (pessoa da família) parece com
esse animal? O que esse animal desenhado gosta de
fazer? O animal desenhado cuida bem dos seus filhotes?

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Para as aplicadoras:

O que a criança responde em relação ao animal tem a


ver com o que ela acha da pessoa associada? Como a
criança se relaciona com sua família? A criança tem
percepção adequada sobre os animais desenhou? Jogo
da memória Pessoal

OBJETIVOS

Elucidar nas crianças a sua capacidade de atenção e


memória, não apenas cognitiva, mas também afetiva.
Fomentar na criança lembranças de como são as
pessoas que ela convive e quais são as coisas que
fazem parte da sua vida, dando a ela uma ideia de
pertencimento e Blocos de madeira ou plástico, papel,
cola, papel adesivo, papel EVA, imagem de crianças, de
adultos, de objetos da rotina, de animais impressos do
tamanho dos bloquinhos que serão colados.

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Para as aplicadoras:

O que a criança responde em relação ao animal tem a


ver com o que ela acha da pessoa associada? Como a
criança se relaciona com sua família? A criança tem
percepção adequada sobre os animais desenhou? Jogo
da memória Pessoal

OBJETIVOS

Elucidar nas crianças a sua capacidade de atenção e


memória, não apenas cognitiva, mas também afetiva.
Fomentar na criança lembranças de como são as
pessoas que ela convive e quais são as coisas que
fazem parte da sua vida, dando a ela uma ideia de
pertencimento e Blocos de madeira ou plástico, papel,
cola, papel adesivo, papel EVA, imagem de crianças, de
adultos, de objetos da rotina, de animais impressos do
tamanho dos bloquinhos que serão colados.

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ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO

Esse jogo pode ser feito em conjunto com crianças mais


velhas, ela vai sugerindo as figuras que fazem parte da
sua rotina jogo da memória será desenvolvido com
conteúdo da vida da criança, imagens que ela possa se
identificar e associar as coisas e pessoas que fazem
parte da sua vida. Depois de montado o jogo, deverá ser
feito de forma tradicional como se faz como um jogo da
memória, as crianças viram os bloquinhos e tentam
descobrir onde estão os pares, é importante também
ampliar com a criança as suas ideias sobre como é a sua
vida e o que faz parte dela.

VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO

Esse jogo da memória pode ser produzido com diversos


materiais contanto que não deixem as imagens
transparentes e não se estraguem com facilidade. O jogo
da memória pode ser utilizado da forma tradicional de se
jogar ou então mostrando as figuras para a criança e
pedindo para ela dizer qual acontecimento ou situação
aquela imagem a faz lembrar, construindo assim um jogo
da memória afetiva e fomentando na criança um espaço de
construção de fala e análise dos fatos que acontecem a
sua volta.
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FERRAMENTA - 6

Jogo da memória Pessoal

OBSERVAÇÕES

Pode ser construído tanto para ser usado com qualquer


criança no contexto terapêutico, quanto de forma personaliza
conjuntamente com ela. Pode também ser utilizada nas
instituições em pequenos grupos.

Para as crianças:

Em que essas figuras lembram sua casa, sua família e Qual


situação você se lembra com essa imagem? Rotina? Quando
você se lembra desse momento quais os sentimentos que
você tem? Você gosta de lembrar das coisas que te
acontecem no seu dia a dia? O que mais você se lembra que
acontece dentro da sua casa? E dentro da sua escola? Qual o
momento da sua vida que você queria se lembrar que não
consegue? Para as aplicadoras se questionarem em relação
às crianças o que você gostaria de evocar nas histórias
lembradas pelas crianças? O que fazer quando a criança não
quer lembrar de nenhuma situação vivida por ela?

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Como entender que as lembranças que a criança traz nas
sessões pode ser fruto de uma construção imaginária ou
contada para ela? Reflita no momento da atividade com a
criança quais memórias mais comovem ela, e quais as
memórias que ela ativa os mecanismos de defesa como fuga
ou desinteresse.
O tempo de cada um.

OBJETIVOS

Observar na criança sua capacidade de pensar sobre suas


fases de desenvolvimento. Estimular sua percepção sobre o
tempo de cada coisa, que cada criança tem seu tempo e que
cada uma vai demonstrar de forma diferente habilidades e
limitações a depender de como é estimulada.

Ampliar a habilidade de mensurar o tempo que se leva para


aprender, absorver e se apropriar de conhecimentos que
dependem da experiência de cada um e do momento que
estamos preparados para demonstrar ou fazer algo.

MATERIAL NECESSÁRIO

Papel ou caderno de desenho, revistas, cola, tesoura sem


ponta, lápis, hidrocor, giz de cera, cola colorida.

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ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO

A. A aplicadora pede para a criança desenhar ou colar no


papel figuras ou imagens do que ela fazia em cada idade.

B. Por exemplo: com meses de vida, ela mamava no peito da


mãe, ela pode desenhar ou colar figuras de bebê sendo
amamentado.

VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO

Essa ferramenta pode ser feita também com fotos da vida


da criança, pedindo para a família trazer na sessão fotos de
várias épocas da vida da criança. Pode ser feito tipo um
álbum da linha do tempo da criança, com as fotos e desenhos
e frases construídas por elas em cada momento.

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FERRAMENTA - 7

O tempo de cada um

OBSERVAÇÕES

Se criança tiver dúvidas sobre o que ela fazia em cada idade


a aplicadora pode sugerir e colaborar com a construção sem
interferir nas respostas, apenas fomentando através de
perguntas reflexões sobre o que a criança imagina que anos,
poderia estar fazendo no primeiro ano de vida, aos do aos
três anos.

A ideia é que mesmo não ficando exatamente como condiz à


realidade do tempo da criança ela possa ter liberdade de
expressar o que pensa e entende sobre cada fase da sua
vida, com todas. Cada uma tem seu tempo e sua forma de
entende. e que nem sempre o que acontece com uma criança
lei e interpretá-lo.

Essa é uma atividade mais abstrata e requer uma


capacidade maior da criança de ativar sua memória afetiva e
também de fazer conexões com o tempo que viveu as fases
de sua vida, então é sugerido que seja feita com crianças
maiores de 6 anos de idade.
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PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças:

Qual a idade que você tinha quando mamava na sua mãe?


Qual época da sua vida você começou a falar?
Quando você começou a ir passear na rua?
Quando viu o mar pela primeira vez era bebê ou era maior?
Quando começou a escrever seu nome na escola?
Quando conheceu seu primeiro amigo?

Para as aplicadoras:

A criança que não consegue se lembrar de nenhuma fase ou


acontecimento tem alguma limitação neurológica ou psíquica
ou está na fase Inadequada para se lembrar?

Quando a criança fala das suas lembranças traz conteúdos


dos discursos dos adultos sobre elas?

Tempo (Idade ou época)

O que fazia? (Figura, imagem ou desenho)

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FERRAMENTA - 8

Meu Desenho/Seu Desenho

OBJETIVOS
Interação familiar, percepção do "outro" em relação à analisar a
projeção através do desenho tanto da criança da criança em
relação ao "outro" e quanto da família da criança. Estimular a
empatia da criança.

MATERIAL NECESSÁRIO
Papel, lápis, lápis de cor, giz de cera, tinta.

ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO


A.Essa ferramenta precisa ser feita com a criança aplicadora, a
criança e seus pais, a criança e seu irmão. Em dupla ou grupo.

B. A aplicadora solicita que a dupla ou grupo façam um desenho


livre, ou um desenho sugerido.

C. Depois de feito cada um diz o que desenhou e o que achou do


desenho do parceiro. FERRAMENTAS

D. A aplicadora pode fazer inferências a respeito do que


percebeu no desenho da dupla, o que tem em comum, o que tem
diferente, e fazer perguntas a respeito de cada desenho para a
dupla.
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VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO
A aplicadora pode fazer essa atividade com a criança e ele
mesmo mas o ideal é que seja feita com alguém da família ou
uma figura de vínculo importante para a criança.

OBSERVAÇÕES
É importante combinar esse momento antecipadamente co a
criança para que ela não se sinta invadida no seu processo
psicoterapêutico. Meu Desenho/Seu Desenho

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças:
O que você achou do desenho do seu parceiro? Você acha que
seu parceiro desenha bem? O que você về em comum entre um
desenho e o outro? Você gostaria que seu parceiro falasse do
desenho dele e do seu também? Se você pudesse acrescentar
algo no desenho do seu parceiro o que faria?

Para as aplicadoras se questionarem em relação às crianças:


Como a criança se sentiu tendo outra pessoa fazendo essa
atividade com ela? O que a criança comentou durante o
processo do desenho? A criança julgou como o desenho do
parceiro? Qual o ponto de intersecção entre o desenho da
criança e do parceiro?
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FERRAMENTA - 9

O Livro da minha vida

OBJETIVOS

Trazer a percepção da história de vida da criança para o seu


momento presente. Orientar a criança no tempo e espaço.
Trabalhar com a criança sua sensação de pertencimento
autonomia.

MATERIAL NECESSÁRIO

Caderno de desenho, folhas de papel A4, barbante, furador de


papel, caderno com linhas, lápis, canetas coloridas, lápis de cor,
giz de cera, hidrocor, tinta colorida, fotos, imagens, cola.

ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO

A. Solicitar à criança que faça, numa ou mais folhas de caderno


desenhos, frases, colagens, textos sobre sua vida e sobre si
mesmo.

B. Cada conteúdo pode ser dividido pelo tempo que for


necessário, uma ou várias sessões.

C. A criança precisa também elaborar a capa do livro da sua


vida, pode ser um desenho, uma foto ou colagem de figuras de
revistas.
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VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO

Esse livro pode ser construído ao longo do processo


terapêutico sempre que a criança sentir vontade de trabalhar
nele, ou estipular uma sessão, ou tempo determinado para sua
construção. Pode ser feito no momento de avaliação e
construção de vínculo com a criança ou durante a intervenção.

OBSERVAÇÕES FERRAMENTAS

Caso a criança crie resistência para ela mesma elaborar esse


livro, a aplicadora pode ir montando, escrevendo e a criança
apenas dizendo como quer. O importante é que ela tenha esse
material pronto para que possa se perceber e se relacionar com
a sua própria biografia de vida. O Livro da minha vida

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças:
Todas as questões que surgirem nesse processo são
importantes serem feitas e anotadas as respostas. Quem é sua
família, seus amigos, sua escola, qual foi suas férias favoritas,
qual sua cor preferida, música que mais gosta, qual a frase que
se identifica, quem são seus melhores amigos na escola, como é
o nome do seu professor, o que sua mãe e seu pai já te falou
que você ficou mais triste ou feliz?

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Para as aplicadoras:

E importante não se limitar apenas ao que a criança traz de


forma espontânea, mas instigar questionamentos e reflexões
que podem surgir nesse processo.

O Livro da minha vida

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças:

Todas as questões que surgirem nesse processo são


importantes serem feitas e anotadas as suas respostas.

Quem é sua família, seus amigos, sua escola, qual foi suas
férias favoritas, qual sua cor preferida, música que mais gosta,
qual a frase que se identifica, quem são seus melhores amigos
na escola, como é o nome do seu professor, o que sua mãe e
seu pai já te falou que você ficou mais triste ou feliz?

Para as aplicadoras:

É importante não se limitar apenas ao que a criança traz de


forma espontânea, mas instigar questionamentos e reflexões
que podem surgir nesse processo.

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FERRAMENTA - 10

Meu diário Terapêutico

OBJETIVOS

Trabalhar autopercepção, reflexões sobre as próprias atitudes,


causa-consequência, auto-análise.

MATERIAL NECESSÁRIO

Caderno em forma de diário, lápis, borracha, canetas coloridas,


clips, adesivos coloridos e divertidos, cola, revista, materiais
pessoais que fazem parte da rotina das crianças.

ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO

A. A aplicadora separa alguns minutos da sessão para a criança


escrever no seu diário terapêutico coisas que aconteceram
durante a sua semana que foram marcantes para elas.

B. Pode colar figuras, adesivos, anotar trechos de músicas


frases, poemas, pode desenhar.

C. Depois que a criança escrever, ela vai ler em voz alta ou a


aplicadora e conversar sobre o tema.

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VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO

A criança que não sabe escrever ainda, mas tem a capacidade


simbólica de contar sobre o que aconteceu, pode ter a ajuda da
aplicadora na hora de escrever o diário, ou pode fazer desenhos e
colagens sobre o que aconteceu.

OBSERVAÇÕES

Essa atividade precisa ser lembrada toda sessão e a criança


escolhe o momento que quer fazê-la ou no início, durante ou no
final do tempo dela. É importante respeitar a disposição da
criança em fazer essa atividade, nem sempre ela vai querer e não
precisa ser feito de forma forçada.

Meu diário Terapêutico

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças:
Todas as questões que surgirem nesse processo são importantes
serem feitas e anotadas as respostas.

Para as aplicadoras:
Como a criança está se disponibilizando a fazer esse diário de
forma processual ou algumas vezes? A criança está conseguindo
fazer o processo de autoanálise diante dos fatos que acontecem
com ela? Como a aplicadora verifica a qualidade das relações da
criança no discurso que ela traz nesse diário? A criança pede para
trancar o diário depois que ela escreve? Acha importante o sigilo
das informações que são externalizadas nesse material?
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FERRAMENTA - 11
Casas Separadas

OBJETIVOS
Trabalhar com a criança a elaboração do divórcio dos pais. Verificar
a sua percepção sobre ter pais que moram em casas separadas e
como ela se vê nesse processo. Trabalhar angústias, medos,
pensamentos disfuncionais sobre estar separado de um dos pais em
sua rotina diária.

MATERIAL NECESSÁRIO
Papel, lápis, borrachas, lápis de cor, giz de cera, três modelos de
casinhas impressas.

ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO


A. A aplicadora precisa orientar a criança a decorar e pintar as
casas, dizer que uma é do pai, uma da mãe e a outra era de quando
os três moravam juntos.

B. Pedir para a criança escrever e desenhar dentro de cada casa


objetos, pessoas, atitudes que ela percebe na casa da mãe e na casa
do pai, coisas boas e ruins, e depois como era na casa que moravam
os três.

VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO


Em um primeiro momento, a aplicadora pode trabalhar com a
criança no desenho da casa como era antes dos pais se separarem e
em outro encontro trabalhar o desenho das casas já separadas.

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OBSERVAÇÕES

Conforme os conteúdos vão surgindo, a aplicadora poderá


entender alguns pontos de conflitos e angústias da criança Esse
recurso é muito importante para percepção ao que está
incomodando na criança e ao mesmo tempo colaborar com sua
elaboração e ressignificação dessa nova forma de conviver com
seu pai e sua mãe.

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças:

O que você acha mais legal e mais chato na casa de cada um dos
seus pais? Onde você mora na casa do seu pai ou da sua mãe?
O que você gostaria que mudasse na relação e em cada casa?
Você acha que melhorou alguma coisa dentro de casa depois que
seus pais se separaram?

Para as aplicadoras:

A percepção que a criança está tendo da separação dos pais tem a


ver com o que ela realmente pensa e sente ou com o conteúdo
projetado de cada um deles na criança?
Como você entende que a criança se separadas?

FERRAMENTAS

O Olho mágico

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OBJETIVOS

Trabalhar situações ruins e atitudes equivocadas oportunidade de


aprendizado e de mudança. Permitir que a criança perceba que nem
tudo vai acontecer como se espera, que ela não tem controle sobre
tudo e que podemos resolver de várias formas uma situação que
causou problemas ou conflitos. Trabalhar a flexibilidade e rigidez na
criança. Ampliar a percepção da criança para a mesma situação pode
ter dois lados e duas formas de se entender uma única coisa ou
atitude.

MATERIAL NECESSÁRIO
Óculos com lentes escuras, óculos com lentes claras, folha sulfite
lápis de cor, hidrocor, giz de cera, cola, tesoura sem ponta.

ORIENTAÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO

A. Pedir a criança para falar sobre seus conflitos, situações


estressantes, atitudes que o colocaram num lugar difícil usando os
óculos com lentes escuras.

B. Representar com palavras ou desenhos na folha sulfite.

C. Por fim, peça para que ela troque os óculos pelo de lentes claras
e pergunte quais atitudes diferentes poderia tomar para que a
situação ocorresse de forma mais tranquila ou positiva.

D. Ressaltar sobre a importância de olhar para os momentos vividos


e para as pessoas nas situações diversas com olhos claros e
limpos, para perceber as coisas de forma mais límpida e
transparente, transformando assim os erros em oportunidade de
aprendizado e transformação.
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VARIAÇÕES / POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO
Os óculos podem ser de formatos divertidos e lúdicos,
principalmente os de lentes claras para que a criança associe a
percepção da cor das lentes ao formato da armação delas e ao que
é proposto diante de cada um.

O Olho mágico

OBSERVAÇÕES

Caso a criança se distraia fazendo essa ferramenta enquanto usa os


óculos, a aplicadora pode fazer nele mesmo e mostra a criança
como pode ser feito, não fugindo do objetivo do recurso.

PERGUNTAS NORTEADORAS

Para as crianças: Quando você enxerga melhor as coisas você pode


transformá-las em situações melhores? As coisas são como a
gente vê?

O que você pode fazer de diferente se conseguir enxergar pelas


lentes da alma?
O que você não consegue enxergar direito quando acontece algum
conflito?

Para as aplicadoras:

A criança conseguiu fazer associação entre a ideia dos óculos de


lentes diferentes e perceber as situações também de formas
diferentes?

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