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Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia

Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem


Professor: Cláudio Ludgero Monteiro Pereira
Turma: 1PGIN SL.3 /BL.II Data: 09/10/2018
Aluna: Silvia Carvalho da Silva

INTRODUÇÃO

Na primeira infância os principais vínculos, bem como os cuidados e


estímulos necessários ao crescimento e desenvolvimento, são fornecidos
pela família. A qualidade do cuidado, nos aspectos físico e afetivo-social,
decorre de condições estáveis de vida, tanto socioeconômicas quanto psicossociais. No ambiente familiar,
paradoxalmente, a criança tanto pode receber proteção quanto conviver com riscos para o seu
desenvolvimento. Fatores de risco relatados se referem frequentemente ao baixo nível socioeconômico e à
fragilidade nos vínculos familiares, podendo resultar em prejuízos para solução de problemas, linguagem,
memória e habilidades sociais.
Um estudo brasileiro com populações urbanas de baixa renda, identificou níveis psicossociais de risco ao
desenvolvimento das crianças no ambiente familiar. Considerou como ambientes potencialmente danosos
aqueles que incluem baixos níveis interativos e de envolvimento socioemocional entre adultos e crianças,
presença de controle punitivo e restritivo, e níveis mínimos de organização familiar.

Diante da importância da família na construção de um ambiente doméstico dotado de práticas psicossociais


favoráveis ao desenvolvimento infantil, o presente trabalho tem como objetivo analisar a associação entre a
qualidade do estímulo presente no microssistema familiar e avaliar o desempenho cognitivo de crianças de 0
a 3 anos de idade. Considerando a influência dos motivos de ordem social como: desejo de aprovação social,
de simpatia, de instinto gregário, e os motivos de ordem emocional, que são indispensáveis para a adaptação
social

ESTUDOS TEORICOS

1. A teoria JAMES-LANGE (1880) – desenvolvida pelos psicólogos William James (USA) e Carl
Lange (Dinamarca) esta teoria acredita que a emoção é uma alteração fisiológica provocada por
estímulos do ambiente, transmitida pela percepção sensorial.
2. A teoria CANNON-BARD (1920) – desenvolvida por William Cannon e Phillip Bard afirma que as
alterações fisiológicas que levam a emoção ocorrem simultaneamente a percepção de estímulos do
meio ambiente.
3. A teoria COGNITIVISTA (década de1960) surgiu a partir das pesquisas sobre a inteligência e
conhecimento (cognição) e postula que a emoção dependerá da percepção que o homem tem sobre
determinada situação, isto é, dependerá de como entendemos, compreendemos determinada situação.
4. FREUD (1910 ) - um dos grandes pensadores do século XX - amplia o conceito de emoção para o de
afeto e demonstra através da Psicanálise que o que registramos em nossa psique são as
representações afetivas vinculadas às experiências emocionais.
O QUE É EMOÇÃO

Estudo etimológico: emoção se origina de duas outras palavras do latim – ex movere – que significam em
movimento, o que faz sentido se pensarmos que as emoções nos levam a praticar uma ação, normalmente,
movimento feito involuntariamente. Com o auxílio dos desenvolvimentos tecnológicos, pesquisadores estão
descobrindo que a emoção influi diretamente no nosso sistema imunológico, na nossa saúde – o mal do
século XXI, o stress é de origem fundamentalmente emocional – é o resultado da incapacidade de lidar coma
as emoções; aliás, esta capacidade, foi definida como uma das múltiplas inteligências do ser humano
(inteligência emocional), pelo psicólogo americano Howard Gardner (1999).

CARACTERÍSTICAS DE ALGUMAS EMOÇÕES

 Medo - Provocado em crianças de alguns meses por ruídos fortes, estímulos dolorosos e súbita falta
de apoio. Lentamente, o medo vai sendo uma reação mais limitada a certas situações especificas e
surgem reações de prudência, de cuidado e de aflição.
 Cólera - A criança quando frustrada, tende a destruir os objetos que se encontram à sua frente. Como
o medo, a cólera se ramifica em emoções e sentimentos, e os mais notados são o ódio, o ciúme, o
desprezo, o ressentimento e a vingança. No acesso de cólera, ou de raiva, ela se lança contra o
ambiente, sem se sentir insegura. Embora provocada por frustrações durante o processo de
ajustamento, a cólera pode decorrer de causas internas: frustrações inconscientes, deficiências
intelectuais, fadiga, sono, fome, doenças e aborrecimentos em geral.
 Prazer - Emerge da satisfação das necessidades orgânicas do bebê, ou pela presença de familiares. A
agitação dos membros e o sorriso são algumas das características observadas. O organismo depois se
relaxa e esse relaxamento sinestésico leva a criança ao sono. No pré-escolar, prazer como produto da
satisfação das necessidades fisiológicas, o alimento e a aprovação social. O prazer se ramifica em
vários sentimentos e emoções, entre os quais são bem notados o amor, o jubilo e a afeição.

DESENVOLVIMENTO AFETIVO-SOCIO-EMOCIONAL

Para começarmos a discorrer sobre o aspecto afetivo e social, é necessário primeiramente definirmos o que
são esses. Por conseguinte Oliveira (2008, p. 37) escreve que por aspecto afetivo e social “podemos entender
que é a relação da criança com o adulto, com o ambiente físico e com outras crianças”. Aqui são entendidos
como todos os aspectos de socialização e desenvolvimento de traços de personalidade tais como
organização, disciplina, responsabilidade, coragem e solidariedade. 

A própria criança percebe-se e percebe os seres e as coisas que a cercam, em função de sua pessoa. Sua
personalidade se desenvolverá graças a uma progressiva tomada de consciência de seu corpo, de seu ser, de
suas possibilidades de agir e transformar o mundo à sua volta. (MEUR e STAES, 1989, p. 9). 
Este mundo de emoções mais tarde dará origem ao mundo da representação. O movimento, como um
elemento básico de reflexão humana, aparece depois como um fundamento sociocultural e dependente de
um ‘contexto histórico e dialético’. Wallon afirma que é ‘sempre a ação motriz que regula o aparecimento e
o desenvolvimento das formações mentais’. Na evolução da criança, portanto, estão relacionadas à
motricidade, a afetividade e a inteligência. (OLIVEIRA, 2008, p. 33, grifos do autor). 

O bebê age movido por suas necessidades, medos e aflições. No início de seu desenvolvimento emocional, a
forma pela qual a criança se livra das vivências desagradáveis que não consegue conter, é pela descarga
motora e através das atividades corporais como mordida e chute. Ao significar o que é fome, sede, dor,
alegria, raiva, tristeza, ou seja, a multiplicidade das vivências emocionais que experiência, vai possibilitando
à criança a representação e a simbolização do mundo de coisas e de afetos compartilhados pelos humanos
através da linguagem verbal, gestual, mímica, corporal e etc.
FASES DO DESENVOLVIMENTO

Pré-Natal (Zigoto, 0 a 2 semanas -união do óvulo e espermatozoide;


Embrião (2 semanas a 2 meses) - mudanças com o crescimento do organismo,
Feto (2 a 9 meses) - nos anos 60 foi possível estudar o bebê no útero e tornou-se incontestável a evidencia
fisiológica de que o feto ouve, reage ao estresse, tem sensações, faz experimentações, tem medo, se assusta e
etc. O bebê está em contato constante com as emoções da mãe através das variações circulatórias e
neurofisiológicas. O meio intra-uterino pode reger significativamente a formação das características
comportamentais, físicas e emocionais dos bebês.
Neonatal (nascimento) - a presença amorosa e tranquilidade dos pais, contato, desde o 1º dia de vida, o
colo, o embalo, o carinho, o sorriso, a voz suave, as canções em sussurros, ensinarão que o “mal estar” e a
“frustração” (decepção) tem um limite, que depois dela virá a gratificação e o bebê desenvolverá
normalmente varias funções mentais e emocionais.
2 a 3 meses - Já se percebe o esboço de satisfação, excitamento, alegria, ou angústia na expressão
fisionômica. para de chorar quando o pegam ao colo. Sorriso provocado em respostas aos agrados dos
adultos.
4 a 5 meses - ri alto, e dá gargalhadas.
6 meses - começa manifestar desprazer.
7 a 8 meses - chora alto e grita. Mostra ansiedade na identificação de pessoas conhecidas e estranhas e reage
com violentas reações de temor.
9 meses - aprecia a companhia e demonstra alegria em vê
10 a 12 meses - apresenta reações desagradáveis quando provado da companhia de pessoas amigas. Nota
outras crianças e as aprecia. Fica encabulada na presença de estranhos
15 meses - apresenta certo grau de altivez. Mostra entusiasmo por objetos de seu agrado e irrita-se quando
procuram tira-los.
18 meses - presta atenção na musica. Marcha, sacudindo o corpo todo acompanhando uma musica
barulhenta.
2 anos -Tranqüila, pelo menos mais calma em relação ao ano anterior. Seu bebê está dando lugar a uma
criança com um corpo uma mente e uma série de atitudes bem diferentes. É uma fase de transição entre
comportamento de bebê e um desejo cada vez maior de ser independente para descobrir o mundo.
3 anos - Enxergando a si mesma como uma pessoa inteira. Corpo, mente e sentimento. Ela não para! Escala,
pula, corre com mais facilidade, à medida que sua coordenação se aprimora. Acentua-se o desenvolvimento
da linguagem e habilidades cognitivas. Muitas vezes não é capaz de distinguir entre fantasia e realidade.

AUTOCONCEITO E AUTOREGULAÇÃO

Autoconhecimento
Quem sou eu? Eu gosto disso ou prefiro aquilo? Essas indagações só vão passar pela cabeça do seu
filho por volta dos 3 anos. É quando ele vai começar a se questionar, a se perceber e, claro, a expressar suas
vontades, agora com motivos e razões mais consistentes. Aos poucos, ele vai se conhecer melhor e isso será
fundamental para que ele pense e aja com mais segurança, respeitando o que sente. Também é o primeiro
passo para se relacionar com as pessoas à sua volta. “A criança aprende primeiro a se relacionar com ela
mesma, a entender o que sente, para depois transferir esse conhecimento para a relação com o outro”, diz a
psicopedagoga Quézia Bombonatto. Incentive seu filho a perceber quais são suas preferências, pergunte,
peça para ele explicar, conte as suas próprias histórias. Sempre ofereça opções e pergunte de qual ele gosta
mais e o porquê.

Autoregulação
Levar a criança a buscar formas mais autoreguladas para expressar seu temperamento ou para
manifestar-se emocionalmente em condições desfavoráveis é a grande missão de seus cuidadores. O perfil
dos cuidadores da criança é decisivo para que ela aprenda a ser construtiva afetivamente e flexível em suas
ações motoras e atencionais. Pais explosivos e impacientes acabam criando filhos com perfil muito parecido
e o contrário é condizente. Crianças resilientes são muitas vezes frutos de relações onde os temperamentos
se acomodam e se entendem apenas pelo olhar e para resultar num bem comum. Estas crianças aprendem
melhor pois seu ambiente cerebral consegue “abrir” mais conexões com os mais diversos momentos e
pessoas não se negando a viver estes momentos e com estas pessoas.

HABILIDADES QUE A CRIANÇA PRECISA DESENVOLVER

Autoconfiança
Ressaltar as qualidades do seu filho e mostrar que você acredita na capacidade dele é a chave para que
ele faça o mesmo. Na hora de repreendê-lo, por exemplo, foque no comportamento ruim em vez de rotulá-
lo. “É preciso censurar o fato e não quem o praticou. Se eu digo a uma criança que ela é teimosa, ela vai
acreditar nisso e se tornar mais teimosa”, explica Edimara de Lima, psicopedagoga e diretora da Prima
Escola Montessori, em São Paulo. Reforce o que for positivo, mas não elogie sempre, só por elogiar, para
não criar uma postura arrogante nem uma pessoa que não saberá lidar com críticas. No dia a dia, mostre que
ele pode contar com seu apoio para realizar tarefas simples, como escovar os dentes, mas, ao mesmo tempo,
dê autonomia para que ele aprenda a fazer sozinho e encontre a sua própria maneira.

Coragem
Ter medo de algo que não conhecemos ou não conseguimos entender é natural, e até esperado. Toda
criança já teve medo do escuro ou do bicho papão. Para ajudar seu filho a encarar esses e muitos outros
receios que vão surgir (do vestibular, de aprender a dirigir e até de conhecer a sogra), dê espaço para que ele
expresse e entenda o que está sentindo. Uma boa dica é usar livros e filmes que falem sobre esses medos. O
primeiro dia na escola pode parecer assustador, mas depois que ele enfrentar as primeiras horas e se
acostumar com a classe vai perceber que está tudo bem, e que ele nem precisava ter ficado com tanto medo.
“A coragem é essencial para que possamos aceitar desafios, ir atrás dos nossos objetivos, aprender coisas
novas e defender os nossos valores”, afirma Steven Brion-Meisels, educador que há mais de 35 anos
trabalha com o tema e é professor da Escola Superior de Educação de Harvard, da Lesley University (ambas
nos EUA) e da Universidade de Los Andes (Bogotá, Colômbia).

Paciência
“Tá chegando?” Quantas vezes você já ouviu isso durante uma viagem longa? Aprender que não
podemos controlar tudo e que é preciso saber esperar não é fácil nem para nós, adultos, imagine então para
uma criança que está ansiosa, entediada ou ainda não entende totalmente a passagem do tempo. Mas as filas
de banco e as salas de espera de consultórios médicos são apenas algumas das situações que vão exigir do
seu filho paciência. Mostre para ele que cada coisa tem o seu tempo. Um jogo em família ou uma conversa
na mesa de jantar são bons exemplos de situações cotidianas em que cada um precisa esperar a sua vez, seja
para jogar ou para falar e ser ouvido.

Persistência
Quando estiver aprendendo a andar, seu filho vai se desequilibrar e cair, e por isso mesmo precisa do
seu apoio e incentivo para perceber que um pouco de treino e muita persistência vão garantir seus primeiros
passos. E esse é apenas um dos muitos desafios que ele vai enfrentar, então não caia na tentação de fazer
tudo por ele. “O estímulo positivo é importante. Mostre que o fato de ele não ter sucesso naquele momento,
naquela atividade específica, não quer dizer que ele nunca vai conseguir vencer o desafio”, diz Quézia
Bombonatto, terapeuta familiar e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Só assim ele vai
poder traçar metas e superar os obstáculos para alcançar seus objetivos sem desistir no meio do caminho.

Tolerância
Quando vai para a escola, seu filho entra em contato com dezenas de outras crianças com realidades e
comportamentos diversos e muitas vezes totalmente diferentes de tudo que ele conhece. Aprender a aceitar
essas diferenças é o começo do caminho para uma convivência tranquila e harmoniosa com o outro. “É
importante criar oportunidades de interações mais cooperativas, como jogos coletivos, para que a criança
comece a conhecer tanto as regras quanto as necessidades dos outros”, afirma o psicólogo Ricardo Franco de
Lima, especializado em Neurologia Infantil. E os seus modelos também contam muito para o
desenvolvimento da tolerância do seu filho. Ele só vai aprender a compreender o outro se vir os pais fazendo
isso no dia a dia. Quer um exemplo? Sua atitude com os mais velhos é que vai ajudá-lo a ter paciência com
os avós e com o irmão mais novo.

Controle dos impulsos


Uma sala vazia, uma criança de quatro anos e um marshmallow. A proposta é simples: ela pode comer
o doce ou esperar e ganhar mais um, ficando com dois. Esse teste foi criado por um pesquisador da
Universidade de Stanford (EUA) há mais de 50 anos para analisar quais crianças eram capazes de controlar
suas emoções para conseguir conter seus impulsos.
O estudo voltou a analisar as mesmas crianças anos depois, no ensino médio, e aquelas que resistiram
à tentação de comer o primeiro marshmallow por cerca de 20 minutos tinham um desempenho escolar maior
do que as que comeram. Isso porque elas sabiam adiar a satisfação para ter uma recompensa. “Querer não é
errado, mas nem sempre é possível ter o que queremos, por isso é tão importante controlar o desejo e as
reações frente aos impulsos”, diz o psicoterapeuta Iuri Capelatto. Em casa, terá dias que ele vai querer comer
correndo para ganhar logo a sobremesa. Mas ensine que ele deve, primeiro, esperar todos acabarem o jantar.

Resistência às frustrações
“Dizer não é a maior prova de amor que um pai pode dar”, afirma a psicóloga Ceres de Araújo. É
assim, com pequenas doses de frustração, que seu filho vai aprender a lidar com as adversidades e a superar
os problemas sem se deixar abater. Isso é o que os especialistas chamam de resiliência, ou seja, a capacidade
de sobreviver às dificuldades e usá-las como fonte de crescimento e aprendizado. Se ele não souber lidar
com pequenos “nãos”, como “aí não pode”, “é hora de ir embora”, “esse brinquedo é caro demais”, terá mais
dificuldade de aceitar e superar o não do chefe ou da namorada, por exemplo. E tentar poupá-lo só vai
atrapalhar. “Os pais precisam parar de confundir felicidade com satisfação de desejos. As crianças precisam
ter contato com pequenas impossibilidades para poder lidar com as maiores depois”, completa a
psicopedagoga Edimara. Portanto, não se culpe por ter de dizer não a ele de vez em quando. Isso só fará bem
para todos vocês!

Comunicação
Conversar sobre o que seu filho fez durante o dia é um estímulo para que ele aprenda a organizar as
ideias e transformá-las em frases de uma forma que os outros possam compreender. Provavelmente a
primeira resposta será “legal”, mas não desista! Fazer outras perguntas ou até falar sobre o seu dia também
pode ajudar. Afinal, de nada vai adiantar ele ter boas ideias se não conseguir contá-las aos outros. “Outras
atividades que favorecem a interação verbal também são importantes, como contar e recontar histórias,
interpretar essas mesmas histórias e ler um livro junto com os filhos”, diz o psicólogo Ricardo Franco de
Lima. Mas mesmo antes de aprender a falar, o bebê já se comunica por meio de gestos e precisa ser
estimulado a verbalizar. Se ele apontar para um objeto, por exemplo, em vez de entregá-lo prontamente,
pergunte o que ele quer, fale o nome do objeto e dê um tempo para ele tentar articular alguns sons. Depois
que ele aprender a ler e escrever, procure ensiná-lo também que, além da linguagem do bate-papo com os
amigos, será importante para a vida que ele saiba o português formal, por mais complicado que isso possa
parecer.

Empatia
Até por volta dos 2 anos, a criança só consegue ver as coisas a partir da sua perspectiva. A partir dessa
idade ela já consegue se colocar no lugar do outro e pode começar a exercitar plenamente a empatia. “Para
que seu filho entenda o que outra pessoa está sentindo, ele precisa de ajuda para reconhecer, nomear e
expressar suas próprias emoções, bem como as consequências das suas ações”, diz o psicólogo Ricardo de
Franco Lima. Diante de um conflito, pergunte por que ele agiu assim, o que pensou e sentiu e incentive-o a
imaginar o que o outro está sentindo também, levantando possibilidades, mas deixando que ele mesmo crie
maneiras de resolver a briga.

APRENDIZAGEM E MATURAÇÃO

A maturação é constituída no processo de desenvolvimento pelas mudanças do organismo que ocorrem de


dentro para fora do indivíduo. Mas apesar destas mudanças acontecerem apenas quando existe uma
predisposição natural no organismo do indivíduo elas dependem de estimulação no meio ambiente para se
desenvolverem plenamente.

A aprendizagem, diferente da maturação, envolve uma mudança duradoura no indivíduo, que não está
marcada por sua herança genética. A aprendizagem se constitui no processo de socialização do indivíduo e
desenvolve gostos, habilidades, preferencias, contribui para formação de preceitos, vícios medos e
desajustamentos patológicos.
De maneira geral, concluindo-se pelas próprias definições acima, a influência dos professores é restrita aos
padrões de maturação dos alunos. Na aprendizagem esta influência pode ser determinante, com
consequências que podem ser tanto positivas quanto negativas. As características especificas do ser humano:
a fala, a noção de tempo, a cultura e a capacidade de abstração, confere uma qualidade única ao estudo do
seu comportamento
A criança em seu processo de percepção, pode observar-se simultaneamente como sujeito e objeto, como
conhecedor e como o que deve ser conhecido. A criança molda os seus múltiplos padrões de comportamento

CONCLUSÃO
A interação da criança com o adulto ou com outras crianças é um dos principais elementos para uma
adequada estimulação no espaço familiar. Os processos proximais são mecanismos constituintes dessa
interação, contribuindo para que a criança desenvolva sua percepção, dirija e controle seu comportamento.
Fazer amigos, expressar raiva de forma saudável, solucionar conflitos, cuidar de alguém que se feriu. Essas
são algumas das qualidades que descrevem o arco do desenvolvimento social e emocional saudável. Como
qualquer outra capacidade, crianças pequenas desenvolvem essas habilidades a pequenos passos ao longo do
tempo, estabelecendo relações e construindo seu próprio ambiente físico e social.
 A família desempenha ainda o papel de mediadora entre a criança e a sociedade, possibilitando a sua
socialização, elemento essencial para o desenvolvimento cognitivo infantil. Sendo um sistema aberto que se
desenvolve na troca de relações com outros sistemas, tem sofrido transformações, as quais refletem
mudanças mais gerais da sociedade. Dessa maneira surgem novos arranjos, diferentes da família nuclear
anteriormente dominante, constituída pelo casal e filhos, qualquer que seja a sua estrutura, a família
mantém-se como o meio relacional básico para as relações da criança com o mundo.
A ecologia do desenvolvimento humano, formulada por Bronfenbrenner & Ceci, 6 salienta a complexidade
das inter-relações no ambiente imediato. Ele depende da existência e natureza das interconexões com outros
ambientes complementares, permitindo contextualizar os fenômenos do desenvolvimento nos vários níveis
do mundo social.
O processo de educação de uma criança não pode ser adiado, muito menos negligenciado, ela cresce e ensaia
seus sentidos, tudo de forma muito rápida, portanto é preciso pensar em seu desenvolvimento, em seu
processo de educação de forma plena, integral. E é exatamente nesse amplo sentido que se enquadra o
desenvolvimento socioemocional. Como o próprio nome já evidencia, SOCIOEMOCIONAL têm relação
direta com o social e com o emocional. Na prática, significa AUTOCONHECIMENTO, AUTONOMIA,
ESTABILIDADE EMOCIONAL, SOCIABILIDADE, CAPACIDADE DE SUPERAR FRACASSOS,
CURIOSIDADE, PERSEVERANÇA, entre outros.

REFERÊNCIAS:

DINIZ, Caetano da P. S.; PEREIRA, Cláudio L. M.;GONÇALVES, Oneli de F. T. Psicologia da


Aprendizagem. Universidade do estado do pará, Centro de Ciências sociais e educação- CCSE. Belém 2010.

www.appai.org.br/o-desenvolvimento-socioemocional-das-criancas/

https://neurosaber.com.br/desenvolvimento-emocional-infantil-na-aprendizagem/

http://www.enciclopedia-crianca.com/funcoes-executivas/segundo-especialistas/funcao-executiva-e-
desenvolvimento-emocional

https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2013/07/10-habilidades-emocionais-que-
criancas-precisam-desenvolver.html

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