Você está na página 1de 31

TEORIAS E TÉCNICAS

PSICOLÓGICAS I – COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
Psicólogo Ms. André Oliveira
Famílias e genograma

• Importância do conceito de triangulação.


Famílias

• Entrevistas conjuntas e individuais.

• Interação familiar estruturada.

• Socialização do modelo cognitivo comportamental.

• Discussão da resolução de problemas.

• Avaliação de vantagens e desvantagens de soluções propostas.

• Treino de Habilidades Sociais;


• Assertividade.
• Estratégias para o/a falante e para o/a ouvinte.
Técnicas de Intervenção

• Aumento de atividades prazerosas, reforço dos comportamentos.

• Identificação de erros cognitivos.

• Análise de evidências/ confronto de crenças/ reestruturação cognitiva.

• Desenvolver empatia.

• Técnica do bloco e do lápis.

• Intervenção em deficits e excessos emocionais.


Técnicas de Intervenção

• Role play e inversão de papeis;

• Tarefas de casa;

• Gravações de áudio e vídeos durante a semana.


Outras dificuldade

• Falta de tempo;

• Pressões da sociedade;

• Desgaste de manutenção de aparências;

• Valores diferentes, questões de gênero;

• Desequilíbrios de poder na relação;

• Violência doméstica.
Casais

• Conhecimento das múltiplas possibilidades de relacionamentos amorosos


que acompanham as mudanças sociais.

• Cuidados com o sigilo. Contrato terapêutico e comprometimento.

• Expectativas e Idealizações “Príncipes/princesas encantadas” – “mar de


rosas” – “Ser feliz para sempre”

• Relacionamento começa a ser construído com o namoro.

• Muitas vezes os casais só se apercebem dos problemas quando a relação


já está muito desgastada ou após acontecimentos drásticos.
Casais

• Compartilhar pensamentos, sentimentos e experiências abertamente,


aumenta a intimidade do casal.

• Assertividade com competência indispensável.

• Amor próprio – crenças construídas desde infância – apego.

• Casamento como um relacionamento sério entre dois adultos/as que


nutrem afinidade, afeto, desejo sexual*, admiração e cuja intenção é
construir uma vida em parceria.

*Existem pessoas para as quais esta componente não é relevante (ex: assexuais).
Objetivos

• Identificar as dificuldades individuais e de relacionamento conjugal.

• Investigar queixas relacionadas a dificuldades sexuais.

• Efetuar a análise funcional das queixas mencionadas.

• Implementar procedimentos terapêuticos visando o ajustamento do


casal.

Sessões podem ser com ambos/as ou com um/a por vez.


Casais

• Respeitar os gostos, negociar atividades, envolver-se nos interesses do/a


outro/a.

• Gestão de ciúmes e crenças associadas.

• Reconhecer possibilidade de existência do casal sem “desaparecimento”


dos indivíduos.

• Chegar a acordos sobre a educação de eventuais filhos/as.

• Analisar aspetos negativos mas também positivos do relacionamento.

• Relaxamentos, biblioterapias.
Casais

• Enfatizar mais no presente que pode ser mudado do que nas mágoas do
passado.

• Registo semanal de momentos agradáveis e desagradáveis.

• Melhor divisão das tarefas, do trabalho e das responsabilidades.

• Demonstrações de afeto.

• Evitar verbalizações quando estão nervosos/as. Efeitos do estresse.

• Reforçar os comportamentos entre si.


Leitura Obrigatória

•Dattilio, F. M. (2011). Manual de terapia


Cognitivo-Comportamental para Casais e
Familias. Porto Alegre: Artmed.
•(Capítulo 6)
Sugestão
Caso António

António tem 47 anos e é casado com Dulce de 45, há 22 anos. Têm


duas filhas adolescentes. Segundo o paciente, há uns tempos
encontrou um vibrador no meio dos objetos pessoais da esposa. Desde
essa altura que relata ter perdido qualquer tipo de interesse por
atividades sexuais. Sempre que a esposa o procura, finge estar
cansado ou que tem algo para fazer. Além do mais, esclarece que não
tem vontade de se masturbar ou relacionar-se com outras pessoas
fora do casamento.
Apesar de sentir que o seu casamento está a ficar danificado indica
“Nem fingir interesse consigo…”
Caso Dulce
Dulce tem 45 anos e é casada com António de 47, há 22 anos. Têm
duas filhas adolescentes. Segundo a paciente, desde sempre se sentiu
insatisfeita na intimidade com o marido. Refere que o marido “é
muito tradicionalista e pouco criativo, nunca fizemos sexo sem ser na
posição de papai e mamãe”. Como consequência, nas últimas relações
não conseguia ficar excitada. Indica que essas relações não eram
prazerosas e não conseguia nem sequer uma lubrificação vaginal
adequada para manter a relação confortavelmente. Dulce diz que
gostaria de inovar a sua vida sexual e refere que o marido ainda é um
homem atraente mas este já não a procura.
Além disto, a paciente conta que utilizando um vibrador e
masturbação consegue atingir níveis de excitação adequados.
Disfunções Sexuais

• Trabalhos de Albert Ellis – sexologia


• Masters & Johnson
• Relatórios de Kinsey
Cuidados

• Condições médicas;

• Medicações;

• Drogas;

• Mal estar clinicamente significativo;

• Outro transtorno mental;

• Efeitos individuais da idade;

• Bagagem étnica, cultural, religiosa e social do indivíduo (conhecer as


crenças).
Disfunções Sexuais

Cuidado!
Um "baixo desejo ou excitação” aparente pode refletir, ao invés disso,
uma necessidade excessiva de expressão sexual da parte do/a
parceiro/a.
Etiologia

• Falta de atração pela outra pessoa;

• Problemas conjugais;

• Ataque físico ou sexual;

• Falta de um diálogo adequado;

• Resposta condicionada (necessidade de relação rápida);

• Fatores religiosos.
Etiologia

• Falta de conhecimento sobre a anatomia e fisiologia sexual.

• Ausência de qualquer tipo de atividades sexuais


preliminares.

• Repertório sexual reduzido, deficit de habilidades sexuais.

• Roteiros sexuais.
Aspetos Cognitivos e Emocionais

• Personalização;

• Leitura Mental;

• Adivinhação do futuro;

• Vergonha;

• Medo de gravidez indesejada – ISTs;

• Ansiedade – Sistema Nervoso simpático.


Divisão simpática e parassimpática
Caso Jacó
Jacó tem 30 anos e é casado com Fanny de 25, há 3 anos.
O casal ainda não tem filhos. Jacó relata que na noite em que
conheceu Fanny sentiu muita vontade de ter relacionamentos sexuais
com ela e ficou surpreendido por ter sido correspondido pois, acha-
se um homem desinteressante e afirma que “o meu pénis não é
muito grande”. Nos primeiros tempos, o casal refere um
relacionamento sexual satisfatório mas, após o casamento, Jacó
começou a apresentar uma dificuldade em manter uma ereção
apesar da vontade em ter relações sexuais. Refere ser muito
ciumento e que o seu maior medo é que a mulher procure “outros
homens mais interessantes”. Por seu lado, já procurou
relacionamentos com prostitutas mas também não obteve ereções
perante os esforços destas. Curiosamente, o paciente refere atingir
ereções plenas durante a masturbação ou visualização de materiais
pornográficos.
Disfunção Erétil no Homem

• Elevada prevalência.

• Incapacidade persistente em atingir ou manter uma ereção.

• Alguns sujeitos apenas perdem a ereção a meio da relação ou


após a penetração.

• Frequente associação com ansiedade, medo, preocupações


acerca do desempenho…
Avaliação e Tratamento

• Formulação de caso cuidada.

• Capacidade de discutir o tema sem preconceitos ou vergonha.

• Trabalho com o casal quando possível.

• Em caso de dependência ou abuso de substâncias começar o


tratamento por estas questões.

• Psicoeducação.

• Bem-estar e satisfação sexual mutua ao invés de objetivos socialmente


estimulados.
Tratamento

• Comunicação entre os membros do casal e assertividade.

• Compreender a variabilidade da resposta sexual.

• Desconstruir ideias erróneas associadas à disfunção erétil


(relação com a homossexualidade).

• Pensamentos intrusos não são eróticos e perturbam a


excitação.

• Mitos (“homem deve sempre o 1º a demonstrar


interesse”).

• RPD.
Tratamentos

• Materiais audiovisuais eróticos.

• Treinamento da masturbação.
• Orgasmo
• Stop-start

• Dilatação progressiva da Vagina (dessensibilização sistemática).

• Técnicas de Relaxamento.

• Focalização sensorial.

• Planejamento.
Tratamento

• Não ver o coito como uma obrigação nem manter uma penetração
mecânica.

• Focar mais nas sensações do que na preocupação de atingir o


orgasmo.

• Cuidado para estar atendo ao empirismo colaborativo e não ser


demasiado diretivo/a.

• Roteiro sexual real vs ideal.

• Negociar e reconhecer preferências.


Leitura Obrigatória

Caballo, V. E. (2011). Tratamento Cognitivo-


Comportamental dos Transtornos Psicológicos.
São Paulo: Santos
(pp. 267-298)
Referências
• American Psychiatric Association (2014). DSM-5 - Manual diagnóstico e estatístico
de transtornos mentais (5ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
• Beck, A. T. (1995). Para Além do Amor. Editora Rosa dos Ventos.
• Beck, J. S. (2013). Terapia Cognitivo-comportamental: Teoria e Prática. Porto
Alegre: Artmed.
• Caballo, V. E. (2011). Tratamento Cognitivo-Comportamental dos Transtornos
Psicológicos. São Paulo: Santos.
• Dattilio, F. M. (2011). Manual de terapia Cognitivo-Comportamental para Casais e
Familias. Porto Alegre: Artmed.
• Morris, C. G. & Maisto, A. A. (2004). Introdução à psicologia (6ªed). São Paulo:
Pearson Makron Books.
• Knapp, P. (2004). Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva. In P. Knapp (ed).
Terapia Cognitivo-Coportamental na Prática Psiquiátrica. Porto
Alegre:Artmed.
• Rangé, B. (2011). Psicoterapias Cognitivo-comportamentais: Um diálogo com a
psiquiatria (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
• Sudak, D. M. (2008). Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática. Porto
Alegre: Artmed.
• Wright, J. H., Basco, M. R., & Thase, M. E. (2018). Aprendendo a Terapia Cognitivo-
Comportamental (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed.

Você também pode gostar