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Jean Piaget (1896-1980) pode ser considerado um dos mais conhecidos dos teóricos que defendem a visão interacionista
do desenvolvimento. Ele partiu de uma concepção de desenvolvimento envolvendo um processo contínuo de trocas entre
os organismos vivo e meio ambiente.
Se tomarmos a noção social nos diferentes sentidos do termo, isto é, englobando tanto as tendências hereditárias que nos
levam à vida em comum e à imitação [...] não se pode negar quem desde o nascimento o desenvolvimento intelectual é,
simultaneamente, obra da sociedade e do indivíduo (p. 242).
O ser social é aquele que consegue relacionar-se com seus semelhantes de forma equilibrada. E a equilibração consiste na
passagem de um estado de menor equilíbrio para estados de maior equilíbrio, qualitativamente diferentes.
A noção de equilíbrio é o alicerce da teoria de Piaget e na sua concepção, todo organismo vivo procura manter um estado
de adaptação com seu meio, agindo de forma a superar perturbações na relação que ele estabelece com o meio.
Jean Piaget
Vygotsky trabalha explícita e constantemente com a idéia de reconstrução, de reelaboração, por parte do
indivíduo, dos significados que lhe são transmitidos pelo grupo cultural. A consciência individual e os
aspectos subjetivos que constituem cada pessoa são, para Vygotsky, elementos essenciais no
desenvolvimento da psicologia humana, dos processos psicológicos superiores. A constante recriação da
cultura por parte de cada um dos seus membros é a base do processo histórico, sempre em transformação,
das sociedades humanas. (KOHL, 1993, p. 63)
Nessa linha de pensamento, em que o sujeito cognoscente, social, psicológico, subjetivo faz a sua história,
vive-se um processo histórico, no qual não podemos perder de vista a importância da interação
pessoa/pessoa, pessoa/social, pessoa/cultural. Por essa razão não podemos, também, desfocar das
questões vinculares; o bom vínculo precisa ser estabelecido entre pessoa /pessoa, pessoa/grupo.
Lúria – cérebro e aprendizagem
Nos grupos operativos, está expressa a importância do trabalho de grupo como um sistema de
relações que busca em seu pleno desenvolvimento satisfazer as necessidades de seus
integrantes e o crescimento dos mesmos, enquanto protagonistas de uma ação conjunta que os
leva à análise, reflexão e descobertas de si e do outro, na perspectiva de mudanças, de
aprendizagem.
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Tipos de Aprendizagem
Profa. Me. Iara Meireles
Tipos de Inteligência
A escola no início de século passado valorizava a lógica e a linguística como sendo as habilidades fundamentais para uma
pessoa ser considerada inteligente e a avaliação dessas habilidades constituiu o cerne do instrumento criado por Binet,
que testava as crianças nas áreas verbal e lógica, no início do século XX, o Stand Ford Intelligence Scale.
Ao invés de analisar a inteligência a partir de estudos normativos, buscando superar a noção de inteligência como uma
capacidade geral e, em contraposição à visão de "inteligência única", Gardner desenvolve pesquisas que se baseiam na
origem biológica relacionando habilidade, talento e criatividade como componentes da inteligência. Ao redefinir o
conceito de inteligência, apresenta-a com uma visão pluralista, isto é, com grande variedade de estilos, de habilidades e
diferentes aspectos da cognição, Gardner desenvolve a Teoria das Inteligências Múltiplas, defendendo a ideia de que a
cognição humana, para ser estudada em sua totalidade, precisa considerar outras e diferentes competências, uma vez que
segundo esse teórico não há uma capacidade geral para a resolução de problemas.
Tipos de Inteligência
Com o propósito de compreender como as pessoas buscavam a realização e a solução para os problemas, Gardner
avaliou as atuações de diferentes profissionais em diversas culturas, o repertório de habilidades, e identificou
inicialmente sete inteligências: linguística, lógica-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e
intrapessoal.
Fatores ambientais, genéticos e neurobiológicos são determinantes para o desenvolvimento dessas inteligências,
sendo que cada uma delas apresenta um grupo de componentes que formam a base dos mecanismos de
processamento de informação do ser humano, uma vez que "todos os indivíduos têm como parte de sua bagagem
genética, habilidades básicas nas sete inteligências, com potenciais diversos em cada uma delas e, variações em
seus desempenhos", que são independentes entre si, embora seja na combinação delas que se verifica a
sofisticação de uma realização humana.
Tipos de Aprendizagem
A aplicação da Teoria dos Estilos de Aprendizagem tem uma utilidade pedagógica, pois permite planificar e aplicar estratégias de ensino centrados no
aluno com também proporciona orientações para a individualização do ensino e a identificação dos estilos cognitivos predominantes viabiliza práticas
educacionais que priorizam a autonomia do aluno no processo de aprendizagem e ambas respondem ao paradigma do aluno como sujeito ativo e
construtor de sua aprendizagem.
O aluno visto como um ser "total" e, como tal, possuidor de inteligências outras que não somente a linguística e a lógica-matemática, como
argumenta Gardner8, também atende aos atuais paradigmas da educação, que preconizam serem eles, os alunos, os construtores do seu
conhecimento. Então entendemos que, se o educador em sua prática considera a Teoria das Inteligências Múltiplas, pode desenvolver avaliações de
acordo com as diferentes habilidades humanas, bem como uma educação com currículo específico, centrada na necessidade de cada um.
Essas perspectivas teóricas coincidem com os desafios da educação contemporânea, na medida em que contempla os envolvidos no processo de
aprender e de ensinar, quando: se reconhece os estilos cognitivos predominantes que podem influenciar o modo de aprender, de ensinar e a interação
de quem aprende com quem ensina; se consideradas a habilidade/inteligência prevalente e a abordagem do ensino está em consonância com as
potencialidades individuais, os alunos podem aprender melhor; se identifica os estilos de aprendizagem que permitem planificar e aplicar estratégias
de ensino centradas no aluno e proporciona orientações para a individualização do ensino.
Tipos de Aprendizagem
2. Espacial
3. Interpessoal
4. Intrapessoal
5. Linguística
6. Lógico-matemática
7. Musical
Modelação;
Autoeficácia.
As contribuições de A. Bandura
A modelação depende das consequências do comportamento das características de modelo observado e do
observador. Bandura (1986) aponta quatro subprocessos que governam a aprendizagem observacional:
1
Processos de Atenção;
2 Processos de Retenção;
3 Processos de Produção;
4 Processos Motivacionais;
As contribuições de A. Bandura
A Teoria da Aprendizagem Significativa foi proposta por David Ausubel (1918-2008) em 1963, na obra The Psychology of
Meaningful Verbal Learning.
De acordo com Marco Antônio Moreira, a aprendizagem significativa ocorre quando ideias expressas simbolicamente interagem de
maneira substantiva e não arbitrária com aquilo que o aprendente já sabe. O autor esclarece que substantiva significa não literal e
que não arbitrária indica um conhecimento relevante já existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende, denominado por
Ausubel, como subsunçor ou ideia-âncora.
E por que essa aprendizagem é significativa? Porque é esse conhecimento específico, existente na estrutura de conhecimentos do
sujeito, que permite dar significado a um novo conhecimento, seja de forma mediada, seja pela própria inferência do sujeito. De
acordo com Moreira:
Os estudos de Ausubel sobre a aprendizagem significativa
“É importante reiterar que a aprendizagem significativa se caracteriza pela interação entre conhecimentos prévios e
conhecimentos novos, e que essa interação é não literal e não arbitrária. Nesse processo, os novos conhecimentos
adquirem significado para o sujeito e os conhecimentos prévios adquirem novos significados ou maior estabilidade
cognitiva.” (MOREIRA, 2012, p. 2)
Todavia, é importante ressaltar que aprendizagem significativa não quer dizer aprendizagem condizente com o
conhecimento formal, validado. Para Ausubel, quando alguém atribui significados a um conhecimento a partir da interação
com seus conhecimentos prévios, estabelece a aprendizagem significativa, independentemente de esses significados
serem aceitos no contexto do sujeito.
Os estudos de Ausubel sobre a aprendizagem significativa
Logo, o fato de o conhecimento prévio ser a variável fundamental para a aprendizagem significativa, tal qual
concebida por Ausubel, não garante que seja uma variável facilitadora para a aquisição do conhecimento escolar.
Pelo contrário, pode até ser uma variável bloqueadora, caso os significados dos conhecimentos prévios sejam
ancorados em conhecimentos e concepções derivadas, por exemplo, do senso comum. A partir da análise da
estrutura cognitiva, Ausubel estabeleceu as seguintes condições para a ocorrência da aprendizagem significativa:
Erikson, E. H. (1998). O ciclo de vida completo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
MOREIRA, M. A. O que é afinal aprendizagem significativa? Revista cultural La Laguna Espanha, 2012.
Disponível em: http://moreira.if.ufrgs.br/oqueeafinal.pdf.
PAÍN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda., 1989,
p.23-24.
________. O significado de aprender o número. In: Encontros com Sara Paín. PARENTE,S. São Paulo: Casa do
Psicólogo Livraria e Editora Ltda., 2000, p.25. .
Referências
PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária Ltda, 1990, p.12.
PICHON-RIVIÈRE, E. Teoria do vínculo. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda., 1995, p.51.