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TRANSTORNOS MENTAIS

ENFERMEIRA ELAINE BUCHELE


SAÚDE MENTAL E DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE

 SAÚDE MENTAL X DOENÇA MENTAL


 Várias teorias já tentaram definir o conceito de saúde mental.
 Diversos aspectos do funcionamento individual.
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não existe definição “oficial” de
saúde mental.
 De um modo geral, poderíamos definir saúde como o nível de qualidade de vida
cognitiva ou emocional de cada pessoa, incluindo sua capacidade de apreciar a vida e
procurar um equilíbrio entre suas atividades.
SAÚDE MENTAL E DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE

 O QUE É SAÚDE MENTAL?


 Conceito amplo.
 Equilíbrio emocional interno e as exigências ou vivências externas.
 Capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo
espectro de variações.
 Capacidade de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e
espaço.
 É buscar viver a vida na sua plenitude máxima, respeitando o outro.
SAÚDE MENTAL E DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE

 CRITÉRIOS PARA SE TER UMA BOA SAÚDE MENTAL


 Crescimento, desenvolvimento e autorrealização;
 Integração e resposta emocional;
 Autonomia e autodeterminação;
 Percepção apurada da realidade;
 Domínio ambiental e competência social;
 Atitudes positivas em relação a si próprio.
CONCEITOS

 PSIQUIATRIA
 A psiquiatria tem um projeto especifico, que é o tratamento medicamentoso.
 SAÚDE MENTAL
 A saúde mental esta voltada mais para o biopsicossocial do
individuo/família/comunidade
 Conceito de prevenção
 Saúde pública
FATORES PREDISPONENTES AOS TRANSTORNOS MENTAIS
 FATORES FÍSICOS OU BIOLÓGICOS
 Alterações ocorridas no corpo como um todo, em determinado órgão ou no sistema nervoso
central (SNC);
 Fatores genéticos ou hereditários (tendências, predisposições);
 Fatores pré-natais (condições da gestação) – álcool, drogas, medicações, estresses, depressão;
 Fatores perinatais – durante o nascimento do bebê, sofrimento fetal, placenta prévia, uso de
fórceps, outros;
 Fatores neuroendocrinológicos (tireoide) – mudanças hormonais podem influenciar nosso estado
de humor ou até mesmo estados psicóticos, como psicose puerperal, depressão pós-parto ou
transtorno pré-menstrual (TPM);
 Fatores ligados à doença orgânica – abuso de substâncias psicoativas, traumatismos
cranioencefálico (acidentes),intoxicações, infecções (meningite).
FATORES AMBIENTAIS

 SOCIAIS: interações que temos com os outros, nossas relações pessoais, profissionais
e/ou em grupos. As pessoas significativamente importantes na nossa vida ficam
marcadas em nós, na maneira de pensar e agir. Ex.: se em nossa infância aprendemos
que existem pessoas que não são confiáveis, é provável que tenhamos dificuldades para
confiar em alguém na nossa vida adulta; ou se nos colocam medo de certo objeto ou
momento, certamente iremos ter medos também quando adultos.
 CULTURAIS: modificam-se de país para país, de estado para estado, ou seja, a noção
de certo e errado muda conforme o grupo de convívio (religioso, escola, família, país,
cultura)
 ECONÔMICOS: a miséria pode levar ao aumento da criminalidade e essa, ao
aumento da tensão do nosso dia a dia; Consumismo e Endividamento.
FATORES EMOCIONAIS OU PSICOLÓGICOS
 NASCIMENTO: formação da personalidade, segurança, confiança, adaptação às mudanças da família
com a presença de um novo integrante; violência e abandono na infância.
 MUDANÇAS: adaptação a ambiente, pessoas, locais de trabalho, nova profissão, novo chefe, novas
regras, emprego (novo, perda, promoção ou rebaixamento, aposentadoria); relacionamentos (separação,
divórcio, quando um filho sai de casa); saúde (doença, ferimento, acidente); perda de propriedade,
mudança de fuso horário, de estado ou país, de casa ou de cidade.
 ESTUPRO: o impacto do estupro pode ser devastador. O acompanhamento de vítimas de estupro tem
repetidamente demonstrado maior tendência a apresentar, a curto e longo prazos, transtornos
psiquiátricos.
 DESASTRES: o acidente ou desastre não necessariamente precisa ser com o indivíduo. Ele pode ter
acontecido em locais distantes e com pessoas desconhecidas. Ex.: algumas pesquisas mostraram um
aumento de atendimentos em pronto socorros de casos de pânico depois da queda das torres gêmeas
(World Trade Center).
 LUTO: é um processo de sofrimento geralmente associado à morte de uma pessoa amada.
PERSONALIDADE

 Tudo aquilo que distingue um individuo de outros, ou seja, o conjunto de


características psicológicas que determinam a sua individualidade pessoal e social.
 A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único de cada
individuo.
 Personalidade e uma característica individual que influencia diretamente a vida de
cada um.
FREUD

 Desenvolvimento da personalidade por estágios.


 A experiência da infância tem forte influência sobre a personalidade do individuo
adulto.
 Estrutura da personalidade
(Freud organizou a estrutura da personalidade em três componentes principais: id,
ego e superego.)
ESTRUTURAS DA PERSONALIDADE

 Id: é o princípio do prazer. Presente ao nascimento, busca satisfazer as necessidades e obter


gratificação imediata. Os comportamentos podem ser impulsivos e irracionais.
 Ego: também denominado eu racional ou princípio da realidade. Começa a se desenvolver entre
os 4 e 6 meses de idade. Ele vivencia a realidade do mundo externo, adapta-se a ele. À medida
que se desenvolve e ganha força, o ego procura fazer as influências do mundo externo agirem
sobre o id, para substituir o princípio do prazer pelo da realidade. Sua principal função é manter
a harmonia entre o mundo externo, o id e o superego.
 Superego: princípio da perfeição, desenvolve-se entre os 3 e 6 anos de idade. Ele internaliza os
valores e princípios morais estabelecidos pelos responsáveis pelo indivíduo. Ele é importante
para a socialização, pois ajuda o ego no Controle dos impulsos. Mas quando se torna muito
rígido e punitivo, podem ocorrer baixas autoconfiança e autoestima.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE

 Distúrbio grave do comportamento que envolve todas as áreas de atuação da pessoa,


resultando em rupturas pessoal e social.
 Predisposição genética/hereditária. São notados no final da infância ou na adolescência.
 Diagnóstico difícil
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ASPECTOS BÁSICOS:
GRUPO A: COMPORTAMENTOS DESCRITOS COMO ESTRANHOS
OU EXCÊNTRICOS
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE PARANOIDE: CID F60.0

 Apresenta sensibilidade exagerada a qualquer momento;


 Tende a guardar ódio, rancores, recusando-se a perdoar; sempre desconfia; distorce
as situações;
 Interpreta erroneamente as ações amistosas de outros;
 Luta pelos seus direitos pessoais; apresenta suspeita em relação a qualquer tipo de
fidelidade, seja paterna, conjugal ou de amizade;
 Autovaloriza-se excessivamente; vê em tudo uma relação misteriosa entre si; esta
sempre preocupado com eventos conspiratórios.
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE ESQUIZOIDE: F60.1

 Frios e distantes emocionalmente.


 Afetividade embotada, poucas atividades de prazer, capacidade limitada para
expressar sentimentos calorosos ou de raiva.
 Indiferentes a elogios ou a críticas, com interesse sexual diminuído.
 Há preferência por realizar atividades solitárias, não possuindo amigos íntimos ou
relacionamentos confidentes.
 Apresenta preocupação excessiva com fantasias e introspecção e insensibilidade
marcante para com normas.
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA (F.21)

 Seus portadores apresentam afeto inapropriado e constrangido;


 Retraimento social;
 Crenças estranhas e pensamentos mágicos;
 Aparência estranha ou excêntrica;
 Não têm amigos ou pessoas confidentes;
 Ideias paranoides; pensamento vago e estereotipados.
GRUPO B: COMPORTAMENTOS DESCRITOS COMO DRAMÁTICOS
E EMOCIONAIS.
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL (CID-10: F 60.2):

 Indiferença pelos sentimentos alheios;


 Atitude persistente de irresponsabilidade e desrespeito por normas;
 Estabelece relacionamentos, mas é impossível mantê-los por muito tempo;
 Pouca tolerância a frustrações, com baixo limiar para descarga de agressão;
 Nunca experimentam sensações de culpa nem aprendem com experiências, mesmo
sendo punidos severamente;
 Têm propensão a culpar os outros ou oferecer respostas plausíveis para a situação.
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE BORDERLINE (CID-10: F 60.31)

 Instabilidade na regulação do afeto e dos impulsos. Alguns sinais e sintomas


apresentados são: raiva, tristeza, vergonha, pânico, terror e sentimentos crônicos de
vazio e solidão.
 Labilidade do humor.
 Impulsividade manifestada de duas formas: atitudes autodestrutivas (automutilação,
ameaças e tentativas de suicídio).
 Impulsividade: abuso de drogas, desordens alimentares, participação em orgias e
explosões verbais.
 Profundo medo de abandono, ameaçando as pessoas com esforços excessivos para
evitá-lo (ex.: relacionamentos conjugais).
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA(F60.4)

 Pessoas dramáticas, teatrais, exageradas, superficiais e lábeis nos relacionamentos.


 Chamam a atenção para si mesmas e são preocupadas excessivamente com a
aparência e atração física.
 Controlam pessoas e circunstâncias para conseguirem o que querem (manipuladoras).
 Exigem atenção a todo instante, e acham que outros só lhe darão atenção se agirem
por extremos caminhos.
 Possuem sempre uma imensa vontade de seduzir, entretanto tendem a evitar relações
afetivas autênticas, profundas e íntimas.
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE NARCISISTA (F60.8)

 Apresentam um padrão generalizado de grandiosidade, falta de empatia e


hipersensibilidade à avaliação alheia.
 Geralmente reagem às críticas com sentimentos de raiva, vergonha ou humilhação.
 Exploram os sentimentos interpessoais para atingir seus objetivos.
 Acham-se muito importantes, exagerando em suas aquisições e talentos, sua vontade
de poder, beleza e amor ideal.
 Esperam sempre ser tratados de modo especial devido as suas qualidades, exigindo
constante atenção e admiração.
GRUPO C: COMPORTAMENTOS DESCRITOS COMO ANSIOSOS OU
MEDROSOS
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE DE ABSTENÇÃO OU ESQUIVA.
(F60.6)

 Padrão de desconforto social, medo de avaliação negativa e timidez que se inicia nas
primeiras etapas da idade adulta.
 As pessoas com distúrbios da personalidade de abstenção estabelecem relações com
os outros apenas se acreditarem que não serão rejeitados.
 Estão sempre preocupadas com seus próprios defeitos.
 A perda e a rejeição são tão dolorosas, que preferem a solidão a se arriscar em um
relacionamento.
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE (F60.7)

 Dificuldade de tomar decisões na vida, permitindo que outras pessoas o façam.


 Subordina suas próprias necessidades às dos outros;
 Tem dificuldades para fazer exigências; sente-se inconfortável ou desamparada
quando sozinha por medo exagerado de auto cuidar-se.
 Para tomar uma decisão cotidiana necessita de vários conselhos.
DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVO

 Caracteriza-se por sentimentos de dúvida e de cautela excessivos e preocupações com


detalhes, regras, ordem, organização e perfeccionismo que interferem na conclusão
das tarefas, além de preocupação com detalhes irrelevantes, como trabalho, excluindo
o prazer.
 Sempre rígido e teimoso, insiste para que todos se submetam à sua maneira de fazer
as coisas.
TRANSTORNOS DO HUMOR (AFETIVOS)
AFETIVIDADE
SIGNIFICADO PSICOLÓGICO DE AFETO
HUMOR

 Emoção pervasiva e mantida que dá colorido às percepções do mundo.


 Somatória de emoções e sentimentos que estão presentes na consciência do indivíduo
num determinado momento.
 Estado de disposição básica, difusa e prolongada da afetividade do sujeito.
 Capacidade polarizável
CÓDIGO INTERNACIONAIS DE DOENÇAS CID- 10

 F 30 - EPISÓDIO MANÍACO
 F 31 - TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
 F 32 - EPISÓDIO DEPRESSIVO
 F 33 - TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE
 F 34 - TRANSTORNO RESISTENTE DO HUMOR
 F 38 - OUTROS TRANSTORNOS DO HUMOR
 F 39 - TRANSTORNO DO HUMOR NÃO ESPECIFICADO
TRANSTORNOS DO HUMOR - AFETIVOS

 Alteração do humor ou do afeto, no sentido de uma depressão ou elação;


 Modificação do nível global de atividade;
 São Recorrentes;
 Relação estreita com situações ou fatos estressantes;
 Acomete ~18% da população
EPISÓDIO MANÍACO
F31 TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

 Dois ou mais episódios de perturbação do humor e do nível de atividade do sujeito.


 Alternância entre Elevação do humor e aumento da energia e da atividade (mania) e
rebaixamento do humor e de redução da energia e da atividade (depressão).
 Pacientes que sofrem somente de episódios repetidos de hipomania ou mania são
classificados como bipolares.
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

 Doença psiquiátrica crônica que evolui em episódios ou continuamente;


 Alternância no humor:
 Da depressão à euforia.
 Da normalidade à exaltação ou à raiva e à tristeza.
O TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR PROVOCA:

 Distorção do humor e pensamentos, provoca comportamentos terríveis, destrói a base


do pensamento racional e com grande frequência mina o desejo e a vontade de viver.
 Esta é uma doença que é biológica em sua origem, porém tem uma característica
psicológica em sua vivência;
 Uma doença que é singular por conferir vantagens e prazer, trazendo porém em seu
rastro um sofrimento quase que insuportável e, não raro, suicídio.”
FORMAS DO TAB
MANIA
MANIA
MANIA
 Sentimento de invencibilidade;
 Sintomas psicóticos:
DIAGNÓSTICO

 Tardio – apesar de iniciar cedo a evolução é lenta;


 Difere quanto ao seu curso;
 Histórico do paciente;
 Histórico familiar;
 Clínico: não há exames!
TRATAMENTO

 Tratamento Família;
 Mania ou hipomania: o paciente não acha que está doente;
 Medicamentos;
 Fase aguda;
 Prevenir recaídas;
TRATAMENTO

 Manter qualidade de vida:


 Hábitos saudáveis de vida: Alimentar-se e dormir bem, fazer exercício físico
regularmente, evitar o uso de drogas;
 Estabilidade;
 Medicamentoso;
 Psicoeducação;
 Psicoterapia – TCC;
TRATAMENTO TAB
 O tratamento do TAB se faz com o uso de estabilizadores de humor(EH).
 O EH mais utilizado mundialmente é o Lítio, no Brasil utiliza-se o carbonato de lítio.
 Em alguns casos é necessário a utilização conjunta de antidepressivos, antipsicóticos,
ansiolíticos.
 Por se tratar de uma doença grave, o uso de um único medicamento geralmente é
insuficiente para o controle completo dos sintomas.
 A carbamazepina, oxcarbazepina e o ácido valpróico também se mostram eficazes.
 Acompanhamento psiquiátrico por longo período deve ser seguido, associado com
psicoterapia que colabora no tratamento comportamental e cognitivo.
MEDICAÇÃO UTILIZADA NOS TRANSTORNOS DO HUMOR
MEDICAÇÃO UTILIZADA NOS TRANSTORNOS DO HUMOR
DEPRESSÃO
DEPRESSÃO

 Com grande expressividade no cenário mundial, a depressão tem apresentado índices


alarmantes nos últimos tempos. Já chamada de “o mal do século”, deve atingir entre
15% e 20% da população mundial, no mínimo uma vez na vida. De acordo com a
OMS (Organização Mundial de Saúde), até o ano de 2020, tende a ocupar o 2º lugar
entre as causas de ônus gerados por doenças degenerativas e mortes prematuras.
DEPRESSÃO (DEFINIÇÃO)

 Depressão é um transtorno mental, causado por uma complexa interação entre fatores
orgânicos, psicológicos, ambientais e espirituais, caracterizado por angústia,
rebaixamento do humor e pela perda de interesse, prazer e energia diante da vida.
SINTOMAS

 Podemos agrupar os sintomas em 5 áreas distintas:


 Humor;
 Cognição ou pensamento;
 Aspectos somáticos;
 Expressão corporal e vida social.
SINTOMAS

 a) Sintomas relacionados com o humor:


 Tristeza;
 Emotividade;
 Angústia;
 Irritabilidade;
 Ansiedade;
 Anedonia;
 Desmotivação.
SINTOMAS
 b) Sintomas cognitivos:

 Baixo rendimento intelectual;  Auto-imagem negativa;


 Falta de fé (em si, em Deus, na vida, nas  Pessimismo;
pessoas e nos tratamentos);  Desvalorização da vida;
 Sentimento de abandono e/ou rejeição;  Sentimento de culpa;
 Assuntos constantes sobre morte;  Idéias de suicídio.
 Sentimento de inferioridade;
 Falta de sentido na vida;
 Baixa auto-estima;
SINTOMAS

 c) Sintomas somáticos:
 Hipersonia;
 Insônia;
 Perda de apetite;
 Aumento de apetite;
 Diminuição da libido;
 Redução do interesse sexual;
 Baixa no sistema imunológico.
SINTOMAS
 d) Expressão corporal:
 Cabeça baixa;
 Peito embutido;
 Coluna curvada;
 Dificuldade em olhar as pessoas nos olhos;
 Olhar desvitalizado;
 Despreocupação com a higiene pessoal;
 Despreocupação com a aparência;
 Respiração superficial;
 Movimentos lentos e contidos.
SINTOMAS

 e) Vida social:
 Isolamento;
 Desinteresse pelos estudos;
 Desinteresse pelo trabalho.
FATORES DE RISCO
 Entre as pessoas que têm maior probabilidade de vir a desenvolver depressão, estão:
 Aquelas que já tiverem episódios depressivos anteriores;
 Aquelas que possuem familiares com histórico de depressão;
 Aquelas que apresentam dificuldades de relacionamento;
 Vítimas de discriminação social;
 Doentes;
 Mulheres no intervalo de 18 meses após o parto;
 Usuários de álcool;
 Usuários de drogas;
 Portadores de outros transtornos mentais.
RECORRÊNCIA

 Estudos revelam que quanto maior o número de episódios depressivos que a pessoa já
teve, maior é a chance de recorrência, ou seja, apresentar novamente o quadro clínico.
A probabilidade de uma pessoa que já teve depressão apresentar o segundo episódio é
de 35%, o terceiro é de 65% e o quarto episódio tem 90% de chance de acontecer.
EPDEMIOLOGIA

 80% dos deprimidos tem intenção suicida, (as mulheres estão mais propensas a tentar
suicídio, mas os homens têm mais “êxito” em suas tentativas).
 Entre 10% e 15% das pessoas com depressão põem fim à própria vida;
 O suicídio apresenta números mais elevados na faixa etária compreendida entre 15 e
44 anos, com relevância para os momentos de transição de fases (adolescência/fase
adulta; meia idade/velhice).
GENÉTICA

 Observações feitas ainda no século XIX por psiquiatras europeus como Morel,
Griesinger, Maudsley e Kraepelin já davam conta que esse distúrbio afetivo parecia se
concentrar mais em determinadas famílias. Portanto, desde essas observações
clínicas, tem-se procurado demonstrar a existência de um componente genético para
as depressões.

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