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Estudante:
Cremilde Admésio Guerra
Professor:
Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Perspectiva filogenética.....................................................................................................4
Perspectiva ontogenética...................................................................................................5
Conclusão........................................................................................................................11
Bibliografia......................................................................................................................12
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Introdução
Além disso, a análise do conhecimento também pode ser examinada através de uma
lente sociocultural. Nessa perspectiva, o conhecimento é visto como algo construído
coletivamente por meio de interações sociais e culturais. A análise leva em consideração
fatores como valores, normas e crenças que influenciam como o conhecimento é
produzido e transmitido em diferentes comunidades.
Perspectiva filogenética
Por outro lado, há sentidos que pelas capacidades que despertam na adaptação ao
meio precisam de evoluir. Desta forma, a confiança cada vez maior no sentido da visão
revela uma evolução biológica do peixe para o Homem, traduzindo um processo
biogenético de adaptação daquele sentido ao meio.
O sentido da visão na nossa Vida é de tão grande importância que se alguém de nós
tivesse de escolher entre o perder o tacto ou a visão, sacrificaria sem hesitar o primeiro.
Tal evolução, num estado superior, revela-se na coordenação dos olhos com as mãos,
possibilitando viver em Cima das árvores e criando condições para qualquer actividade
humana que implique o uso de instrumentos Homo faber.
A libertação das mãos para o trabalho (conquista da posição bípede) viria a tornar
possível a manipulação dos objectos e, consequentemente, a organização dos símbolos
que facilitariam a comunicação e a linguagem.
É neste sentido que o Homem surge como único da natureza cuja actividade motora se
encontra ao serviço da representação e, por sua vez, do conhecimento intelectual. O
macaco, por exemplo, não tem uma relação consciente com o objecto. As múltiplas
formas de expressão — gritos, gestos, etc. referem-se sobretudo ao aspecto emocional
da situação biologicamente vivida.
Perspectiva ontogenética
É assim que, por este sistema de implicações, a criança, através da acção sobre os
objectos (o meio), vai formando e desenvolvendo noções de espaço, tempo e número,
que lhe permite apreender o meio.
Piaget considera que existem quatro factores que influem no desenvolvimento mental, a
partir de uma estrutura nervosa hereditária, e o desenvolvimento da inteligência é
influenciada por estes factores inter-relacionados:
Este período vai desde o nascimento até aos dois anos, aproximadamente. A criança,
começando apenas por possuir sensações internas (prazer, dor...) é capaz depois de
acompanhar com o olhar um objecto que se desloca lentamente, no seu campo visual.
Através do movimento, vai reconhecendo a autonomia dos objectos e reconhecer-se
como diferente deles.
O pensamento infantil até aos dois anos de idade está subordinado ao registo
sensorial e motor. Este registo é exclusivamente seu e não das experiências alheias. É
através do fazer que a criança conhece.
Este período começa com o estágio simbólico e vai até cerca de 5 a 6 anos. Durante este
período, a criança desenvolve a inteligência representativa. No início, a representação
(imagem mental) está muito limitada ao tempo e ao espaço. Aos poucos vai
desenvolvendo uma actividade mental essencialmente imaginativa, dando a tudo o que a
rodeia um significado muito pessoal e de acordo com os seus desejos. Ainda permanece
um estado de confusão entre o mundo objectivo e o subjectivo.
Começa com o pensamento operacional, dos 5 aos 8 anos, e vai até as operações
concretas, por volta dos 12 anos. Nesta fase, a criança mostra capacidade para poder
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Período que ocorre dos 11/12 anos até à adolescência - 15/16 anos de idade. O
pensamento liberta-se dos domínios do real e do concreto, para abranger o universo do
possível e abstracto. O raciocínio pode, agora, fazer deduções e induções sobre simples
formulações verbais. É capaz de pensar sobre ideias abstractas e de efectuar operações
sem estar limitada aos símbolos que representam coisas reais.
Por volta dos 15/16 anos, pode formular teorias sobre qualquer assunto e é
influenciado pela linguagem formal. A linguagem reflecte-lhe significados sobre os
quais há um acordo social. Os valores morais são, agora, discutidos e torna-se sensível
aos ideais. E atinge a maneira adulta de pensar.
Os dois termos da relação não podem ser separados sem deixarem de ser sujeito e
objecto. O sujeito não é sujeito senão em relação a um objecto, e o objecto não é objecto
senão em relação a um sujeito.
Considerado do lado do sujeito, esta apreensão pode ser descrita como uma saída do
sujeito da sua própria esfera e como uma incursão na esfera do objecto, a qual é, para o
sujeito, transcendente e heterogénea. O sujeito apreende as determinações do objecto e,
ao apreendê-las, fá-las entrar na sua própria esfera.
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O sujeito não pode captar as propriedades do objecto senão fora de si mesmo, pois a
oposição do sujeito e do objecto não desaparece na união que é o acto de conhecimento:
permanece indestrutível. A consciência dessa oposição é um aspecto essencial da
consciência do objecto. O objecto, mesmo quando é apreendido, permanece para o
sujeito algo de exterior; é sempre o objectum, quer dizer, o que está diante dele. O
sujeito não pode captar o objecto sem sair de si (sem se transcender); mas não pode ter a
consciência do que é apreendido sem entrar em si, sem se reencontrar na sua própria
esfera. O conhecimento realiza-se, portanto, em três tempos: o sujeito sai de si,
está fora de si e regressa finalmente a si.
O facto de o sujeito sair de si para apreender o objecto não muda nada nele. O objecto
não se torna, por isso, imanente. As características do objecto, se bem que sejam
apreendidas (como que introduzidas na esfera do sujeito) não são, contudo, deslocadas.
Apreender o objecto não significa fazê-lo entrar no sujeito, mas sim reproduzir neste as
determinações do objecto numa construção que terá um conteúdo idêntico ao do
objecto. Esta construção operada no conhecimento é a «imagem» do objecto. O objecto
não é modificado pelo sujeito, mas sim o sujeito pelo objecto. Apenas no sujeito alguma
coisa se transforma pelo act do conhecimento. No objecto, nada de novo foi criado; mas
no sujeito nasce a consciência do objecto com o seu conteúdo, a imagem do objecto.
Conclusão
Bibliografia