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PREFEITURA DE GOIÂNIA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


CENTRO DE ORIENTAÇÃO, REABILITAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO ENCEFALOPATA -
CORAE

GOIÂNIA
2016

ANEXO II: PROJETO ESTIMULAÇÃO: INCREMENTAÇÃO PEDAGÓGICA E RESIGNIFICAÇÃO DO


CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO DAS EDUCANDOS DE ZERO A TRÊS ANOS E 11 MESES
DIREÇÃO PEDAGÓGICA: Márcia Adriane de Paula Gomes Bernardes
EQUIPE RESPONSÁVEL: Edisa Maia e Delma de Fátima Alfonso

Estimulação é o conjunto dinâmico das atividades e de recursos


humanos e ambientais incentivadores que são destinados a
proporcionar à criança nos seus primeiros anos de vida, experiências
significativas que lhe dêem condições de alcançar pleno
desenvolvimento no seu processo evolutivo. (MEC/SEESP, 1995 -
Política Nacional de Educação Especial).

Justificativa:
Para ser válida, toda educação, toda ação educativa deve
necessariamente estar precedida de uma reflexão sobre o homem e
de uma análise profunda do meio de vida concreta do homem
concreto a quem de deseja educar ou, para dizer melhor, a quem se
quer ajudar para que se eduque. Falta-se tal reflexão sobre o homem,
corre-se o risco de adotar métodos educativos e maneiras de fazer
que reduzam este homem á condição de objeto, projeção de mal
formadas e deterioradas representações que temos deste. (FREIRE)

Os motivos pelos quais empenhamos para a manutenção e incrementação das salas de


Estimulação estão alicerçados pela crença nas possibilidades de contribuir para desenvolver o máximo
possível as potencialidades existentes no repertório dos bebês considerados “Bebês de Risco” e educandos
com atraso no desenvolvimento.
O ser humano é dotado de capacidades inesgotáveis que desenvolvem e organizam nas fases
iniciais quando ocorrem um crescimento acelerado do “cérebro” (de zero a 3 anos) que favorece a
reabilitação de deficiências ou a minimização das mesmas, pois contamos com a plasticidade neural.
No recém nascido, observamos as condutas repletas de automatismos e movimentos
incontrolados. À medida que ocorrem os processos maturativos que acontecem do centro para as periferias
do cérebro vai transformando o automático em voluntário e o incontrolado em controlado. Esta maturação
cerebral tem uma relação estreita com a evolução do controle postural e do autocontrole motor. O “cerebelo”
aumenta de tamanho consideravelmente durante o 1º ano de vida, o que está relacionado a tudo que se
refere ao controle postural e ao “equilíbrio”.
Para entender o desenvolvimento em seus momentos mais primitivos as teorias contemporâneas
nas idéias de James Mark Baldwin que defende as noções de imitação e reação circular que se enquadram
nas necessidades de compreensão para a realização de intervenções eficazes.
“... toda sugestão sensóriomotora ou visomotora que tende a manter a
continuidade, por re-instauração constante de seu próprio estímulo –
imitação Simples. A Imitação persistente propicia a organização
hierárquica de mecanismos psicológicos e o controle de ações
voluntárias, sendo assim designada como formadora das funções
psicológicas mais altas do sujeito. (Baldwin, 1895 p. 352).
Reação Circular é o primeiro mecanismo utilizado pela criança na
construção de seu desenvolvimento – a reação do organismo,
conduzindo a próxima reação e assim sucessivamente. (BALDWIN,
1894 p. 27)

Pierre Janet no início do século concluiu que a hierarquia das funções mentais está associada ás
atividades de transformação; aparecem, assim, as variações de complexidade ligadas a leis e interferência,
nas atividades de transformações das funções inferiores em processo de assimilação. Esta posição trata-se
de uma grande influência na forma co-construtivista de entender o desenvolvimento psicológico do sujeito
social, e esta perspectiva fornece bases conceituais mais ricas da formação do conhecimento nas teorias de
Piaget, Wallon e Vygotsky.
A maturação mais importante em áreas cerebrais é o desenvolvimento da linguagem que
acontece aproximadamente aos 12 meses. Após os 18 meses diversos aspectos do cérebro terão
amadurecidos o suficiente para permitir processos psicológicos complexos como a simbolização ou auto
reconhecimento no espelho.
Para que tais zonas amadureçam é necessário que se associe requisitos tais como a
alimentação saudável rica de nutrientes adequados. Além disso, estímulos físicos e sociais que proporcionem
aos neurônios outro tipo de alimento a estimulação que é importante para o desenvolvimento psicológico.
Para alcançar níveis altos de desenvolvimento psicológico é essencial proporcionar experiências ricas e
variadas nos aspectos cognitivo, social e afetivo. (COLL, 1995 p. 38).
Educar é guiar, é orientar, é trocar, é estimular. O desenvolvimento humano se dá em ambientes
sociais estruturados, com seus valores, modos de ação e que, ao mesmo tempo, estão abertos a mudanças,
a uma ressignificação de seus elementos e a uma transformação de seus modos de ação. (VITÓRIA, Telma
p. 75).
Ao preparar um tempo e espaço adequado ao atendimento da criança na estimulação estamos
favorecendo aquisições cognitivas e psicológicas. Bases teóricas nos diz que, “desde o nascimento da
criança, o aprendizado está relacionado ao desenvolvimento e é um aspecto necessário e universal do
processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente
humanas. O ser humano cresce num ambiente social e a interação com outras educandos é essencial em
seu desenvolvimento. O desenvolvimento fica impedido de ocorrer na falta de situações propícias ao
aprendizado (Vygotsky) (KOHL, 1997 p. 56).
Outro aspecto de embasamento é a possibilidade de alterações no desempenho da criança pela
interferência e ajuda do adulto ou outra criança tornando-a capaz de realizar as atividades com instruções –
demonstrações - pistas ou simplesmente dar assistência durante o processo. Isto quando se trata de
atividades que a criança não realiza sozinha, ou seja, ainda não está definida em seu repertório de
realizações e que está dentro ou próximo da fase de desenvolvimento – (nível de desenvolvimento proximal).
(VYGOTSKY).
Piaget enfatiza o desenvolvimento como a “... construção do conhecimento pessoal e social na
intersecção de sua orientação psicodinâmica com psicometria”. Wallon inclui a importância interna pessoal
para que ocorra progresso, vê o desenvolvimento através de “um processo de emergir de uma completa
imersão no mundo social para um estado onde a criança se torna capaz de distinguir dos outros”. Vygotsky
por sua vez, coloca o sujeito como um ser que recebe e transmite a influência no meio e estuda o
desenvolvimento como “a conexão e convergência dos processos maturacionais e culturais presentes no
momento de tal desenvolvimento onde o sistema psicológico do sujeito se constitui no meio onde as
adaptações biológicas se transformam em relações sociais”. Portanto, o desenvolvimento da criança é
produto de instituições sociais que ajudam seu próprio pensamento a descobrir o significado de ação do outro
e sua própria ação. Conclui-se que o desenvolvimento é a somatória da construção. (Piaget). Da emoção
(Wallon) e a interação (Vygotsky).
A ação dos pais é significativa desde os primeiros momentos de vida, oferecendo consistência a
análise e interpretação das atitudes negativas como a superproteção, a insegurança, a desorganização, a
angústia e a falta de interesse aparente diante do trabalho oferecido. O despertar do interesse da família para
a estimulação parece ser o trabalho mais complexo, pois envolve conteúdos ocultos de sujeitos adultos por
vivenciar a perda do bebê saudável (luto).
A culpa dos pais, mais intensamente na mãe é difícil ou impossível de elaborar. Neste momento
inicial (primeiro ano de vida da criança) a excitação e confusão impedem a compreensão das necessidades e
emoções do filho. Isto impede a troca de prazer entre a “mãe e o bebê”. (Jaqueline Tricaud, p.181).
Portanto no ambiente familiar deve ser observado os conhecimentos visíveis e latentes
expressados nos gestos de ajuda e instruções feitas a criança, isto é, o que provoca interesse e atenção da
mesma, o envolvimento e criatividade. Percebendo que o progresso é obtido pela criança, não imposto pelo
adulto. As zonas de conhecimento familiar são multilineares. Isto favorece o desenvolvimento da
reciprocidade e em consequência a confiança o que caracteriza as trocas sociais e mantém a estrutura das
relações sociais. As relações acontecem entre educandos que confiam uma na outra. (VELEZ IBÁNEZ,1988
a). Envolver a família no processo de estimulação onde o aproveitamento dos conteúdos de conhecimento
existente no contexto é fundamental para a orientação eficaz e produtiva.
Uma proposta pedagógica para a estimulação envolveria a organização de variadas atividades,
com diferentes materiais e em espaços físicos determinados para grupos de educandos nestas atividades; o
educador cuidaria de interagir com as educandos e de favorecer a interação entre elas e delas com os
objetos, espaços e situações enfim disponíveis. No ambiente organizado, buscar-se o equilíbrio entre aquilo
que é novo para a criança, ocasiões para ela explorar e descobrir, e aquilo que lhe é familiar, momentos em
que ela retorna ações, brincadeiras. (VITÓRIA, Telma p.72).
Enfim, pretende-se trabalhar de forma aprofundada investigando o processo de
desenvolvimento, as dificuldades relacionadas com necessidades especiais nos primeiros anos de vida da
criança e o contexto sócio-histórico-cultural dos envolvidos
Objetivos:
No instante de nascimento, a vida faz uma Pergunta e o homem
precisa, a todo o momento, respondê-la. Não é sua mente, não é seu
corpo, é ele, que pensa, e sonha, dorme, acorda, chora e ri. Que
pergunta é essa? Como podemos superar o sofrimento, o
aprisionamento, a vergonha gerada pela experiência de isolamento,
como poderemos chegar à união conosco, com o nosso semelhante,
com a natureza? O homem precisa de algum modo, responder a essa
pergunta. (FROMM)

Objetivos Gerais:

 Desenvolver o aspecto global harmônico da criança, de acordo com suas necessidades físicas,
emocionais, afetivas, cognitivas e sociais, procurando propiciar situações de cuidados, brincadeiras,
aprendizagens orientadas de forma integrada, relação interpessoal e oportunizando o acesso aos
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
 Propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências
educativas e sociais variadas, mediando entre as educandos e os objetos de conhecimento,
proporcionando situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades efetivas,
emocionais sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos
referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.

Objetivos Específicos:

 Adquirir padrões de comportamentos para viver em sociedade e/ou para atuar em grupo dando
condições para o desenvolvimento de aspecto sócio cultural.
 Convivência com outras educandos, dividir o espaço, dividir a atenção, dividir brinquedos.
 Adaptar a criança à ambientes, horários, materiais e educandos diferentes. “Aspecto – adaptativo”.
 Explorar o meio ambiente detendo-se em seus elementos, e agir sobre o meio, conhecendo o através
da própria ação. “Aspecto cognitivo”.
 Seguir o interesse da criança, respeitar suas preferências e permitir que explore espontaneamente os
brinquedos e o espaço.
 Desenvolver as funções básicas de linguagem por meio de: Conscientização corporal, percepção
visual, auditiva tátil, temporal e espacial.
 Ampliar o vocabulário significativo em adequação ao desenvolvimento articulatório de forma a
nomear: a si mesmo, seus familiares, objetos de uso pessoal, peças do vestuário, brinquedos e
ações, desenvolvimento da linguagem.
 Conhecer seu corpo como um todo e segmentarmente, controlar os movimentos globais e
segmentares e obter melhor equilíbrio estático e dinâmico. (esquema corporal).
 Perceber relações entre: seu corpo e o objeto, outras educandos e outros seres, movimentar
adequadamente num espaço determinado, conhecer e dominar progressivamente direções e
posições. Orientação espacial.
 Aprender a organizar estímulos em seqüência lógica de tempo e duração, comparar ritmos,
intervalos, durações;
 Perceber sucessões temporais e relações têmporo-espaciais. Organização temporal.
 Descobrir o ritmo próprio, perceber a existência de ritmos diferentes do seu; adequar movimentos e
mudanças rítmicas; reproduzir ritmos – (ritmo).
 Adequar e controlar movimentos manuais finos a estímulos recebidos – (coordenação – viso-manual).
 Discriminar estímulos visuais, sonoros, táteis, gustativos e olfativos (percepção sensorial).
 Desenvolver a capacidade de atenção e concentração.
 Despertar sensações de bem estar e mal estar por meio de sujar e em seguida a higienização
completa (atividade de vida diária). (controle esfincteriano)

Propiciar momentos para a criança criar e recriar fatos do dia a dia utilizando objetos e
educandos; assumindo papéis e significados do cotidiano vivenciado pelas educandos. (Jogo simbólico).

Metodologia:

A realidade do outro não está naquilo que ele revela a você, mas
naquilo que ele não lhe pode revelar. Portanto, se você quiser
compreende-lo, escute não o que ele diz, mas o que ele não diz.
(KALIL GIBRAN)

Fundamentados na teoria de desenvolvimento e aprendizagem é que propomos um atendimento


diferenciado dentro das seguintes faixas etárias: de seis (6) meses a um (1) ano, de um (1) ano a três (3)
anos, e de três (3) anos a quatro (4) anos, fazendo adaptações e tendo como base o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil, ressaltando as alterações necessárias conforme a condição motora dos
nossos educandos.
O primeiro ano de vida é marcado pela dimensão subjetiva do movimento, pois é através das
emoções que o bebê interage com adultos e educandos.
O diálogo se estabelece pelo toque corporal, pela modulação da voz, pelas brincadeiras e
trocas, isto se constitui em espaço para aprendizagem. Com exações exploratórias, o bebê descobre seus
limites, a unidade do próprio corpo, a coordenação sensório-motora, a relação com o objeto até chegar a
aquisição da apreensão e a locomoção quando a condição motora permite ou a criança consiga fazer as
adaptações, isto é, executar essas ações ou movimento com ajuda ou com suporte.
Para isto os atendimentos nesta fase deverão acontecer duas vezes por semana individualmente
com duração de (40) quarenta minutos com ou sem a presença da mãe. Este trabalho será desenvolvido até
o momento em que a criança apresentar condições físicas e emocionais para o agrupamento.
A criança de um (1) a três (3) anos, ao mesmo tempo em que explora aprende, começa a
entender o jogo simbólico, usa gesto, mímica e a imitação desempenham importante papel. Inicia o
reconhecimento da imagem corporal, que ocorre por meio das interações sociais e brincadeiras o que é
fundamental para a construção de sua identidade.
As educandos do CORAE de três (3) a quatro (4) anos diferem uma das outras como acontece
com todo ser humano, portanto ressaltamos a condição motora, pois trabalhamos com o encefalopata onde
algumas já conseguem uma desenvoltura maior, outras apesar de compreender a ação ou brincadeira não
conseguem executar.
As adaptações feitas são de acordo com a singularidade de cada criança e grupo, levando
sempre em consideração a faixa etária, seu repertório de gestos instrumentais, a tendência lúdica da
motricidade e alcance gradativo do controle voluntário.
A estimulação consta de atividades utilizadas para o desenvolvimento integral das educandos,
evidenciando os aspectos: social, físico, motor, sensório, perceptivo, cognitivo e de linguagem.
Os trabalhos são organizados de forma a despertar o interesse da criança através dos sentidos:
visão, audição, tato, olfato, e gustação buscando situações que favoreçam o amadurecimento físico, o
desenvolvimento psicomotor, cognitivo, social e afetivo através de informações, modelos, pistas e assistência
durante as atividades.
As atividades foram organizadas da seguinte forma:
 Socialização;
 Identidade pessoal (eu - mundo; mundo-eu);
 Esquema corporal/imagem corporal;
 Sensório perceptivo;
 Neuro-sensório-perceptivo;
 Conceitos básicos;
 Atenção/concentração;
 Curiosidade/interesse (novidade);
 Imitação;
 Organização
 Coordenação motora;
 Jogo simbólico;
 Atividade de vida diária.

Recursos:
Para a realização das atividades são utilizados os seguintes materiais:
 Instrumentos musicais: chocalhos, tambor, pandeiro, pratos, brinquedos sonoros, som, discos etc.
 Brinquedos diversos: encaixes coloridos, potes coloridos, telefone, bolas de diversos tamanhos e
cores, balde de areia, colheres e pá, banheiras pequenas, bonecas, carros, casinha de boneca,
mobílias utensílios de casa etc...
 Materiais didáticos: tinta, massinha, revista, papel, espelho, buchas, lixas, talco, óleo, perfume, lenços
higiênicos, álbum de fotografias, cola, etc...
 Materiais neurosensório perceptivo: talco, óleo, gelatina, farinha de trigo, bolinhas de isopor, água,
sabão, buchas, banheiras.
 Materiais neurovestibular: Colchas, balanço, escorregadores, redes, centopéia, carrossel, gangorra,
barraca de bola ou piscinas de bolas.
 Outros: Colchonetes, triângulos, rampas, travesseiros, banquinhos de diferentes tamanhos, etc...

Técnicas e Procedimentos:
As atividades ocorrem de forma diferenciada, de acordo com a idade. De (0) zero a (1) ano, os
conteúdos são adaptados para bebês, de (1) um ano em diante segue seu curso normal.
Os conteúdos são apresentados nos diversos eixos de trabalho, organizados por blocos. Essa
organização visa contemplar as dimensões essenciais de cada eixo e situar os diferentes conteúdos dentro
de um contexto organizados que explicita suas especificidades por um lado e aponta para a as “origens” por
outro.
Bebês de (6 meses a 1 ano):
 Brinquedos coloridos e sonoros
 Sons eletrônicos, músicas instrumental, e instrumentos musicais (bandinha), músicas cantadas;
 Higienização: óleo, lenço umedecido, perfume, pente, água, sabão, espuma;
 Rolar no colchão;
 Shantala;
 Texturas: áspero/médio/macio (tapete), areia;
 Banho de sol.

ÁREAS TRABALHADAS ATIVIDADES


Música cantada com gestos,
Socialização Trocas de brinquedos,
Jogo de faz de contas,
Jogo de bola,
Lanche em conjunto
Enumerar partes do corpo em si, no boneco e no outro,
Música com gestos,
Esquema Corporal Jogo de bola,
Faz de conta,
Imitação,
Neuro-sensório-perceptivo,
Discriminação dos sexos (menina-menino),
Partes do corpo
Banho de bolas (grandes),
Banho de farinha de trigo,
Sensório perceptivo Banho de areia,
Banho de gelatina,
Banho de sol,
Manipulação: Tinta, gelatina, farinha, talco, etc...
Balanço na rede,
Rolar/arrastar com colcha,
Escorregador,
Neurovestibular Escorregar com água e sabão,
Carrossel,
Gangorra,
Balanço comum,
Rolar na bola,
Centopéia, etc...
Pintura a dedo,
Argila,
Coordenação motora Colagem (figura da família),
Brincar de casinha com lanche,
Animais – gravuras, brinquedos
Revistas,
Livros,
Atenção/concentração/cognição Leitura de gravuras,
Reconhecimento do pré-nome,
Reconhecimento de fotografias

Público Alvo:
 Educandos das salas de estimulação de seis (6) meses a três (3) anos e onze (11) meses dos turnos
matutino e vespertino;
 Acompanhantes dos respectivos educandos (pai, mãe, babá, ou outro responsável);
 Estimuladoras.

Cronograma:
Será organizado de Janeiro a Dezembro de acordo com o calendário da Instituição de
Ensino/SME.

Avaliação:
A avaliação deve ser sistemática e contínua. Deve basear-se na observação cuidadosa do
professor e no registro dessas observações sobre cada criança e sobre o grupo. Toda mudança ou conquista
deverá ser documentada através de anotações, fotografias e filmagens.
A avaliação delineia os caminhos para a reorganização de objetivos, conteúdos procedimento,
atividades. Por meio dela pode-se acompanhar e conhecer suas habilidades, sua participação nas atividades,
as atitudes com o objeto, sua relação consigo mesma, com as educandos e com o mundo. Podemos
constatar as aquisições e dificuldades criando assim prática pedagógica e educacional comprometida com o
desenvolvimento das educandos.
O desempenho, os progressos e dificuldades serão avaliados com a parceria das famílias onde
as mesmas analisarão e serão analisadas a respeito de suas participações nos grupos e continuidade dos
trabalhos em casa. Avaliarão também a atuação das professoras sugerindo melhoras e reforçando
estratégias e temas que resultarão em respostas positivas nas educandos, pois este projeto estará aberto a
mudanças e inovações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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evolutiva – volume 1. Porto Alegre, 1995. (Artes Médicas).

FONSECA, Vítor da. Educação especial: programa de estimulação precoce: uma introdução ás idéias de
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Summus, 1982.

LACROIX, Marie B. e Monmayrant, M. (org.). Os laços de encantamento: a observação de bebês segundo


Esther Bick, e suas aplicações. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

LIMA, Adriana F.S. de Oliveira. Pré escola e Alfabetização: uma proposta baseada em Paulo Freire e Jean
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LURIA, A.R. Fundamentos de Neuropsicologia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos; São Paulo:
Universidade de São Paulo, 1981.

MEC/SEF - Referencial curricular nacional para educação infantil/ ministério da educação e do desporto,
secretaria de educação fundamental – volume I,II e III – Brasília, 1998.

MEC/SESSP – Diretrizes educacionais sobre estimulação precoce: o portador de necessidades educativas


especiais/ secretaria de educação especial – Brasília, 1995 - série diretrizes.

OLIVEIRA, Marta K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico. 4 ed. São Paulo:
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OLIVEIRA, Zilma M. E. (org.). A criança e seu desenvolvimento: perspectiva para se discutir a educação
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OLIVEIRA, Zilma M.E. (org.). Creches educandos, Faz de Conta e Cia. Petrópolis, RJ.
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. 22 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.

VASCONCELOS, Vera M.R. e VALSINER, Jean. Perspectiva co- construtivista na psicologia e na educação.
Porto Alegre, Artes Médicas, 1995.
Vozes, 1992.

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