Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PSICOLOGIA GERAL
Estudantes: Docente:
Jacob Acucar
Lúcia Castiguinho
Manuel Evaristo
Merrick Garcia
Marcelina Nordino
Quelimane 2021
Índice
Introdução 1
Psicologia do desenvolvimento………….........…………………………………………2
Desenvolvimento e socializacao…………...………………………………….…………4
Desenvolvimento cognitivo…………............……………………………………….…..5
Desenvolvimento psicossocial…………….....…………………………………………..6
Desenvolvimento psicossexual…..………………………………………………………7
Desenvolvimento mora…………………………………………………………………..8
Psicologia da personalidade………….…………..…………………………………...….9
Teorias da personalidade.................................................................................................11
Conclusao........................................................................................................................12
Referencias Bibliograficas...............................................................................................13
1. Introdução
Neste presente trabalho de cadeira de Psicologia Geral tematizado como Psicologia do
Desenvolvimento, iremos abordar acerca de vários temas focalizados neste trabalho
como o conceito da Psicologia do Desenvolvimento,factores de desenvolvimento e de
crescimento, as teoria de Piaget, a teoria da Personalidade e seu conceito e factores.
33
E que, estudo do desenvolvimento do ser humano constitui uma área do conhecimento
da Psicologia cujas proposições nucleares concentram-se no esforço de compreender o
homem em todos os seus aspectos, englobando fases desde o nascimento até o seu mais
completo grau de maturidade e estabilidade. Tal esforço, conforme mostra a linha
evolutiva da Psicologia, tem culminado na elaboração de várias teorias que procuram
reconstituir, a partir de diferentes metodologias e pontos de vistas, as condições de
produção da representação do mundo e de suas vinculações com as visões de mundo e
de homem dominantes em cada momento histórico da sociedade.
2. Psicologia do Desenvolvimento
2.1 Conceito::
Tradicionalmente, na literatura psicológica encontramos definidos:
33
1. Desenvolvimento como o processo de crescimento e diferenciação continuada no
tempo, resultado da maturação biológica e da interacção com o ambiente e 2.
2. Psicologia de Desenvolvimento, em consequência, como aquele ramo da psicologia
que estuda o processo e organização/estruturação do indivíduo desde o nascimento ate a
idade adulta (desenvolvimento).
33
Hereditariedade A carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não
desenvolver-se. Existem pesquisas que comprovam os aspectos genéticos da
inteligência. No entanto, a inteligência pode desenvolver-se aquém ou alem do seu
potencial, dependendo das condições do meio que encontra.
33
que sentimos em algumas situações, o medo em outras, a alegria de rever um amigo
querido, etc.
Aspecto social É a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem
outras pessoas. Por exemplo, em um grupo de crianças, no parque, e possível observar
que algumas espontaneamente buscam outras para brincar, e algumas que permanecem
sozinhas.
Analisando cada um destes aspectos descobrimos que todos os aspectos estão presentes
em cada um dos casos. Não e possível encontrar um exemplo “puro”, porque todos estes
aspectos relacionam-se permanentemente. Por exemplo, uma criança tem dificuldade de
aprendizagem, repete o ano, vai-se tornando cada vez mais “tímida” ou “agressiva”,
com poucos amigos e, um dia, descobre-se que as dificuldades tinham origem em uma
deficiência auditiva. Quando isso e corrigido todo o quadro reverte-se. A história pode
também não ter um final feliz, se os danos forem graves. Todas as teorias do
desenvolvimento humano partem do pressuposto de que estes quatro aspectos são
indissociáveis, mas elas podem enfatizar aspectos diferentes, isto e, estudar o
desenvolvimento global a partir da ênfase em um dos aspectos. A Psicanálise, por
exemplo, estuda o desenvolvimento a partir do aspecto afectivo-emocional, isto e, do
desenvolvimento da sexualidade. Jean Piaget enfatiza o desenvolvimento intelectual.
4. Desenvolvimento e Socialização
33
com Piaget, o desenvolvimento da pessoa se dá pela relação que se estabelece entre o
sujeito (com toda sua carga genética e dispositivos biológicos, bem como sua história
pessoal acumulada) e o meio onde ele está inserido (que compreende uma série de
fatores que vão desde os objetos materiais até os valores morais, passando
necessariamente pela existência do outro.
O meio ambiente tem que ser desafiador no objetivo de poder estimular a ação motora
da pessoa, bem como seu intelectual. Porém, somente oferecer estímulos para que a
criança se desenvolva normalmente não é suficiente, pois a eficiência da estimulação
depende também do contexto afetivo em que esse estímulo se insere, a ação está
diretamente ligada ao relacionamento entre o estimulador e a criança.
Sendo assim, o papel da escola na educação deve ser de sistematizar esses estímulos,
promovendo uma relação afetiva com o objetivo de transmitir valores e conhecimentos
que visam o desenvolvimento integral da pessoa.
Dentre essas teorias, a de Jean Piaget (1896-1980), que é a referência deste nosso
trabalho, não foge à regra, na medida em que ela busca, como as demais, compreender o
33
desenvolvimento do ser humano. No entanto, ela se destaca de outras pelo seu caráter
inovador quando introduz uma 'terceira visão' representada pela linha interacionista que
constitui uma tentativa de integrar as posições dicotômicas de duas tendências teóricas
que permeiam a Psicologia em geral - o materialismo mecanicista e o idealismo - ambas
marcadas pelo antagonismo inconciliável de seus postulados que separam de forma
estanque o físico e o psíquico.
Introduzindo uma terceira visão teórica representada pela linha interacionista, as idéias
de Piaget contrapõem-se, conforme mencionamos mais acima, às visões de duas
correntes antagônicas e inconciliáveis que permeiam a Psicologia em geral: o
objetivismo e o subjetivismo. Ambas as correntes são derivadas de duas grandes
vertentes da Filosofia (o idealismo e o materialismo mecanicista) que, por sua vez, são
herdadas do dualismo radical de Descartes que propôs a separação estanque entre corpo
e alma, id est, entre físico e psíquico. Assim sendo, a Psicologia objetivista, privilegia o
dado externo, afirmando que todo conhecimento provém da experiência; e a Psicologia
subjetivista, em contraste, calcada no substrato psíquico, entende que todo
33
conhecimento é anterior à experiência, reconhecendo, portanto, a primazia do sujeito
sobre o objeto (Freitas, 2000:63).
Esse processo, por sua vez, se efetua através de um mecanismo auto-regulatório que
consiste no processo de equilibração progressiva do organismo com o meio em que o
indivíduo está inserido, como procuraremos expor em seguida.
33
constroem o conhecimento?" (La Taille: vídeo). Imbricam-se nessa questão,
naturalmente, outras indagações afins, quer sejam: como é que a lógica passa do nível
elementar para o nível superior? Como se dá o processo de elaboração das idéias? Como
a elaboração do conhecimento influencia a adaptação à realidade? Etc.
Procurando soluções para esse problema central, Piaget sustenta que a gênese do
conhecimento está no próprio sujeito, ou seja, o pensamento lógico não é inato ou
tampouco externo ao organismo mas é fundamentalmente construído na interação
homem-objeto. Quer dizer, o desenvolvimento da filogenia humana se dá através de um
mecanismo autorregulatório que tem como base um 'kit' de condições biológicas (inatas
portanto), que é ativado pela ação e interação do organismo com o meio ambiente -
físico e social (Rappaport, op.cit.). Id est, tanto a experiência sensorial quanto o
raciocínio são fundantes do processo de constituição da inteligência, ou do pensamento
lógico do homem.
Está implícito nessa ótica de Piaget que o homem é possuidor de uma estrutura
biológica que o possibilita desenvolver o mental, no entanto, esse fato per se não
assegura o desencadeamento de fatores que propiciarão o seu desenvolvimento, haja
vista que este só acontecerá a partir da interação do sujeito com o objeto a conhecer. Por
sua vez, a relação com o objeto, embora essencial, da mesma forma também não é uma
condição suficiente ao desenvolvimento cognitivo humano, uma vez que para tanto é
preciso, ainda, o exercício do raciocínio. Por assim dizer, a elaboração do pensamento
lógico demanda um processo interno de reflexão. Tais aspectos deixam à mostra que, ao
tentar descrever a origem da constituição do pensamento lógico, Piaget focaliza o
processo interno dessa construção.
33
O conceito de equilibração torna-se especialmente marcante na teoria de Piaget pois ele
representa o fundamento que explica todo o processo do desenvolvimento humano.
Trata-se de um fenômeno que tem, em sua essência, um caráter universal, já que é de
igual ocorrência para todos os indivíduos da espécie humana mas que pode sofrer
variações em função de conteúdos culturais do meio em que o indivíduo está inserido.
Nessa linha de raciocínio, o trabalho de Piaget leva em conta a atuação de 2 elementos
básicos ao desenvolvimento humano: os fatores invariantes e os fatores variantes.
Em síntese, pode-se dizer que, para Piaget, o equilíbrio é o norte que o organismo
almeja mas que paradoxalmente nunca alcança (La Taille, op.cit.), haja vista que no
processo de interação podem ocorrer desajustes do meio ambiente que rompem com o
estado de equilíbrio do organismo, eliciando esforços para que a adaptação se
restabeleça. Essa busca do organismo por novas formas de adaptação envolve dois
33
mecanismos que apesar de distintos são indissociáveis e que se complementam: a
assimilação e a acomodação.
Vê-se nessa idéia de "equilibração" de Piaget a marca da sua formação como Biólogo
que o levou a traçar um paralelo entre a evolução biológica da espécie e as construções
cognitivas.
33
Dessa perspectiva, o processo de equilibração pode ser definido como um mecanismo
de organização de estruturas cognitivas em um sistema coerente que visa a levar o
indivíduo a construção de uma forma de adaptação à realidade. Haja vista que o "objeto
nunca se deixa compreender totalmente" (La Taille, op.cit.), o conceito de equilibração
sugere algo móvel e dinâmico, na medida em que a constituição do conhecimento
coloca o indivíduo frente a conflitos cognitivos constantes que movimentam o
organismo no sentido de resolvê-los. Em última instância, a concepção do
desenvolvimento humano, na linha piagetiana, deixa ver que é no contato com o mundo
que a matéria bruta do conhecimento é 'arrecadada', pois que é no processo de
construções sucessivas resultantes da relação sujeito-objeto que o indivíduo vai formar
o pensamento lógico.
É bom considerar, ainda, que, na medida em que toda experiência leva em graus
diferentes a um processo de assimilação e acomodação, trata-se de entender que o
mundo das idéias, da cognição, é um mundo inferencial. Para avançar no
desenvolvimento é preciso que o ambiente promova condições para transformações
cognitivas, id est, é necessário que se estabeleça um conflito cognitivo que demande um
esforço do indivíduo para superá-lo a fim de que o equilíbrio do organismo seja
restabelecido, e assim sucessivamente.
No entanto, esse processo de transformação vai depender sempre de como o indivíduo
vai elaborar e assimilar as suas interações com o meio, isso porque a visada conquista
da equilibração do organismo reflete as elaborações possibilitadas pelos níveis de
desenvolvimento cognitivo que o organismo detém nos diversos estágios da sua vida. A
esse respeito, para Piaget, os modos de relacionamento com a realidade são divididos
em 4 períodos, como destacaremos na próxima seção deste trabalh
6. Desenvolvimento Cognitivo
33
desenvolvimento infantil em Genebra. Publicou um número extraordinário de obras e
trabalhos científicos, não apenas sobre o desenvolvimento da criança, mas também
sobre educação, história do pensamento, filosofia e lógica, e manteve a sua prodigiosa
produção ate a data da sua morte em 1980.
Embora Freud tenha dado tanta importância, nunca estudou directamente a criança. A
sua teoria foi desenvolvida a partir de observações feitas no decurso de tratamento de
pacientes adultos em sessões de psicoterapia. Piaget, pelo, contrario, passou, a maior
parte da sua vida observando o comportamento de bebes, crianças e adolescentes.
Baseou-se muito do seu trabalho em observações minuciosas de um número limitado de
indivíduos, mais do que no estudo de grandes amostras. Não obstante, defendia que a
maioria das suas das suas principais descobertas eram validas para o desenvolvimento
das crianças de todas as culturas. O desenvolvimento cognitivo (desenvolvimento do
pensamento) De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é produto do
equilíbrio entre o organismo e o meio, porque a aquisição ou assimilação de
conhecimentos e um processo evolutivo de construção, na teoria epistemológica de
conhecimento ou epistemologia genética. No desenvolvimento cognitivo colocam-se as
questões como: “como é possível o conhecimento”? como é que os conhecimentos
aumentam, (compreensão? extensão)? quer dizer em quantidade como em qualidade.
Um conhecimento e construído com base nos conhecimentos anteriores organizando- se
em processos cognitivos segundo a adaptação do organismo ao meio. A ideia piagetiana
é estrutural ou construcionista quando evidencia a construção ou organização de
estruturas mentais ou processos cognitivos. Por outro lado, é funcional ou
psicobiologica devido a adaptação orgânica e intelectual ao meio como condições
funcionais no sentido de surgir uma organização das estruturas cognitivas. Assim, o
desenvolvimento cognitivo surge das funções de organização e de adaptação. O
desenvolvimento leva as mudanças progressivas e sequenciais na estrutura da
organização dos processos cognitivos por causa da dialéctica ou interacção a
organização e adaptação. A progressiva adaptação orgânica e intelectual ao meio
conduz ou leva a uma progressiva mudança na sequência das estruturas cognitivas,
tendo um estado mutável e não rígido. Assim, o processo de adaptação realiza-se por
meio de equilíbrio entre assimilação e acomodação. O equilíbrio leva a aquisição de
estruturas cognitivas (o desenvolvimento cognitivo). As estruturas cognitivas se
resumem em dois tipos: esquemas e conceitos. Um esquema e um conjunto de regras
33
que define um género especifico de comportamento (actividades de chuchar, apalpar,
olhar, etc.) como parte da estrutura cognitiva da criança. Quando mais cresce, vai
conhecendo o seu meio, também vai desenvolvendo estruturas mentais (conceitos
segundo Piaget), referindo aquelas normas que descrevem acontecimentos ambientais,
relações entre conceitos, seus efeitos. Pois, a adaptação ao meio ambiente faz-se através
do processo de assimilação e acomodação. Assimilação como processo espontâneo da
criança consiste em integrar ou interiorizar a experiência do meio ambiente onde esta
inserido (processo). Consiste em acrescentar novos elementos a um conceito ou a um
esquema. Enquanto, a acomodação refere o ajustamento desses elementos a nova
situação. O ajustamento que o indivíduo faz ao incorporar a realidade externa. Se a
assimilação consiste na capacidade do sujeito interiorizar e conceptualizar as suas
experiências do meio, a acomodação e a resposta do sujeito as exigências imediatas e
constrangedoras do meio, e o grau de adaptação aos estímulos externos, mediante a
reorganização cognitiva, em vez de respostas mecânicas.
1.Estádio sensório-motor (0 a 2 anos de idade) Ate uma idade máxima de quatro meses,
um bebé não consegue diferenciar-se do que o rodeia. O desaparecimento do objecto no
campo visual da criança perde todo interesse por ele (não existe/nunca existiu); por
exemplo a criança não entende que são os próprios movimentos que provocam o ranger
do berço e não diferencia entre objectos e pessoas. A actividade cognitiva é
comportamental. Pensar é agir. O bebé não tem noção de que existe algo fora do seu
campo de visão. (Irreversibilidade). Como demonstram alguns estudos, os bebés
33
aprendem de forma gradual a, a distinguir as pessoas dos objectos, começando a
perceber que ambos têm uma existência independente das suas percepções mais
imediatas. Aos 6 meses de idade, a criança investida as características do objecto.
Procura o objecto escondido, continua a existir. Piaget chama a este primeiro estádio
sensório-motor, pois as crianças aprendem usando os seus diferentes sentidos, sobretudo
tocando objectos, manipulando-os e explorando fisicamente o meio ambiente. De 1 ano
e meio o pensamento da criança esta ligado a linguagem, esquemas motores e a
conceitos de objectos e das suas características. A principal conquista neste estádio é
que, a criança já entende que o meio ambiente tem propriedades próprias e imutáveis.
2. Estádio pré-operatório (2-7 anos de idade) Foi aquele que Piaget dedicou grande parte
da sua investigação. Nesta fase desenvolvem-se outras estruturas cognitivas: a criança e
capaz de distinguir o “eu” do objecto; adquire noção de tempo e espaço. Tem início a
reversibilidade. A criança já domina a linguagem e se torna capaz de usar palavras para,
de uma forma simbólica, representar objectos e imagens. Uma criança de quatro anos,
por exemplo, pode usar a mão em movimento para representar o conceito de “avião”.
Início da aquisição de noção de conservação da massa e volume (quantidade) Piaget
apelida este estádio de pré-operacional, pois as crianças ainda não são capazes de usar,
de uma forma sistemática, as suas capacidades mentais em desenvolvimento. Na
maneira de ver o mundo, é característica destas crianças o egocentrismo, ela acredita
que as pessoas vêem o mundo exactamente como ela vê, p. Ex: ao contar um facto,
omite pormenores importantes “julgando” que os outros têm a mesma visão do facto.
Este conceito não se refere a egoísmo mas a tendência da criança interpretar o mundo
exclusivamente em função da sua própria posição. (ex. pedir explicação de uma
ilustração enquanto o livro esta virado para si.
A criança não entende que o outro não vê); as crianças falam ao mesmo tempo mas não
com a outra, como os adultos fazem; não tem categorias de pensamento que os adultos
tem, as crianças não tem conceitos de causalidade, velocidade, peso ou numero (mesmo
se a criança observar alguém a deitar agua num recipiente alto e estreito para o outro
mais baixo e largo, não entende que o volume continua o mesmo – mas conclui que há
mais agua no segundo recipiente, porque o nível da agua esta mais abaixo.
33
3.Estádio de operações concretas (7-12 anos de idade) Existe um equilíbrio estável
entre assimilação e acomodação. Durante esta fase as crianças dominam noções lógicas
e abstractas. São capazes de, sem grandes dificuldades, lidar com ideias como a de
causalidade. Uma criança nesta fase de desenvolvimento e capaz de reconhecer o
raciocínio falso implícito na ideia de que o recipiente mais largo continha menos água
do que o mais estreito, mesmo que os níveis da água sejam diferentes. Torna-se capaz
de efectuar operações matemáticas, como a multiplicação, a subtracção ou divisão. As
crianças neste período são muito menos egocêntricas. Se perguntar a criança quantas
irmãs tem ela dirà uma, mas se perguntar quantas irmãs tem a tua irmã ela
provavelmente dirá “nenhuma” porque não e capaz de se colocar na posição da irmã,
não e capaz de raciocinar em termos hipotéticos.
8. Desenvolvimento Psicossocial
33
O desenvolvimento psicológico, seja na dimensão cognitiva como na emotiva, não
termina com a idade adulta. Os primeiros anos de vida e o período da adolescência são
etapas fundamentais para a construção do mundo psíquico do adulto, mas a obra da
reelaboração e da reorganização da própria vida psíquica continua incessantemente por
toda a existência humana. A ideia de que o desenvolvimento psíquico dura toda a vida e
que seja estreitamente legada as relações sociais foi elaborada por Erik Erickson (1902-
1994). Erikson, psicanalista, nasceu em Frankfurt, Alemanha. Enquanto Freud atribuía
mais importância ao inconsciente, Erickson focalizava a sua atenção no papel
desenvolvido pelo “Eu” quando se devem enfrentar problemas nos diferentes períodos
da vida. A teoria de Erikson (1950, 1968) afirma que o desenvolvimento psicossocial
atravessa oito estádios, em cada um do qual o indivíduo deve enfrentar uma série de
problemas, ou a assim chamada crise do estádio, para poder passar ao estádio sucessivo.
Segundo Erikson, na medida em que uma criança resolve positivamente os problemas
de cada estádio, determina-se a sua possibilidade de tornar-se uma pessoas adulta
dotada de capacidade de adaptação.
33
autonomia e de amor – próprio. Pode desenvolver-se sentimentos de perca de auto-
domínio, a vergonha e duvidas quanto ao exercício da vontade.
5. Estádio da Adolescência
33
transformar-se num isolado, evitando compromisso de amor ou amizade. É o estádio da
vida em que se põe também a problema da escolha profissional que permite a inserção
na sociedade. As duas escolhas cruzam-se, originando as vezes conflitos, sobretudo na
mulher pela qual a profissão pode contrastar com o papel de mulher e de mãe.
33
Freud dividiu a vida psíquica em dois níveis: o inconsciente e o consciente. O
inconsciente considerou-o mais importante, é a camada mais profunda e responsável por
grande parte de nossas manifestações. A vida psíquica se centra na libido (pulsões
sexuais), responsável pela agressividade como de origem sexual. Segundo a concepção
libidinal, dividiu a personalidade em três instâncias: Id; Ego; Super-ego (ver o capitulo
anterior). A psicanálise descreveu seja a estrutura da mente (ID, EU, Super-EU), seja o
desenvolvimento dos processos psíquicos dos primeiros anos de vidas. Este
desenvolvimento e decisivo porque nele se deitam os fundamentos da vida psíquica do
futuro indivíduo adulto e os traços persistentes da personalidade. O aspecto mais
evidente da teoria freudiana é o das fases do desenvolvimento psicossexual. Segundo
Freud, a área do prazer sexual desloca-se duma zona erótica/erógena do corpo a outra,
segundo uma sequência determinada biologicamente na medida em que a criança
cresce. De consequência os distúrbios psíquicos do indivíduo adulto dependeriam dum
desenvolvimento não regular das várias fases da sexualidade infantil. Freud preconiza
cinco estádios do desenvolvimento psicossexual.
33
relacionado a fase anal poderá manifestar-se no adulto em comportamentos de excessiva
limpeza, pontualidade, obstinação, etc.
33
interesse para com os outros, desejo de partilhar as experiências significativas e
solicitude para o seu bem-estar: este empenho a reciprocidade não e alcançado por
todos.
33
Conceito da Personalidade e sua Extrutura
Nenhum Homem nasce como personalidade. Entretanto, cada um de nós nasce como
um projecto (esboço) da personalidade, quer dizer, cada indivíduo ao nascer é um centro
de iniciativas, de buscas e de construções de boas qualidades. Isto significa que cada
indivíduo permanentemente deve trabalhar para a formação da sua personalidade. A
personalidade do Homem constrói-se pelos sinais complexos e estáveis: temperamento,
conduta, moral, interesse bem como as necessidades que definem as propriedades dos
sentidos e do comportamento do mesmo Homem.
A personalidade capacita- se às diversas situações da vida, aí se define a sua totalidade
pelas influências sócio-genéticas e sócio -culturais. Conceito de Personalidade A
personalidade exprime a totalidade de um ser, tal como aparece aos outros e a si
próprio, na sua unidade, na sua singularidade e na sua continuidade. É o modo
relativamente constante e peculiar de perceber, pensar, sentir, e de agir do indivíduo.
Inclui as atitudes, habilidades, crenças, emoções, desejos, o modo de se comportar e,
inclusive os aspectos físicos do indivíduo. Em suma, a personalidade é o nosso ser
global, inclui o consciente e o inconsciente na sua relação com o mundo exterior.
Estrutura da Personalidade Fazem parte da estrutura da personalidade as
particularidades relativamente constantes e viáveis da própria personalidade (do
sujeito).
33
O Modelo dos cinco grandes factores da personalidade
Segundo Krahé (1992) algumas linhas de investigação têm contribuido para firmar os
alicerces teóricos do conceito actual de traço. Entre estes esforços pode mos distinguir
três orientações principais:
• A procura das dimensões básicas dos traços, que permitem uma descrição
parcimoniosa, ainda que compreensiva, da personalidade e das diferenças individuais.
8 Como exemplo, temos as tipologias de Jung (1923 /71), constituída pelos tipos
introvertido e extrovertido e, aos quais, mais tarde, o autor, juntou mais dois contrastes
— a sensação /intuição e o pensar/sentir; a de Guilford e Zimmerman (1934), que ao
analisarem teorias, a partir dos quais foram construí das inúmeras escalas.
Historicamente, a competição entre estes sistemas tem sido uma Preocupação para os
psicólogos da personalidade. Efetivamente , a Ausência de um modelo uni ficado e
singular tem impedido o avanço Desta área, dificultando a comunicação entre
investigadores e a Comparação dos resultados. Porém, a sobreposição entre os vários
33
Sistemas e o facto de emergir, recorrente mente, da avaliação com Inúmera s medidas
da personalidade, um com junto limitado de traços — Os cinco grandes factores —
levou à edificação de uma taxinomia Compreensiva — o modelo dos cinco fatores.
Embora este modelo tenha sido originado em estudos sobre a linguagem natural,
investigações recentes sugerem que pode incluir dimensões das diferenças Individuais,
derivadas das principais escolas de psicologia da Personalidade com vigência de linhas
teóricas e empíricas no Sentido do modelo dos cinco factores (Five Factor Model —
FFM, Costa e McCrae, 1992) constitui um argumento a favor da adopção do modelo,
Como um contexto para a des crição com preensiva da personalidade.
Contudo, nem todos os investiga dores concordam que ele oferece uma Descrição
adequada das dimensões da personalidade. Mas o facto é Que tem havido replicações
independentes sufi cientes, para que se lhe Preste a devida atenção.
33
de Murray que Considerou serem 20 as necessidades e motivos, suficientes para
descrever de forma Completa a personalidade; a de Sullivan que concebeu uma teoria
interpessoal que veio a Influenciar sistemas de traços importantes: o circunflexo
interpessoal. Este autor defende Que a maioria dos traços interpessoais podem ser
dispostos, de uma forma circular, à volta de Dois eixos — amor ou afiliação e poder
(estatuto) ou dominância.
33
Um exemplo da aplicabilidade do modelo é considerar as imensões da Personalidade do
modelo dos cinco factores como alterna tivas às Categorias de perturbações da DSM.
Esta temática enraiza – se e Questões centrais, ainda em debate, no domínio da
psicologia da Personalidade, da psicopatologia e da psiquiatria, a saber, a da Distinção
entre a personalidade normal e a patológica, e a da natureza Das eventuais diferenças,
nomeadamente se é discreta ou contínua, Quantitativa ou estrutural, categorial ou
dimensional.
33
em função de certas variáveis do meio. Para entender a personalidade (comportamento)
deve-se analisar as relações funcionais entre acções visíveis e suas consequências
também visíveis. A essência de todo o behaviorismo é ser a ciência do par Estimulo-
Resposta. Todo o comportamento pode ser modificado pelo meio ambiente, de tal forma
que o controle das condutas é possível e os fenómenos psíquicos são previsíveis. A
influência do meio ambiente predetermina o comportamento. Não se interessa pelos
fenómenos como a consciência, a hereditariedade, o prazer e a dor. O homem é
considerado vítima passiva do meio ambiente. O ensino e a experiência são blocos de
construção da personalidade.
O Gestaltismo
Os fundadores da escola da Gestalt foram WERTHEIMER (1880-1943), KURT
KOFFKA (1886-1941) e WOLFGANG KOHLER (1887-1967). Todos eles negam a
fragmentação entre acções e processos humanos, defendendo o principio de
determinação relacional, isto é, que as propriedades das partes dependem do lugar,
papel e função que têm no todo. Sustentam ainda que a maior parte das configurações, o
todo não é igual à soma das partes demonstrando-se que o estímulo deve ser
considerado como uma totalidade. A Gestalt Orienta-se pelos seguintes princípios:
O todo é percebido antes das partes que o compõe;
O todo é definido pelas interacções e interdependências das partes;
As partes de uma configuração não mantêm sua identidade quando estão separadas da
sua função e lugar no todo
33
O Id
O ID ou inconsciente (infra-eu) é o núcleo primitivo da personalidade. Não sofre as
influências das forças sociais e conscientes que forma o indivíduo. A sua preocupação é
satisfazer as necessidades instintivas de acordo com o princípio de prazer. O id é a
estrutura original básica e mais central. As leis lógicas do pensamento não se aplicam ao
id. O id é a sede das pulsões e dos desejos recalcados e representações recalcadas
(recalcamento = processo mental pelo qual pensamentos insuportáveis ao eu consciente
são reprimidos) (agressivas e sexuais). Não conhece juízos de valor, nem o bem do mal,
nenhuma moralidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, assim como o
material que foi considerado inaceitável pela consciência. O id não suporta energia de
muita tensão e o seu objectivo é reduzir a tensão dolorosa aos baixos níveis possíveis. O
Id é baseado no princípio do Prazer.
O Ego (Eu)
O Ego é a consciência propriamente dita. É a personalidade enquanto actua no
momento presente. Caracteriza-se pela actividade consciente (percepções exteriores e
elaboração de processos intelectuais) e a capacidade para estar em contacto com a
realidade exterior. O Ego é dominado pelo princípio da realidade (pensamentos
objectivos, actos socializados, actividade racional e verbal). Também caracteriza-se pelo
estabelecimento de mecanismos de defesa contra as invasões da pulsão. As funções
básicas do ego são: percepção, memória, sentimento, pensamento. Em suma, o ego tem
a função de ajustar o homem ao meio da realidade física e social em que vive. É um
instrumento de adaptação do indivíduo ao meio. O Ego é baseado no princípio do
Realidade. O Ego, orientado à realidade do mundo que o circunda, é a chave da
adaptação que procura de mediar as pressões ditadas pelo princípio de prazer, a busca
do prazer e da gratificação imediata, com as exigências impostas pelo princípio da
realidade, provenientes do mundo externo. O ego utiliza a angústia como sinal de
alarme diante dos perigos do mundo interno (pulsional), por outro lado, organiza
mecanismos de defesa que consentem de moderar as exigências do Id com aquelas do
mundo externo.
O Super-Ego (super-eu)
O super-ego é o resultado da interiorização de censuras que a criança faz suas
(identificação) e que lhe vêm dos pais ou do meio ambiente.
33
O conteúdo do super-ego refere- se a exigências sociais e culturais. Representa o ideal
do que é real. É defensor dos impulsos rumo a perfeição. Origina-se com o complexo de
Édipo, a partir da interiorização das proibições, dos limites e da autoridade. O super-ego
é o depósito das normas morais e modelos de conduta. As suas funções são a
consciência, a auto-observação e a formação das ideias. Podemos afirmar que o Super-
Ego é baseado no princípio da Moralidade/sociabilidade. A combinação das três
camadas, segundo Freud constitui factor importante para a formação e estruturação da
Personalidade. As investigações sobre os conteúdos do Id, conduziram Freud à
formulação duma doutrina geral das pulsões nas quais a libido exprime-se percorrendo
as zonas eróticas, cada uma das quais representa uma determinada fase de evolução (os
estádios do desenvolvimento psicossexual). O desenvolvimento da libido pode
acontecer naturalmente ou enfrentar bloqueios por interferência da fixação ou da
regressão que bloqueiam o desenvolvimento psíquico e o reconduzem a fases
precedentes, com consequências na formação de sintomas nevróticos. Esta postulação
chamou-se de teoria das pulsões.
18. Conclusão
33
Chegado ao Fim do Trabalho podemos concluir que, Psicologia do desenvolvimento é o
estudo científico de como e por que os seres humanos mudam ao longo da vida.
Preocupado originalmente com bebês e crianças, o campo se expandiu para incluir a
adolescência, o desenvolvimento adulto, o envelhecimento e toda a vida. Os psicólogos
do desenvolvimento visam explicar como o pensamento, o sentimento e os
comportamentos mudam ao longo da vida. Este campo examina a mudança em três
dimensões principais: desenvolvimento físico, desenvolvimento cognitivo e
desenvolvimento
E que, Nenhum Homem nasce como personalidade. Entretanto, cada um de nós nasce
como um projecto (esboço) da personalidade, quer dizer, cada indivíduo ao nascer é um
centro de iniciativas, de buscas e de construções de boas qualidades. Isto significa que
cada indivíduo permanentemente deve trabalhar para a formação da sua personalidade.
A personalidade do Homem constrói-se pelos sinais complexos e estáveis:
temperamento, conduta, moral, interesse bem como as necessidades que definem as
propriedades dos sentidos e do comportamento do mesmo Homem.
33
ADELINO, Cardoso e outros – Rumos da Psicologia, Lisboa – Portugal, Editora
Rumos, 1993.
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair & TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.
DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. São Paulo: Markron Books Ltda, 2001
FERREIRA, Roberto Martins. Sociologia da Educação. São Paulo: Editora Moderna
Ltda, 2001
33
JACQUES-PHILIPE, Leyns. Teorias da Personalidade. Lisboa: Editora Verbo, 1985.
MONTEIRO, Manuela dos Santos Ribeiro. Psicologia. Porto: Editora Muller, 1999.
33