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ÍNDICE

Introdução ..................................................................................................................... 5

1.PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO ......................................... 6

1.1 O DESENVOLVIMENTO HUMANO .................................................................. 6

2.A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO .......... 6

3.OS FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO ...... 7

3.1 Hereditariedade ....................................................................................................... 7

3.2 Crescimento orgânico ............................................................................................. 7

3.4 Maturação neurofisiológica .................................................................................... 7

3.5 Meio ........................................................................................................................ 7

4. ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO ............................................ 7

4.1 Aspecto físico-motor............................................................................................... 7

4.2 Aspecto intelectual .................................................................................................. 8

4.3 Aspecto afectivo-emocional.................................................................................... 8

4.4 Aspecto social ......................................................................................................... 8

5. TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO ............................................... 8

5.1 A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DE JEAN PIAGET ........... 8

5.1.1 Período sensório-motor (o recém-nascido e o lactente — 0 a 2 anos) ................ 8

5.1.2 Período pré-operatório ......................................................................................... 9

5.1.3 Período das operações concretas ........................................................................ 10

5.1.4 Período das operações formais .......................................................................... 12

5.2 A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL SEGUNDO FREUD


.................................................................................................................................... 13

Fase oral (0 – 2 anos) .................................................................................................. 13

Fase anal (2-3 anos) .................................................................................................... 13

5.2.3 Fase fálica (3-5 anos) ......................................................................................... 13

5.2.4 Fase da latência (6-inicio da adolescência) ........................................................ 13


5.2.5 Fase genital (fim da adolescência) ..................................................................... 13

5.3 TEORIA DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL SEGUNDO ERICKSON


.................................................................................................................................... 14

5.3.1 Estádio sensório-oral (0-1 ano) .......................................................................... 14

5.3.2 Estádio muscular-anal (1-2 anos)....................................................................... 14

5.3.3 Estádio locomotorio-genital (3-5 anos) ............................................................. 14

5.3.4 Estádio de latência (de 6 anosa puberdade) ....................................................... 15

5.3.5 Estádio da adolescência ..................................................................................... 15

5.3.6 Primeira idade adulta (20-30 anos) .................................................................... 15

5.3.7 Meia-idade (40-60 anos) .................................................................................... 15

5.3.8 Velhice (dos 60 anos em diante) ........................................................................ 15

5.4 Teoria do desenvolvimento moral segundo Kohlberg .......................................... 16

Conclusão.................................................................................................................... 17

Bibliografia ................................................................................................................. 18

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INTRODUÇÃO
O presente trabalho versa sobre o Desenvolvimento humano, portanto esta área de
conhecimento da Psicologia estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus
aspectos: físico-motor, intelectual, afectivo-emocional e social — desde o nascimento
até a idade adulta, isto é, a idade em que todos estes aspectos atingem o seu mais
completo grau de maturidade e estabilidade.

No entanto importa referir que existem várias teorias do desenvolvimento humano em


Psicologia. Elas foram construídas a partir de observações, pesquisas com grupos de
indivíduos em diferentes faixas etárias ou em diferentes culturas, estudos de casos
clínicos, acompanhamento de indivíduos desde o nascimento até a idade adulta.

O trabalho está organizado da seguinte forma:

 Introdução;
 Desenvolvimento
 Conclusão; e
 Referência bibliográfica

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1.PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
De acordo com CARRARO (2015:11),’’ a Psicologia do Desenvolvimento é a área que
estuda o desenvolvimento das diversas funções psíquicas que integram a mente do
individuo, como a cognição (capacidade de conhecimento, processamento de
informações ligadas a inteligência e a percepacao), as emoecoes, as relações com os
pais, famílias, grupos e outras pessoas’’.

1.1 O DESENVOLVIMENTO HUMANO


Segundo BOCK, FURTADO e TEIXEIRA (2001:97) O desenvolvimento humano
refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento
mental é uma construção contínua, que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de
estruturas mentais. Estas são formas de organização da actividade mental que se vão
aperfeiçoando e solidificando até o momento em que todas elas, estando plenamente
desenvolvidas, caracterizarão um estado de equilíbrio superior quanto aos aspectos da
inteligência, vida afectiva e relações sociais.

2.A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO


A criança não é um adulto em miniatura. Ao contrário, apresenta características próprias
de sua idade. Compreender isso é compreender a importância do estudo do
desenvolvimento humano. Estudos e pesquisas de Piaget demonstraram que existem
formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada
faixa etária, isto é, existe uma assimilação progressiva do meio ambiente, que implica
uma acomodação das estruturas mentais a este novo dado do mundo exterior.

Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma


faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos
para a observação e interpretação dos comportamentos.

Todos esses aspectos levantados têm importância para a Educação. Planejar o que e
como ensinar implica saber quem é o educando. Por exemplo, a linguagem que usamos
com a criança de 4 anos não é a mesma que usamos com um jovem de 14 anos.

E, finalmente, estudar o desenvolvimento humano significa descobrir que ele é


determinado pela interacção de vários factores.

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3.OS FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO
Para BOCK (2001), vários factores indissociados e em permanente interacção afectam
todos os aspectos do desenvolvimento. São eles:

3.1 Hereditariedade
A carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não desenvolver-se.
Existem pesquisas que comprovam os aspectos genéticos da inteligência. No entanto, a
inteligência pode desenvolver-se aquém ou além do seu potencial, dependendo das
condições do meio que encontra.

3.2 Crescimento orgânico


Refere-se ao aspecto físico. O aumento de altura e a estabilização do esqueleto
permitem ao indivíduo comportamentos e um domínio do mundo que antes não
existiam.

3.4 Maturação neurofisiológica


É o que torna possível determinado padrão de comportamento. A alfabetização das
crianças, por exemplo, depende dessa maturação. Para segurar o lápis e manejá-lo como
nós, é necessário um desenvolvimento neurológico que a criança de 2, 3 anos não tem.

3.5 Meio
O conjunto de influências e estimulações ambientais altera os padrões de
comportamento do indivíduo. Por exemplo, se a estimulação verbal for muito intensa,
uma criança de 3 anos pode ter um repertório verbal muito maior do que a média das
crianças de sua idade, mas, ao mesmo tempo, pode não subir e descer com facilidade
uma escada, porque esta situação pode não ter feito parte de sua experiência de vida.

4. ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO


O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade, mas, para efeito
de estudo, tem sido abordado a partir de quatro aspectos básicos:

4.1 Aspecto físico-motor


Refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, à capacidade de
manipulação de objectos e de exercício do próprio corpo. Exemplo: a criança leva a
Chupeta à boca ou consegue tomar a mamadeira sozinha, por volta dos 7 meses, porque
já coordena os movimentos das mãos.

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4.2 Aspecto intelectual
É a capacidade de pensamento, raciocínio. Por exemplo, a criança de 2 anos que usa um
cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está embaixo de um móvel ou o jovem
que planeja seus gastos a partir de sua mesada ou salário.

4.3 Aspecto afectivo-emocional


É o modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. É o sentir. A
sexualidade faz parte desse aspecto. Exemplos: a vergonha que sentimos em algumas
situações, o medo em outras, a alegria de rever um amigo querido.

4.4 Aspecto social


É a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas.
Por exemplo, em um grupo de crianças, no parque, é possível observar algumas que
espontaneamente buscam outras para brincar, e algumas que permanecem sozinhas.

5. TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

5.1 A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DE JEAN PIAGET


Este autor divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o
aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que, por sua vez, interfere no
desenvolvimento global.

 1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos)


 2° Período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
 3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
 4º Período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)

Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo
consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas essas fases
ou períodos, nessa sequência, porém o início e o término de cada uma delas dependem
das características biológicas do indivíduo e de factores educacionais, sociais.

Portanto, a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida.

5.1.1 Período sensório-motor (o recém-nascido e o lactente — 0 a 2 anos)


Neste período, a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o
universo que a cerca.

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No recém-nascido, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexos, de fundo
hereditário, como a sucção. Esses reflexos melhoram com o treino. Por exemplo, o bebé
mama melhor no 10º dia de vida do que no 29 dia. Por volta dos cinco meses, a criança
consegue coordenar os movimentos das mãos e olhos e pegar objectos, aumentando sua
capacidade de adquirir hábitos novos.

No final do período, a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir
um objecto. Neste período, fica evidente que o desenvolvimento físico acelerado é o
suporte para o aparecimento de novas habilidades. Isto é, o desenvolvimento ósseo,
muscular e neurológico permite a emergência de novos comportamentos, como sentar-
se, andar, o que propiciará um domínio maior do ambiente.

Ao longo deste período, irá ocorrer na criança uma diferenciação progressiva entre o seu
eu e o mundo exterior. Se no início o mundo era uma continuação do próprio corpo, os
progressos da inteligência levam na situar-se como um elemento entre outros no mundo.
Isso permite que a criança, por volta de 1 ano, admita que um objecto continue a existir
mesmo quando ela não o percebe, isto é, o objecto não está presente no seu campo
visual, mas ela continua a procurar ou a pedir o brinquedo que perdeu, porque sabe que
ele continua a existir.

5.1.2 Período pré-operatório


(a 1ª infância — 2 a 7 anos)

Neste período, o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que


irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afectivo e social da criança.

A interacção e a comunicação entre os indivíduos são, sem dúvida, as consequências


mais evidentes da linguagem. Com a palavra, há possibilidade de exteriorização da vida
interior e, portanto, a possibilidade de corrigir acções futuras. A criança já antecipa o
que vai fazer.

Como decorrência do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento


se acelera. No início do período, ele exclui toda a objectividade, a criança transforma o
real em função dos seus desejos e fantasias (jogo simbólico); posteriormente, utiliza-o
como referencial para explicar o mundo real, a sua própria actividade, seu eu e suas leis
morais; e, no final do período, passa a procurar a razão causal e finalista de tudo (é a
fase dos famosos “porquês”). E um pensamento mais adaptado ao outro e ao real.

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Como várias novas capacidades surgem, muitas vezes ocorre a superestimação da
capacidade da criança neste período. E importante ter claro que grande parte do seu
repertório verbal é usada de forma imitativa, sem que ela domine o significado das
palavras; ela tem dificuldades de reconhecer a ordem em que mais de dois ou três
eventos ocorrem e não possui o conceito de número. Por ainda estar centrada em si
mesma, ocorre uma primazia do próprio ponto de vista, o que torna impossível o
trabalho em grupo. Esta dificuldade mantém-se ao longo do período, na medida em que
a criança não consegue colocar-se do ponto de vista do outro.

No aspecto afectivo, surgem os sentimentos interindividuais, sendo que um dos mais


relevantes é o respeito que a criança nutre pelos indivíduos que julga superiores a ela.
Por exemplo, em relação aos pais, aos professores. E um misto de amor e temor. Seus
sentimentos morais reflectem esta relação com os adultos significativos — a moral da
obediência —, em que o critério de bem e mal é a vontade dos adultos.

Com relação às regras, mesmo nas brincadeiras, concebe-as como imutáveis e


determinadas externamente. Mais tarde, adquire uma noção mais elaborada da regra,
concebendo-a como necessária para organizar o brinquedo, porém não a discute.

Com o domínio ampliado do mundo, seu interesse pelas diferentes actividades e


objectos se multiplica, diferencia e regulariza, isto é, torna-se estável, sendo que, a partir
desse interesse, surge uma escala de valores própria da criança. E a criança passa a
avaliar suas próprias acções a partir dessa escala.

É importante, ainda, considerar que, neste período, a maturação neurofisiológica


completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades, como a coordenação
motora fina — pegar pequenos objectos com as pontas dos dedos, segurar o lápis
correctamente e conseguir fazer os delicados movimentos exigidos pela escrita.

5.1.3 Período das operações concretas


(a infância propriamente dita — 7a 11 ou 12 anos)

O desenvolvimento mental, caracterizado no período anterior pelo egocentrismo


intelectual e social, é superado neste período pelo início da construção lógica, isto é, a
capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de
vista diferentes. Estes pontos de vista podem referir-se a pessoas diferentes ou à própria
criança, que “vê” um objecto ou situação com aspectos diferentes e, mesmo,

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conflitantes. Ela consegue coordenar estes pontos de vista e integrá-los de modo lógico
e coerente. No plano Afectivo, isto significa que ela será capaz de cooperar com os
outros, de trabalhar em grupo e, ao mesmo tempo, de ter autonomia pessoal.

O que possibilitará isto, no plano intelectual, é o surgimento de uma nova capacidade


mental da criança: as operações, isto é, ela consegue realizar uma acção física ou
mental dirigida para um fim (objectivo) e revertê-la para o seu início. Num jogo de
quebra-cabeça, próprio para a idade, ela consegue, na metade do jogo, descobrir um
erro, desmanchar uma parte e recomeçar de onde corrigiu, terminando-o.

Outra característica deste período é que a criança consegue exercer suas habilidades e
capacidades a partir de objectos reais, concretos. Portanto, mesmo a capacidade de
reflexão que se inicia, isto é, pensar antes de agir, considerar os vários pontos de vista
simultaneamente, recuperar o passado e antecipar o futuro, se exerce a partir de
situações presentes ou passadas, vivenciadas pela criança.

Em nível de pensamento, a criança consegue:

 Estabelecer correctamente as relações de causa e efeito e de meio e fim;


 Sequenciar ideias ou eventos;
 Trabalhar com ideias sob dois pontos de vista, simultaneamente;
 Formar o conceito de número (no início do período, sua noção de número está
vinculada a uma correspondência com o objecto concreto).

A noção de conservação da substância do objecto (comprimento e quantidade) surge no


início do período; por volta dos 9 anos, surge a noção de conservação de peso; e, ao
final do período, a noção de conservação do volume.

No aspecto afectivo, ocorre o aparecimento da vontade como qualidade superior e que


atua quando há conflitos de tendências ou intenções (entre o dever e o prazer, por
exemplo). A criança adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a
organizar seus próprios valores morais. Os novos sentimentos morais, característicos
deste período, são: o respeito mútuo, a honestidade, o companheirismo e a justiça, que
considera a intenção na acção. Por exemplo, se a criança quebra o vaso da mãe, ela acha
que não deve ser punida se isto ocorreu acidentalmente. O grupo de colegas satisfaz,
progressivamente, as necessidades de segurança e afecto.

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Nesse sentido, o sentimento de pertencer ao grupo de colegas torna-se cada vez mais
forte. As crianças escolhem seus amigos, indistintamente, entre meninos e meninas,
sendo que, no final do período, a grupalização com o sexo oposto diminui.

Este fortalecimento do grupo traz a seguinte implicação: a criança, que no início do


período ainda considerava bastante as opiniões e ideias dos adultos, no final passa a
“enfrentá-los”.

5.1.4 Período das operações formais


(a adolescência — 11 ou 12 anos em diante)

Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal,


abstracto, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das ideias, sem necessitar
de manipulação ou referências concretas, como no período anterior. É capaz de lidar
com conceitos como liberdade, justiça etc. O adolescente domina, progressivamente, a
capacidade de abstrair e generalizar, cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre
aspectos que gostaria de reformular. Isso é possível graças à capacidade de reflexão
espontânea que, cada vez mais descolada do real, é capaz de tirar conclusões de puras
hipóteses. BOCK (2001)

Do ponto de vista de suas relações sociais, também ocorre o processo de caracterizar-se,


inicialmente, por uma fase de interiorização, em que, aparentemente, é anti-social. Ele
se afasta da família, não aceita conselhos dos adultos; mas, na realidade, o alvo de sua
reflexão é a sociedade, sempre analisada como passível de ser reformada e
transformada. Posteriormente, atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando
compreende a importância da reflexão para a sua acção sobre o mundo real.

No aspecto afectivo, o adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas


ainda depende dele. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos
é um importante referencial para o jovem, determinando o vocabulário, as vestimentas e
outros aspectos de seu comportamento. Começa a estabelecer sua moral individual, que
é referenciada à moral do grupo.

Os interesses do adolescente são diversos e mutáveis, sendo que a estabilidade chega


com a proximidade da idade adulta.

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De acordo com Piaget os primeiros estádios são universais, mas nem todos os adultos
alcançam o estádio operacional formal. O desenvolvimento deste tipo de pensamento
esta dependente em parte dos processos de escolaridade.

5.2 A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL SEGUNDO FREUD


Segundo Freud, a vida psíquica se centra na libido (pulsões sexual). A área do prazer
sexual desloca-se duma zona erógena do corpo a outra, segundo uma sequência
determinada biologicamente na medida em que a criança cresce.

Freud preconiza 5 fases do desenvolvimento psicossocial

Fase oral (0 – 2 anos)


Nesta fase a libido esta concentrada na zona oral (boca): o bebe tira prazer através das
zonas eróticas da boca, dos lábios e da língua, e nos actos de sucção, mordedura e
mastigação.

Fase anal (2-3 anos)


Nesta fase o ponto focal da libido desloca-se e as principais fontes de prazer tornam as
actividades esfintericas (conter as fezes).

5.2.3 Fase fálica (3-5 anos)


Nesta fase a libido desloca-se para as zonas genitais a procura do prazer. O menino e a
menina tocam os próprios órgãos genitais, torna-se curiosas as diferenças entre os dois
sexos. Nesta fase manifestam-se o assim chamado de complexo de Édipo. Nesta fase o
menino experimenta um desejo de hostilidade para o pai e um desejo de amor para com
a mãe e a menina assim o acontece pra com a mãe e o pai. Os meninos superam este
conflito através da identificação da paternidade e maternidade.

5.2.4 Fase da latência (6-inicio da adolescência)


Durante esta fase a actividade da libido perde intensidade, a criança dirige os próprios
interesses ao ambiente.

5.2.5 Fase genital (fim da adolescência)


O culminar do desenvolvimento psicossexual verifica-se no fim da adolescência, na fase
genital. O rapaz e a rapariga completam o desenvolvimento psicossexual e orientam o
comportamento sexual aos pais. Nesta fase verifica-se o surgimento de intere.se de
relação de reciprocidade com os outros.

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5.3 TEORIA DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL SEGUNDO
ERICKSON
A teoria de Erickson diz que o desenvolvimento psicológico tanto na sua dimensão com
na emotiva continua por toda a existência humana (enfrentando-se problemas nos
diferentes períodos da vida).

A teoria de Erickson afirma que o desenvolvimento psicossocial atravessa 8 estádios,


em cada um do qual o individuo deve enfrentar uma serie de problemas ou crise de
estádios, para poder passar ao estádio sucessivo, isto e, se a criança resolve
positivamente os problemas de cada estádio determina-se a sua possibilidade de tornar-
se uma pessoa adulta dotada de capacidade da adaptação.

Os estádios são:

5.3.1 Estádio sensório-oral (0-1 ano)


Crise entre a confiança e a desconfiança. A criança poe-se no problema de ter
confiança ou não ter confiança na pessoa que toma cuidado ou se ocupa de (geralmente
a mãe), se recebe ou não nutrição e afecto. Da confiança para com a figura a materna
desenvolvera a confiança para com o ambiente externo e outras pessoas. Se a criança
não contar com o afecto e cuidados maternos, perdera a confiança para com outras
pessoas e pensara que o mundo externo não lhe pode dar confiança.

5.3.2 Estádio muscular-anal (1-2 anos)


Crise entre autonomia.duvida/vergonha, a criança desenvolve a capacidade de auto-
dominio, sentimentos de autonomia e de amor próprio. Pode desenvolver-se
sentimentos de perca de autodomínio, a vergonha e duvidas quanto ao exercício da
vontade.

5.3.3 Estádio locomotorio-genital (3-5 anos)


Crise de iniciativa/sentimento de culpa. Desenvolvem-se as estruturas anteriores e a
criança encontra-se a ter que resolver o conflito existente entre o tomar iniciativas em
actividades e apreciar os resultados ou sentir-se culpado por ter ultrapassado os limites,
neste caso surge o medo de punições ou de castigo, criticas e de consequência o
sentimento inibitório (a criança pode perder a capacidade de tomar iniciativas e sente-se
em culpa pelos seus falimentos).

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5.3.4 Estádio de latência (de 6 anosa puberdade)
Crise da diligência e complexo de inferioridade. Nesta fase adquirem as regras
fundamentais sobre o mundo externo e as primeiras regras de comportamento social
graças ao facto de frequentar a escola e o grupo dos pares. As próprias competências
podem ser desenvolvidas ou então podem ser bloqueadas. O insucesso na escola ou nas
relações sociais em geral podem gerar um sentido de inferioridade que bloqueia
interiormente o desenvolvimento cognitivo e emotivo.

5.3.5 Estádio da adolescência


A crise por superar é identidade e confusão a cerca do papel a desempenhar
(confusão de identidade). O adolescente deve desenvolver o sentido de identidade de si
mesmo, tornar.se um individuo com a sua própria personalidade distinta daquela dos
parceiros e dos adultos, com próprias normas sociais e próprios valores morais. O
falimento na construção de identidade manifesta-se na confusão de papéis, facto pelo
qual o adolescente não consegue encontrar um papel adequado para a sua personalidade
no contexto social.

5.3.6 Primeira idade adulta (20-30 anos)


Nesta fase a crise é entre a intimidade ou amor/isolamento, a pessoa enfrenta a
escolha entre uma vida caracterizada de relações de intimidade (capacidade de amizade
e amor), encontram-se em companhia, amar alguém e ausência de relações afectivas, e
transformar-se num isolado, evitando compromisso de amor. É o estádio da vida que se
poe também o problema de escolha profissional que permite inserção na sociedade.

5.3.7 Meia-idade (40-60 anos)


A crise situa-se entre a criatividade ou interesse/estagnação ou auto-absorcao.
Regista-se a consolidação do amor e da amizade, aumento do interesse profissional,
aumento da atenção para com os filhos, mas pode viver em debilidade no
relacionamento, em depressão, sem interesse.

5.3.8 Velhice (dos 60 anos em diante)


A crise observa-se entre o sentimento de integração e calma/desespero. Nesta fase
emerge uma outra situação de conflito, aquela concernente a aquisição de um sentido de
de integridade, que se experimenta quando se considera que a própria vida foi
completada, dando-lhe um sentido, ao qual se contrapões o desespero, se se pensa de

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não ter alcançado os objectivos que anteriormente se tinham proposto ou de não ter
integrado as próprias experiencias.

A pessoa pode tornar-se sabia: não se preocupa ansiosamente pela vida porque
descobriu o seu sentido e da dignidade da vida; há aceitação da morte. Mas pode não
alcançar a sabedoria, ao fazer o balanço da sua vida ou avaliação do seu passado e
verifica que não fez nada que valesse a pena, logo surge um desgosto pela vida e de
desespero perante a morte.

5.4 Teoria do desenvolvimento moral segundo Kohlberg


Lawrence kohlberg, fortemente influenciado do pela teoria de Piaget, apresentou a
hipótese de o aspecto moral desenvolver-se gradualmente por estádios. Descobriu que
as pessoas não podem ser agrupadas em compartimentos definidos com rótulos
simplicistas:

 Este grupo é aldrabão


 Este grupo é honesto
 Este grupo é reverente.

Segundo Kohlberg o caracter moral das pessoas se desenvolve. Significa que o


crescimento moral se faz de acordo com uma sequência do desenvolvimento. Ele
identifica seis estádios (moralidade pre-convencional 0-8anos: convencional 8anos-
adolescencia; pos-convencional da adolescência em diante).

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CONCLUSÃO
Depois de ter realizado o trabalho referente a evolução histórica de psicologia, chegou-
se a seguinte conclusão: no que tange a Psicologia do Desenvolvimento humano
percebe-se como uma área da psicologia que trata do desenvolvimento mental e ao
crescimento orgânico, sendo que o desenvolvimento mental é uma construção contínua,
que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais.

Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma


faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos
para a observação e interpretação dos comportamentos.

Sobre o desenvolvimento humano é necessário velar sobre alguns factores que


influencia no desenvolvimento (hereditariedade, crescimento orgânico, maturação
neurológica e o meio) assim como alguns aspectos básicos (físico-motor, intelectual
emocional e social). Para um bom conhecimento do desenvolvimento humano foi
graças as teorias propostas por alguns estudiosos.

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BIBLIOGRAFIA
BOCK, A. M. Bahia; FURTADO, Odair & TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi,
Psicologias: Uma introdução ao estudo de Psicologia, 13ª Edição, São Paulo, Editora
Saraiva.2001

CARRARO, Patrícia Rossi. Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem.1ªEd. Rio


de Janeiro. Estácio. 2015

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