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TRANSTORNO DO DÉFICIT

DE ATENÇÃO COM
HIPERATIVIDADE (TDAH)
O Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome
caracterizada por desatenção, hiperatividade e
impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos
outros em pelo menos dois contextos diferentes
(geralmente em casa e na escola/trabalho).
SEU DIAGNÓSTICO ATUAL É FEITO
● pelos critérios do DSM-5 com o uso de escalas
preenchidas responsáveis e pela escola. Diante da
suspeita de TDAH, é importante avaliar, na
anamnese, a história da doença atual, pré-natal
(uso de álcool ou tabagismo na gestação são
fatores de risco), perinatal, do desenvolvimento
(incluindo o desempenho escolar), pregressa
(trauma cranioencefálico e exposição a chumbo) e
familiar (principalmente de TDAH e problemas de
saúde mental).
TAMBÉM É PRIMORDIAL

● fazer exame físico detalhado atentando para sinais


vitais, exame cardiovascular, dermatológico,
neurológico incluindo a avaliação da coordenação
motora e desenvolvimento cognitivo.
● No momento, avaliações objetivas como testes
neuropsicológicos têm baixa evidência científica, já
o eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem
carecem de evidência científica. Estima-se que a
herdabilidade de TDAH seja em torno de 76%, mas
ainda não se descobriu padrão genético específico
necessário ou suficiente para transmissão do
TDAH.
COM PREDOMÍNIO DE
DESATENÇÃO
PREDOMÍNIO DE HIPERATIVIDADE E
IMPULSIVIDADE
ATENÇÃO
Caracterizado por quadros de agitação, impulsividade
e dificuldade de concentração, o transtorno do déficit
de atenção, nos últimos dez anos, ganhou maior
atenção de médicos, psicólogos e pedagogos porque
se passou a creditar a esse distúrbio boa parte dos
casos de mau desempenho escolar... Pais acusam
escolas de rotular suas crianças de hiperativas
indiscriminadamente, antes mesmo de obter um
diagnóstico médico, por falta de paciência dos
professores.
PREOCUPANTE

Isso nos faz observar uma


ênfase na medicalização da
educação, ao se classificarem
como patologia aspectos da
singularidade do indivíduo.
HISTÓRIA CLÁSSICA DE TDAH
Fase Sintomas comuns

Bebê difícil, insaciável, irritado, de

difícil consolo, maior prevalência


Bebê
de cólicas, dificuldade para

alimentar e problemas de sono.

Muito inquieto e agitado,

dificuldades de ajustamento,
Pré-escolar
desobediente, facilmente irritado e

extremamente difícil de satisfazer.


Escola elementar Incapacidade de se concentrar, distrações muito
frequentes, muito impulsivo, grandes variações
de desempenho na escola, se envolve em brigas,
presença ou não de hiperatividade.
Muito inquieto, desempenho inconsistente, sem
Adolescência conseguir se focalizar, problemas para
memorizar, abuso de substância, acidentes,
impulsividade, muita dificuldade de pensar e se
planejar a longo prazo.

Muito inquieto, comete muitos erros em


atividades que exigem concentração,
Adulto desorganizado, inconstante, desastrado,
impaciente, não cumpre compromissos, perde
prazos, se distrai facilmente, não fica parado,
toma decisões precipitadas, dificuldade para
manter relacionamentos e perde o interesse
rapidamente. (Para o diagnóstico em adultos, o
TDAH deve ter começado na infância e causado
prejuízos ao longo da vida).
QUEM PODE DIAGNOSTICAR TDAH
O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente
clínico, realizado por profissional que conheça
profundamente o assunto, que necessariamente
deve descartar outras doenças e transtornos, para
então indicar o melhor tratamento.
Somente um médico (preferencialmente
psiquiatra ou neuro), juntamente com psicólogo ou
terapeuta ocupacional especializados, podem
confirmar a suspeita de outros profissionais de
áreas afins, como fonoaudiólogos, educadores ou
psicopedagogos, que devem encaminhar a
criança para o devido diagnóstico
TRATAMENTO

O tratamento baseia-se em medicação e acompanhamento


especializado, com
apoio psicológico, fonoaudiológico, terapeuta ocupacional e
psicopedagógico.
É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização
de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os
mesmos possuem. Mais de 80% dos portadores de TDAH
beneficiam-se com o uso de medicamentos, como o
cloridrato de metilfenidato (Ritalina ou Concerta em sua
versão comercial), bupropiona, clonidina e antidepressivos
tricíclicos como a imipramina.
TRATAMENTO

Na escola o aluno com TDAH pode se concentrar


melhor na aula sentando na primeira fileira e longe
da janela. Aulas de apoio onde ele recebe atenção
melhor focalizada podem ajudar a melhorar seu
desempenho. É importante que os pais e
professores focalizem em recompensar onde seu
desempenho é bom, valorizando suas qualidades,
mais do que punir seus erros. E nunca
a punição deve ser violenta, pois isso torna a
criança mais agressiva e a leva a evitar e guardar
rancor, medo, raiva da pessoa que a puniu
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade e impulsividade nas
interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo,
impulsivo ou de uma oposição desafiante nas crianças em diversos contextos. Nesse
e em outros casos em que a família tem importante papel nos transtornos infantis não
basta medicar a criança, é necessário que OS PAIS façam psicoterapia junto com a
criança/adolescente.
COMORBIDADES
Dos hiperativos que buscam tratamento especializado, mais de 70% possuem
também algum outro transtorno, na maioria das vezes com transtorno de humor (como
depressão ou transtorno bipolar), transtorno de aprendizagem, transtorno de ansiedade ou
transtorno de conduta Dependendo da comorbidade o tratamento medicamentoso muda e o
acompanhamento psicológico se torna ainda mais necessário.
A taxa de comorbidade com transtornos disruptivos do comportamento
(transtorno de conduta e transtorno opositor desafiante)está situada entre 30% a 50%, com
depressão está entre 15% a 20%, com transtornos de ansiedade em torno de 25% e com
transtornos da aprendizagem entre 10% a 25%.
LIVROS RELACIONADOS A TDAH

Desatentos e
HiperativosDr.
Gustavo Teixeira
No Mundo da Editora Best Seller
LuaPaulo Mattos.

TDAH nas Escolas M.Books do Levados da BrecaDr.


Brasil Editora. Marco A. Arruda
Ivete A.a.c. Arruda, 2ª
edição – Ribeirão
TDA/TDAH - Sintomas, Preto.
Diagnósticos, e Tratamentos:
Crianças e AdultosPhelan, Thomas
W.
M.Books do Brasil Editora.
A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) é uma associação
de pacientes, sem fins lucrativos, fundada em 1999, com o objetivo de
disseminar informações corretas, baseadas em pesquisas científicas, sobre o
Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).

http://www.tdah.org.br
UM POUCO MAIS SOBRE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM
SUAS DIFERENÇAS

SÍNDROME DE DOWN= é causada


pela presença de três cromossomos 21
em todas ou na maior parte das células
de um indivíduo. Isso ocorre na hora da
concepção de uma criança. As pessoas
com síndrome de Down, ou trissomia
do cromossomo 21 (T 21), têm 47
cromossomos em suas células em vez
de 46, como a maior parte da
população.
ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELO EXCESSO
DE MATERIAL GENÉTICO NO CROMOSSOMO 21
DETERMINAM AS CARACTERÍSTICAS TÍPICAS
DA SÍNDROME:

●Olhos oblíquos semelhantes aos dos


orientais, rosto arredondado, mãos menores
com dedos mais curtos, prega palmar única
e orelhas pequenas;
●Hipotonia: diminuição do tônus muscular
responsável pela língua, dificuldades
motoras, atraso na articulação da fala e, em
50% dos casos, cardiopatias;
●Comprometimento intelectual e,
consequentemente, aprendizagem mais
lenta.
ALGUMAS DICAS
● A primeira e mais importante: o ponto de partida é
sempre o próprio aluno.
O processo de aprendizagem de cada estudante é
único, singular
. Por isso, é preciso, antes de qualquer coisa,
buscar conhecê-lo bem. E não há como o professor
fazer isso sozinho. A segunda principal dica tem a
ver exatamente com isso: é preciso desenvolver
uma dinâmica de trabalho colaborativo, que
envolva diretamente outros profissionais da escola,
professores criativos ou que já tenham experiência
com inclusão de estudantes com deficiência,
profissionais de saúde ou de outras áreas que
conheçam especificidades acerca do
desenvolvimento de seu filho, a família, os amigos,
SÍNDROME DE RETT

●Definida como uma desordem do


desenvolvimento neurológico relativamente
rara, tendo sido reconhecida pelo mundo no
início da década de 1980. Desde então,
diversos estudos já apontaram que pode
ocorrer em qualquer grupo étnico com
aproximadamente a mesma incidência. A
prevalência da Síndrome de Rett é de uma
em cada 10.000-20.000 pessoas do sexo
feminino.
● A Síndrome de Rett clássica se caracteriza como
uma doença neurológica progressiva que afeta
primariamente meninas. As pacientes apresentam
um desenvolvimento normal até 6 ou 18 meses de
vida, seguidos por um breve período de parada do
desenvolvimento.
● Em seguida, inicia o quadro de rápida regressão
do desenvolvimento neuropsicomotor, com
regressão da linguagem e das habilidades motoras,
seguido por um longo período de estabilização.
● Durante a fase de regressão podem aparecer
movimentos estereotipados de mãos,
adicionalmente choros inconsoláveis, gritos
desconexos, comportamentos autistas, ataques de
pânicos, bruxismo, episódios de apneia, ataxia,
tremores e convulsões, que também podem
aparecer.
SINTOMAS DA SÍNDROME DE RETT

● Os achados mais característicos são: período de


regressão do desenvolvimento (1- 4 anos) seguido
por período de estabilização (2-10 anos).
● Os achados frequentes são:
● Movimentos estereotipados com as mãos (bater
palmas, apertar as mãos, balançar as mãos)
● Perda parcial ou completa da fala
● Alteração na marcha
TRANSTORNO DESINTEGRATIVO NA
INFÂNCIA

●Também conhecido como


síndrome de Heller, é uma
doença grave, rara, de causa
desconhecida, que provoca perda
das habilidades já adquiridas nas
áreas da linguagem, interação
social e capacidades motoras.
● Nessa síndrome a criança apresenta
desenvolvimento motor e intelectual normal até os
3 anos de idade (ás vezes mais) e, a partir de
determinado momento, começa a perder todas as
capacidades anteriormente adquiridas, passando a
ter comportamento semelhantes aos do autismo.
● A fase de regressão dura de 4 a 8 semanas, onde
os principais sintomas são dificuldade em usar
palavras já conhecidas, perda de autonomia, perda
de controle intestinal, perda de interesse pelas
atividades sociais que costumava fazer,
isolamento, perda das capacidades motoras , como
correr e segurar objetos.
● A fase de regressão motora é a mais difícil, a
criança geralmente apresenta sinais de confusão e
agitação. Após essa fase desenvolve os
comportamentos parecidos com os do autismo:
evita contato visual, não gosta que lhe abracem,
beijem ou qualquer tipo de toque, e parecem viver
em seu próprio mundo.
● Uma criança com a síndrome pode apresentar os
seguintes comportamentos:
● • perder a vontade de brincar;
• perder o interesse por atividades
interessantes;
• evitar ficar perto de outras pessoas;
• evitar o contato visual;
• não aceitar abraços ou beijos;
• não conseguir completar frases;
• não entender o que os outros estão falando;
• não conseguir andar;
• não comer mais sozinha;
• fazer movimentos repetitivos;
• perder a capacidade demonstrar afeto;
• buscar o isolamento.
SINDROME DO X-FRÁGIL

● Está diretamente ligada a um defeito no


cromossomo X, o qual contém a causa mais
frequente do comprometimento intelectual com
caráter hereditário, afetando o desenvolvimento
intelectual e o comportamento de homens e
mulheres. Um em cada 4000 homens e uma em
cada 6000 mulheres são afetadas por esta
Síndrome. No Brasil não há estatísticas formais.
Constata-se, porém, um frequente
desconhecimento dessa causa de
comprometimento intelectual, tanto por parte de
profissionais da área da saúde como da educação
e, consequentemente, por parte da população em
geral. Portanto, não é uma síndrome rara. É pouco
conhecida e diagnosticada.
SÍNDROME DE TOURETTE
● É um distúrbio neurológico. Tipicamente, os
sintomas da ST aparecem na infância, e a época
mais comum para o surgimento dos movimentos é
nas séries iniciais do primeiro grau. Os aspectos
básicos que são necessários para o diagnóstico
da doença são:-múltiplos tiques motores
involuntários; tiques fônicos e vai e vem dos
sintomas; os tiques, embora involuntários, podem
ser suprimidos durante alguns segundos ou por
períodos mais prolongados.
TRANSTORNO OPOSITOR
DESAFIADOR (TOD)
● É uma condição responsável por comportamentos
que são completamente restritivos em ambientes
sociais. As crianças e os adolescentes incluídas
nesse quadro costumam manifestar momentos de
raiva, insubordinação, teimosia constante,
hostilidade, sentimentos de vingança e uma grande
dificuldade em obedecer a regras quando
solicitadas. As causas do transtorno desafiador
opositivo são desconhecidas. É mais provável que
ele ocorra com mais frequência em crianças de
famílias cujos adultos brigam em voz alta. Este
transtorno indica a presença de problemas
subjacentes que podem exigir mais investigação e
tratamento.
SÍNDROME DE WILLIAMS
● É uma desordem genética do cromossomo 7 que
atinge crianças de ambos os sexos e que pode
levar a problemas de desenvolvimento.
Caracterizada por "face de gnomo ou fadinha”,
nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados,
lábios cheios, dentes pequenos e sorriso frequente.
Estas crianças normalmente têm problemas de
coordenação e equilíbrio, apresentando um atraso
psicomotor.
TRANSTORNO BIPOLAR
● É um distúrbio psiquiátrico complexo, no qual a
alternância de humor costuma ser a característica
mais marcante. A pessoa pode apresentar
momentos de depressão e irritabilidade ou de
grande euforia. No entanto, dentro desses dois
polos existem outros sinais perceptíveis no dia a
dia dos indivíduos, pois esses traços são
marcantes. A bipolaridade infantil não fica atrás e
apresenta traços que precisam de atenção dos
adultos que estão por perto.
IMPORTANTE

A sociedade é responsável pelo


processo de inclusão da pessoa com
alguma deficiência ou transtorno. É
comum ver crianças discriminarem o
colega na escola por acreditar que ele é
“diferente". Neste momento, o papel do
educador é fundamental.
IMPORTANTE

O aprendizado do preconceito ocorre


como qualquer outro aprendizado,
então é preciso que os pais e
professores tematizem estes assuntos
humanitários com as crianças,
ensinando-as a não serem
preconceituosas, entendendo que as
diferenças não têm 'valoração', são
diferenças.
IMPORTANTE

Quando uma criança discrimina a outra,


os professores e pais devem intervir,
mostrando que é inadequado.
Lembrando que nenhuma criança nasce
preconceituosa, ela torna-se, na relação
com o adulto. Então se os adultos
acompanham o aprendizado e
orientam, a criança não vai tornar-se
preconceituosa.
IMPORTANTE
Não é à toa que este tema preocupa o Conselho
Federal de Psicologia (CFP).
Na sequência destacamos alguns aspectos que
devem ser considerados:

Na hora de adaptar um teste psicológico para


pessoas com deficiência, tenha muito cuidado.
Isso pode influenciar no resultado final. Nenhuma
adaptação deve ser feita sem um estudo prévio.
● Alguns ajustes podem alterar o construto que
deseja medir (exemplo: compreensão oral e
escrita).
REFERÊNCIAS

● DEA, V.H.S.D.; DUARTE, E. Síndrome de Down:


informações, caminhos, histórias de amor. Ed.
Phorte
● HOUNIE, A.G.; MIGUEL, E.C. Tiques, cacoetes,
síndrome de tourette: um manual para pacientes,
seus familiares, educadores e profissionais de
saúde – Ed. Artmed.
● JULIANELLI, R. Menina dos olhos: minha filha
com síndrome de Rett. Ed. Memnon.
IMPORTANTE

●Estude bem o seu público. Entenda a


forma como ele manuseará os
materiais do instrumento.
●E, por fim, avalie o impacto das
adaptações em relação à
acessibilidade, usabilidade e
objetividade. Sempre que possível,
consulte um especialistas da sobre o
teste que está sendo adaptado.
IMPORTANTE

●O papel do psicólogo vai além de ajudar


diretamente o indivíduo que tem a
deficiência. Ele também pode oferecer
suporte aos pais, principalmente quando se
trata de uma criança deficiente e há dúvidas
sobre o processo de desenvolvimento do
filho. Assim, ter a família como referência é
a primeira medida a ser tomada,
independente de como acontecerá a
terapia.
IMPORTANTE

●Vale lembrar que o psicólogo deve sempre


manter uma conduta imbuída de
compreensão, empatia, isenta de censura,
que apoie os familiares e propicie uma livre
manifestação de sentimentos frente à
situação de ter um filho com deficiência ou
transtorno. Dessa forma, é preciso que o
psicólogo avalie-se o tempo todo,
reconheça preconceitos, pré-conceitos,
valorações, medos e desafios.
REFERÊNCIA

●TRANSTORNO DO DÉFICIT DE
ATENÇÃO COM
HIPERATIVIDADE (TDAH)

●TEXTO ADAPTADO de Rafael Galiotto


Disponível em: http://www.tdah.org.br

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