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Relações

Precoces
Relações precoces
 O ser humano tem uma dupla vertente:

biológica social

 Como estas duas dimensões estão de tal modo integradas, o psicológico Henri
Wallon definiu o ser humano como um ser biologicamente social.

 Desde que nasce até à sua morte o ser humano vive integrado no meio social.
Só sobrevivemos graças á interação com os outros, num meio construído e
modificado que dá respostas às nossas necessidades pois precisamos dos
outros para o nosso bem-estar físico e psicológico. Somos decididamente
dependentes: precisamos de estar com os outros. A presença dos outros, a sua
influência, é uma constante no nosso pensamento e no nosso
comportamento.
Caracterização das relações precoces
 A vocação social manifesta-se logo após o nascimento
nas relações precoces que o bebé estabelece com a
mãe e com os adultos que cuidam do recém nascido.

 Estas relações e as que vamos desenvolvendo ao longo


da vida vão moldar a nossa personalidade (explicar o
que sentimos, gostamos,...).

 É nas relações com os outros que o nosso eu se


constrói, nas suas múltiplas manifestações.

 Ou seja, as relações precoces vão ter um papel


fundamental na construção de relações com os outros e
na construção do eu psicológico.
A imaturidade do bebé humano
 O bebé nasce como um ser imaturo e
essa imaturidade revelou-se um
elemento decisivo no desenvolvimento
da espécie pois torna-o dependente dos
outros (diferente dos outros animais)
para se alimentar, para ser protegido,
enfim para sobreviver.
As competências básicas do bebé
 Graças ao avanço tecnológico, é possível captar o momento exato onde os
bebés começam a expressar as suas emoções e ao contrário do que se
pensava o bebé não é um ser passivo nos primeiros tempos de vida e tem sim
um conjunto de capacidades e competências que estimulam aqueles que o
rodeiam para satisfazer as suas necessidades. Por isso, conclui-se que as
capacidades de comunicação do bebé são muito superiores do que aquilo que
se julgava.

 Com isto podemos também concluir que o bebé não é um ser passivo que se
limita a receber cuidados e sim um ser ativo, pois emite sinais daquilo que
pretende e que responde, com agrado ou desagrado, ao tratamento
disponibilizado. O bebé influencia o modo como os adultos dispensam os
cuidados que este necessita.
As competências básicas do bebé
 Estudos mostram que desde o seu nascimento, o bebé é capaz de dirigir a
sua atenção para estímulos do meio ambiente : distingue sons, vozes, imagens
e odores.

 O bebé decorre a vários comportamentos para chamar á atenção dos seus


cuidadores para obter cuidados e exprimir o seu agrado ou desagrado, como:
- choro;
- contacto físico;
- sorriso;
- expressões faciais;
- vocalizações.
Sorriso
 O sorriso é uma das formas de comunicação que desencadeia confiança e
afeto reforçando os esforços dos adultos para satisfazer o bebé.

 Após alimentado e ao adormecer os bebés Nota : O primeiro sorriso pode


ocorrer logo após o nascimento, de
podem esboçar sorrisos. Estes sorrisos são modo espontâneo, devido á
involuntários, automáticos e reflexos. atividade do sistema nervoso central

 Acredita-se que é entre as 6 e as 12 semanas de vida que o


sorriso se torna um ato intencional, onde o bebé não só sorri para a mãe mas
também para qualquer outra pessoa que lhe apareça à frente. No 3° mês é
mais duradouro, passando a riso no 4° mês. A partir do 6° mês o bebé apenas
sorri para as faces que lhe são conhecidas: sorriso social. O sorriso é um sinal
que reforça as relações positivas do adulto, favorecendo a sua repetição. É um
comportamento intencional que visa manter a comunicação com aqueles que
tratam do bebé
O choro
O choro é o meio mais eficaz para manifestar uma
necessidade ou mau estar. Os psicólogos estudaram os
vários tipos de choro, ao qual identificaram 4:
- choro básico de fome;
- choro de raiva;
- choro de frustração ;
- choro de dor
 
As expressões faciais
 Emoções manifestam-se através de expressões faciais;
 Valor comunicacionais;
 Diferença clara entre bebés e adultos;

As vocalizações
 Lalação;
 Entre os 3 e os 6 meses;
 A partir dos 6 meses, através das lalações das crianças, é possível distinguir-se as
crianças surdas das que ouvem bem;
 
Graças a este tipo de estratégias e competências desenvolvidas, os bebés têm a
capacidade de se expressarem permitindo-lhes enviar sinais aos adultos;
Competências básicas da mãe
 Interação equilibrada- exige que mãe interprete adequadamente os sinais
emitidos pelo bebé e responda de forma apropriada;

 Entre o nascimento e os 18 meses, o bebé mantém uma relação privilegiada


com a mãe;

 A relação entre o bebé e a mãe oscila entre confiança ou desconfiança;


- Confiança: o bebé acredita que as suas necessidades serão satisfeitas,
sentindo-se seguro, refletindo-se nas relações futuras ao longo da sua vida

- Desconfiança: se a mãe não responder positivamente podem desenvolver-se


sentimentos de desconfiança que se manifesta-se através dos medos, receios,
inseguranças. O mundo surge-lhe como imprevisível e ameaçador.
Competências básicas da mãe
- Confiança Básica: torna a criança independente;

 Se a mãe tiver um bom desempenho na relação com


o bebé, o mesmo será capaz de encarar o mundo de
forma positiva. Caso contrário poderá desenvolver
sentimentos de ansiedade que terá consequências
negativas no psíquico do bebé.

 Função da mãe - transformar, organizar as


emoções básicas do bebé para poder devolvê-las
numa linguagem que ele possa entender, tais como,
o gesto e o som.
Exemplo.: toque físico; brincadeiras; fala; e.t.c.
Competências básicas da mãe
 Modelo continente-conteúdo: uma mãe continente
reage às necessidades do bebé de forma calma e
ponderada, acolhendo as angústias e o desconforto
do mesmo. Transmite uma sensação de
tranquilidade e estabelece uma relação de harmonia
essencial.

 Importância das fantasias da mãe face ao bebé:


- É criado um vínculo ao bebé com suposições tais
como: o sexo do bebé, com quem será parecido, como
se comportará; antes mesmo do seu nascimento.
A estrutura da relação do bebé com a
 O inacabamento do bebé humano mãe
torna as relações precoces essenciais para a
sua sobrevivência e desenvolvimento. Essas relações são ricas e complexas e
estabelecem-se desde o nascimento.

 A prematuridade do recém-nascido permite-lhe o desenvolvimento


de competências relacionais com quem dele cuida.

 A importância da relação de vinculação


- As primeiras fases da vida são decisivas para o desenvolvimento
de uma criança. As relações que estabelece com o mundo que o
rodeia, especialmente com os pais, asseguram-lhe as condições
necessárias para a sua sobrevivência e desenvolvimento, como
alimento, o abrigo, o conforto e a segurança
A estrutura da relação do bebé com a
mãe
 O médico e psiquiatra John Bowlby desenvolveu uma teoria a partir da seguinte
hipótese:
- A RELAÇÃO PRIVILEGIADA QUE O BEBÉ ESTABELECE COM A MÃE É
DECISIVA PARA O SEU DESENVOLVIMENTO FÍSICO E PSICOLÓGICO
 Bowlby designa por “vinculação” os laços entre mãe e bebé. A vinculação é a
necessidade de criar/manter relações próximas de afetividade com os outros,
no caso do bebé, é a necessidade de apego para garantir a proteção e
segurança. Esta necessidade é como ficar com fome ou sede, é uma
necessidade básica.

 Na teoria de Bowlby, para assegurar estas relações existem esquemas


comportamentais inatos e que se manifestam logo após o nascimento,
permitindo criar os laços com pessoas próximas. Comportamentos como chorar,
sorrir, mamar, agarrar, seguir com o olhar contribuem para manter essa ligação.
A investigação de Bowlby
 Bowlby investigou a relação entre as perturbações de comportamento e a infância.
Nesta investigação combinou os dados do trabalho de Konrad Lorenzque
desenvolveu o conceito de Imprinting.

 Os recém-nascidos fixam a sua preferência relativamente aos indivíduos com quem


contactam logo após o nascimento. O Imprinting dirige-se à mãe, geralmente. Na
sua experiência, Lorenz demonstrou com gansos que os recém-nascidos seguem o
primeiro animal/objeto que se move e que vê pós o nascimento.

 A teoria da vinculação aparece em 2 artigos: The nature of love de Harry F. Harlow e


The nature of the child’s tie to his mother de Bowlby. As conclusões de ambos os
autores foram semelhantes: a proximidade física do progenitor é necessária e inata
e é essencial ao desenvolvimento mental do ser humano.
A investigação de Bowlby
 Bowlby desenvolve um conjunto de investigações para
esclarecer a importância das relações precoces das
crianças com os seus progenitores.

 Numa das suas investigações constatou que a


separação dos pais desenvolve efeitos negativos a nível
físico e psicológico das crianças.

 Para além dos seus estudos, baseou-se também nas


conceções de Darwin e Lorenz para defender a teoria
de que a vinculação aos progenitores responde a 2
necessidades: proteção e socialização.
Outras Investigações
 A psicóloga Mary Ainsworth estudou no Uganda o efeito da separação com 28 bebés.

 Constatou que se a relação com os pais gera segurança nos bebés e estes sabem que
a relação se mantem apesar da separação, a criança vai sentir-se mais livre para
descobrir o mundo e criar novas relações.

 De regresso aos estados unidos, aprofundou a sua investigação através de uma


experiência que ficou conhecida como “Situação estranha”, onde estudou o efeito da
separação e reencontro de bebés de 12 a 24 meses com a mãe:
- A criança está com a mãe numa sala;
- Uma pessoa estranha entra e junta-se a elas;
- A mãe abandona a sala, deixando a criança com a pessoa estranha;
- A pessoa estranha abandona a sala deixando a criança sozinha;
- A pessoa estranha regressa para junto da criança;
- A mãe regressa para junto da criança.
Outras Investigações
 A forma como o bebé reagia, quer à ausência e ao regresso da mãe, refletia o seu
equilíbrio emocional.

 Das suas observações, distinguiu 3 categorias de vinculação:


- Vinculação segura;
- Vinculação evitante;
- Vinculação ambivalente/resistente

Vinculação segura: a criança chora e protesta perante a ausência da mãe e procura o


contacto físico logo que a mãe volta a entrar na sala.
 
Vinculação evitante: a criança mostra-se indiferente à separação e ao regresso da mãe.
 
Vinculação ambivalente/resistente: criança que mostra ansiedade mesmo antes de a
mãe sair e perturbações quando abandonada na sala, hesitando entre a aproximação e o
afastamento quando regressa.
Outras Investigações
 Com estes estudos concluíram a grande importância das
primeiras vinculações, a sua qualidade influência as
relações que a criança estabelecerá no futuro.

 Mary estudou também a relação pai-filho


com a mesma experiência (situação estranha). Concluiu
que a criança manifestava os mesmos sentimentos com o
pai como com a mãe, no entanto, os sentimentos
revelaram-se mais intensos com a mãe do que com o pai.

 Esta reação pode estar relacionada aos papéis de “mãe”


e de “pai” na sociedade, onde geralmente é a mulher que
tem a seu cargo as crianças.
Críticas
 A experiência “situação estranha” tem sido alvo de várias críticas:
- Carater artificial que pode conduzir a conclusões desadequadas, por isso os investigadores
procuram complementá-la com a observação das crianças em ambiente natural, nos seus
contextos de vida.
-Esta caracterização do tipo de vinculação parte de um modelo inserido no contexto da
sociedade ocidental e em determinados tipos de família.

 O crítico Thomas S. Weiner descreve uma aplicação da experiência em que a criança


apresentava uma “vinculação evitante” o que indicaria uma criança em risco, no entanto, a
mãe mostrou-se satisfeita, porque orientava a educação do filho para que este desenvolve-
se independência.

 Este exemplo mostra que a diferentes expectativas das mães correspondem


comportamentos distintos dos bebés.
Críticas
 Outra investigação dos investigadores Harwood, Miller e Irizarry com americanas de origem
porto-riquenha e anglo-saxónica de diferentes estratos sociais mostrou que o estatuto
económico e cultural também tem influência naquilo que as mães consideram um
comportamento desejável.
As relações precoces no tornar-se
prematura, pois nasce com talhumano
 O bebé quando nasce é definido como uma criança
vulnerabilidade que se
torna totalmente dependente dos cuidados prestados
pelos pais.
 
 Bowlby encarou esta vinculação como um
comportamento de adaptação da espécie humana.
 
 O bebé para se comunicar com os pais usa
estratégias comunicacionais: o choro, o sorriso, as
expressões faciais.São estas relações de vinculação
que tornam previsíveis os comportamentos de
resposta por parte dos pais.
Da díade à tríade
 Díade: Relação entre Mãe-Bebé (relação simbiótica) -1º vínculo no desenvolvimento
fisiológico e psicológico do bebé.

 Tríade: Relação entre Mãe-Bebé-Pai (o pai começa a ter um papel importante na vida
do bebé).

 É um processo de passagem da relação estabelecida entre mãe-bebé ou agente


materno, para uma relação estabelecida com outros adultos a começar pelo pai.
 
 As experiências do início da vida desenvolvem um papel fundamental no
desenvolvimento da mente do ser humano , dependendo da sua estruturação
emocional e o equilíbrio do seu relacionamento com os outros indivíduos.
 
 A relação triangular (Mãe-Bebé-Pai) marca a qualidade das relações futuras, se estas
relações forem perturbadoras, a criança ficará afetada no modo como interage no
futuro.
Figuras de vinculação
 Existem diversas figuras de vinculação:
-Mãe; -Educadores de infância;
-Pai; -Agentes maternais (mães de
-Irmãos mais velhos; substituição).
-Avós;

Vinculações múltiplas
 Surgem devido a institucionalização das crianças nos jardins de infância;
 
 Não estão relacionadas com a relação mãe-bebé-pai;

 Se estas relações forem positivas, criaram um vínculo com sentimentos de


segurança e confiança nos outros.
  Vinculação e equilíbrio psicológico
 O envolvimento físico e emocional estabelecido devido à vinculação mãe-bebé,
vai permitir que a criança cresça estavelmente para que no futuro consiga fazer
face aos problemas do quotidiano.
 
 A boa qualidade da relação com a mãe vai manifestar-se numa relação mais
equilibrada com o próprio corpo, ou seja, a criança tendo uma relação equilibrada
com a mãe não tende a ter:
- muita tensão;
- inibições excessivas;
-tem uma maior proximidade com os outros;
-uma maior capacidade de lidar com as contrariedades;
-terá certamente mais confiança com os outros.
Vinculação e equilíbrio psicológico
 Uma vinculação securizante corresponderá a uma melhor regulação
emocional, ou seja, vai favorecer a confiança, a capacidade de
ultrapassar as dificuldades, em se sentir bem consigo mesmo e com
os outros, desempenhando assim o papel de regulador emocional,
designadamente face ao stress.

Vinculação e individuação
 Na infância: Necessidade do ser humano de criar a sua
própria identidade. Estabelece relações com os outros ,
nomeadamente, com os seus progenitores.

 Na adolescência: Exprime a necessidade de autonomia.


Consequências das pertubações
nas relações precoces
 Nos finais da década de 50 do século XX, o psicólogo Harry Harlow realizou um estudo
que mostravam os efeitos da ausência da mãe junto das jovens crias. Desenvolveu
várias experiências que passamos a descrever.

 Construiu duas mães artificiais substitutas, ambas de forma cilíndrica: uma de arame
soldado e outra de arame mas revestida por um tecido felpudo. Ambas forneciam alimento
através de um biberão situado no "peito". Os oito macaquinos recém-nascidos tinham
acesso a qualquer das duas mães artificiais.

 Do ponto de vista fisiológico as duas mães cumpriam o seu papel de alimentadoras , e


ambos os macaquinos, fisicamente, se desenvolveram ao mesmo ritmo. Contudo, Harlow
constatou que as crias passavam a maior parte do tempo agarradas à mãe de peluche,
pois era junto dela que procuravam conforto e segurança. Noutra variante, só a mãe de
arame é que fornecia alimento mas mesmo assim as crias só recorriam á mesma na hora
da refeição.
Consequências das pertubações
nas relações precoces
 Em estudos posteriores, Harlow decidiu avaliar o efeito nos
bebés macacos criados sem qualquer contacto. Isolou-os
em jaulas de ferro vazias, sem verem qualquer ser vivo
durante três meses a um ano. Quando os períodos de tempo
eram longos, os animais encostavam-se ao fundo da jaula/
compartimento, abraçavam-se a si próprios e mordiam-se.
quando se juntavam com macacos criados com as suas
mães, não participavam nas brincadeiras, fugindo de
qualquer contacto. Quando adultos, o seu compartimento
sexual estava fortemente afetado, bem como a sua
capacidade parar tratar das crias. As mães não manifestavam
qualquer interesse ou capacidade para tratar dos seus filhos,
chegando a maltrata-los.
Consequências das pertubações
nas relações precoces
Com estas experiências, Harlow concluiu que o vínculo entre a
cria e a mãe estaria relacionado com o contacto corporal e o
conforto que a mãe transmite, que propriamente com a
alimentação. Esta necessidade básica de contacto e conforto
também é visível nos bebés humanos, de acordo com o
investigador. Conclui ainda, que os efeitos da ausência da mãe
ou dos agentes maternantes são devastadores e podem traduzir-
se em perturbações físicas e psicológicas profundas.
A constatação destes efeitos fez com que houvesse uma
alteração na concepção da psicopatologia determinando que não
era possível compreender uma perturbação ou um desequilíbrio
psicológico sem conhecer como o processo de vinculação
precoce ocorreu.
O hospitalismo
 René Spitz, psiquiatra infantil com formação psicanalítica, desenvolveu um conjunto
de pesquisas em crianças que, durante os primeiros 12 meses de vida,
permaneceram um período prolongado numa instituição hospitalar ou num orfanato.
Estudou as consequências e concluiu que os bebés apresentavam perturbações
somáticas e psíquicas como resultado da ausência completa da mãe. Do ponto de
vista do cuidado físico, estavam asseguradas as condições fundamentais de higiene e
de alimentação, do ponto de vista afetivo, existia uma carência afetiva total.

 Spitz designou por hospitalismo o conjunto de perturbações vividas por crianças


institucionalizadas e privadas dos cuidados maternos:
- Atraso no desenvolvimento corporal
- Dificuldades na habilidade manual e na adaptação ao meio ambiente,
- Atraso na linguagem
O hospitalismo
 Constatou que é maior que é menor a resistência às doenças e que, nos casos mais
graves pode ocorrer apatia. Os efeitos do hospitalismo são duradouros e muitas vezes
irreversíveis.

 Com as suas investigações, Spitz confirmou a necessidade de laços e de contactos


afetivos entre o bebé e o adulto, especialmente entre a mãe e o filho; a sua
ausência pode conduzir a perturbações emocionais, comportamentais e
desenvolvimentais graves.
 Recentemente, as suas conclusões foram confirmadas por estudos
desenvolvidos nas crianças encontradas nos orfanatos romenos,
sobrelotados, depois da queda de Ceausescu, na Roménia, em 1989. A
maior parte das crianças com 2 e 3 anos não conseguia a andar ou falar,
manifestando um comportamento passivo sem manifestação de
emoções.
O hospitalismo
 A ausência de uma relação privilegiada com a
mãe ou com um agente maternante tem como
consequência:
- Recusa em se alimentar
- Perturbação do sono
-Manifestação de comportamentos ansiosos

 O desenvolvimento normal da criança fica


comprometido. É a partir da relação
privilegiada com um adulto que o bebé
desenvolve estratégias de adaptação ao meio.
Questões para Completar
A relação entre _(A) __ e o bebé inicia-se _(B) A _(C) _ seria a que influenciaria mais
_ do nascimento, através das fantasias que positivamente o desenvolvimento afetivo e
ela/e desenvolve sobre o filho que vai psicológico do bebé, com efeitos nas suas
nascer. É antes do nascimento que se relações futuras.
começa a construir o vínculo.
palavras chaves : relação precoce/vinculação
palavras chaves: pai/mãe ; antes/depois segura

Um outro investigador - René Spitz - estudou o efeito das


carências afetivas nos seres humanos. Designou por
_(D) _ as perturbações vividas por crianças a quem falta
uma relação afetiva privilegiada com um adulto.

palavras chave: processo de desenvolvimento/hospitalismo


Correspondência

a) Necessidade de criar relações próximas de


afetividade com os outros.
1. Vinculação b) São as perturbações vividas por crianças que não
2. hospitalismo tiveram uma relação afetiva com um adulto.
3. vinculação evitante c) Manifestação de indiferença por parte da criança à
4. vinculação ambivalente separação da mãe.
d) Caracterização do estado de perturbação mesmo
antes da situação de abandono pela mãe.
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Bibliografria e Webgrafia
1. Imagem 1: O que fazer quando bebê não para de chorar (umcomo.com.br)

2. Imagem 2: Hemocord | Deixar o bebê chorar, para que ele aprenda a dormir sozinho, vai fazer algum mal?

3. Imagem 3: Como estimular o desenvolvimento do bebê mês a mês? (cordvida.com.br)

4. Imagem 4: Desenvolvimento dos 0 aos 12 meses: dicas para brincar com seu bebê (catracalivre.com.br)

5. Imagem 5: A experiência de Harlow: quando o carinho é mais importante que o sustento – Mdig

6. Imagem 6: O Experimento de Harlow e o Culto do Desamor | by Pensamentos atípicos | Medium

7. Imagem 7: Portrait of Harry Harlow - UWDC - UW-Madison Libraries (wisc.edu)

8. Livro de psicologia B, 12º ano, parte 1 “ PSI para SI”

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