Você está na página 1de 136

SUMÁRIO

1. Recursos para orientação de pais ................................................. p.3

2. Recursos para avaliação................................................................ p. 26

3. Recursos para psicoeducação........................................................ p.40

4. Recursos para controle da raiva ................................................... p.68

5. Recursos para tristeza e depressão .............................................. p.79

6. Recursos para medos e preocupações ..........................................p.92

7. Recursos para desregulação emocional ........................................p.102

8. Recursos para ansiedade..............................................................p.114

9. Recursos para reestruturação cognitiva.......................................p. 125

2
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 1 – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM OS PAIS
Referência: Roteiro de entrevista elaborado pela Prof. Dra. Carmen Beatriz Neufeld

Qual o tema do recurso?

Este recurso é destinado a orientação de pais de adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pais/responsáveis legais ou cuidadores de pré-


adolescentes e adolescentes

O que é?
Este é um roteiro com 23 (vinte e três) perguntas disparadoras elaboradas pela Prof.
Dra. Carmen Neufeld para ser utilizado no contexto clínico por psicólogas(os) e
estudantes de psicologia no atendimento clínico de pais ou responsáveis legais de
adolescentes.

Como utilizar?

É indicado que a(o) psicóloga(o)/estudante de psicologia utilize este roteiro como um


guia de perguntas a serem utilizadas durante as primeiras sessões com os pais ou
responsáveis legais do paciente. Antes da primeira entrevista, sugiro que selecione de 5
(cinco) a 10 (dez) perguntas disparadoras para utilizar no contexto clínico com os pais.

3
ROTEIRO – ENTREVISTA COM OS PAIS

1. Como você chegou até esse atendimento?

2.Quais problemas o adolescente apresenta atualmente?

3.Quando cada problema ocorre? Na presença de quem? Com que frequência?

4.Quanto você acha que isso é ruim pra ele(a)?

5.Como você acha que ele(a) se sente?

6.E você, como se sente? O quanto isso é ruim para você?

7.Quanto esse comportamento tumultua o ambiente?

8.O que você acha que o adolescente estava pensando ou pensa quando tem esse
comportamento?

9.Você percebe alguma reação física quando o adolescente se comporta dessa


maneira? (Por ex., fica com as mãos geladas, vomita, o coração dispara, etc).

10.O que costuma acontecer antes de o adolescente


apresentar esse comportamento?

11.O que ocorre depois, ou seja, o que as pessoas que estão próximas ao
adolescente fazem quando ela se comporta dessa forma?

12.O que você pensa sobre o(a) seu(ua) filho(a) pelo fato de ele apresentar esse
problema?

4
13.O que você pensa sobre si mesmo sobre seu(ua) filho(a) apresentar esse
problema?

14.O fato de meu filho(a) apresentar esse problema significa que eu...

15.Como é o relacionamento do(a) seu(ua) filho(a) com a família?

16. O adolescente possui amigos(as)? De onde? Frequentam um a casa do outro?


Como se relacionam? O adolescente costuma brincar de que quando está com os
amigos?

17.E quando está sozinha(o), o que costuma fazer?

18.Como é na escola?

19.Gosta dos professores, da escola e dos colegas de sala?

20.Gosta de estudar e fazer as tarefas de casa?

21.Como é a rotina do adolescente?

22.Gostaria de acrescentar algo?

23.Perguntar sobre interesses do adolescente (jogos, desenhos, passatempos, etc).

5
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 2 – ANAMNESE
(CRIANÇAS/ADOLESCENTES)
Referência: Roteiro de Anamnese para Crianças e Adolescentes elaborado pelo Centro de Estudos em
Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é destinado a orientação de pais de adolescentes

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pais/responsáveis legais ou cuidadores de pré-


adolescentes e adolescentes

O que é?
Este roteiro de anamnese é utilizado com finalidade de avaliação das diversas áreas da
vida do paciente nos primeiros atendimentos com os pais ou responsáveis legais e pode
ser utilizado durante o atendimento ou prescrito como exercício de casa. Nesta
anamnese você irá coletar informações a respeito a dados de identificação, histórico da
doença atual, histórico do desenvolvimento, gestação, parto, marcos do
desenvolvimento, sono, sexualidade, história médica, história de doença na família,
ambiente familiar e social e escolaridade

Como utilizar?

O roteiro de anamnese pode ser utilizado pelo profissional durante os primeiros


atendimentos com os pais/responsáveis legais com a finalidade de coletar informações
abrangentes sobre as diversas áreas que compõem a vida do paciente. Recomenda-se
que inicie a anamnese em sessão e prescreva as áreas restantes como exercício de casa
para os pais.

6
ANAMNESE PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

DATA: ____/____/____

1- IDENTIFICAÇÃO

NOME COMPLETO DO PACIENTE________________________________________________________


SEXO: ( ) MASCULINO ( ) FEMININO
IDADE ____ ANOS _____ MESES_________ DATA DE NASCIMENTO__________________________
ENDEREÇO - RUA_______________________________________________________________________
BAIRRO___________________________________________CIDADE_____________________________
ESTADO______________________________ PAÍS___________________ CEP_____________________
TELEFONE FIXO ( )________________________ CELULAR ( ) _____________________________
ESCOLARIDADE __________________________________________________ _____________________
ESCOLA PARTICULAR___________________________________________________________________
ESCOLA PÚBLICA_______________________________________________________________________
ESTADO CIVIL ____________________________MORA COM QUEM____________________________
NOME DO
PAI__________________________________________________________________________
PROFISSÃO______________________________ESCOLARIDADE:_______________________________
NOME DA MÃE:
________________________________________________________________________
PROFISSÃO: _______________________________ ESCOLARIDADE____________________________
JÁ SE SUBMETEU A TESTES PSICOLÓGICOS OU NEUROPSICOLÓGICOS?_____________________
_____________________________________________________________________________________
__
FAZ USO FREQUENTE DE ALGUMA MEDICAÇÃO? ( ) SIM ( ) NÃO
SE SIM, QUAL(IS)?______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
_____________________________________________________________________________________
__
DOSAGEM________________ FREQUÊNCIA/QUANTAS VEZES AO DIA________________________
HÁ QUANTO TEMPO FAZ USO?___________________________________________________________

2-MOTIVO DA CONSULTA / HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
________________

7
3-HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO:
CONCEPÇÃO:
A CRIANÇA FOI DESEJADA?_____________________________________________________________
QUAL A IDADE DOS PAIS QUANDO O PACIENTE NASCEU? ________________________________
EXISTE PARENTESCO ENTRE OS PAIS? ___________________________________________________
QUAL O GRAU DE PARENTESCO______________________________QUANTAS GESTAÇÕES A MÃE TEVE
ANTES DO NASCIMENTO DO PACIENTE? RELATE NA ORDEM INCUINDO IDADE E SEXO E CAUSA DA MORTE
SE HOUVER: GESTAÇÕES, NASCIMENTOS, ABORTOS NATURAIS, ABORTOS PROVOCADOS, FILHOS VIVOS,
FILHOS MORTOS.
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
________

4-GESTAÇÃO:
FEZ ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL?__________________________________________
SE DURANTE A GESTAÇÃO OCORRERAM ALGUNS DOS PROBLEMAS QUE SERÃO DESCRITOS A SEGUIR,
RELATAR COM QUE FREQUÊNCIA E EM QUE ESTÁGIOS DA GRAVIDEZ OCORRERAM:
( ) SANGRAMENTO?___________________________________________________________________
( ) ENJÔO? DURANTE QUANTO TEMPO?_________________________________________________
( ) VOMITOU? DURANTE QUANTO TEMPO? ______________________________________________
( ) FEBRE?
____________________________________________________________________________
( ) AMEAÇA DE ABORTO OU CONTRAÇÕES? ____________________________________________
( ) SENTIA O BEBÊ MEXER DURANTE A GESTAÇÃO?_____________________________________
( ) EM QUE MÊS DA GESTAÇÃO COMEÇOU A SENTIR O BEBÊ SE MEXER? __________________
( ) INTERVENÇÃO CIRURGICA? QUANDO E POR QUE?____________________________________
( )TIROU RADIOGRAFIAS?______________________________________________________________
( )FEZ TRANSFUSÃO DE SANGUE?______________________________________________________
( ) LEVOU ALGUM TOMBO?____________________________________________________________
( ) FEZ USO DE MEDICAMENTOS? QUAIS? _______________________________________________
( ) FEZ USO DE ALCOOL, CIGARRO (TABACO) E OUTRAS DROGAS?________________________

DOENÇAS DURANTE A GESTAÇÃO (SE OCORREU, ESPECIFICAR O PERÍODO QUE OCORREU):


AFECÇÕES URINÁRIAS ________________ANEMIA ______________CAXUMBA________________
DIABETES ______ECLÂMPSE_______HERPES _______HIPERTENSÃO ARTERIAL______________

DOENÇA VENÉRIA______MENINGITE _____PNEUMONIA ______PRÉ- ECLAMPSE____________


RUBÉOLA ______SARAMPO ______TOXEMIA ______ TUBERCULOSE ______VARÍOLA _______

OUTRAS:________________________________________________________________ ____________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

8
5-PARTO:
QUANTO TEMPO DUROU O TRABALHO DE PARTO (DESDE O ROMPIMENTO DA BOLSA ATÉ O
NASCIMENTO)? _____________________________________________________________________
O PERÍODO DA GESTAÇÃO DUROU QUANTAS SEMANAS? ___________ OU MESES __________
O PARTO FOI:
( ) NORMAL
( ) O BEBÊ VEIO DE CABEÇA?
( ) O BEBÊ VEIO DE NÁDEGAS?
( ) O PARTO FOI INDIZIDO? POR QUAL MOTIVO _________________________________________
( ) FOI CESARIANA? POR QUAL MOTIVO? _______________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
( ) USOU FÓRCEPS? POR QUAL MOTIVO? ________________________________________________
RELATAR PESO E ESTATURA DO BEBÊ AO NASCER: ______________________________________
OCORREU ALGUMA COMPLICAÇÃO DURANTE O PARTO? QUAL?
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____
O BEBÊ CHOROU LOGO QUE NASCEU? ( ) SIM ( ) NÃO - QUANTO TEMPO
DEPOIS?______________________________________________________________________________
_
FICOU ROXO? ( ) SIM ( ) NÃO – POR QUANTO TEMPO?_______________________________
FICOU VERMELHO? ( ) SIM ( ) NÃO – POR QUANTO TEMPO?___________________________
O CORDÃO UMBILICAL ESTAVA ENVOLTO NO PESCOÇO DO BEBÊ?________________________
O BEBÊ PRECISOU DE OXIGÊNIO?___________ PRECISOU SER COLOCADO EM ALGUM APARELHO DE
RESPIRAÇÃO OU OUTRO APARELHO?___________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
O BEBÊ FICOU ICTÉRICO? (AMARELO ESVERDEADO) _____________________________________
APRESENTAVA OS REFLEXOS DE MORO BABINSKI PREENSÃO E SUCÇÃO?
_____________________________________________________________________________________
__
O BEBÊ FOI PARA CASA COM A MÃE OU FICOU NO HOSPITAL? POR QUE E POR QUANTO
TEMPO?______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
___
QUAL FOI A PONTUAÇÃO NA ESCALA DE APGAR?________________________________________

O BEBÊ PRECISOU TRANFUSÃO DE SANGUE?________________POR QUÊ?____________________

TEVE PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO?_____________DE QUE TIPO?________________________

_____________________________________________________________________________________
__O BEBÊ TEVE BOA ACEITAÇÃO AO LEITE MATERNO?_____________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
MAMOU LEITE MATERNO POR QUANTO TEMPO?__________________________________________

9
O BEBÊ ERA AGITADO OU QUIETO DEMAIS, EM COMPARAÇÃO A OUTROS BEBÊS?
_____________________________________________________________________________________
__
COMO ERA O CHORO DO BEBÊ? COM QUE FREQUÊNCIA CHORAVA, E COMO ERA A INTESIDADE
DOCHORO?_______________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____

6- MARCOS DO DESEMVOLVIMENTO:

COM QUE IDADE?


FIRMOU A CABEÇA?_________________________SENTOU-SE SOZINHO?______________________
COMEÇOU A ENGATINHAR?_________________ANDOU?___________________________________
SORRIU PELA PRIMEIRA VEZ?_____________SUBIU E DESCEU ESCADA?_____________________
COMEÇOU A ALIMENTAR-SE SOZINHO?________________________________________________
COMEÇOU A VESTIR-SE SOZINHO?_____________________________________________________
QUANDO FALOU AS PRIMEIRAS PALAVRAS?_____________________________________________
QUANDO FALOU AS PRIMEIRAS FRASES?_________________________________________________

COM QUE IDADE FALOU CORRETAMENTE?________ TROCAVA LETRAS?____________________


QUAIS?_______________________________________________________________________________
_
FALVA ERRADO?________________COMO?________________________________________________
AINDA FALA?___________GAGUEJOU?_____________QUANDO?_____________________________
QUANDO COMEÇOU A ATENDER QUANDO CHAMADA PELO NOME?_______________________
QUANDO COMEÇOU A COMPREENDER O NOME DE OBJETOS?_____________________________
QUANDO COMEÇOU A USAR O BANHEIRO SOZINHA?_____________________________________
USOU CHUPETA?______________CHUPOU DEDO?_____________ATÉ QUANDO?_______________
ROEU UNHAS?_______________ATÉ QUANDO?_____________________________________________
PUXA AS PRÓPRIAS ORELHAS?___________MORDE OS LÁBIOS?____________________________
A CRIANÇA TEM TIQUES?____________QUAIS? ____________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____

SONO:
A CRIANÇA/ADOLESCENTE DORME BEM?________DORME EXAGERADAMENTE OU DORME MUITO
POUCO?_____________________________________________________________________
TEM DIFICULDADE EM INICIAR O SONO OU DESPERTAR PRECOCE?________________________
_____________________________________________________________________________________
__
ACORDA VÁRIAS VEZES DURANTE A NOITE?_____________________________________________
PULA QUANDO DORME, OU REPUXA PARTES DO CORPO?_________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
BABA DORMINDO?_______FALA OU GRITA DORMINDO?__________________________________

10
_____________________________________________________________________________________
__
MEXE MUITO DORMINDO, MOVIMENTA OS BRAÇOS, LEVANTA AS PERNAS, FAZ OUTROS MOVIMENTOS
QUANDO DORME? ____________________________________________
DORME DE UM LADO DA CAMA E ACORDA DO OUTRO LADO?____________________________
É
SONÂMBULO?________________________________________________________________________
RANGE OS DENTES (BRUXIMO)?______________ESBUGALHA OS OLHOS SEM ACORDAR
____________________ACORDA QUANDO TEM PESADELO, MOSTRA-SE AFLITO, DEMORA DORMIR
NOVAMENTE? (TERROR NOTURNO)__________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
FEZ XIXI NA CAMA? (ENURESE NOTURNA)_______ FEZ ATÉ QUANDO?_____________________
DORME EM QUARTO SEPARADO DOS PAIS?________ACORDA A NOITE E VAI PARA A CAMA DOS PAIS OU
DA MÃE E PERMANECE O RESTO DA NOITE OU É COLOCADO NOVAMENTE EM SUA
CAMA?_________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__

SEXUALIDADE:
APRESENTOU OU APRESENTA CURIOSIDADE SEXUAL?___________________________________
COMO?______________________________________________________________________________
__
APRESENTOU OU APRESENTA MASTURBAÇÃO?__________________________________________
QUANDO?____________________________________________________________________________
__QUAL A ATITUDE DOS PAIS?____________________________________________________________
A CRIANÇA RECEBEU ORIENTAÇÃO EM RELAÇÃO À SEXUALIDADE?______________________
QUEM PROMOVEU A ORIENTAÇÃO?_____________________________________________________
SE ADOLESCENTE, JÁ MENSTRUOU? ( ) SIM ( ) NÃO. TEM ALGUM SINTOMA COMO CÓLICAS,
ENXAQUECAS OU OUTROS. QUAIS_____________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
_____________________________________________________________________________________
__

7-HISTÓRIA MÉDICA:
A CRIANÇA JÁ TEVE ALGUMA DESTAS DOENÇAS?
MENINGITE__________ENCEFALITE__________SARAMPO____________RUBÉOLA_____________
CACHUMBA________COQUELUCHE_________PNEUMONIA_________OUTRAS____________________
___________________________________________________________________________________

ESPECIFICAR QUAL A IDADE DA CRIANÇA QUANDO TAIS DOENÇAS OCORRERAM E QUAL A REAÇÃO À
DOENÇA:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
________

11
A CRIANÇA JÁ SOFREU OU SOFRE:
FREQUÊNTES INFECÇÕES DE OUVIDO?_________APRESENTA PROBLEMAS
AUDITIVOS?_________PROBLEMAS VISUAIS?____________________________________________
ALGUM TIPO DE ALERGIA? ___________________________________________________________

A CRIANÇA/ADOLESCENTE SOFREU TRAUMATISMO CRANIANO?__________________________


OUTRO TIPO DE TRAUMATISMO?________________________________________________________
EPISÓDIO DE PERDA DE CONSCIÊNCIA?__________________________________________________
SENTE DORES DE CABEÇA?_______LATEJANTE?_______LANCINANTE/ANGUSTIANTE?_______
LATERALIZADA?___________BILATERAL?________________________________________________
A DOR DE CABEÇA TEM INÍCIO POR ALGUM MOTIVO ESPECÍFICO?_________________________
EM QUAL PARTE DO DIA É MAIS COMUM A CABEÇA DOER?_______________________________
ALGUNS DOS SINTOMAS RELACIONADOS ABAIXO OCORREM JUNTO À DOR DE CABEÇA?
VÔMITOS?___________ALTERAÇÕES DO HUMOR?___________HIPERSENSIBILIDADE A LUZ
(FOTOFOBIA)?_________________HIPERSENSIBILIDADE A SONS? ___________________________
ALTERAÇÕES VISUAIS?_________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____A CRIANÇA JÁ TEVE CRISES CONVULSIVAS?__________________QUANDO COMEÇARAM?____
______________________________QUAL A FREQUÊNCIA?___________________________________
TEM ALGUM FATOR DESENCADEANTE?_________________________________________________
O QUE A CRIANÇA SENTE ANTES DAS CRISES?___________________________________________
QUAL DOS SINTOMAS RELACIONADOS ABAIXO OCORRE DURANTE AS CRISES:
ALUCINAÇÕES VISUAIS?____________ AUDITIVAS?_____________OFATIVAS?________________
CONTRAÇÕES MUSCULARES?__________________ PARADA RESPIRATÓRIA__________________
ALTERAÇÃO DA COLORAÇÃO DA PELE?__________________FERIMENTOS?__________________
CRISES DE IRRITABILIDADE E AGRESSIVIDADE?__________________________________________
OUTRAS ALTERAÇÕES QUE NÃO FORAM RELACIONADAS?
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
______

APÓS AS CRISES OCORRE PERDA DE MEMÓRIA? ____________SONOLÊNCIA? ______________


TORPEZA/DESIQUILÍBRIO? ________________ ETC?_________________________

A CRIANÇA TEM PROBLEMA DE CORAÇÃO?__________HIPERTENSÃO ARTERIAL?___________


ALGUM TRANSTORNO DO SISTEMA DIGESTIVO? ___________DISTÚRBIO DO APETITE?_______
DIARRÉIAS?__________ÚLCERAS?____________ GAZES?__________VÔMITOS?________________

OU OUTROS:
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____

SISTEMA URO -GENITAL: DOENÇAS VENÉRIAS?__________________________________________

12
INCONTINÊNCIA URINÁRIA?___________________ DORES AO URINAR?_____________________
RETENÇÃO DE URINA?__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____
SISTEMA ENDÓCRINO: DIABETES?_________________HIPOGLICEMIA?______________________
HIPOTIREOIDISMO?__________HIPERTIREOIDISMO?__________ETC. ________________________
_____________________________________________________________________________________
__

OUTROS TRATAMENTOS EM ANDAMENTO OU JÁ MINISTRADOS:


NEUROLOGISTA – PARECER:____________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
NOME E TELEFONE: ____________________________________________________________________
PSIQUIATRA - PARECER : _______________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
NOME E TELEFONE: ____________________________________________________________________
PSICÓLOGO – PARECER:_________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
NOME E TELEFONE:_____________________________________________________________________
FONAUDIÓLOGO – PARECER:____________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
NOME E TELEFONE:_____________________________________________________________________
OUTROS:_____________________________________________________________________________
__

8-HISTÓRIA DE DOENÇA NA FAMÍLIA:


RELATAR SE ALGUM MEMBRO DA FAMÍLIA (FILHOS, PAIS, AVÓS, TIOS OU PRIMOS) DA PARTE DA MÃE E
DA PARTE DO PAI, SOFRE ALGUMA DAS DOENÇAS RELACIONADAS ABAIXO:
HIPERTENSÃO ARTERIAL; DOENÇAS RENAIS; PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS; DIABETES;
DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS; ALGUM CASO DE SUICÍDIO NA FAMÍLIA; CRISES CONVULSIVAS; DISTÚRBIOS
NEUROLÓGICOS; PROBLEMAS DE TIREÓIDE; ALCOOLISMO; OUTRAS DROGAS; DISTÚRBIOS DE
APRENDIZAGEM OU OUTROS
DISTÚRBIOS.__________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
___________

9-AMBIENTE FAMILIAR E SOCIAL:

13
DESCREVER COMO É O RELACIONAMENTO DO PACIENTE COM O PAI:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
COM A MÃE:
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
COM OS IRMÃO:
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
COM OUTROS FAMILIARES:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
OS PAIS VIVEM JUNTOS?_______________________________________________________________
COMO É O RELACIONAMENTO DOS PAIS?________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__
QUAL É A RELIGIÃO DOS PAIS?________________________________________________________
O PACIENTE FREQUENTA A IGREJA?_____________________________________________________
O PACIENTE JÁ PRESENCIOU ALGUMA AGRESSÃO VERBAL OU FÍSICA ENTRE OS PAIS OU ENTRE PESSOAS
SIGNIFICATIVAS PARA ELA?____________________________________________
COMO O PACIENTE SE RELACIONA COM AS PESSOAS DE SEU CONVÍVIO SOCIAL?___________
_____________________________________________________________________________________
__
EVITA CONTATO SOCIAL?_____________________________________________________________
EVITA CONTATO SOCIAL COM PESSOAS DO SEXO OPOSTO?_______________________________
EVITA CONTATO SOCIAL COM PESSOAS DO MESMO SEXO?________________________________
POSSUE UMA BOA INTERAÇÃO COM AS PESSOAS DE SEU MEIO SOCIAL?___________________
EVITA GRUPOS DE PESSOAS?___________________________________________________________
ATUA DE FORMA AGRESSIA COM OS DEMAIS?__________________________________________
É SUBMISSO ÀS DEMAIS PESSOAS?_____________________________________________________

OUTROS - DESCREVER:________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
________

QUAIS AS OCUPAÇÕES DO PACIENTE? DESCREVA UM DIA COMPLETO DA VIDA DO


PACIENTE_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

14
_____________________________________________________________________________________
________

A QUAIS ATIVIDADES O PACIENTE PARECE DEDICAR MAIS ATENÇÃO :____________________


_____________________________________________________________________________________
__
_____________________________________________________________________________________
__
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
______

10-ESCOLARIDADE:

ESCOLARIDADE ATUAL:_______________________________________________________________
A CRIANÇA/ADOLESCENTE GOSTA DE IR À ESCOLA?_____________________________________
OS PAIS ESTUDAM COM A CRIANÇA?___________________________________________________
APRESENTA PROBLEMAS COM:
LEITURA?_______________ARITMÉTICA?_______________ORTOGRAFIA?___________________
AJUSTAMENTO SOCIAL?___________OUTROS PROBLEMAS ESCOLARES? DESCREVA UM RESUMO DA
HISTÓRIA ESCOLAR DO PACIENTE__________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

15
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 3 – SINAIS DE CHAMADA: DANDO
COMANDOS EFETIVOS
Referência: McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é destinado a orientação de pais de adolescentes

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pais/responsáveis legais ou cuidadores de pré-


adolescentes e adolescentes.

O que é?
Este recurso é utilizado com finalidade de psicoeducação para pais ou responsáveis
legais que possuem dificuldades em dar comandos de forma efetiva e clara para
adolescentes.

Como utilizar?

É indicado que este material de psicoeducação seja usado durante o atendimento


psicoterápico com ambos os pais ou responsáveis legais presentes no setting
terapêutico. Para utilizar este recurso, recomenda-se que o terapeuta realize a leitura
de cada um dos tópicos e logo em seguida forneça modelos efetivos para os pais e sugira
que os mesmos realizem anotações referente a cada um dos tópicos listados durante a
explicação e após a finalização da lista, peça para que os pais levem a folha para casa ou
envie o recurso no formato .PDF.

16
SINAIS DE CHAMADA – DANDO COMANDOS EFETIVOS

o FAÇA CONTATO VISUAL

o SEJA EDUCADO(A) E CALMO(A)

o SEJA CLARO E VÁ DIRETO AO PONTO

o EVITE COMANDOS DO TIPO “POR QUE”, “VAMOS” E/OU “NÓS”

o SEJA EXIGENTE QUANTO AO TEMPO QUANDO VOCÊ FAZ UMA SOLICITAÇÃO

o SEJA SELETIVO QUANTO AO NÚMERO E TIPOS DE COMANDOS QUE VOCÊ DÁ E


SOLICITAÇÕES QUE FAZ

LEMBRE-SE: “MENOS É SEMPRE MAIS”

17
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 4 – DICAS PARA FAZER ELOGIOS EFICAZES
Referência: TCC Expressa. McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é destinado a orientação de pais de adolescentes

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pais/responsáveis legais ou cuidadores de pré-


adolescentes e adolescentes.

O que é?
Este recurso é utilizado com finalidade de psicoeducação para pais ou responsáveis
legais que possuem dificuldades em construir comportamentos mais adaptativos
através do uso de elogios (reforço positivo)

Como utilizar?

É indicado que este material de psicoeducação seja usado durante o atendimento


psicoterápico com ambos os pais ou responsáveis legais presentes no setting
terapêutico. Para utilizar este recurso, recomenda-se que o terapeuta realize a leitura
de cada um dos tópicos e logo em seguida forneça modelos efetivos para os pais e sugira
que os mesmos realizem anotações referente a cada um dos tópicos listados durante a
explicação e após a finalização da lista, peça para que os pais levem a folha para casa ou
envie o recurso no formato .PDF.

18
DICAS PARA FAZER ELOGIOS EFICAZES

o O BOM ELOGIO É ESPECÍFICO.

o NÃO ELOGIE TODOS OS COMPORTAMENTOS OU REALIZAÇÕES. VOCÊ DEVE ELOGIAR


O COMPORTAMENTO QUE É NOVO E APROPRIADO PARA A IDADE DO(A) SEU(UA)
FILHO(A).

o ESTAS DECLARAÇÕES DEVE SE SEGUIR AO COMPORTAMENTO DESEJADO O MAIS


RÁPIDO POSSÍVEL

o SEJA ENTUSIÁSTICO(A) COM O ELOGIO

o CONSIDERE ASSOCIAR O ELOGIO A UM ABRAÇO OU UM TAPINHAS NAS COSTAS SE O


JOVEM VALORIZA O AFETO FÍSICO.

LEMBRE-SE: “É IMPORTANTE ESTAR ATENTO ÀS SITUAÇÕES EM QUE SEU FILHO ESTÁ SE


COMPORTANDO BEM PARA QUE O ELOGIO POSSA SER DADO FREQUENTEMENTE”

19
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 5 – DICAS PARA REMOVER RECOMPENSAS
E PRIVILÉGIOS
Referência: McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é destinado a orientação de pais de adolescentes

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pais/responsáveis legais ou cuidadores de pré-


adolescentes e adolescentes.

O que é?
Este recurso é utilizado com finalidade de psicoeducação para pais ou responsáveis
legais a respeito do procedimento de custo de resposta. Através deste recurso, os pais
terão acesso a lembretes úteis para a remoção de recompensas e privilégios diante de
comportamentos inadequados (a ser definido) do pré-adolescente/adolescentes. É
importante ressaltar que para cada procedimento de custo de resposta deve haver uma
proporção mínima de cinco declarações reforçadoras/recompensas de
comportamentos adequados de forma a reduzir a aversividade do procedimento.

Como utilizar?

É indicado que este material de psicoeducação seja usado durante o atendimento


psicoterápico com ambos os pais ou responsáveis legais presentes no setting
terapêutico. Para utilizar este recurso, recomenda-se que o terapeuta realize a leitura
de cada um dos tópicos e logo em seguida forneça modelos efetivos para os pais e sugira
que os mesmos realizem anotações referente a cada um dos tópicos listados durante a
explicação e após a finalização da lista, peça para que os pais levem a folha para casa ou
envie o recurso no formato .PDF.

20
DICAS PARA REMOVER RECOMPENSAS E PRIVILÉGIOS

o ASSOCIE O CASTIGO AO MAU COMPORTAMENTO DO ADOLESCENTE

o O VALOR DA RECOMPENSA OU PRIVILÉGIO DEVE SE ADEQUAR AO GRAU DE


GRAVIDADE DO MAU COMPORTAMENTO

o REMOVA UMA RECOMPENSAS OU PRIVILÉGIO POR PERÍODOS DE TEMPO MAIS


CURTOS

LEMBRE-SE: “PROCURE EXEMPLOS DO COMPORTAMENTO DESEJÁVEL E EQUILIBRAR CADA


CUSTO DE RESPOSTA COM APROXIMADAMENTE CINCO REFORÇOS POSITIVOS (RELAÇÃO DE 5
PARA 1)

21
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 6 – DICAS PARA APLICAR CASTIGOS
Referência: McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é destinado a orientação de pais de adolescentes

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pais/responsáveis legais ou cuidadores de pré-


adolescentes e adolescentes.

O que é?
Este recurso é utilizado com finalidade de psicoeducação para pais ou responsáveis
legais a respeito de outro procedimento de custo de resposta (castigo). É de extrema
importância que este seja a última opção a ser orientada pelo terapeuta no contexto
clínico com os pais/responsáveis legais devido ao grau de aversividade para o pré-
adolescente/adolescente. É de concordância de muitos profissionais que trabalham com
orientação de pais que os castigos devem ser curtos com a duração de não mais que um
minuto por idade e que ao final do castigo, os pais/responsáveis legais necessitam
procurar oportunidades de elogiar o adolescente por comportamentos alternativos que
desejam que aumente a frequência.

Como utilizar?

É indicado que antes da utilização deste material com a finalidade de psicoeducação, o


terapeuta explique a respeito da definição do castigo como remoção do adolescente de
uma situação reforçadora como penalidade de um mau comportamento e que não
envolve agressão física, psicológica e/ou verbal. Para utilizar este recurso, recomenda-
se que o terapeuta realize a leitura de cada um dos tópicos e logo em seguida forneça
modelos efetivos para os pais e sugira que os mesmos realizem anotações referente a
cada um dos tópicos listados durante a explicação e após a finalização da lista, peça para
que os pais levem a folha para casa ou envie o recurso no formato .PDF.

22
DICAS PARA APLICAR CASTIGOS

o OS CASTIGOS DEVEM SER APLICADOS IMEDIATAMENTE APÓS O MAU


COMPORTAMENTO

o A EXPLICAÇÃO PARA RECEBER O CASTIGO DEVE SER BREVE E IR DIRETO AO PONTO

o O CASTIGO TEM INÍCIO QUANDO O ADOLESCENTE ESTÁ SENTADO E QUIETO

o CASTIGOS CURTOS SÃO TÃO EFICAZES QUANTO OS MAIS LONGOS

LEMBRE-SE: “PROCURE OPORTUNIDADES DE ELOGIAR O ADOLESCENTE POR UM


COMPORTAMENTO DESEJÁVEL DEPOIS QUE O MESMO SAIR DO CASTIGO”

23
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 7 – ESTRATÉGIAS PARA UM MELHOR
COMPORTAMENTO
Referência: McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é destinado a orientação de pais de adolescentes

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pais/responsáveis legais ou cuidadores de pré-


adolescentes e adolescentes.

O que é?
Este recurso tem como principal finalidade a definição clara de comportamentos-alvo
para uma intervenção comportamental. Este material é altamente recomendado para
pais ou cuidadores de adolescentes que possuem estratégias vagas para modificar o
comportamento dos seus filhos, ou então focam em muitos comportamentos ao mesmo
tempo.

Como utilizar?

Este material pode ser realizado tanto no atendimento online quanto no atendimento
presencial com os pais ou cuidadores do adolescente que apresentam constantes
queixas de desobediência de adolescentes. Primeiramente, o terapeuta juntamente
com os pais seleciona três alvos principais no que se refere a comportamentos que
desejam mudanças e em seguida o terapeuta realiza a leitura das instruções abaixo
explicando a respeito do procedimento de reforço positivo e reforçamento diferencial
de outras respostas. Após o término da psicoeducação, os pais selecionam um
determinado comportamento que desejam que aumente ou diminui a frequência e
definem os comportamentos para alcançarem o objetivo almejado e logo em seguida,
descrevem o que irão fazer quando o filho(a) emitir o comportamento oposto ao
almejado. É de extrema importância que os pais ao saírem da orientação de pais estejam
com o exercício totalmente preenchido para executarem o que foi discutido em sessão
no dia-a-dia com o adolescente.

24
ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR O COMPORTAMENTO

Por onde começar? Identificando seus três alvos principais.

Por favor, marque de um a três comportamentos que você quer mudar primeiro:

( ) Diz “NÃO” quando é mandado fazer alguma coisa

( ) Ignora e continua brincando quando é mandado fazer alguma coisa

( ) Para de brincar e segue as instruções em poucos minutos

( ) Grito com os pais/cuidadores

( ) Joga coisas

( ) Abraça e faz carinho nos familiares

( ) Revira os olhos

( ) Outro (especificar):

Fazendo os movimentos certos:

Para aumentar os comportamentos que você quer ver com mais frequência, elogie ou
recompense seu filho toda vez que ele se engajar nesse comportamento.

Para reduzir os comportamentos que você quer ver menos frequentemente, elogie ou
recompense o comportamento oposto.

1. Para aumentar/diminuir ...


Vou ...
Quando meu filho ...
Vou ...

2. Para aumentar/diminuir ...


Vou ...
Quando meu filho ...
Vou ...

3. Para aumentar/diminuir ...


Vou ...
Quando meu filho ...
Vou ...

25
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 8 – VOCÊ ESTÁ PRONTO(A) PARA ALGUMAS
MUDANÇAS?
Referência: Friedberg, McClure & Garcia (2011)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com fins de avaliação com pré-adolescentes e adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Este é um recurso que visa identificar à motivação dos pacientes para mudança e é
baseado na entrevista motivacional, nos estados de mudança e na terapia de aceitação
e compromisso.

Como utilizar?

Este questionário pode ser tanto realizado no atendimento online quanto no presencial.
O exercício começa com o paciente definindo seus problemas que o trouxeram para o
processo de psicoterapia e as próximas sete questões abordam diferentes percepções
do respondente a respeito da mudança no qual o participante vai preencher em uma
escala likert que varia de 1 (nem um pouco) até 7 (muito) com a finalidade de evitar
respostas extremistas. Ao final do preenchimento do questionário, o terapeuta
conseguirá identificar crenças do paciente a respeito do problema que se queixa e o
quanto encontra-se motivado(a) para mudanças e estes dados resultantes do processo
de avaliação poderão ser inseridos no plano de tratamento do paciente.

26
VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA AGUMAS MUDANÇAS?

Qual o seu problema?

1. Isso me incomoda (circule uma opção)

2. Eu me sinto fora de controle e desamparado por causa disso.

3. Eu acho que as pessoas da minha idade têm esse tipo de problema.

4. Eu tenho certeza de que o tratamento ajudará.

5. Eu quero mudar meus pensamentos, sentimentos e comportamentos.

6. Eu estou tentando mudar meus pensamentos, sentimentos e comportamentos.

7. Eu acho que sou capaz de mudar meus pensamentos, sentimentos e comportamentos.

27
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 9 – A CASA DA MENTE
Referência: Moretti & Marcondes, 2019

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com fins de avaliação com pré-adolescentes e adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Esta é uma atividade de cunho investigativo a respeito da Tríade Cognitiva do paciente
(self, ambiente e futuro) e pode ser aplicada em qualquer faixa etária, a depender da
avaliação e adaptação do terapeuta para o público que irá utilizar essa ferramenta.

Como utilizar?

Este recurso pode ser tanto realizado no atendimento online quanto no atendimento
presencial com o paciente. A atividade inicia-se com o terapeuta realizando a leitura do
cabeçalho da atividade no qual é realizada uma analogia de uma casa com a mente
humana e logo em seguida o paciente é convidado a identificar os seus próprios
pensamentos e crenças frequentes (“habitantes da casa”) que ocupam cada um dos
andares referindo-se a visão de si mesmo, dos outros/mundo e do futuro. Para realizar
o preenchimento da atividade, o paciente pode optar por escrever ou desenhar os
pensamentos e crenças frequentes que aparecem com mais frequência em cada um dos
andares. Ao final desta atividade, o terapeuta terá como resultado a Tríade Cognitiva do
paciente e o paciente poderá ampliar o autoconhecimento que tem a respeito de si
mesmo.

28
A CASA DA MENTE

Tal como escolhemos o que deixamos entrar e permanecer em casa, podemos nos esforçara para
tentarmos escolher algumas das coisas que entram e habitam em nossa mente. Assim, ao despendermos
mais atenção ao que passa por nossa cabeça, podemos fazer algumas escolhas sobre o que queremos
manter e o que não queremos manter.
Vamos entrar na casa da sua mente e tentar observar alguns de seus pensamentos e crenças
mais frequentes???
Preencha os andares relatando quais são seus pensamentos mas frequentes sobre cada título e
quais são suas crenças sobre tais temas. Vamos lá!

SOBRE VOCÊ:

SOBRE SEU MUNDO/SOBRE AS OUTRAS PESSOAS:

SOBRE SEU FUTURO, SEUS OBJETIVOS:

29
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 10 – BOLETIM DE MIM MESMO
Referência: Moretti & Marcondes, 2019

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com fins de avaliação com pré-adolescentes e adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Esta é uma atividade que trata da avaliação da autoestima do paciente através do
preenchimento de um questionário.

Como utilizar?

Este recurso pode ser tanto realizado no atendimento online quanto no atendimento
presencial com o paciente. Esta atividade pode ser utilizada como um exercício de
sessão ou pode se realizar uma psicoeducação e sugerir como um exercício de casa a ser
realizada para o próximo atendimento. A atividade se inicia com o terapeuta informando
que no presente exercício está interessado em conhecer a respeito da opinião do
paciente a respeito de si mesmo através do preenchimento de um questionário bem
simples que contém quinze afirmações e que deve sublinhar indicando a frequência com
que tem esse tipo de pensamento a respeito de si mesmo no dia-a-dia que varia de
“sempre” até “nunca”. Ao final do exercício, o terapeuta pode realizar uma
psicoeducação a respeito da autoestima com o paciente e indicar objetivos para serem
alcançados através do processo de psicoterapia.

BOLETIM DEMIM MESMO

30
Sublinhe abaixo conforme sua observação de você mesmo.

1. Gosto de ficar um pouco sozinho

Sempre Às vezes Pouco Nunca

2. Acho que sou esperto

Sempre Às vezes Pouco Nunca

3. Acho que sou divertido

Sempre Às vezes Pouco Nunca

4. Acho que sou bonito

Sempre Às vezes Pouco Nunca

5. Acho que gostam da minha companhia

Sempre Às vezes Pouco Nunca

6. Acho que sou criativo

Sempre Às vezes Pouco Nunca

7. Gosto das minhas ideias

Sempre Às vezes Pouco Nunca

8. Acho que sou importante

Sempre Às vezes Pouco Nunca

9. Acho que me saio bem nas atividades

Sempre Às vezes Pouco Nunca

10. Acho que tenho tudo que preciso

Sempre Às vezes Pouco Nunca

11. Acho que meu futuro vai ser bom

Sempre Às vezes Pouco Nunca

12. Queria ter a vida dos meus amigos

Sempre Às vezes Pouco Nunca

13. Não tenho vontade de fazer nada

Sempre Às vezes Pouco Nunca

14. Tenho pesadelos

Sempre Às vezes Pouco Nunca

15. Consigo fazer muitas coisas sozinho

Sempre Às vezes Pouco Nunca

INSTRUÇÕES PARA RECURSO 11 – CURTOGRAMA


Atividade retirada dos materiais do Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC)

31
Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com fins de avaliação com pré-adolescentes e adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Esta é uma atividade que tem como principais objetivos o autoconhecimento e realizar
uma levantamento das atividades que o paciente gosta e faz/não faz e atividades que
não gosta e faz/não faz de maneira lúdica. Este recurso fornecerá ao terapeuta uma
avaliação de atividades e assuntos reforçadores que poderão ser utilizados na
intervenção com o paciente.

Como utilizar?

Este recurso pode ser tanto realizado no atendimento online quanto no atendimento
presencial com o paciente. O exercício inicia-se com o terapeuta solicitando ao paciente
que desenhe ou escreva as atividades que “gosta e faz”, “não gosta e faz”, “gosta e não
faz” e “não gosto e não faz” na ordem em que o paciente desejar. Após a finalização do
preenchimento do curtograma, o terapeuta utiliza as questões abaixo da atividade com
a finalidade de reflexão a respeito das respostas que foram dadas pelo paciente no
exercício realizado. Os resultados a serem obtidos através desse exercício de avaliação
poderão ser utilizados em futuras sessões com a finalidade de serem potenciais
reforçadores ou para fortalecimento da relação terapêutica.

CURTOGRAMA

32
Gosto e faço Gosto e não faço

Não gosto e faço Não gosto e não faço

Após a realização do preenchimento do curtograma, responda: (1) O que estou dando mais atenção?; (2)
Como eu me sinto fazendo as atividades que não gosto?; (3) O que está me impedindo de realizar o que
gosto mas acabo não fazendo?; (4) Existe a possibilidade de começar a fazer as coisas que gosto mas
não faço?; (5) Como está o equilíbrio entre essas coisas?; (6) Como eu me sinto ao realizar essa
atividade?; (7) O que eu posso mudar?

33
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 12 – MEUS MODELOS
Referência: Virgolim, Fleith & Neves-Pereira, 1999

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com fins de avaliação com pré-adolescentes e adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Esta é uma atividade que tem como principal finalidade realizar uma avaliação
minuciosa no que se refere aos comportamentos que o paciente deseja adquirir através
do processo de psicoterapia através de uma forma lúdica utilizando diversas figuras que
o paciente admira em diversas áreas.

Como utilizar?

Este recurso pode ser tanto realizado no atendimento online quanto no atendimento
presencial com o paciente. Para iniciar o exercício é importante realizar a leitura do
enunciado juntamente com o paciente e logo em seguida para cada uma das áreas,
mencionar o nome das figuras de referência seguido das características que gostaria de
ter que aquela pessoa possui e uma breve justificativa do motivo. Ao final desta
atividade, o terapeuta juntamente com o paciente pode definir objetivos para o
processo de psicoterapia a partir da avaliação que foi realizada.

34
MEUS MODELOS

Considere as pessoas que você admira nas mais diversas áreas. Escreva nos espaços abaixo as
características mais importantes dos seus ídolos. Em quais aspectos você gostaria de ser como eles? Por
quê?

▪ NO CINEMA:

▪ NA MÚSICA:

▪ NA LITERATURA:

▪ NO TEATRO:

▪ NA TV:

▪ NA POLÍTICA:

▪ NOS ESPORTES:

▪ NA SUA CIDADE:

▪ EM OUTRO PAÍS:

▪ NA ESCOLA:

▪ NA LITERATURA:

▪ NA SUA FAMÍLIA:

35
INSTRUÇÕES PARA RECURSO 13 – QUEM SOU EU?
Referência: Virgolim, Fleith & Neves-Pereira, 1999

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com fins de avaliação com pré-adolescentes e adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Esta é um recurso com finalidade de avaliação que utiliza da escrita terapêutica, ou seja,
a escrita como uma ferramenta para o processo de autoconhecimento. Através do uso
deste recurso teremos acesso aos interesses, atividades cotidianas do paciente,
sentimentos, a percepção do paciente a respeito de si mesmo e muito mais.

Como utilizar?

Este recurso pode ser tanto realizado no atendimento online quanto no atendimento
presencial com o paciente. Para a realização desta atividade, é recomendado que o
terapeuta realize a leitura do enunciado durante o atendimento com o paciente e logo
em seguida, solicite que escreva em formato de carta para essa pessoa distante que está
muito interessada em conhecer o paciente. É importante ressaltar que alguns pacientes
sentem-se inibidos com a presença do terapeuta e nesses casos, você pode sugerir essa
atividade como um exercício a ser realizado pelo paciente durante a semana e trazer no
próximo atendimento. No final desta atividade, o terapeuta terá acesso a percepção do
paciente a respeito de si mesmo, pensamentos automáticos, sentimentos e muito mais.

36
QUEM SOU EU

o Imagine que você conseguiu, através de um amigo, o endereço de uma pessoa, da sua idade, que
reside em outro país, interessada em conhecer e ter uma amizade com alguém do Brasil. É uma
oportunidade interessante para você fazer um amigo (ou amiga), e você escrever uma carta para ele (ou
ela).
o Aproveite o espaço abaixo para escrever essa carta. Apresente-se, diga quem você é, e comece
a contar a essa pessoa tudo o que você acha interessante sobre você: sua aparência, suas atividades, seus
interesses, sua família e seus amigos, e também os sentimentos que você tem sobre as coisas que relata.

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

37
RECURSO 14 – EXPLORANDO MINHAS HABILIDADES
Referência: Virgolim, Fleith & Neves-Pereira, 1999

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com fins de avaliação com pré-adolescentes e adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Este é um recurso com finalidade de avaliação das habilidades do paciente, ou seja, a
capacidade de realizar algo.

Como utilizar?

Este recurso pode ser tanto realizado no atendimento online quanto no atendimento
presencial com o paciente. Antes de iniciar a realização desta atividade, é recomendado
que o terapeuta realize uma psicoeducação a respeito do conceito de habilidade através
da utilização de textos, vídeos ou áudios de fácil acesso na Internet e após a
psicoeducação, solicite ao paciente o preenchimento das três colunas com no mínimo
cinco atividades que o paciente executa muito bem, atividades que faria bem caso
tentasse e atividades que gostaria de aprender a fazer muito bem, sendo que o
preenchimento das colunas não precisa ser necessariamente na ordem que é
apresentada, podendo ser definida pelo próprio paciente. Ao final desta atividade, o
terapeuta terá informações a respeito das habilidades que o paciente possui e aquelas
que gostaria de estar aprendendo, podendo incluir as mesmas no processo de
psicoterapia a depender dos objetivos do paciente.

38
EXPLORANDO MINHAS HABILIDADES

Nesta coluna, liste tudo o que Nesta coluna, liste tudo o que Nesta coluna, liste tudo o que
você sabe fazer muito bem você sabe que faria bem se você gostaria de aprender a
tentasse fazer muito bem

Eu sei fazer muito bem ....... Eu sei que faria bem se eu Eu gostaria de aprender a fazer
tentasse ....... muito bem ......

39
RECURSO 15 – PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E O QUE VOCÊ FAZ COM
ELES
Referência: Stallard (2004)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de psicoeducação para pré-adolescentes e


adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Este é um recurso utilizado no contexto clínico com a finalidade de psicoeducar o
paciente a respeito do modelo cognitivo-comportamental e os conceitos que permeiam
essa abordagem teórica. Através desse material de apoio realizado para o público
jovem, o paciente irá aprender sobre crenças centrais e crenças intermediárias e sobre
a relação entre situação, pensamentos automáticos, emoções e comportamentos.

Como utilizar?

Este é um recurso que pode ser utilizado tanto nos atendimentos online quanto nos
presenciais e deve ser utilizado logo nos primeiros atendimentos com pacientes que não
passaram por atendimento prévio em Terapia Cognitivo-Comportamental. Para utilizar
este material, é indicado que o terapeuta realize a leitura de cada um dos tópicos e
solicite exemplos de pensamentos automáticos, emoções e comportamentos, de forma
que o paciente aprenda a respeito da aplicabilidade da terapia cognitivo-
comportamental no seu dia-a-dia. Ao final da leitura do material, é indicado que o
terapeuta realize o preenchimento de um Registro de Pensamentos Automáticos
Disfuncionais (RPD) com situação, pensamentos automáticos, emoções e
comportamentos de forma a ilustrar o que foi aprendido a partir da leitura deste
material.

40
PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E O QUE VOCÊ FAZ COM
ELES
Conflitos e problemas são parte da vida cotidiana. Pais, amigos, namorados ou namoradas, a escola, o
trabalho – de fato quase tudo – criam problemas em um momento ou outro. Felizmente, conseguimos
conviver com muito desses problemas, e eles são rapidamente superados. Outros problemas parecem ser
mais difíceis. Isso pode ser porque:
• Acontecem com muita frequência;
• Têm acontecido há bastante tempo;
• São totalmente dominantes;
• Parecem afetar tudo o que você faz.

Às vezes, esses problemas prevalecem e a vida torna-se uma grande e feliz preocupação

O CÍRCULO MÁGICO

Através da psicoterapia, você irá descobrir maneiras proveitosas de lidar com seus problemas. Você irá
aprender sobre a terapia cognitivo-comportamental (TCC) que é uma maneira efetiva de auxiliar as
pessoas a lidarem com seus problemas e explorar a importante ligação entre:

Aprenderemos mais sobre essa ligação acima, embora os exemplos a seguir já possam te ajudar a
entender como a psicoterapia funciona.

• Pensar que você não é muito bom para conversar com as pessoas pode fazer você se sentir muito
preocupado ou ansioso quando sai com seus amigos. Você pode sair calado e não falar muito.
• Pensar que ninguém gosta de você pode te fazer se sentir triste. Você pode ficar em casa sozinho

41
• Pensar que você nunca faz as coisas direito pode fazer você se sentir com raiva. Você pode desistir
de tentar porque “vai dar errado”

Frequentemente, como nesses exemplos, os nossos pensamentos parecem se realizar magicamente.


Mas, é esse realmente o caso? O nosso futuro está estabelecido tão claramente que somos capazes de
prever corretamente o que vai acontecer?

O processo de psicoterapia irá te ajudar a explorar essa questão e dar-se conta que às vezes você pode
não estar vendo o quadro todo. Você pode enfocar apenas um dos lados da história – geralmente aquela
parte que deu errado ou que não se saiu totalmente bem.

Com frequência, você pode nem se dar conta do que está fazendo. Isso se tornou parte da vida cotidiana
e talvez seja muito difícil ver qualquer saída ou pensar em como as coisas poderiam ser diferentes.

O QUE VOCÊ PENSA?

As nossas mentes estão sempre ocupadas. Logo que um pensamento passa, chega outro para ocupar o
seu lugar. Constantemente, estamos pensando sobre todos os tipos de coisas. Muitos dos nossos
pensamentos estão descrevendo o que está acontecendo ao nosso redor. Outros são sobre nós mesmos.

Estes podem ser a sobre a maneira como vemos a nós mesmos

• Sou gordo.
• Tenho muitos amigos.
• Tenho um temperamento ruim.

Eles podem ser sobre como julgamos o que fazemos

• Nunca consigo me organizar.


• Sou bom nos esportes.

42
• Para mim é fácil fazer amigos.

Eles podem descrever nossa visão do futuro

• Ninguém jamais vai querer sair comigo.


• Nunca irei para a universidade.
• Serei um milionário quando tiver 30 anos.

CRENÇAS CENTRAIS

Com o tempo, a maneira como pensamos sobre nós mesmos, julgamos o que fazemos o que fazemos e
vemos o nosso futuro desenvolver-se em padrões de pensamentos rigorosos. Estes ficam bastante fixos
e tornam-se as nossas crenças centrais. Com frequência, elas surgem por pequenas afirmações como:

• Sou gentil.
• Trabalho duro.
• Sou bem sucedido.

CRENÇAS E PRESSUPOSTOS

As crenças centrais são valiosas. Elas nos ajudam a prever e dar sentido ao que acontece nas nossas
vidas. Levam-nos a supor que acontecerão certas coisas. Esta é a ligação “SE/ENTÃO”.

• SE sou gentil (crença central), ENTÃO outras pessoas gostarão de mim (suposição).

43
• SE trabalho duro (crença central), ENTÃO conseguirei um bom emprego (suposição).
• SE tiver sucesso (crença central), ENTÃO serei feliz (suposição).

CRENÇAS E PRESSUPOSTOS INÚTEIS

Muitas das nossas crenças centrais são úteis, mas outras são menos valiosas. Elas evitam que façamos
escolhas e decisões reais e podem nos conduzir a suposições falsas sobre nossa vida. Exemplos de crenças
centrais inúteis poderiam ser:

• Tudo o que faço deve ser perfeito.


• Sempre faço as coisas erradas.
• Ninguém jamais vai me amar.

Com frequência, crenças centrais como essas preparam você para fracassar, sentir-se mal e limitam o
que você faz. Levam-no a suor que coisas negativas acontecerão.

• A crença de que “tudo o que faço deve ser perfeito” pode levar você a supor que seu trabalho nunca
está bom o bastante. O resultado disso pode ser sentir-se estressado e descontente, à medida que
isso se repete em cada parte do seu trabalho.
• A crença “sempre faço as coisas erradas” pode levar você a supor que não vale a pena esforçar-se.
Você pode se sentir triste e ficar desmotivado ou perder o interesse no seu trabalho.
• A crença de que “ninguém jamais vai me amar” pode levar você a supor que as pessoas só querem
gozar de você. Você pode se sentir enraivecido e tornar-se muito rude e agressivo.

AS CRENÇAS CENTRAIS E AS SUPOSIÇÕES SÃO BASTANTE FIXAS

As crenças centrais e as suposições são geralmente muito fortes e tornam-se bastante fixas. Com
frequência, elas são muito resistentes a qualquer alternativa desafiadora. Qualquer evidência que os
questione é ignorada ou rejeitada como pouco importante.

• A garota que acredita que “ninguém jamais vai me amar” pode rejeitar quaisquer sinais de afeição
dos seus pais, pois eles não se preocupam de verdade – estão apenas tentando me controlar”.
• Por menor que seja, qualquer coisa que apoie essas crenças é apreendida como prova. A mãe que
teve um dia atarefado e não teve tempo de lavar aquele item especial de roupa pode ser vista como
evidência de que “eu sabia que não se preocupavam comigo”.

EVENTOS IMPORTANTES

44
Essas crenças centrais e suposições vêm para o primeiro plano de nossos pensamentos em certos
momentos e são desencadeadas por eventos ou vivências importantes.

• Ser solicitado a completar o seu curso pode desencadear a crença central de que “tudo o que faço
deve ser perfeito” e a suposição de que “nunca consigo acertar totalmente”
• Fracassar no seu exame de trânsito pode desencadear a crença central de que “sempre faço as coisas
erradas” e a suposição de que “não vale a pena tentar de novo”.
• Ser deixado pela namorada ou namorado pode desencadear a crença central de que “ninguém jamais
vai me amar” e a suposição de que “as pessoas só querem me ferir”

PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS

Uma vez desencadeadas, as crenças centrais e as suposições produzem pensamentos automáticos. Esses
pensamentos enchem as nossas cabeças e nos fornecem um comentário passageiro sobre o que está
acontecendo. Muitos desses pensamentos são sobre nós mesmos, e uma série deles é negativa e crítica.

• Ser solicitado a completar o seu curso pode desencadear pensamentos automáticos como “não sei o
que fazer”, “isso não está bom o bastante” ou “tenho certeza de que vão querer mais do que isso”.

45
• Não passar no teste de trânsito pode resultar em pensamento automático como “realmente
estraguei tudo”, “nunca vou conseguir dirigir” ou “sabia que não conseguiria”.
• O final de um relacionamento pode resultar em pensamentos automáticos como “sabia que não ia
durar muito, nunca dura”, “ele/ela estava só brincando comigo” ou “nunca mais vou ter um(a)
namorado(a)”.

COMO VOCÊ SE SENTE?

Como você começou a ver, a maneira como pensamos afeta a forma como nos sentimos. Os nossos
pensamentos resultarão em muitos sentimentos diferentes. Com frequência, os pensamentos positivos
ou bons produzem sentimentos agradáveis.

• O pensamento “estou esperando ansiosamente pela festa” pode fazer você se sentir alegre.
• O pensamento embora tenhamos perdido, joguei muito bem” pode fazer você se sentir contente.
• O pensamento “fico muito bem nesta roupa” pode fazer você se sentir relaxado.

Em outros momentos, podemos ter mais pensamentos negativos e, com frequência, estes produzem
sentimentos desagradáveis.

• O pensamento “aposto que ninguém vai aparecer na festa” pode fazer você se sentir ansioso.
• O pensamento “perdemos de novo – nunca venceremos” pode fazer você se sentir enraivecido ou
triste.
• O pensamento “não gosto desta roupa” pode fazer você se sentir preocupado ou descontente.

Muitos desses sentimentos não serão intensos e não durarão por muito tempo. Você pode nem os notar.

Em outros momentos, esses sentimentos desagradáveis prevalecem. Tornam-se muito intensos e


parecem durar.

Os sentimentos desagradáveis que as pessoas notam com mais frequência são os de estresse, infelicidade
ou raiva.

O QUE VOCÊ FAZ?

46
Se esses sentimentos duram ou se tornam muito intensos, começam a ter um efeito sobre o que você faz.
Gostamos de nos sentir bem, então, geralmente tentamos fazer mais aquelas coisas que nos fazem sentir
bem e menos aquelas que nos fazem sentir incomodados.

• Se você se sente ansioso ao falar com outras pessoas, pode evitar sair ou recusas convites para
reuniões e para fazer coisas com seus amigos. Quando fica sozinho, pode se sentir mais relaxado.
• Se você se sente triste ou infeliz na escola, pode parar de ir. Você pode se sentir mais feliz quando
fica em casa.
• Se você sente raiva quando as pessoas criticam o seu trabalho, pode desistir de esforçar-se.

Há muitas maneiras pelas quais seus pensamentos e sentimentos afetam o que você faz. Você pode notar
que:

• Desiste e para de fazer coisas.


• Evita situações que poderiam ser difíceis.
• Fica relutante em tentar coisas novas.

Parece que essas mudanças provam que nossos pensamentos estavam certas o tempo todo!

• Dificuldade de concentração comprovaria o pensamento de que “nunca vou passar nesses exames”.
• Ficar em casa comprovaria que “ninguém gosta de mim – não tenho nenhum amigo”.
• Achar difícil dormir ou ganhar peso comprovaria os pensamentos de que “pareço um trapo” ou
“ninguém iria querer sair comigo”.

PARE – podemos ver isso de novo?

Você pode cair em uma armadilha.

Você pode estar procurando SOMENTE as evidências que apoiam seus pensamentos negativos.

• Você pode ter achado difícil concentrar-se hoje – não dormiu muito bem a noite passada.
Geralmente, você dorme melhor, e quando tem uma boa noite de sono é capaz de concentrar-se.
• Você pode ter ficado em casa na noite passada, mas combinou de sair com seus amigos amanhã.

47
• Você pode ter ganho 2 kg, mas isso realmente faz tanta diferença na sua aparência? As suas roupas
favoritas ainda cabem muito bem.

Os pensamentos podem se tornar verdadeiros magicamente, porque você está procurando somente as
evidências que os apoiam. É possível que só esteja vendo um lado da história?

Precisamos romper esse círculo inútil.

Precisamos aprender a identificar, questionar e testar alguns dos nossos pensamentos negativos.

Aprender a desenvolver uma maneira de pensar mais equilibrada fará você se sentir melhor e a
capacitará a fazer escolhas reais sobre as coisas importantes na sua vida.

48
RECURSO 16 – PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
Referência: Stallard (2004)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de psicoeducação para pré-adolescentes e


adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Este é um recurso utilizado na prática clínica com jovens com a finalidade de psicoeducar
a respeito dos pensamentos automáticos desadaptativos e adaptativos. A partir desta
ferramenta, o paciente irá aprender a respeito dos pensamentos automáticos
desadaptativos e adaptativos

Como utilizar?

Este é um recurso que você poderá utilizar nos atendimentos presenciais ou nos
atendimentos online. Recomenda-se que o presente recurso seja utilizado após a
apresentação dos conceitos básicos em Terapia Cognitivo-Comportamental como
crença central, crenças intermediárias e principalmente, o modelo cognitivo-
comportamental básico (vide recurso anterior). Para utilizar este recurso, é indicado que
o terapeuta realize a leitura do recurso juntamente com o paciente e faça
questionamentos a respeito dos pensamentos automáticos do paciente que sejam
positivos, encorajadores, negativos, paralisantes, etc conforme a leitura dos tópicos. Ao
final da utilização desta ferramenta, o seu paciente terá uma maior compreensão a
respeito do conceito de “pensamentos automáticos” e é esperado que consiga
identificar os pensamentos adaptativos quanto os desadaptativos no cotidiano.

49
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
Os pensamentos automáticos que aparecem rapidamente na sua cabeça durante o dia são chamados
pensamentos automáticos. Eles fornecem a você um comentário passageiro sobre o que acontece e o
que você faz. Temos esses pensamentos o tempo todo, e eles são importantes porque afetam o que
fazemos e como nos sentimos

EU, O QUE FAÇO E O MEU FUTURO

Os pensamentos automáticos em que estamos mais interessados são aqueles sobre VOCÊ. Eles podem
ser alguns dos seguintes:

▪ COMO VOCÊ VÊ A SI MESMO – “Sou esperto”, “Não é muito fácil para mim conviver com as
pessoas” e “Tenho boa aparência”
▪ A MANEIRA COMO JULGA A SI MESMO: “Tudo o que faço dá errado”, “Sou um desastre nos
esportes” e “Eu me sai muito bem no teste de matemática”
▪ A MANEIRA COMO VOCÊ VÊ O FUTURO: “Um dia vou ser bem-sucedido”, “Nunca serei feliz” e
“Há muitas coisas que possa fazer quando sair da escola”

50
Essas são as peças fundamentais que foram o quadro geral de como você ve a si mesmo. Esses
pensamentos dão forma ao que você pensa sobre si, como julga a si próprio e o que espera que
aconteça no futuro.

Esses pensamentos podem ser positivos.

▪ Joguei bem naquela partida;


▪ Tive momentos ótimos com meus amigos ontem à noite;
▪ Mike parece gostar de mim;

Esses pensamentos positivos podem encorajar você a:

▪ Continuar treinando e praticando esportes;


▪ Combinar de sair com seus amigos outras vezes;
▪ Convidar alguém para sair e passar mais tempo com essa pessoa;

Os pensamentos automáticos também podem ser negativos.

▪ Nunca joguei tão mal;


▪ Nenhum dos meus amigos está falando comigo esta noite;
▪ Não tenho certeza, mas acho que fulano não gosta de mim;

Os pensamentos automáticos negativos podem fazer você parar ou evitar fazer coisas. Você poderia
começar a:

▪ Perder sessões de treinamento;


▪ Tornar-se menos interessado em sair e ver os amigos;
▪ Evitar ir a lugares se souber que fulano estará lá;

Temos uma mistura de pensamentos automáticos negativos e positivos. A maioria das pessoas é
capaz de ver ambos os lados e terminar tomando decisões e julgamentos equilibrados

Outros acham mais difícil pensar sobre as coisas positivamente. Eles parecem olhar por óculos
negativos e só verão e ouvirão as coisas que não estão certas.

▪ Os seus pensamentos tendem a ser muito negativos.


▪ Eles acham difícil pensar, ouvir ou ver qualquer coisa boa sobre si mesmos.
▪ Eles não reconhecem quaisquer habilidades positivas.
▪ Eles têm uma visão sombria do seu futuro e não acreditam que podem ter sucesso.

Para algumas pessoas, essa maneira de pensar é dominante. Os seus pensamentos automáticos
tornam-se predominantemente negativos.

51
POR QUE DOU OUVIDOS A MEUS PENSAMENTOS NEGATIVOS?

Para entender isso, precisamos aprender um pouco mais sobre os pensamentos automáticos
negativos. Eles têm uma série de coisas em comum.

▪ Automáticos – Eles acontecem simplesmente e surgem sem que você tenha pensado neles;
▪ Distorcidos – Quando você para e confere, descobre que eles não se ajustam realmente aos
fatos;
▪ Contínuos – Você não escolhe tê-los e eles não podem ser desligados;
▪ Parecem verdadeiros – Parecem fazer sentido, então você os aceita como verdadeiros sem parar
para desafiá-los e questioná-los;
▪ Porque os pensamentos automáticos parecem muito razoáveis, damos ouvidos a eles;

▪ Ficamos muito familiarizados com eles porque lhes damos ouvidos com muita frequência;
▪ Quanto mais os ouvimos, mais acreditamos e os aceitamos como verdadeiros.

Os nossos pensamentos negativos são como uma mensagem repercutindo em nossa cabeça.

▪ Os pensamentos continuam o tempo todo.


▪ A mensagem nunca muda.
▪ O volume nunca baixa.
▪ A mensagem nunca é ouvida por mais alguém.

A ARMADILHA NEGATIVA

52
Esses pensamentos automáticos negativos tornam-se inúteis e acabamos ficando presos em uma
armadilha negativa

▪ Os nossos pensamentos negativos nos fazem sentir incomodados.


▪ Os nossos sentimentos desagradáveis nos impedem de fazer coisas.
▪ Agir menos nos dá mais tempo para pensar sobre todas as coisas que estão dando errado.
▪ Isso confirma nossos pensamentos negativos.

Assim, isso vai indo adiante e adiante e adiante.

53
RECURSO 17 – ERROS DE PENSAMENTO
Referência: Stallard (2004)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de psicoeducação para pré-adolescentes e


adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Este é um recurso utilizado na prática clínica com jovens com a finalidade de psicoeducar
a respeito dos erros de pensamento/distorções cognitivas. É importante ressaltar que
para utilizar esta ferramenta no contexto clínico, o seu paciente terá que ter sido
psicoeducado a respeito dos pensamentos automáticos disfuncionais, visto que é um
requisito para trabalhar os erros dos pensamentos.

Como utilizar?

Este é um recurso que você poderá utilizar nos atendimentos presenciais e nos
atendimentos online. Para utilizar este recurso, o terapeuta inicia realizando a leitura da
definição dos erros de pensamento e em seguida aborda cada um dos erros de
pensamento, solicitando exemplos do próprio paciente, de pensamentos que
correspondem a cada uma das distorções listadas. Ao final da leitura deste texto, é
importante lembrar ao paciente que todos nós apresentamos erros de pensamentos e
que é algo comum em nossas vidas, porém quando existe um excesso desses erros e
passamos olhar praticamente tudo o que acontece em nossa vida através dessas
distorções, os sentimentos e comportamentos “ruins” acabam surgindo. Após a
psicoeducação sobre os erros de pensamento, você pode solicitar ao paciente que
realize o monitoramento das distorções cognitivas durante a semana como um desafio
da semana e que traga os resultados obtidos no próximo atendimento com você.

54
ERROS DE PENSAMENTO

É importante termos conhecimento de que alguns dos nossos pensamentos automáticos não são úteis.
Eles nos fazem sentir incomodados ou nos impedem de fazer coisas. O problema com os pensamentos
automáticos negativos é que ficam passando repetidamente em nossas cabeças, e raramente paramos
para desafiá-los ou questioná-los. De fato, fazemos o oposto – quanto mais os escutamos, mais
acreditamos neles e mais procuramos evidências ou selecionamos coisas para comprová-los. Esses são os
erros de pensamento e existem seis tipos comuns de erros de pensamento que mais cometemos.

OS DERROTISTAS

Com esse tipo de erro, nós enfocamos somente as coisas negativas que acontecem. Vemos apenas as
coisas que dão errado ou que não estão certas. Qualquer coisa positiva é negligenciada, desacreditada
ou considerada sem importância. Há dois tipos comuns de derrotistas:

Óculos negativos

Os óculos negativos permitem que você veja somente uma parte do que acontece – a parte negativa! Se
você passou bons momentos, ou coisas boas aconteceram, os óculos negativos ainda acharão as coisas
que deram errado ou que não foram boas o bastante. São essas coisas negativas que você nota e lembra
mais.

55
▪ Você teve um dia realmente ótimo com seus amigos, mas, na hora do almoço, sua lanchonete favorita
estava cheia. Quando lhe perguntam se teve um bom dia, você responde “Não. Não conseguimos
entrar em uma lanchonete”.

O positivo não conta

Com esse erro de pensamento, qualquer coisa positiva é rejeitada como pouco importante ou, ainda,
desacreditada.

▪ A pessoa que ouve que um garoto/garota quer sair com ela pode pensar “provavelmente, eles não
conseguem encontrar ninguém mais com quem sair”.
▪ Sair-se bem em um teste de matemática pode ser descontado quando você pensa “mas estava fácil
– aprendemos tudo isso no ano passado”.

EXPLODINDO TUDO

O segundo tipo de erro de pensamento é aquele em que as coisas negativas são explodidas e tornam-se
maiores do que realmente são. Isso acontece de três maneiras principais.

56
Pensamento tudo ou nada

Tudo é visto em termos de tudo ou nada. Ou está fervendo de quente, ou está congelando de frio, e não
parece haver nada no meio.

▪ Você pode ter uma discordância com seu melhor amigo e pensar consigo mesmo “é isso – você não
é mais meu amigo”.

Se você não atinge a perfeição, vê a si mesmo como um fracasso total.

▪ Obter 72% em um teste de matemática pode levar alguém a pensar “nunca faço as coisas direito –
vou desistir da matemática”

Magnificando o negativo

Com esse erro de pensamento, a importância das coisas que acontecem é exagerada. Os eventos
negativos são magnificados e explodidos para além da sua proporção.

▪ “Esqueci o nome dele e todos me olhavam e riam de mim”


▪ “Derrubei meu livro e toda a turma estava olhando para mim”

Bola de neve

57
Com esse erro de pensamento, um evento ou incômodo único avoluma-se como uma bola de neve e
cresce rapidamente em um padrão de fracassos intermináveis. A primeira nuvem escura no céu torna-se
evidência da aproximação de um temporal.

▪ Não ser escolhido para a esquie esportiva poderia resultar em pensamentos como “não sou bom nos
esportes, não entendo matemática, simplesmente não consigo fazer nada”

PREVENDO O FRACASSO

Outro tipo de erro de pensamento é sobre o que esperamos que irá acontecer. Com frequência, esses
tipos de erros preveem o fracasso e fazem-nos esperar pelo pior. Isso pode acontecer de duas formas
principais:

O leitor de pensamentos

58
Com esse erro de pensamento, a pessoa pensa que sabe o que todos estão pensando.

▪ “Sei que ela não gosta de mim.”


▪ “Aposto que estão todos rindo de mim.”

O adivinhador

Com esse erro de pensamento, a pessoa pensa que sabe o que irá acontecer.

▪ “Se nós sairmos, terminarei ficando sozinho.”


▪ “Sei que não serei capaz de fazer esse trabalho.”

SENTINDO OS PENSAMENTOS

59
Com esse erro de pensamento, as nossas emoções tornam-se muito intensas e obscurecem a maneira
como pensamos e vemos as coisas. O que pensamos depende de como nos sentimos, não do que
acontece de fato.

Raciocínio emocional

Porque você se sente mal, triste ou deprimido, você supõe que tudo o que mais também está. As suas
emoções dominam e colorem a maneira como você pensa.

Rótulos de lixeira

Você cola um rótulo em si mesmo e pensa em tudo o que faz nesses termos.

▪ “Sou apenas um perdedor”


▪ “Sou eu, sou uma desgraça”
▪ “Sou uma porcaria”

PREPARANDO-SE PARA FRACASSAR

60
Esse erro é sobre os padrões e expectativas que estabelecemos para nós mesmos. Com frequência, os
nossos alvos são muito altos e parecemos não os atingir nunca. Preparamo-nos para fracassar. Ficamos
muito conscientes dos nossos fracassos e das coisas que não fizemos. Esses pensamentos começam com
palavras como:

▪ Eu deveria
▪ Eu devo
▪ Eu não deveria
▪ Eu não posso

Eles resultam no estabelecimento de padrões impossíveis, os quais não podemos atingir.

CULPE-ME!

Em outros momentos, sentimo-nos responsáveis pelas coisas negativas que acontecem, embora não
tenhamos controle sobre elas. Tudo o que dá errado é por nossa causa!

▪ “Tão logo entrei no ônibus, ele quebrou”


▪ Se o seu amigo não o vê e passa sem falar com você, você pode pensar “devo ter dito alguma coisa
que o incomodou”

É importante lembrar que todos nós cometemos diversos erros de pensamento em diversos momentos
de nossas vidas. O problema começa quando eles acontecem regularmente e quando você de fazer
escolhas reais sobre as coisas que pode ou quer fazer na sua vida.

61
RECURSO 18 – APRENDENDO A VENCER A ANSIEDADE
Referência: Stallard (2010)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de psicoeducação para pré-adolescentes e


adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Este é um recurso utilizado na prática clínica com a finalidade de psicoeducar a respeito
da ansiedade, uma das queixas mais comuns durante o período da adolescência. A partir
deste recurso, o seu paciente irá compreender a respeito da definição da ansiedade e
irá diferenciar uma “ansiedade boa” de uma “ansiedade ruim”.

Como utilizar?

Este é um recurso que pode ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais quanto
nos atendimentos online. Antes de realizar a leitura do material juntamente com o
paciente, é indicado que você questione o paciente a respeito da definição da ansiedade
e crenças associadas a ansiedade (Exemplo: ansiedade como algo ruim, ansiedade como
algo motivador, ansiedade como algo destrutivo, etc) e após esta discussão inicial,
realize a leitura do material com o paciente. É importante que ao realizar a leitura deste
material com o paciente, assim como os recursos anteriores, que o terapeuta realize
pausas para coletar gatilhos de situações ansiogênicas (situações, pensamentos,
sentimentos, reações no corpo) e exemplos de episódios de “ansiedade boa” e
“ansiedade ruim” para o paciente. Após a utilização deste material, é esperado que o
seu paciente compreenda a respeito da ansiedade e como o processo de psicoterapia
irá ajuda-lo a lidar com a ansiedade.

62
VOCÊ TOPA APRENDER A VENCER A ANSIEDADE?

Há momentos em que TODOS nós nos sentimentos preocupados, ansiosos, nervosos ou estressados. Isso
é NORMAL e geralmente existe uma razão, que pode ser:
▪ Ir a algum lugar novo ou fazer alguma coisa diferente;
▪ Ter uma discussão com um amigo;
▪ Apresentar-se em uma competição esportiva ou musical.

Em outras vezes, os sentimentos ansiosos podem ser muito intensos ou aparecem com muita frequência.
Pode ser difícil saber por que você se sente tão ansioso(a) e você poderá perceber que esses sentimentos
o impedem de fazer coisas.

▪ Se você se sente preocupado(a) ao ir para a escola, poderá deixar de ire ficará em casa, onde se
sente melhor;
▪ Se você se sente preocupado(a) ao falar com outras pessoas, poderá evitar sair e ficará em casa
sozinho.

Nesses momentos, a preocupação toma conta e pode IMPEDIR que você faça as coisas que na verdade
gostaria de fazer.

O QUE PODEMOS FAZER?

63
Às vezes, a forma como pensamentos sobre as coisas é o que nos faz sentir ansiosos. Nós:

▪ Temos a expectativa de não ter sucesso;


▪ Observamos as coisas que dão errado;
▪ Somos muito negativos e críticos com o que fazemos;
▪ Achamos que não seremos capazes de lidar com as dificuldades.

Se mudarmos a maneira como pensamos, poderemos então nos sentir menos ansiosos e podemos fazer
isso através de algo chamado de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).

COMO A TCC AJUDARÁ?

A TCC irá ajuda-lo(a) a descobrir:

▪ Os pensamentos e sentimentos ansioso que você tem;


▪ A ligação entre o que você pensa, como você se sente e o que você faz;
▪ Formais mais úteis de pensar que vão deixá-lo(a) menos ansioso(a);
▪ Como controlar os sentimentos ansiosos;
▪ Como enfrentar e superar seus problemas.

O QUE VAI ACONTECER?

64
Vamos trabalhar JUNTOS. Você tem muitas ideias úteis e coisas importantes a dizer, coisas que nós
queremos ouvir.

Vamos EXPERIMENTAR ideias novas para encontrarmos o que lhe ajudará. Você vai:

▪ Checar seus pensamentos e encontrar formas mais úteis de pensar;


▪ Descobrir formas de detectar e controlar seus sentimentos ansioso;
▪ Aprender a superar e vencer as suas preocupações.

ENTÃO VAMOS LÁ PARA VER SE ISSO AJUDA!

65
RECURSO 19 – 15 FILMES E SEUS VALORES POSITIVOS
Referência: Autoria própria

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de psicoeducação para pré-adolescentes e


adolescentes.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos)

O que é?
Os valores humanos são princípios morais que orientam a conduta das pessoas e
diferencia nós de outros animais. Os valores são construídos através da relação nossa
da educação recebida de nossos pais, através do ambiente escolar e principalmente
através de histórias escritas ou transmitidas através de filmes que são transmitidas por
diversas gerações. Este é um recurso que visa auxiliar o terapeuta estar ensinando um
valor para o paciente utilizando um filme como um recurso com fins psicoeducativos.

Como utilizar?

Este é um recurso que você poderá utilizar tanto nos atendimentos presenciais quanto
nos atendimentos online. É importante antes de realizar a recomendação de qualquer
filme, independente da faixa etária a ser trabalhada, que o terapeuta assista o vídeo na
íntegra e verifique se é apropriado para a idade, para a queixa apresentada pelo
paciente e o valor que deseja transmitir. Para utilizar este recurso, é importante realizar
uma avaliação dos valores que são importantes para o paciente e que ele gostaria de
aprender através do processo de psicoterapia e a partir desta avaliação, indicar ao
paciente que assista aos filmes para a discussão no processo de psicoterapia como
exercício de casa ou o terapeuta pode editar as cenas que aparecem os valores que
deseja trabalhar e realizar uma apresentação utilizando o celular, notebook,
computador ou tablet. Após a visualização do filme ou das cenas dos filmes pelo
paciente, é importante realizar um fechamento destacando ao paciente que os valores
humanos aprendidos através do filme ou da cena do filme podem ser colocados em
ações nos mais diversos contextos como na escola, família, com amigos, etc e sugerir
comportamentos que sejam aplicáveis nesses ambientes e que correspondem ao valor
humano transmitido no filme.

66
15 FILMES E SEUS VALORES POSITIVOS

FILMES VALORES
1. Campeões (2018) Trabalho em equipe
2. Uma babá quase perfeita (1993) Criatividade
3. Cordas (2013) Amizade e inclusão
4. Sempre ao seu lado (2009) Fidelidade e lealdade
5. A corrente do bem (2000) Altruísmo e empatia
6. A voz do coração (2004) União, perdão e esperança
7. Forrest Gump – O Contador de Histórias (1994) Igualdade e bondade
8. Contagem regressiva (2013) Dedicação
9. Como estrelas na Terra (2007) Paciência
10. Uma lição de vida (2009) Determinação
11. Gimme Shelter (1970) Coragem
12. Quase deuses (2004) Superação
13. Desafiando gigantes (2006) Perseverança
14. Hardflip (2012) Reconciliação
15. Gran Torino (2008) Tolerância

67
RECURSO 20 – DUPLO DRIBLE
Referência: McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de controle da raiva

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixa de dificuldade de controle da raiva e pode também ser adaptado para ser
utilizado em casos de Transtorno Opositor Desafiador (TOD).

O que é?

É muito comum que crianças e adolescentes não parem para pensar nas consequências
de seus próprios comportamentos. Assim sendo, quando recebem uma consequência
por um determinado comportamento, é muito comum que a raiva aumente de
intensidade. Este é um recurso que tem como principal objetivo aumentar a
identificação de comportamentos e as consequências dos mesmos e aumentar a
motivação do paciente para se engajar em comportamentos mais adaptativos ao invés
de comportamentos desadaptativos que trazem prejuízos ao paciente ou a terceiros.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado nos atendimentos presenciais e nos
atendimentos online. Para o melhor aproveitamento deste recurso, eu recomendo que
você utilize esta metáfora com pacientes que tenham interesse por basquete e caso o
seu paciente não se interesse pelo esporte, você pode adaptar a história com outro
esporte ou mesmo uma outra atividade de interesse do paciente de forma a facilitar o
processo de psicoeducação. O terapeuta irá ler o enunciado com o paciente e após a
leitura, irá realizar uma listagem de ações alternativas que podem ser realizadas pelo
paciente em episódios de raiva de forma a diminuir o sofrimento e prejuízos a si mesmo
e a terceiros. Ao final deste exercício, é indicado que o paciente leve o exercício com os
comportamentos alternativos realizados escritos para a casa em uma folha ou no
formato online (PDF) com a finalidade de ser um plano de ação a ser executado durante
a semana em episódios de raiva excessiva.

68
DUPLO DRIBLE

Você sabe como driblar com uma bola de basquete? O que você tem que fazer se estiver driblando e
então parar de driblar? É isso mesmo, você tem que fazer alguma coisa diferente de driblar. Você pode
passar a bola para um colega do time ou tentar fazer uma cesta. Driblar novamente vai contra as regras
e resultará em uma falta por “duplo drible” e o outro time ficará com a bola. Suas reações são mais ou
menos como um duplo drible. Você fica fazendo a mesma coisa que sempre fez, mas isso não acaba bem.
Ou então pode tentar fazer algo diferente, como passar a bola ou tentar fazer uma cesta. Queremos tentar
fazer alguma coisa diferente com a sua raiva. Em vez de driblar novamente, queremos tentar alguma
outra coisa. Pratique nomear outras coisas que você pode fazer em vez de “duplo drible” quando sentir
raiva.

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

69
RECURSO 21 – O MELHOR PALPITE
Referência: McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de controle da raiva

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixa de dificuldade de controle da raiva e pode também ser adaptado para ser
utilizado em casos de Transtorno Opositor Desafiador (TOD).

O que é?

Crianças e adolescentes que possuem dificuldades no controle da raiva frequentemente


supõem que as outras pessoas têm más intenções e através desta atividade, o paciente
será estimulado a considerarem intenções alternativas e menos maldosas por parte de
outras pessoas. O objetivo principal desta atividade é aumentar a habilidade do paciente
para assumir a perspectiva dos outros e lançar dúvidas a respeito dos pensamentos
automáticos desadaptativos que tem quando interage com os outros.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado nos atendimentos presenciais e nos
atendimentos online. A atividade se inicia solicitando ao paciente que escreva o último
episódio em que se sentiu furioso e um palpite do que se recorda do que aconteceu e
desencadeou a raiva, como por exemplo, “os meus amigos estavam me achando um
bobo e estavam me zoando”. Após responder a segunda pergunta, o paciente é
convidado a indicar outros três palpites do que pode ter causado a raiva para além da
justificativa que deu na pergunta anterior e por último, é solicitado o melhor palpite
sobre o ocorrido tomando em consideração os que foram destacados na terceira
pergunta. Na última pergunta, é recomendado que você questione o quanto o paciente
acredita na explicação alternativa que foi escrita como causa da raiva em uma escala de
intensidade de 0 (não acredito nada) a 10 (acredito muito) com a finalidade de avaliação
e fortalecimento do pensamento alternativo.

70
MELHOR PALPITE
1. O que aconteceu? Descreva o que deixou você furioso.
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

2. Qual foi seu palpite no momento sobre o que aconteceu?


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

3. Que outras três coisas podem ter causado isso?


1º:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

2º:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

3º:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

4. Qual o seu melhor palpite AGORA sobre o que aconteceu?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

71
RECURSO 22 – RAIVA ASSERTIVA
Referência: McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)
Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de controle da raiva

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixa de dificuldade de controle da raiva e pode também ser adaptado para ser
utilizado em casos de Transtorno Opositor Desafiador (TOD).

O que é?

Muitos jovens não possuem a habilidade básica de comunicar suas emoções de uma
maneira clara e assertiva. Sem tal habilidade, é esperado que o jovem só será capaz de
se manter calmo por tanto tempo se recorrer a expressões agressivas de raiva ou entrar
em um ciclo de supressão/explosão. O treinamento explícito em comunicação assertiva
preenche esta lacuna. O objetivo final deste recurso é aprender como expressar
assertivamente os sentimentos de raiva.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado nos atendimentos presenciais e nos
atendimentos online. Antes de realizar a leitura do exercício, é importante destacar ao
paciente que através deste recurso ele irá aprender a expressar a raiva de forma
assertiva de forma que garanta que a outra pessoa entenda como ele se sente e as
outras pessoas identificando isso, é bem provável que ocorra uma menor frustração e
consequentemente, grandes problemas. Este exercício inicia-se com uma checagem da
intensidade da raiva e logo em seguida, o paciente deve escrever o que não gostou na
situação, o que realmente queria expressar através da raiva e a pessoa não
compreendeu e o que sugere de fazer de diferente em uma próxima vez e em seguida é
fornecida uma lista de comportamentos que devem ser evitados para que transmita a
mensagem de forma clara a pessoa que deseja transmitir a informação. Com este
recurso completamente preenchido, o terapeuta sugere ao paciente um desafio para
ser realizado durante a semana, que consiste em expressar para a outra pessoa o que
está sentindo, o que não gostou e o que realmente queria diante de um episódio de
raiva e que traga os resultados obtidos do desafio no próximo atendimento a ser
realizado.

72
RAIVA ASSERTIVA

O QUE FAZER QUANDO SINTO RAIVA:


“Estou me sentindo...” (circule um)

Com raiva Furioso Frustrado Como se fosse explodir

Incomodado Irritado Grrr! Com vontade de gritar

Eu não gosto que...


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu realmente queria...
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Talvez na próxima vez...


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Certifique-se de:
1. Não xingar. 4. Usar palavras gentis
2. Não acusar 5. Usar voz calma
3. Falar sobre o que você gosta, quer ou precisa 6. Respirar várias vezes para deixar seu
corpo calmo quando estiver falando

73
RECURSO 23 – SEMÁFORO DA RAIVA (PARE, PENSE E SIGA)
Referência: Teacherspayteachers (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de controle da raiva

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixa de dificuldade de controle da raiva e pode também ser adaptado para ser
utilizado em casos de Transtorno Opositor Desafiador (TOD).

O que é?

É muito frequente que crianças e adolescentes descrevam a agressão seguida da raiva


como algo incontrolável e acreditam que não exista um jeito de controlar a raiva intensa
e desproporcional que sentem em uma determinada situação. O semáforo da raiva é
um recurso que tem como objetivos principais, a autoregulação e o controle da
impulsividade.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado nos atendimentos presenciais e nos
atendimentos online. Para utilizar este recurso, é indicado que você construa um
semáforo juntamente com o paciente durante o atendimento realizado, de forma que
possa levar esse recurso para casa e se recordar do que foi aprendido no atendimento
realizado. Para utilizar este recurso, primeiramente verifique as crenças do paciente a
respeito da raiva (Exemplo: “A raiva é algo incontrolável”, “A raiva é uma doença”, etc)
e em seguida realize uma psicoeducação sobre a emoção e demonstre que a raiva pode
ser controlada de forma a reduzir os prejuízos associados a este sentimento quando
intenso através do “Pare, pense e siga”(Semáforo da raiva). É solicitado que quando o
paciente se sentir com raiva intensa que lembre de parar e identificar o que está
sentindo (PARE), pense a respeito do que está acontecendo e forneça uma resposta para
os questionamentos colocados abaixo (PENSE) e prossiga com a finalidade de resolver o
problema de uma forma mais saudável (SIGA). É interessante utilizar este exercício
quando o paciente estiver vivenciando uma raiva intensa durante os atendimentos,
porém caso o paciente não apresente essa emoção durante o atendimento, sugiro que
exemplifique a partir do episódio mais recente que o paciente vivenciou.

74
SEMÁFORO DA RAIVA (PARE, PENSE, SIGA)

PARE (SINAL VERMELHO)


• Pare antes de fazer algo que não será certo.
• Identifique o que está sentindo.
• Não deixe que os sentimentos de raiva o controlem.

PENSE (SINAL AMARELO)


• Diminua a “velocidade” e acalme-se
• Quais são as suas maneiras de se acalmar?
• O que estou prestes a fazer é certo ou errado?
• O que estou prestes a fazer vai ajudar ou machucar a outra pessoa?
• O que estou prestes a fazer vai me ajudar ou me machucar?
• O que estou prestes a fazer piorará a situação?

SIGA (SINAL VERDE)


• Siga em frente e resolva o problema.
• Fale com alguém em quem você confia.
• Agora você deve ser capaz de fazer a melhor escolha possível.
• Se você fizer a escolha errada, você vai ter uma consequência para essa escolha, lembre-se
disso!

75
RECURSO 24 – QUAL A UTILIDADE DA RAIVA?
Referência: Worksheetplace (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado com a finalidade de controle da raiva

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixa de dificuldade de controle da raiva e pode também ser adaptado para ser
utilizado em casos de Transtorno Opositor Desafiador (TOD).

O que é?

Este é um recurso que visa identificar e flexibilizar as crenças subjacentes dos pacientes
com relação ao sentimento de raiva através de diversos questionamentos que visam
identificar possíveis vantagens e desvantagens no que se refere aos episódios de raiva
excessiva.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado nos atendimentos presenciais e nos
atendimentos online. Para utilizar este recurso, é recomendado que o terapeuta
inicialmente realize uma psicoeducação a respeito da raiva, explicando o “lado bom”
desta emoção para o combate de injustiças e que possibilitou a sobrevivência da nossa
espécie mas essa emoção assim como as outras que conhecemos, possuem um “lado
ruim” e a partir dai são realizados os questionamentos da primeira questão até a sétima
questão. Durante a realização deste exercício, é importante o terapeuta estar atento as
respostas do paciente em relação ao item com a finalidade de identificar crenças
subjacentes da raiva, como por exemplo, “a raiva como um sentimento que traz um
alívio da dor emocional, ansiedade ou culpa” e a partir das respostas que forem
fornecidas, é indicado que o terapeuta utilize técnicas complementares para
reestruturar crenças desadaptativas, como por exemplo, análise de evidências,
questionamento socrático e outras técnicas cognitivas destinadas a este fim.

76
QUAL A UTILIDADE DA RAIVA?

Existe algo de útil na raiva? Esta atividade tem o objetivo de descobrir que a raiva pode ser tanto uma
emoção positiva como uma emoção negativa. Quando você fica chocado com uma injustiça, a raiva
pode ser uma coisa boa, porém por outro lado...

1) A raiva alivia o estresse ou diminui uma emoção que para você é ruim? Explique.

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

2) A raiva alivia a dor, ansiedade ou culpa? Explique.

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

3) Você consegue através da raiva conseguir a atenção que gostaria? Explique

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

4) Você se sente bem punindo os outros? Explique

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

77
5) Você se sente bem por se vingar? Explique

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

6) Você se sente bem em fazer os outros realizarem aquilo que você quer através da raiva? Explique

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

7) Se você está com raiva, você acha que os outros também deveriam se sentir assim? Explique

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

78
RECURSO 25 – AMY E NOEL
Referência: Teacherspayteachers (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de tristeza excessiva, humor deprimido e


tentativas de suicídio prévias

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de ideação suicida ou tentativas de suicídio prévias

O que é?

Este é um recurso que tem como finalidade realizar uma psicoeducação a respeito de
gatilhos para tentativas de suicídio e desenvolvimento de estratégias de enfrentamento
(coping) adaptativas utilizando uma história fictícia retirada da literatura internacional.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado nos atendimentos presenciais e nos
atendimentos online. Primeiramente, o terapeuta deve realizar uma psicoeducação a
respeito dos sinais de alerta para tentativas de suicídio que envolvem sintomas como
desinteresse, mudança de alimentação (come de mais ou menos que o usual), mudança
de sono (dorme muito ou tem insônia), escrever uma carta de despedida, entre outros
(sugiro utilizar o próximo recurso) e após o processo de psicoeducação, o terapeuta
realiza a leitura de um caso para o paciente e solicita ajuda para identificar os gatilhos
que encontram-se presentes no caso para uma tentativa de suicídio e em seguida
solicita duas ações que poderia estar fazendo para ajudar a protagonista da história e
duas ações que não deveria fazer. Ao final desta atividade, o terapeuta pode realizar
uma listagem juntamente com o paciente, a respeito dos próprios gatilhos para ideações
suicidas/tentativas de suicídio e verificar a aplicabilidade das sugestões que foram
fornecidas para a protagonista da história nos itens 2 e 3 para o paciente lidar com as
próprias ideações suicidas/tentativas de suicídio.

79
AMY E NOEL

Amy namora Noel há três anos e está completamente apaixonada por ele, porém Noel
diz a Amy que não a ama mais. Amy passou tanto tempo de sua vida com ele que não
tem a quem recorrer com o término do namoro. Ela se sente completamente sozinha
e destruída por dentro e acredita que sem o seu ex-namorado em sua vida, não há
mais motivos para continuar vivendo. Na escola, seus amigos tentam conversar com
ela, mas ela constantemente encontra os evitando. Ela começa a beber quando está
sozinha até adormecer e começa a escrever uma carta de despedida para os seus
familiares.

1. Quais são os sinais de alerta que você consegue identificar na situação acima?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

2. Se você fosse um (a) amigo (a) de Amy e identificasse esses sinais de alerta, cite 2 coisas que você
poderia estar fazendo.

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

80
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

3. Quais são as três coisas que você não deve fazer enquanto amigo(a) de Amy?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

81
RECURSO 26 – SINAIS DE ALERTA
Referência: Teensfindinghope (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de tristeza excessiva, humor deprimido e


tentativas de suicídio prévias

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de tristeza excessiva, ideação suicida ou tentativas de suicídio prévias e
diagnosticados com transtornos depressivos.

O que é?

Este é um recurso que pode ser utilizado na prática clínica com pré-adolescentes e
adolescentes com a finalidade de psicoeducar a respeito dos sinais de alerta que podem
ser indicativos de um transtorno depressivo.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado nos atendimentos presenciais e nos
atendimentos online. Antes de utilizar este recurso, eu indico que utilize o vídeo
denominado como “Depressão” do Canal Minutos Psíquicos
(https://www.youtube.com/watch?v=T2XLwjy65LA) com a finalidade de realizar uma
breve apresentação a respeito desta psicopatologia. Após a apresentação, o terapeuta
irá apresentar ao paciente o recurso e irá informar que nesta cartilha existem alguns
sinais de alerta que podem ser indicativos de um quadro de depressão e que gostaria
de estar realizando uma avaliação com a ajuda do paciente e em seguida em cada um
dos tópicos a serem listados, o terapeuta pode questionar a respeito da presença ou
ausência daquele sintoma em específico, frequência, ocorrência do último episódio e
principalmente estratégias que foram úteis para o paciente estar usando para o alívio
daquele sintoma.

82
SINAIS DE ALERTA
10 SINAIS DE ALERTA QUE INDICAM QUE VOCÊ PODE ESTAR DEPRIMIDO(A)

1. Sentir-se sem esperança, triste, deprimido(a) ou sem valor;

2. Cansaço o tempo todo;

3. Parou de cuidar de si mesmo, de sua aparência e começou a machucar a si mesmo;

4. Sente-se irritado(a) o tempo todo e reagindo de forma exagerada às situações;

5. Grandes mudanças na alimentação e no sono (muito ou pouco);

6. Tem dificuldades de se concentrar e se esforça muito para tomar pequenas decisões;

7. Ansioso(a), tornando-se muito inquieta;

8. Afasta-se fisicamente e emocionalmente (tanto de amigos como de atividades do dia-a-dia);

9. Dor crônica ou sintomas físicos cujos remédios parecem não ajudar no tratamento;

10. Pensar ou falar sobre morte ou suicídio, escrever uma carta de despedida.

“OBTER AJUDA NÃO É UM SINAL DE FRAQUEZA, MAS SIM UM ATO DE FORÇA E


CORAGEM!”

83
RECURSO 27 – PLANO DE SEGURANÇA
Referência: Terapia Cognitiva Online (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de tristeza excessiva, humor deprimido e


tentativas de suicídio prévias

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de ideação suicida ou tentativas de suicídio prévias.

O que é?

Como um dos maiores fatores de predisposição à tendência de tirar a própria vida é a


falta de habilidades para solução de problemas, cabe ao terapeuta oferecer essas
habilidades de maneira permanente para o paciente para que ele possa combater os
pensamentos suicidas. O plano de segurança é uma ferramenta que se comunica com o
paciente, trazendo lembranças de sentimentos e outros pontos que muitas vezes são
esquecidos durante momentos de desespero, tensão ou situações que parecem
impossíveis.
Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. O terapeuta inicia a atividade informando que o presente
recurso tem como principal objetivo, ajudar o paciente a enfrentar as situações em que
pensa em acabar com a própria vida e para isto, irão realizar um plano de segurança
juntos. O terapeuta realiza o preenchimento do plano de segurança juntamente com o
paciente e após o término da atividade, orienta que durante os momentos de crise,
execute o que é proposto em cada uma das sete etapas para alívio dos sintomas. É
importante que após a conclusão do preenchimento do plano de segurança, o terapeuta
envie o documento preenchido ao paciente ou sugira ao paciente levar o papel e
guardar em um local de fácil acesso (p. ex: capinha do celular, carteira, etc) para usar
em situações de crise

84
PLANO DE SEGURANÇA

PASSO 1 – Sinais de Alerta (pensamentos, humor, situação, comportamento) que uma crise pode
estar se desenvolvendo:

1. _______________________________________________________________________________

2. _______________________________________________________________________________

3. _______________________________________________________________________________

PASSO 2 – Estratégias internas para lidar – Coisas que eu posso fazer para tirar minha mente dos
meus problemas sem contatar outra pessoa (Exemplos: técnicas de relaxamento, atividade física, etc)

1. _______________________________________________________________________________

2. _______________________________________________________________________________

3. _______________________________________________________________________________

PASSO 3 – Pessoas e lugares que me distraem:

1. Nome: _____________________________________________________________________________

Contato:______________________________________________________________________________

2. Nome: _____________________________________________________________________________

Contato:______________________________________________________________________________

3. Nome: _____________________________________________________________________________

85
Contato:______________________________________________________________________________

4. Lugares: ___________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

PASSO 4 – Pessoas que posso pedir ajuda:

1. Nome: _____________________________________________________________________________

Contato:______________________________________________________________________________

2. Nome: _____________________________________________________________________________

Contato:______________________________________________________________________________

3. Nome: _____________________________________________________________________________

Contato:______________________________________________________________________________

PASSO 5 – Profissionais da saúde ou canais que posso contatar durante uma crise:

1. Nome: _____________________________________________________________________________

Contato:______________________________________________________________________________

2. Nome: _____________________________________________________________________________

Contato:______________________________________________________________________________

3. Urgência: __________________________________________________________________________

Endereço:____________________________________________________________________________

4. Centro de Valorização da Vida (CVV) – 24 horas.

PASSO 6 – Posso tornar o ambiente seguro:

1. _______________________________________________________________________________

2. _______________________________________________________________________________

3. _______________________________________________________________________________

PASSO 7 – As cinco coisas que são mais importantes para mim e que vale a pena viver são:

1. _______________________________________________________________________________

86
2. _______________________________________________________________________________

3. _______________________________________________________________________________

4. _______________________________________________________________________________

5. _______________________________________________________________________________

87
RECURSO 28 – GRAVADO NA PEDRA
Referência: McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de tristeza excessiva, humor deprimido e


tentativas de suicídio prévias

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de humor deprimido, ideação suicida ou tentativas de suicídio prévias.

O que é?

Este é um recurso que pode rapidamente demonstrar que pensamentos e sentimentos


mudam e que reconhecer isso pode ajudar os pré-adolescentes e adolescentes a lidarem
com a intensidade do momento quando se sentirem deprimidos(as). Esta atividade
tomoa compressuposto o vasto número de coisas que são mutáveis, como pensamentos
e sentimentos, e como poucas coisas nunca mudam. O objetivo deste exercício é ensinar
aos pacientes que sentimentos e pensamentos são transitórios e podem mudar no
futuro.
Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. O terapeuta inicia a explicação do exercício dizendo que
algumas coisas não mudam em nossas vidas, mas a maioria das coisas mudam e que é
muito comum as pessoas acreditarem que coisas que mudam (ex: tristeza) não possam
ser mudadas de forma alguma e nesse momento, o terapeuta pode solicitar exemplos
de situações em que o paciente sentiu uma emoção intensa e acreditou que jamais iria
passar e acabou passando. Para evitar esta confusão, o terapeuta propõe um desafio
ao paciente que é identificar coisas que mudam e não mudam em sua vida e colocar
escrito ou desenhado em ambas as pedras. Ao final do exercício, é bem provável que a
coluna de coisas mutáveis esteja maior do que imutáveis e diante disso, o terapeuta
pode questionar a respeito do ocorrido e relacionar com a queixa do paciente referente
a sentimentos de tristeza, ansiedade e pensamentos disfuncionais que passam de forma
corriqueira pela mente do paciente e que são transitórios.

88
GRAVADO NA PEDRA
Algumas coisas não mudam, mas a maioria das coisas muda. Quando confundimos coisas mutáveis (como
sentimentos) com coisas que não podem ser mudadas, podemos nos sentir mais tristes, chateados ou até
mesmo deprimidos. Tratamos nossos pensamentos ou sentimentos negativos como se eles estivessem
gravados na pedra e nunca fossem mudar. Veja se você consegue listar coisas nas categorias “mudam”
ou “não mudam”. Impressões digitais e sentimentos já se encontram escritos nestas pedras. O desafio é
gravar o maior número de coisas que se recorda em ambas as pedras!

89
RECURSO 29 – DIÁRIO POSITIVO
Referência: Stallard (2021)
Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de tristeza excessiva, humor deprimido e


tentativas de suicídio prévias

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de humor deprimido, ideação suicida ou tentativas de suicídio prévias.

O que é?

Em quadros depressivo, é muito comum a existência de diversos pensamentos


automáticos disfuncionais que leva o indivíduo a enxergar a realidade sob uma
perspectiva parcialmente distorcida ou até complementa distorcida a depender da
gravidade do caso. Diante desses pensamentos automáticos disfuncionais, é muito
comum uma atenção excessiva para as coisas negativas que acontecem no cotidiano de
forma a confirmar as crenças disfuncionais a respeito de si mesmo, das outras pessoas
e do mundo. O objetivo através do presente recurso é fazer com que o paciente
redirecione a sua atenção para atividades que geram prazer durante o dia-a-dia e que
podem ser utilizadas em futuras intervenções como a ativação comportamental.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. O terapeuta inicia a presente atividade lendo o enunciado do
recurso no qual fala a respeito da atenção que direcionamos para as coisas negativas
que acontecem no cotidiano e uma falta de atenção para as coisas negativas que nos
acontecem e realiza a proposta de um desafio a ser realizado com o paciente até o
próximo atendimento. O desafio será escrever no mínimo uma coisa positiva que
aconteceu em cada um dos dias da semana até a próxima sessão e trazer o quadro
digitado ou escrito para ser trabalhado no próximo atendimento. É importante ressaltar
ao paciente que não precisa ser um evento que causou uma enorme quantidade de
prazer, registre aquela atividade que sentiu o mínimo de prazer realizando aquele dia e
que considera positiva. No próximo atendimento, sugiro ao terapeuta identificar como
o paciente sentiu-se antes e depois de identificar algo de positivo no seu cotidiano e
como poderia incorporar as coisas positivas que foram pontuadas com mais frequência
no cotidiano.

90
DIÁRIO POSITIVO
Somos muito bons em perceber as coisas negativas que acontecem, mas com frequência não damos
importância ou rejeitamos as coisas boas. Para se tornar mais equilibrado sobre o que se passa na sua
vida, escreva pelo menos uma coisa positiva que aconteceu em cada dia da semana. Pode ser algo...

• Que você gostou


• Com que você lidou
• Que você conquistou
• Que fez você se sentir bem

DIA O QUE ACONTECEU?

Ex: Segunda-feira (07 de Julho) Ex: “Joguei uma partida de Free Fire com meu
melhor amigo”)

91
RECURSO 30 – CLASSIFIQUE SUAS PREOCUPAÇÕES
Referência: Friedberg, McClure & Garcia (2011)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de medos e preocupações excessivas.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de preocupação excessiva.

O que é?

O exercício “Classifique suas preocupações” se caracteriza como um procedimento de


reestruturação cognitiva que realiza a testagem das expectativas de pré-adolescentes e
adolescentes frente as chances e a intensidade dos perigos recorrendo para tal
finalidade, alguns questionamento socráticos de forma bem simples. O objetivo final
deste exercício é diminuir a magnitude e probabilidade de perigos antecipados e
principalmente, a catastrofização.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Este recurso é realizado com o pré-adolescente/adolescente
em três etapas que devem ser seguidas de acordo com a ordem que são apresentadas
as colunas. Na primeira etapa, é solicitado ao paciente que realize uma listagem de
todas as preocupações que passam por sua mente no dia-a-dia. Na segunda etapa, o
paciente é convidado a responder uma das perguntas do questionamento socrático
“Quão ruim ou péssimo seria caso essa preocupação ocorresse?” através de uma escala
que varia de 1 (pouco ruim) até 10 (muito ruim) e por último, o paciente responde a
pergunta “Quão provável é de que essa preocupação realmente ocorra?” em uma escala
que vai de 1 (pouco provável) até 10 (muito provável). Após realizar a classificação de
todas as preocupações em relação a magnitude do perigo e a probabilidade de
ocorrência do evento, o terapeuta juntamente com o paciente elabora uma conclusão
mais saudável a respeito do exercício realizado, observando os resultados que foram
obtidos na segunda e na terceira etapa em cada uma das preocupações listadas.

92
CLASSIFIQUE SUAS PREOCUPAÇÕES

Preocupação Quão ruim/péssimo (1-10) Quão provável (1-10)

93
RECURSO 31 – O COFRE DAS PREOCUPAÇÕES
Referência: Stallard (2004)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de medos e preocupações excessivas.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de preocupação excessiva.

O que é?

O exercício “Cofre das Preocupações” destinado para pré-adolescentes e adolescentes


é uma adaptação do exercício “Tempo da preocupação” que utilizamos com adultos na
prática clínica. Este é um exercício que tem como finalidade principal, demonstrar que
as preocupações podem ser controláveis.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Este é um exercício que recomendo que o terapeuta realize
no formato de um desafio a ser realizado até a próxima sessão de atendimento
agendada. Através do material que o terapeuta possui na clínica a sua disposição, sugiro
que materialize um “cofre das preocupações” juntamente com o paciente e que solicite
que o mesmo colabore na forma de personalizar o material, visto que o material ficará
com ele e em seguida, pede ao paciente que coloque as preocupações que foram
colocadas durante o atendimento psicológico realizado dentro do cofre. Ao final do
atendimento, o terapeuta entregue o cofre ao paciente e solicita que conforme as
preocupações ocorrerem no dia-a-dia que coloque as mesmas de forma escrita em tiras
de papel e coloque dentro do cofre e deixe o cofre fechado até a próxima sessão de
atendimento. Na data da sessão, sugiro ao terapeuta enviar um lembrete ao paciente a
respeito do cofre da preocupação e diante de cada preocupação que for retirada do
cofre, sugiro realizar o procedimento de descatastrofização utilizando o recurso anterior
(ver recurso 30).

94
O COFRE DAS PREOCUPAÇÕES

Algumas vezes, é difícil parar de preocupar-se e desligar os pensamentos que estão circulando pela
cabeça. Quando isso acontece, pode ser útil desenhar esses pensamentos ou anotá-los em um papel e
trancá-los!

1) Encontre uma caixa e faça o seu próprio cofre de pensamentos. Escolha as cores e pinte como
quiser: arranje um lugar para esse cofre!

2) Quando achar que não pode interromper suas preocupações, encontre um papel e escreva-as
ou desenhe-as nele.

3) Quando tiver acabado, tranque-as no seu cofre.

4) No dia do nosso próximo atendimento, destranque o seu cofre e traga as suas preocupações
para trabalharmos!

95
RECURSO 32 – MEUS PENSAMENTOS PREOCUPANTES
Referência: Stallard (2004)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de medos e preocupações excessivas.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de preocupação excessiva.

O que é?

O recurso “Meus pensamentos preocupantes” é um exercício com a finalidade de


reestruturar cognições desadaptativas do pré-adolescente/adolescente através da
utilização de pensamentos alternativos que encorajem o paciente a lidar com a
preocupação.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Para início do exercício, indico ao terapeuta que solicite ao
paciente que descreve a situação preocupante com a maior quantidade de dados reais
(ou fatos, se preferir) referente a situação que está causando preocupação atualmente,
como por exemplo, “Eu tirei notas abaixo da média na disciplina de matemática no
segundo e no terceiro bimestre”. Após definir a situação mais preocupante atualmente,
você recomenda ao paciente que coloque nos balões do pensamento abaixo, alguns
pensamentos que o paciente tem para lidar com a situação preocupante atualmente.
Ao final da sessão, o terapeuta pode realizar uma avaliação com o paciente dos
pensamentos que foram colocados dentro dos balões do pensamento pelo paciente e
que tenham grande chance de resolução da situação preocupante e implementar um
plano de ação, colocando os pensamentos que foram descritos pelo paciente para
serem executados durante a semana. No próximo atendimento, o terapeuta verifica os
resultados obtidos e faz modificações cabíveis ao plano de ação, caso identifique a
necessidade.

96
MEUS PENSAMENTOS PREOCUPANTES

Escreva no quadro a situação que lhe deixa preocupado(a). Quando você pensar em enfrentar essa
situação, preencha os balões de pensamentos com alguns dos pensamentos que passam pela sua cabeça.

A MINHA SITUAÇÃO PREOCUPANTE É:

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

97
RECURSO 33 – MEUS MEDOS
Referência: TherapistAid (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de medos e preocupações excessivas.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de medos e fobias específicas.

O que é?

Este é um recurso que tem a finalidade de realizar uma avaliação referente as situações
que são temidas pelo paciente, os pensamentos automáticos e reações corporais que o
paciente sente ao vivenciar essa emoção e desenvolver habilidades de enfrentamento
para lidar com o medo/fobia.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Antes de estar realizando este exercício, é indicado que o
terapeuta realize uma psicoeducação a respeito do “medo” e “fobias” através do uso de
baralhos terapêuticos, vídeos no Youtube, textos ou outros recursos apropriados para a
faixa etária. Após realizar este procedimento, o terapeuta inicia com o paciente o
preenchimento do exercício, indicando as coisas que fazem o paciente se sentir
assustado, os pensamentos automáticos, as reações corporais que sente quando está
com medo e por último, é importante realizar um levantamento de estratégias
saudáveis para o paciente estar utilizando quando sentir-se assustado(a) que podem
incluir técnicas de respiração e relaxamento, técnicas de reestruturação cognitiva,
cartões de enfrentamento, etc. É importante que ao final do atendimento, o paciente
tenha esse recurso impresso em mãos ou no formato de documento (PDF ou doc) para
utilizar quando vivenciar novamente a emoção.

98
MEUS MEDOS
1. Quais são as coisas que fazem você se sentir assustado(a)?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

2. O que passa pela sua cabeça quando está assustado(a)?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

3. O que você sente em seu corpo quando está assustado(a)? Pinte as áreas do corpo que percebe que
se destacam quando está assustado(a).

4. O que você pode fazer em uma próxima que se sentir assustado(a) para se sentir melhor?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

99
RECURSO 34 – ENFRENTANDO SEUS MEDOS
Referência: PsychologyTools (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de medos e preocupações excessivas.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de medos e fobias específicas.

O que é?

“Enfrentando seus medos” é uma ferramenta utilizada em terapia cognitivo-


comportamental com a finalidade de diminuir os sintomas físicos, psicológicos e
cognitivos de ansiedade através do procedimento de exposição gradativa as situações
temidas até alcançar o objetivo final referente a habituação do paciente nessas
situações.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Para estar utilizando essa ferramenta, é necessária uma sólida
relação terapêutica entre o paciente e o terapeuta, sendo assim, não é indicado que
realize esse exercício logo nas primeiras sessões de atendimento, visto que o paciente
necessita estabelecer uma relação de confiança com o terapeuta antes de iniciar a
terapia da exposição. Este recurso começa com a leitura do enunciado e logo em
seguida, o terapeuta solicita para o pré-adolescente/adolescente colocar no campo em
branco, o medo que está enfrentando atualmente e em seguida, em cada um dos
degraus, o paciente juntamente com o terapeuta de forma colaborativa, vão colocando
ações para estar sendo executadas para o enfrentamento do medo e definem
recompensas proporcionais a cada um dos “degraus” da escada e iniciam pelo primeiro
degrau da escada (de baixo para cima). É importante que apenas ocorra o avanço para
o próximo “degrau” mediante a diminuição do nível de ansiedade, sendo assim, é
importante pedir que o paciente registre a ansiedade antes, durante e depois de realizar
o que foi proposto em cada uma das etapas até conseguir realizar a exposição da
situação fóbica.

100
ENFRENTANDO SEUS MEDOS

Para superar nossos medos, é importante que a nossa confiança para enfrentar esse medo seja
aumentada aos poucos. Você pode pensar nisso como se fosse subir os degraus de uma escada!
Comece anotando o medo que você está enfrentando. Em seguida, para cada degrau da escada,
escreva uma coisa que você pode fazer para encarar esse medo de frente. Certifique-se de sempre
recompensar por cada degrau que subir!

O MEDO QUE ESTOU ENFRENTANDO É:_____________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

101
RECURSO 35 – DIÁRIO DE EMOÇÕES
Referência: Leahy, Tirch & Napolitano (2013).

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de desregulação emocional

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de dificuldades na regulação das emoções.

O que é?

O “Diário das Emoções” é uma ferramenta bastante utilizada nos atendimentos clínicos
e caracteriza-se como uma forma de registrar e acompanhar diariamente o que
sentimos e como reagimos às diversas situações que ocorrem em nossas vidas. Através
deste recurso, é possível o desenvolvimento de novas perspectivas a respeito das
emoções, contribuindo para o processo de autoconhecimento.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Para a utilização deste recurso, é fundamental ter realizado
uma psicoeducação sobre as emoções através de baralhos terapêuticos, vídeos no
Youtube, “Roda das Emoções” e recursos complementares que tenham como finalidade
principal, a apresentação das emoções e em que situações comuns essas emoções
surgem. Este é um material que é com frequência utilizado como um exercício de casa,
visto que existem grandes chances do paciente não se recordar as emoções que
vivenciou ao longo da semana quando questionado pelo terapeuta. O paciente é
instruído a estar realizando o preenchimento do diário até a próxima sessão e para cada
uma das emoções que for vivenciando durante o dia, é solicitado a marcação de um X
no espaço em branco, sendo que durante um dia, é bem provável o surgimento de mais
de uma emoção e diante disso, é permitido realizar a marcação de mais de uma emoção
no mesmo dia (nesse momento, sugiro realizar o preenchimento das emoções que o
paciente vivenciou no dia do atendimento psicoterápico como exemplo). No próximo
atendimento, o terapeuta pode perguntar a respeito das emoções que foram fáceis e
difíceis de lidar, a duração das emoções positivas e negativas e principalmente as
crenças associadas a cada uma das emoções que foram apresentadas com a finalidade
principal de reestruturação cognitiva.

102
DIÁRIO DE EMOÇÕES
Marque as emoções com um X nos dias em que você sentiu que elas ocorreram.

EMOÇÃO Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

Felicidade

Interesse

Empolgação

Cuidado

Amor

Amado

Compaixão

Gratidão

Orgulho

Confiança

Mágoa

Tristeza

Arrependimento

Irritação

Raiva

Ressentimento

Nojo

Contentamento

Vergonha

Culpa

Inveja

Ciúme

Ansiedade

Medo

103
RECURSO 36 – FATOS SOBRE SENTIMENTOS
Referência: McClaure, Friedberg, Thodarson e Keller (2019)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de desregulação emocional

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de dificuldades na regulação das emoções.

O que é?

Ter um conhecimento básico dos sentimentos é um primeiro passo essencial para se


beneficiar de outras estratégias de regulação emocional. A maioria das intervenções que
visam a regulação emocional iniciam com psicoeducação sobre emoções que são
compatíveis com os fatos que serão listados neste material.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Este é um recurso com finalidade de psicoeducação e para
além de ser utilizado com pré-adolescentes e adolescentes na sessão, você pode
também utilizar em orientação de pais, com a finalidade de auxiliar os pais a aumentar
a compreensão das emoções dos filhos e que possam demonstrar e reforçar
efetivamente a expressão emocional dos filhos. O terapeuta apresenta o recurso
falando a respeito da apresentação de algumas curiosidades a respeito das emoções e
que para cada curiosidade, será realizada uma pergunta que tem relação com aquela
curiosidade para ajudar no processo de aprendizado. Após a apresentação do exercício,
o terapeuta inicia apresentando os fatos e logo em seguida vai solicitando exemplos do
próprio paciente através da(s) pergunta(s) que encontra(m)-se descrita(s) após cada um
dos fatos. Ao final deste exercício, é de suma importância solicitar uma devolutiva a
respeito do paciente do que foi aprendido a respeito das emoções e como o conteúdo
aprendido pode ser utilizado em sua vida quando vivenciar emoções que considera
difíceis de lidar.

104
FATOS SOBRE SENTIMENTOS
FATO 1. “OS SENTIMENTOS SÃO IMPORTANTES E PODEM NOS AJUDAR”

Descreva uma situação em que você se sentiu TRISTE, ASSUSTADO ou COM RAIVA e isso foi útil. Como o
sentimento o ajudou?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

FATO 2. “OS SENTIMENTOS NEM SEMPRE SÃO PRECISOS”

Descreva uma situação em que você se sentiu TRISTE, ASSUSTADO ou COM RAIVA e isso não foi preciso.
Pode ter sido algo de que você tinha medo e que não era perigoso ou uma situação em que você sentiu
raiva devido a alguma coisa que pensou que aconteceu, mas na verdade não aconteceu.

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

FATO 3. “OS SENTIMENTOS TÊM DIFERENTES COMPONENTES”

Escolha uma situação em que você teve um forte e sentimento e complete abaixo.

(a) Qual era a situação? (p. ex, o primeiro dia na escola nova)

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

(b) Nomeie o sentimento (p. ex., ansiedade)

_____________________________________________________________________________________

105
FATO 4. “OS SENTIMENTOS TÊM DIFERENTES INTENSIDADES”

(c) O quanto o sentimento era forte de 0 a 100?

_____________________________________________________________________________________

(d) Que pensamentos você teve (p.ex., “Não vou conseguir lidar com isso”)?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

FATO 5. “OS SENTIMENTOS NÃO DURAM PARA SEMPRE”

(e) Que sensações você sentiu em seu corpo (p. ex., suor, dor de barriga, coração disparando)?

_____________________________________________________________________________________

(f) Que atitudes você tomou? (p.ex., “Chegou bem cedo para o primeiro dia de aula e respirou
profundamente”)?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

(g) Quando o sentimento mudou (p. ex., 20 minutos, no dia seguinte)?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

106
RECURSO 37 – TODOS OS MEUS SENTIMENTOS
Referência: Mylemarks (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de desregulação emocional

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de dificuldades na regulação das emoções.

O que é?

Durante o dia-a-dia vivenciamos diversas emoções (positivas e negativas) e muitas delas


nem sabemos nomear, confundimos com outras emoções ou mesmo aprendemos de
forma errônea a nomear aquela emoção por nossos pais. Este é um exercício que tem
como finalidade auxiliar o paciente a identificar situações em que vivenciou uma
determinada emoção e ampliar o repertório do paciente de expressões emocionais. É
muito comum na prática clínica com pré-adolescentes e adolescentes em estágios
iniciais, a descrição de um número bem restrito de emoções e através do presente
exercício, o paciente pode aprender sobre mais emoções e identificar situações de vida
que vivenciou, facilitando o aprendizado do conteúdo aprendido.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. O terapeuta inicia o exercício realizando a leitura do
enunciado, no qual é solicitado ao paciente que compartilhe exemplos com o terapeuta
de situações em que vivenciou felicidade, raiva, frustração, nervosismo, vergonha,
confusão e tristeza e em seguida, o paciente pode preencher os espaços em brancos
com outras emoções e colocar quando se sentiu dessa forma ou o terapeuta pode
colocar emoções que suspeita que o paciente tem dificuldade em identificar e solicitar
exemplos. Caso o paciente tenha dificuldade em identificar situações em que vivenciou
aquela emoção, o terapeuta pode realizar uma breve leitura sobre aquela emoção e em
que situações as pessoas vivenciam aquela emoção e utilizar o auto-relato para
exemplificar e solicitar em seguida um exemplo do próprio paciente. Ao final do
exercício, realizar uma conclusão da atividade verificando quais emoções são mais fáceis
e difíceis de identificar situações para o paciente e a última vez em que vivenciou cada
uma das emoções que foram destacadas neste exercício.

107
TODOS OS MEUS SENTIMENTOS
Compartilhe exemplos de quando você vivenciou cada um dos sentimentos listados abaixo e caso desejar,
complete com mais sentimentos nos espaços em branco na página seguinte.

Eu me senti FELIZ, quando....(p ex: “Eu pude jogar Free Fire a noite toda com meus amigos”)

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti COM RAIVA, quando...

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti FRUSTRADO(A), quando...

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti NERVOSO(A), quando...

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti ENVERGONHADO(A), quando...

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti CONFUSO(A), quando...

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

108
Eu me senti TRISTE, quando....

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti ___________________________, quando....

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti ___________________________, quando....

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti ___________________________, quando....

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti ___________________________, quando....

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Eu me senti ___________________________, quando....

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

109
RECURSO 38 – COMO ESTOU ME SENTINDO HOJE?
Referência: MyleMarks (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de desregulação emocional

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de dificuldades na regulação das emoções.

O que é?

A desregulação emocional pode ser compreendida como a dificuldade ou inabilidade de


lidar com as experiências ou processar as emoções. O exercício “Como estou me
sentindo hoje?” tem como principal finalidade auxiliar o paciente a identificar a emoção
que o paciente encontra-se sentindo no presente momento e desenvolvimento de
estratégias de regulação emocional que se encontram dentro e fora do controle do
paciente.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Este é um exercício que deve ser utilizado no contexto clínico
quando o paciente estiver vivenciando uma emoção negativa durante a sessão e que
tem dificuldades de lidar, como por exemplo, a angústia, a raiva, ansiedade, tristeza e
outras emoções. O exercício inicia-se solicitando ao paciente que coloque como está se
sentindo hoje dentro do balão de fala e que realize um desenho da expressão facial
correspondente a aquela emoção. Após esta primeira parte, o paciente deve identificar
os antecedentes que foram responsáveis por estar se sentindo-se assim, algumas coisas
que pode fazer para ajudar a se sentir bem (sugiro perguntar ao paciente a respeito do
que já fez quando vivenciou essa emoção no passado para se sentir bem), coisas que as
outras pessoas fizeram para que o paciente se sentisse bem (com o consentimento do
paciente, podemos levar essas estratégias para os pais no momento de orientação) e
por último, é definido o que o paciente precisa estar fazendo para lidar com a emoção
que está vivenciando. Este é um recurso de regulação emocional e auxilia o paciente a
processar as informações negativas e o desenvolvimento de estratégias adaptativas
para lidar com emoções que possui dificuldade.

110
COMO ESTOU ME SENTINDO HOJE

HOJE ESTOU ME SENTINDO

___________________________

“Desenhe na face acima, a expressão facial correspondente a como está se sentindo hoje”

Eu estou me sentindo assim porque...

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Algumas coisas que posso fazer para me ajudar a me sentir bem são...

1.___________________________________________________________________________________
2.___________________________________________________________________________________
3.___________________________________________________________________________________

Algumas coisas que as outras pessoas podem fazer para me ajudar a me sentir bem são...

1.___________________________________________________________________________________
2.___________________________________________________________________________________
3.___________________________________________________________________________________

Nesse momento, eu preciso...

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

111
RECURSO 39 – EMOÇÃO, QUAL O PROPÓSITO?
Referência: MyleMarks (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de desregulação emocional

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de dificuldades na regulação das emoções.

O que é?

As emoções podem servir a três propósitos: (1) Informar a respeito do que estamos
vivenciando; (2) Comunicar as outras pessoas o que estamos sentindo e (3) Motivar para
realizar uma determinada ação independente da mesma ser adaptativa ou
desadaptativa. O exercício “Emoção, qual o propósito?” tem como finalidade ensinar ao
paciente a identificar os propósitos das emoções das quais o paciente se queixa.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. O terapeuta inicia a presente atividade, solicitando uma
emoção que o paciente tem dificuldades de lidar no dia-a-dia e que deseja estar
examinando detalhadamente juntamente com o auxílio do terapeuta. Após o
preenchimento da emoção no espaço em branco, inicia-se a atividade pelo primeiro
item, no qual realiza o preenchimento colocando a informação sobre o ambiente que
aquela emoção está nos contando (Ex: Raiva – “Eu acredito que ela esteja me contando
que estou sofrendo alguma injustiça”). Após a primeira pergunta, o paciente responde
a segunda, colocando a respeito do que acredita que está comunicando as outras
pessoas através daquela emoção (Ex: Raiva – “Acredito que estou comunicando para
eles que sou furioso, frustrado, etc”) e por último em relação a motivação para agir, o
paciente preenche colocando como aquela emoção o motivar a agir quando sente ela
(Ex: Raiva – “A raiva me motiva a gritar com as pessoas que gosto muito, a agredir
fisicamente meu irmão, etc”). Ao final deste exercício, é indicado ao terapeuta
juntamente com o paciente, identificar maneiras saudáveis de comunicar de forma
assertiva aquilo que o paciente gostaria de transmitir quando está vivenciando aquela
emoção e identificar formas de agir (comportamentos) que diminuam o sofrimento e
prejuízos ao paciente.

112
EMOÇÃO, QUAL O PROPÓSITO?

A EMOÇÃO QUE QUERO EXAMINAR É ___________________________________________ (p ex. raiva)

INFORMAÇÃO – QUE INFORMAÇÕES ESSA EMOÇÃO QUER ME DAR?

Qual(is) informação(ões) sobre você, sobre as outras pessoas ou sobre a situação, esta emoção pode
estar te contando?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

COMUNICAÇÃO – O QUE ESSA EMOÇÃO QUER FALAR PARA AS OUTRAS PESSOAS?

O que esta emoção pode estar comunicando as outras pessoas (seus pais, amigos, irmãos) ao seu redor?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

MOTIVAÇÃO – COMO ESSA EMOÇÃO ME MOTIVA?

Como essa emoção pode motivá-lo(a) a agir?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

113
RECURSO 40 – SENTINDO-SE ANSIOSO(A)
Referência: Stallard (2021)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de ansiedade

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de ansiedade excessiva.

O que é?

Durante a vivência da ansiedade, é muito comum o aparecimento de sintomas físicos,


psicológicos e cognitivos que se encontram descritos de forma minuciosa nos manuais
de classificação como o DSM-V e o CID-10 (ver Transtornos de Ansiedade). Apesar de
todos nós experienciarmos ansiedade ao menos uma vez na vida, existe uma enorme
diferença quanto a intensidade e os sintomas que cada indivíduo sente. Através deste
recurso, iremos identificar os sinais particular que o paciente sente quando está
vivenciando a ansiedade.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. O terapeuta inicia a presente atividade informando que
deseja conhecer mais a respeito do que o paciente sente quando está sentindo-se
ansioso(a), visto que cada pessoa vai sentir algo de diferente ao sentir essa emoção e
em seguida realiza a leitura dos sinais de ansiedade e pede para o paciente interromper
caso algum dos sintomas descritos seja aquele que o paciente vivencia quando está
ansioso(a), sublinhando aquele sinal em específico. Após finalizar a descrição dos sinais
da ansiedade, o terapeuta questiona para o paciente a respeito de outros sintomas para
além dos que foram destacados no exercício e realiza o preenchimento nas linhas
abaixo. Ao final deste exercício, é indicado que o terapeuta realize uma psicoeducação
a respeito da ansiedade informando que o primeiro passo para lidar com a ansiedade é
reconhecendo os sintomas e nomeando o que está sentindo quando vivenciar essa
emoção, independente de ser uma forma leve, moderada ou intensa, visto que diversas
pessoas tem dificuldade de nomear ou mesmo de aceitar a ansiedade.

114
SENTINDO-SE ANSIOSO(A)

Que sinais você percebe quando se sente ansioso(a)?

▪ Coração acelerado;
▪ Falta de ar;
▪ Com calor ou suado;
▪ Enrubesce;
▪ Treme;
▪ Frio na barriga ou mal-estar;
▪ Boca seca;
▪ Branco na cabeça;
▪ Dor de cabeça;
▪ Vontade de ir ao banheiro;
▪ Tontura ou sensação de que vai desmaiar;

Você percebe algum outro sinal? Escreva abaixo.

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

115
RECURSO 41 – MEU DIÁRIO
Referência: Stallard (2010)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de ansiedade

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de ansiedade excessiva.

O que é?

O “Meu Diário” é um exercício baseado no Registro de Pensamentos Automáticos


Disfuncionais (RPD) no qual o paciente realiza o registro da situação, emoção e
pensamentos automáticos disfuncionais, sendo um primeiro passo a ser realizado para
a reestruturação de cognições desadaptativas.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Este é um recurso que deverá ser iniciado no atendimento
psicoterápico e depois o terapeuta irá sugerir como um exercício de casa a ser realizado
ao longo da semana. O exercício inicia-se com o terapeuta informando que na sessão
irão aprender sobre o uso de um diário de terapia e que deverá anotar nele toda vez
que sentir uma intensa ansiedade e logo em seguida solicita do paciente como exemplo,
a última vez que sentiu uma intensa ansiedade e coloca dentro das quatro colunas
(nesse momento, eu sugiro que o paciente tenha em mãos esse registro e solicite que
ele realize o preenchimento para uma melhor compreensão a respeito da ferramenta).
Após preencher o exemplo, o terapeuta pode realizar uma psicoeducação a respeito do
modelo cognitivo-comportamental básico (situação – pensamentos – emoção) e
solicitar como exercício de casa, o preenchimento do diário caso o paciente se sentir
ansioso(a) de forma intensa na semana. Em um próximo atendimento, o terapeuta
solicita que o paciente traga o diário através do contato no dia do atendimento e é
trabalhado a flexibilização dos pensamentos automáticos disfuncionais através do
questionamento socrático, descatastrofização e outras técnicas.

116
MEU DIÁRIO

Preencha o diário quando você observar SENTIMENTOS INTENSOS DE ANSIEDADE. Escreva o dia e a hora,
o que estava acontecendo, como você se sentiu e em que estava pensando.

Data e hora O que estava Como você se Em que estava pensando?


acontecendo? sentiu?

117
RECURSO 42 – AO INVÉS DE...
Referência: Mylemarks (Website)

Qual o tema do recurso?


Este recurso é utilizado para queixas de ansiedade

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de ansiedade excessiva.

O que é?

Nos transtornos de ansiedade, assim como nas mais outras psicopatologias, é comum a
existência de comportamentos que colaboram para a manutenção da queixa,
principalmente no que se refere os comportamentos evitativos (fuga ou esquiva).
Através do exercício “Ao invés de ...”, o paciente irá identificar os comportamentos
desadaptativos que colaboram para a manutenção da queixa e irá identificar maneiras
saudáveis de lidar com a ansiedade.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. É importante iniciar este exercício informando que no
atendimento, a pauta em questão será a respeito de comportamentos que colaboram
para manter a “crise de ansiedade” ou “ansiedade excessiva” e em seguida o terapeuta
realiza a psicoeducação a respeito de comportamentos que funcionam a curto prazo,
mas a longo prazo acabam mantendo a ansiedade (ex: fugir das situações que causam
ansiedade, chamar a melhor amiga para acompanhar sempre naquela situação, chamar
o pai ou a mãe para uma situação ansiogênica) e em seguida questiona o paciente a
respeito de quais comportamentos tem para lidar com a ansiedade e que acaba
atrapalhando ao invés de ajudar a enfrentar a ansiedade e coloca nas linhas abaixo de
“Esta semana, quando me sentir ansioso(a), ao invés de...”. Após preenchida essa
primeira parte, o terapeuta juntamente com o paciente realiza um levantamento de
comportamentos que colaboram no enfrentamento da ansiedade, como por exemplo,
utilizar a respiração diafragmática, ouvir uma música e outras ações e coloca embaixo
de “Vou usar estas habilidades de enfrentamento”. Ao final do exercício, o terapeuta
sugere como um desafio ao paciente, que leve esta folha ou tire foto da mesma e para
cada ação que foi executada referente as habilidades de enfrentamento, marcar um X
no lado esquerdo. No próximo atendimento, é importante o terapeuta reforçar as ações
de enfrentamento que foram tomadas pelo paciente para lidar com a ansiedade.

118
AO INVÉS DE...

Quais são algumas coisas que você pode fazer de diferente nesta semana, quando estiver se sentindo
ansioso(a)? Através deste exercício, iremos pensar juntos em formas mais saudáveis de lidar com a
ansiedade ruim que pode aparecer de forma inesperada durante a semana.

ESTA SEMANA, QUANDO ME SENTIR ANSIOSO(A), AO INVÉS DE ...


(Como você normalmente lida com sua ansiedade e que acaba não ajudando?)

1.___________________________________________________________________________________

2.___________________________________________________________________________________

3.___________________________________________________________________________________

4.___________________________________________________________________________________

5.___________________________________________________________________________________

VOU USAR ESTAS HABILIDADES DE ENFRENTAMENTO:


(Vamos pensar juntos em jeitos saudáveis para lidar com a ansiedade e colocar abaixo, e para cada uma
das ações que executar durante a semana quando aparecer a ansiedade, marque um X)

( ) ___________________________________________________________________________

( ) ___________________________________________________________________________

( ) ___________________________________________________________________________

( ) ___________________________________________________________________________

( ) ___________________________________________________________________________

119
RECURSO 43 – RESPIRAÇÃO CONSCIENTE
Referência: Stallard (2021)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de ansiedade

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de ansiedade excessiva.

O que é?

A respiração é um ato natural e automático e que pode trazer diversos benefícios no


nível corporal e mental, por meio das técnicas de respiração. A respiração consciente
consiste no ato de inspirar e expirar de forma controlada que auxilia no processo de
relaxamento em momentos de ansiedade ou mesmo de estresse. Através deste recurso,
o paciente irá aprender a respiração consciente através de um roteiro elaborado com
tal finalidade.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. É importante iniciar este exercício realizando uma
psicoeducação a respeito da importância da respiração consciente em quadros de
ansiedade, visto que é muito comum o aumento de sintomas a partir da respiração
realizada pelo tórax (popularmente conhecida como a respiração do tipo “cachorrinho”,
que é muito comum em quadros de ansiedade). Ao iniciar o ensino da respiração
consciente, o terapeuta começa realizando a leitura do roteiro e em seguida realiza os
passos que encontram-se descritos abaixo e após fornecer um modelo em uma primeira
vez, faz juntamente com o paciente em uma segunda vez e deixa o paciente estar
treinando o exercício sozinho a partir da terceira vez, baseando-se na leitura dos passo
a passo no roteiro disponibilizado. Após o aprendizado da respiração consciente, é
importante que o paciente pratique a respiração consciente por pelo menos três vezes
por dia com a duração de no mínimo, dez minutos.

120
RESPIRAÇÃO CONSCIENTE

Você pode usar este exercício curto quantas vezes você quiser durante o dia-a-dia. É uma maneira útil
de focar sua atenção no aqui e agora.

1. Escolha um local tranquilo, onde você não seja perturbado(a) por 1 a 2 minutos.

2. Sente-se confortavelmente com as mãos apoiadas suavemente sobre o peito.

3. Inspira lentamente pelo nariz e expire pela boca.

4. Observe como o seu peito sobe e desce ao inspirar e expirar.

5. Sinto os músculos do seu peito se tensionarem e relaxarem a cada respiração.

6. Ouça o som da sua respiração.

7. Sinto o ar frio no nariz ao inspirar e o ar quente na boca ao expirar.

8. Conte 1 ao inspirar e 2 ao expirar.

9. Conte até 10 e aproveite essa sensação de calma.

“Não se preocupe se sua mente divagar. Assim que você perceber isso, volte a concentrar sua atenção na
respiração.”

121
RECURSO 44 – O EXERCÍCIO DOS CINCO SENTIDOS
Referência: MyGroupGuide (Website)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado para queixas de ansiedade

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) com


queixas de ansiedade excessiva.

O que é?

Mindfulness que significa “atenção plena” trata-se de um conjunto de recursos, técnicas


e ferramentas que tem como principal finalidade, fazer com o que o indivíduo alcance
uma concentração genuína em algo ou alguma coisa que normalmente não dedica o
tempo e a atenção necessário e esse processo é caracterizado como uma forma de se
concentrar no aqui e agora, de modo a perceber plenamente todas as sensações e
emoções que as atividades do dia a dia nos proporcionam. A atividade denominada
como “Exercício dos cinco sentidos” é uma ferramenta voltada a atenção plena com a
finalidade de redução da ansiedade.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Antes de iniciar a realização deste exercício, é importante que
o terapeuta realize uma psicoeducação a respeito da atenção plena falando a respeito
do foco no momento presente e principalmente do não-julgamento dos pensamentos
automáticos. O terapeuta apresenta este exercício como um desafio a ser realizado
durante a sessão, no qual o paciente tem que realizar uma descrição do que está vendo,
o que está tocando, o que está ouvindo, os cheiros que encontra-se sentindo e os
sabores que está sentindo, sendo que o terapeuta pode utilizar estímulos sonoros,
auditivos, táteis, e outros para uma melhor experiência do paciente (sugiro antes de
utilizar estes estímulos, verificar o histórico médico do paciente, visto que alguns
estímulos podem desencadear reações alérgicas). Ao final do exercício, o terapeuta
sugere um desafio a ser realizado diante de episódios de ansiedade excessiva, que
consiste em uma descrição do ambiente utilizando os cinco sentidos sem o julgamento
e trazer os resultados para serem discutidos no próximo atendimento.

122
EXERCÍCIO DOS CINCO SENTIDOS

Este exercício de atenção plena será muito útil quando você estiver sentindo-se sobrecarregado(a),
ansioso(a) ou até mesmo quando estiver tendo um ataque de pânico. Este é um exercício que te leva até
o momento PRESENTE. Quando estiver sentindo-se conforme descrito anteriormente, responda por
escrito ou mentalmente as perguntas que encontram-se abaixo:

O QUE ESTOU VENDO?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

O QUE ESTOU TOCANDO?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

O QUE ESTOU OUVINDO?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

123
QUE CHEIRO(S) ESTOU SENTINDO?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

QUE GOSTO(S) ESTOU SENTINDO?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

124
RECURSO 45 – QUERER VERSUS ESTAR DISPOSTO(A)
Referência: Friedberg, McClure & Garcia (2011)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado na clínica com pré-adolescentes/adolescentes com a finalidade


de reestruturação cognitiva.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) que


estejam passando em atendimento psicoterápico na abordagem cognitivo-
comportamental com as mais variadas queixas (transtornos depressivos, transtornos
ansiosos, controle de raiva, etc)

O que é?

“Querer versus estar disposto(a)” é um exercício que trabalha com a diferenciação de


“disposição” e “desejo” e tem como intuito, aumentar a vontade do paciente em agir.
O propósito do terapeuta ao utilizar esse exercício deve ser de aumentar a disposição
do paciente no enfrentamento de desconfortos e perturbações.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Antes de iniciar a utilização deste recurso, é recomendado
que realize uma psicoeducação entre os dois conceitos que serão abordados referente
a “querer” (gostar ou preferir fazer algo) e “estar disposto” (abertura a novos desafios
e experimentação) e nesse momento, o terapeuta questiona a paciente a respeito de
ações em que o paciente encontra-se preso ou caso preferir, sente-se congelado,
paralisado e que necessita de ajuda e vai colocando os referidos comportamentos na
coluna denominada como ação (“Falar sobre meus pais”, “Fazer o dever de casa”, etc).
Após o preenchimento da primeira coluna, o paciente solicita ao paciente no índice de
intensidade de 1 a 10, o quanto o paciente quer aquilo e quando está disposto (p. ex:
“Você quer falar sobre sentimento negativos? Me dê uma nota que vai de 1 até 10 do
quanto você quer isso” Você está disposto a falar sobre seus sentimentos negativos?
Me dê uma nota de 1 a 10 do quanto você deseja isso”). Ao final do exercício, é
importante realizar o desfecho da atividade solicitando que o paciente verifique a onde
se encontra as maiores notas de intensidade e as menores notas e realizar
questionamentos com a finalidade de reestruturar cognições desadaptativas (p. ex:
Você acha que tem que querer algo para estar disposto a fazer?).

125
QUERER VERSUS ESTAR DISPOSTO(A)

Ação Querer (1 – 10) Estar disposto(a) (1-10)

126
RECURSO 46 – CONVERSA SUJA
Referência: Friedberg, McClure & Garcia (2011)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado na clínica com pré-adolescentes/adolescentes com a finalidade


de reestruturação cognitiva.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) que


estejam passando em atendimento psicoterápico na abordagem cognitivo-
comportamental com as mais variadas queixas (transtornos depressivos, transtornos
ansiosos, controle de raiva, etc)

O que é?

Pensamentos automáticos negativos são como conversas sujas, ou seja, diálogos


internos que são perturbadores e que trazem muito sofrimento para o pré-
adolescente/adolescente. A atividade denominada como conversa suja é uma técnica
de resposta que é bastante útil para contestação de distorções cognitivas, no qual os
terapeutas trabalham com os jovens pacientes visando a elaborar afirmações de
respostas a “conversa suja”

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Para a realização desta atividade, é necessário que o paciente
tenha passado pelo processo de psicoeducação a respeito dos pensamentos
automáticos disfuncionais, visto que o presente exercício aborda o referido conceito. O
terapeuta inicia a atividade informando que os pensamentos automáticos negativos são
como sujeiras que passam por nossas cabeças e que devemos remover essas sujeiras de
tempos em tempos e que na presente sessão, o paciente irá aprender a varrer essa
sujeira que tanto incomoda. Em um primeiro momento, inicia-se questionando ao
paciente, as sujeiras que o paciente ouve constantemente no dia-a-dia a respeito de si
mesmo em função dos pensamentos automáticos negativos e solicita-se o
preenchimento da primeira coluna (p ex: “Eu sou muito burro e não sirvo para nada”).
Após realizar o preenchimento de todos os pensamentos sujos, o terapeuta vai para a
segunda coluna e pede ao paciente que forneça uma resposta para todas as sujeiras
com a finalidade de “varrer a sujeira” (p ex: “Eu nunca fiquei de recuperação em nada”).

127
CONVERSA SUJA

Sujeiras que eu digo a mim mesmo Minha resposta

128
RECURSO 47 – ESTACAS MENTAIS
Referência: Bunge, Gomar & Mandil (2012)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado na clínica com pré-adolescentes/adolescentes com a finalidade


de reestruturação cognitiva.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) que


estejam passando em atendimento psicoterápico na abordagem cognitivo-
comportamental com as mais variadas queixas (transtornos depressivos, transtornos
ansiosos, controle de raiva, etc)

O que é?

“Estacas Mentais” é um recurso que utiliza de uma importante ferramenta terapêutica


para a reestruturação de cognições desadaptativas, a metáfora terapêutica. Este é um
exercício que utiliza-se de uma analogia do elefante acorrentado para falar a respeito
das crenças centrais disfuncionais (popularmente denominado como “crenças
limitantes”) que trazem sofrimento ao indivíduo. O objetivo do terapeuta ao utilizar
este exercício é a construção de crenças mais adaptativas e funcionais referente a
realidade.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. A metáfora do “elefante acorrentado” descrita no presente
recurso pode ser apresentada através do formato de texto ou no formato audiovisual
através do Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=wo0AM8xhz98&t=3s). Após a
realização da leitura ou visualização do vídeo no Youtube, utiliza-se a técnica do duplo
padrão, no qual o paciente é convidado a se afastar de sua própria perspectiva a respeito
do problema que encontra-se enfrentando e é questionado sobre “o que gostaria de
dizer ao elefante?” ou “Como aconselharia o elefante?” com a finalidade de auxiliar o
mesmo a quebrar as correntes. Após o paciente escrever a resposta referente a
pergunta que foi realizada, sugere-se que o terapeuta pergunte a respeito das crenças
do paciente que o acompanham desde a infância e que tem dificuldade de flexibilizar
como na história do elefante e verificar a aplicabilidade das sugestões que foram dadas
do paciente para o elefante para flexibilizar as crenças disfuncionais do paciente.

129
ESTACAS MENTAIS

Frequentemente estas ideias impedem que mudemos o que acontecem conosco. Como o que ocorre
com este elefante:

Quando era pequeno, o amarraram. Como não tinha muita força, se convenceu de que não pudesse se
livrar e deixou de tentar. Anos mais tarde, já tinha crescido e a estaca era muito pequena ao seu lado,
mas ele continuava com medo de se ver livre apesar de que agora era mais forte...

O QUE VOCÊ DIRIA AO ELEFANTE?

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

"COLOCAR A PROVA OS SEUS PENSAMENTOS PODE TE PERMITIR DESCOBRIR MUITAS


COISAS SOBRE VOCÊ MESMO"

130
RECURSO 48 – GRÁFICO DE PIZZA
Referência: Bunge, Gomar & Mandil (2012)

Qual o tema do recurso?


Este recurso é utilizado na clínica com pré-adolescentes/adolescentes com a finalidade
de reestruturação cognitiva.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) que


estejam passando em atendimento psicoterápico na abordagem cognitivo-
comportamental com as mais variadas queixas (transtornos depressivos, transtornos
ansiosos, controle de raiva, etc)

O que é?

“Gráfico de pizza” ou popularmente conhecida em terapia cognitivo-comportamental


como “Torta da responsabilidade” é um recurso que pode ser utilizado com pacientes
que se culpam de forma excessiva ou que possuem interpretações absolutistas ou do
tipo “tudo-ou-nada” a respeito dos eventos. O objetivo deste exercício é encontrar
explicações alternativas a respeito das interpretações disfuncionais do paciente a
respeito dos eventos que ocorrem no cotidiano.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Este é um exercício que é dividido em duas partes para
facilitar o entendimento para o paciente. Em um primeiro momento, o terapeuta realiza
o preenchimento da palavra faltante em ambas as colunas, colocando
preferencialmente na lacuna em branco, o ambiente (interno ou externo) no qual o
paciente apresenta pensamentos absolutistas (Ex: “O paciente diz odiar a escola e não
ter nada de bom lá”, então coloque “Coisas que não gosto/gosto na escola”) e após
preencher lacuna, solicite que o paciente coloque no mínimo 3 (três) coisas que não
gosta/gosta naquele ambiente. Em seguida, o terapeuta fornece ao paciente canetas
e/ou canetinha de várias cores e solicita que o paciente divida em pedaços como se
fosse uma pizza, o espaço que ocupa cada uma das coisas que gosta e não gosta que
foram mencionadas anteriormente. Ao final do exercício, é importante o terapeuta
questionar a respeito da conclusão do exercício solicitando que o paciente visualize as
coisas que gosta/não gosta no gráfico referente a lacuna que foi colocada e questionar
o pensamento absolutista do paciente, mostrando as partes que ficam “invisíveis”.

A seguir, apresentaremos duas colunas em branco para que preencha com o que achar mais conveniente.

131
GRÁFICO DE PIZZA
Coisas que eu não gosto em ________________? Coisas que eu gosto em ________________?

(Definir com o paciente. Ex: “Coisas que eu não (Definir com o paciente. Ex: “Coisas que eu gosto
gosto na escola”) na escola”)

Agora separe as coisas que gosta e que não gosta em partes (como se fosse uma pizza), como por
exemplo, “eu não gosto dos professores da escola” (25%).

132
RECURSO 49 – CRENÇAS PROBLEMÁTICAS
Referência: Bunge, Gomar & Mandil (2012)

Qual o tema do recurso?


Este recurso é utilizado na clínica com pré-adolescentes/adolescentes com a finalidade
de reestruturação cognitiva.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) que


estejam passando em atendimento psicoterápico na abordagem cognitivo-
comportamental com as mais variadas queixas (transtornos depressivos, transtornos
ansiosos, controle de raiva, etc)

O que é?

O recurso “Crenças Problemáticas” é um recurso utilizado em terapia cognitivo-


comportamental com pré-adolescentes/adolescentes trabalharem de forma conjunta
com o terapeuta com a finalidade de flexibilizar crenças problemáticas/desadaptativas.
O recurso é composto por regras rígidas que são comuns no contexto clínico com a
possibilidade do terapeuta estar acrescentando mais regras ou mesmo realizando
modificações pertinentes de acordo com as regras do próprio paciente que encontra-se
em atendimento

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Antes de iniciar a utilização deste recurso, é recomendado
que o terapeuta realize uma psicoeducação a respeito das crenças problemáticas e
crenças saudáveis (recomendo utilizar o material que encontra-se na seção de
psicoeducação). Este recurso pode ser utilizado de duas maneiras. O primeiro jeito é
utilizar o recurso no formato em que ele se encontra, utilizando as regras rígidas que já
encontram-se descritas e acrescentar outras que o paciente possui e juntamente com o
paciente, ir questionando socraticamente as regras rígidas e anotar as regras flexíveis
nas palavras do próprio paciente. O segundo jeito de utilizar este recurso (mais
recomendado), é apagar todas as regras rígidas e o terapeuta realizar a anotação antes
do atendimento ou durante o atendimento com o paciente e ir flexibilizando cada uma
das regras utilizando o mesmo procedimento clínico descrito anteriormente. Ao final do
exercício, é importante o terapeuta realizar a checagem do quanto o paciente acredita
na regra mais flexível e o quanto o paciente acredita na regra rígida, com a finalidade de
medir a eficácia da intervenção realizada.

133
CRENÇAS PROBLEMÁTICAS
A seguir você tem uma série de formas de pensar que são um tanto rígidas ou absolutas. Para
muitas pessoas pode ser útil para alcançar certas metas, mas quando não cumprem essas regras que são
impostas, sentem-se muito mal.
A ideia não é deixar de perseguir essas metas, mas saber tolerar quando as atingirmos. Para isso
pedimos que olhe se poderia pensar em algumas destas metas e ver se você pode flexibilizar um pouco.

REGRAS RÍGIDAS REGRAS FLEXÍVEIS


Tenho que fazer tudo perfeito

Se ele/ela não me quiser, nada faz sentido

Os outros são melhores que eu

Tenho que me esforçar para que gostem de mim

Eu não consigo resolver nada sozinho

Se me criticam é porque o que fiz está errado

Não posso mudar como eu me sinto, eu sou assim.

134
RECURSO 50 – POR QUE SIM, POR QUE NÃO
Referência: Bunge, Gomar & Mandil (2012)

Qual o tema do recurso?

Este recurso é utilizado na clínica com pré-adolescentes/adolescentes com a finalidade


de reestruturação cognitiva.

Qual o público-alvo?

Este recurso é destinado para pré-adolescentes e adolescentes (12 – 17 anos) que


estejam passando em atendimento psicoterápico na abordagem cognitivo-
comportamental com as mais variadas queixas (transtornos depressivos, transtornos
ansiosos, controle de raiva, etc)

O que é?

No contexto clínico, é muito comum a descrição absolutista de pré-


adolescentes/adolescentes no que se refere aos problemas que encontram-se
enfrentando na escola (“É IMPOSSSIVEL eu ir bem em matemática”), na família (“NUNCA
mais quero falar com a minha mãe”) e outros contextos. O recurso denominado como
“Por que sim, Por que não” é um recurso que tem como finalidade, a flexibilização de
pensamentos automáticos rígidos e disfuncionais do pré-adolescente/adolescente.

Como utilizar?

Este é um recurso que poderá ser utilizado tanto nos atendimentos presenciais como
nos atendimentos online. Antes de utilizar o presente recurso, verifique se o seu
paciente apresenta constantemente distorções cognitivas do tipo “tudo-ou-nada” na
descrição dos eventos que realiza durante o atendimento clínico, visto que esses
pacientes terão um maior benefício ao utilizarem o presente recurso. Inicia-se a
atividade, realizando o preenchimento do problema que o paciente encontra-se
enfrentando atualmente em sua vida e que desencadeia pensamentos dicotômicos e
em seguida, na primeira coluna, é importante que o paciente coloque os pensamentos
automáticos que referem a causa de por que aquele problema em específico é
impossível de se resolver e em seguida, na coluna da direita, o paciente coloca o
contrário, especificando o por que é possível de resolver aquele problema. Ao final do
exercício, é de suma importância pedir uma conclusão ao paciente a partir das duas
colunas que foram escritas e realizar a anotação ao final da página.

135
POR QUE SIM, POR QUE NÃO

Problema que estou enfrentando:________________________________________________________


(p ex: “Estou indo muito mal em matemática!”)

Por que é impossível (p ex: “Eu fiquei três vezes Por que é possível (p ex: “Eu consegui tirar 10
de recuperação esse ano”) na recuperação”)

Conclusão:

136

Você também pode gostar