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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Faltam

parâmetros necessários ou estes estão incorretos.

1º CICLO EM PSICOLOGIA

Caso Clínico - Ana

Ana é uma mulher de 30 anos que aparenta ter 20 e que por vezes se comporta
como se tivesse 5. Mostra-se agreste, inconstante, manipuladora, impossível de agradar e
está convencida de que os outros nunca lhe fazem tudo quanto merece. Fica facilmente
frustrada, em especial nas relações sentimentais, e já cometeu meia dúzia de tentativas de
suicídio (até agora sem consequências).
Embora seja muito inteligente, cause uma primeira boa impressão e consiga ser
uma trabalhadora muito eficiente, o seu desempenho nos estudos, no emprego e na terapia
tem sido inferior ao esperado por si. Frequentou 3 escolas preparatórias e desistiu da
faculdade. Tem um emprego que considera “abaixo do seu nível” como ocupação
temporária, porque já foi despedida de diversos empregos por insubordinação. A doente
acredita que não consegue trabalhar durante muito tempo em qualquer local ou em
qualquer função sem se aborrecer. Tem iniciado e abandonado todas as espécies de
psicoterapias desde os 23 anos de idade, sem que até agora mostre qualquer benefício.
A evolução de Ana é caracterizada por períodos de relativa estabilidade, pontuados
por período tempestuosos ocasionados pela sua reacção excessiva às frustrações da vida
diária, particularmente de natureza romântica. Entre estes períodos, a doente pode mostrar-
se razoável e responsável, mas quando perde a calma “o diabo fica à solta”. As suas
emoções fortes e negativas, especialmente de cólera, enchem a sua mente com
pensamentos racionais e ela torna-se desesperada e impulsiva.
Ana vem à consulta porque se sente desapontada, saiu recentemente de m processo
terapêutico e refere que nunca mais quer ver o terapeuta e está a pensar em suicidar-se.
Iniciou o tratamento com ele há 7 meses, ficou inicialmente muito impressionada com o
seu aspecto e maneiras e pareceu acalmar-se e comportar-se bem durante as sessões. Há 2
semanas, ficou a saber, através de uma amiga, que o terapeuta era casado. Na sessão
seguinte, Ana considerou que o terapeuta estava a dar-lhe muito menos atenção e não lhe
sorriu no fim da sessão. Sentiu-se rejeitada e colérica e convenceu-se de que ele era “tal
qual os outros – um f…. da p… indiferente”. Voltou para casa e disse ao namorado que se
ia matar porque “não existe amor no mundo”.
Ana nunca teve mania, hipomania ou depressão que tivesse uma duração
significativa. A doente costuma “estar em baixo” apenas durante alguns dias e este estado
desaparece “depois de ter recuperado forças” ou “quando alguém interessante me convida
para sair”.

Tendo em conta o material clínico do caso descrito anteriormente aponte de forma


compreensiva os seguintes aspetos:

1. Possíveis alterações psicopatologicas relacionadas com a perceção, pensamento, linguagem,


afetos e psicomotricidade (explique e dê exemplos, referenciando o texto).

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