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DE PERSONALIDADE E AS
ESTRUTURAS PERVERSAS
Sintomas Iniciam-se na adolescência e continuam por toda vida adulta, podendo ser
atenuados na velhice. Em graus variados, o distúrbio influencia todas as
facetas da personalidade, incluindo cognição, humor, comportamento e
relacionamento interpessoal.
Distúrbio de personalidade
Primário Secundário
Decorrente de
condição médica ou
Inicia-se na doença cerebral
adolescência, detectável.
propagando-se para Também pode ser
a vida adulta, com secundário a doença
comprometimento psiquiátrica grave ou
global da a experiência
personalidade catastrófica e
impactante na vida
do paciente
Transtorno de personalidade (DSM-IV, CID-10)
O termo perversão, que tem origem no latim perversione, designa o ato ou efeito de perverter-
se, isto é, tornar-se perverso ou mau, corromper, depravar, desmoralizar. Pode designar ainda
a alteração ou transtorno de uma função.
Na tradição da medicina, esse termo foi reservado para designar o desvio ou a perturbação
de uma função normal, sobretudo no terreno psíquico e, mais propriamente, no terreno da
sexualidade.
Perversão: substantivo, adjetivo, advérbio ou verbo.
Como substantivo: transforma uma prática ou uma pessoa em objeto de conhecimento,
enquanto o conhecimento do sujeito é a condição da liberdade.
Classificar um individuo de “pervertido” é reproduzir a objetificação e a desumanização
características da própria perversão.
O verbo, “perverter”: associado coloquialmente a algo que altera o “curso normal das
coisas” e é um crime previsto em lei;
No terreno terapêutico, “perverter” é mais comumente sinônimo de violentar”, “abusar” –
donde “abuso de drogas”, “abuso infantil”, “abuso sexual de crianças”, “violência sexual”,
etc.
O adjetivo “pervertido” não contém tanto a reprovação, mas qualifica o objeto, e pode
qualificar uma forma de pensamento, uma crença, uma resposta emocional à vida, um
ato sexual, um ato violento ou um assassinato.
Em razão do peso que o termo perversão traz consigo, muitas vezes mais associado
a uma forma de julgamento moral do que a uma estrutura psíquica especifica, muito
já se discutiu sobre a convivência de mantê-lo no vocabulário psicanalítico.
O D.S.M. não se fala em perversão, mas em parafilia, palavra que designa algo
como o “gosto pelo acessório” ou por aquilo que não é o principal, o que vem a ser,
na prática, o não genital.
As estruturas trianguladas têm uma referência central: o registro da interdição e da permissão, elas inscreveram no
inconsciente a lei do terceiro (a metáfora paterna).
As estruturas não trianguladas ou foracluídas não instituíram a ordem simbólica, incapazes de lidar simbolicamente
com as separações. permanecem abertas
As foracluídas/psicose estruturas que não realizaram a “brecha” entre a fantasia (imaginário) e o real, não possuem a
válvula, e a comunicação entre o imaginário e o real permanece aberta.
Diferença funcional entre elas que não é necessariamente patológica..
ESTRUTURAS PSÍQUICAS
Como se dá a brecha entre a fantasia e a realidade
1 2 Criança 3 Criança
Fantasia F
Dentro
Função FM
Materna Furo
Realidad R
Fora
e
Criança Criança
FORACLUIDA
4 Criança 5 Criança
F F
FM
Função
Paterna
FM < FP
R R <
Criança Criança Válvulas de abertura-
NEURÓTICA fechamento entre a fantasia-
ATUADORA realidade
NORMÓTICA
FONSECA, J. Essência e personalidade: elementos de psicologia relacional, São Paulo: Ágora, 2018.
ESTRUTURAS: SAÚDE E PATOLOGIA
<
Foraclusão Atuação Normose
Psicose Psicopatia Neurose
FONSECA, J. Essência e personalidade: elementos de psicologia relacional, São Paulo: Ágora, 2018.