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da Infância e da Adolescência
3º Semestre
Psicologia do desenvolvimento
A psicologia do desenvolvimento pretende descrever e explicar as mudanças
psicológicas, comportamentais e de funcionamento que ocorrem no ser humano ao
longo do tempo. Como tal, trata-se de uma ciência com objeto de estudo, teorias e
métodos característicos.
Definições:
Biopsicológico pois não podemos esquecer-nos de que somos seres orgânicos, e que
olhamos muito para o nosso comportamento social, mas muito desse comportamento é
explicado pela biologia.
Acomodação:
Uma criança possui um esquema mental sobre como é um gato. Se ela for ao
jardim zoológico e vir um tigre, irá achar que ele é um gato, pois tem duas orelhas,
quatro patas e bigodes. Assim, terá de transformar o seu esquema mental num novo para
o que é um tigre.
Assimilação:
Nota: Recém-nascidos são os bebés desde que nascem até aos 28 dias.
Organizadores da interação:
Cooperação: grau com que a criança colabora nas atividades que ocorrem na
interação, aceitando os pedidos e as sugestões do adulto e cooperando com ele.
Iniciação: até que ponto a criança inicia diferentes atividades durante o curso da
interação e procura envolver nelas o adulto.
Pessoa:
Processo:
Estes dois tipos de características não podem ser vistos de forma isolada, pois
interagem dinamicamente. Crianças em espaços seguros, ordenados e com
equipamentos e brinquedos estimulantes (estrutura) são mais autónomas nas atividades
(processo).
Tempo:
II. Configuração individual/normativa: ritmos com que cada indivíduo vai realizando
esse plano.
Modelo mecanicista:
Modelo organísmico:
Internalização:
Microssistema:
Mesossistema:
Exossistema:
Inclui os cenários dos quais o indivíduo não faz parte, mas que afetam os
cenários nos quais ele ativamente participa. Exemplo: horário de trabalho dos pais.
Macrossistema:
Recolha de dados:
Autorrelato:
Medidas comportamentais:
Observação naturalista:
Observação laboratorial:
Estudo correlacional:
Estudo experimental:
Plano longitudinal:
Plano sequencial:
Plano microgenético:
Plano de estudo que pretende fornecer informação acerca dos processos que
promovem as mudanças desenvolvimentais, no qual expõem repetidamente crianças a
experiências que supostamente produzem mudanças desenvolvimentais. É monitorizado
o comportamento à medida que a mudança vai ocorrendo, fazendo com que, dentro
desse período, a densidade de observações seja elevada.
Apesar de ser vantajoso que a observação seja detalhada, e que possamos saber
como e porque é que essas mudanças ocorrem, a experiência proporcionada para
estimular a mudança pode ser atípica e os resultados podem não perdurar no tempo.
Adaptação
Na psicologia do desenvolvimento, a adaptação prende-se com a capacidade de
os indivíduos lidarem com as tarefas de sobrevivência e com o sucesso alcançado pelos
mesmos em transmitirem os seus genes às gerações seguintes.
Au
to-
rea
liz
aç
ão
Necessidade
de estima
Necessidade de pertença
e de amor
Necessidade de segurança
Primeiras adaptações
O repertório inicial de competências adaptativas pode ser olhado à luz de um
modelo que reconhece quatro níveis hierárquicos de regulação:
1. Regulação autonómica:
Quando nasce, é até mesmo feita uma análise clínica chamada Índice de Apgar,
que permite verificar em que medida o bebé tem certos reflexos. Isto porque existe uma
relação entre os reflexos e o bem-estar cerebral. Também são analisadas as suas
características físicas e comportamentais.
Sinal clínico 0 1 2
Frequência cardíaca Ausente < 100 > 100
Respiração Ausente Lenta Normal
Tónus Flácido Flexão das extremidades Movimentos ativos
Choro Ausente Caretas Vigoroso
Cor da pele Azulado Corpo rosado Todo rosado
2. Regulação motórica:
Estado
Regularidade da respiração Abertura dos olhos Movimentos Gritos
s
I 1 -1 -1 -1
II -1 -1 0 -1
III -1 0 0 -1
IV 1 1 -1 -1
V -1 0 1 -1
VI -1 -1 1 1
Estes estados são avaliados durante todo o dia, sendo -1: não, 0: sim ou não e 1:
sim. A tabela seguinte mostra os estados ótimos para avaliar os diferentes reflexos:
Estados
Reflexos I II III IV V VI
Preensão palmar X
Babinski X X X X
Moro X
Pontos cardeais X X
Sucção X X
Marcha automática X X
4. Regulação da intencionalidade:
Visão:
Conseguimos perceber que o tamanho da pupila aumenta com pouca luz e que
diminui com mais luminosidade, que o bebé é capaz de orientar ambos os olhos em
direção de um só estímulo, quer fixo, quer em movimento, e que consegue focar numa
pessoa ou num objeto a cerca de 25cm da face, o que significa que a sua acuidade visual
é cerca de 30x inferior à de um adulto.
Audição:
Gosto:
O feto bebe líquido amniótico, então, as suas papilas gustativas são estimuladas.
Conseguimos perceber que apresenta reações mais positivas a alimentos doces e
negativas a alimentos azedos, ácidos e salgados, através da sua expressão facial, do seu
ritmo cardíaco e da velocidade de sucção. Isto acontece por motivos adaptativos e de
sobrevivência, já que os venenos da natureza têm um sabor amargo.
Olfato:
Tato:
Articulação intersensorial:
O bebé olha mais tempo para o rosto da mãe, com e sem voz. No entanto, se
estiver a olhar para outro rosto e ouvir a voz da mãe, ou se olhar para o rosto da mãe e
ouvir outra voz, isso causa-lhe expressões de aversão, como o evitamento ou o choro.
Aprendizagem:
Também pode ser útil na aprendizagem, pois se o bebé está a mostrar sinais de
habituação, está a demonstrar que aquilo não é novo, e que o experienciaram antes.
Exemplo: Se um bebé mora perto de um aeroporto, não se vai sobressaltar cada vez que
um avião passar.
Teoria da vinculação
Contributos históricos e conceptuais:
Abordagem psicanalítica;
Perspetiva etológica;
Figura de vinculação:
Base segura: quando o sistema de vinculação está ativado a um nível baixo, a criança
explora o meio.
Refúgio de segurança: quando o sistema de vinculação é ativado a um nível de
intensidade superior, a criança refugia-se na sua figura de vinculação.
Este é um estudo que tem por base a observação da relação entre mães e bebés
de 12 a 18 meses, composto por vários episódios de separação e de reunião. Permite
observar se a figura de vinculação é utilizada como base segura e como refúgio de
segurança.
Crianças com este padrão de vinculação não confiam na sua figura de vinculação
como fonte de apoio, não a vendo com expectativa de conforto face à perturbação, e
tendem para a autossuficiência emocional.
B – seguro: Usa a mãe como base segura de exploração, sendo que, quando se separa
dela, assinala sentir a sua ausência e pode até mesmo chorar. Quando a reencontra,
saúda-a ativamente com um sorriso, uma vocalização ou um gesto, e procura
proximidade e contacto. Apenas quando for confortada retorna à exploração.
C – resistente: Sente-se pouco à vontade quando entra na sala, estando por vezes
assustada, e não se envolve na exploração. Quando se separa da mãe, mostra-se
perturbada, mas quando a mãe volta, a criança mostra um comportamento alternativo
entre o desejo e a rejeição. Não encontrando conforto imediato com a proximidade ou o
contacto, tanto se deixa aproximar quanto se torna agressiva.
Notas: O padrão de vinculação exibido pode mudar de acordo com a figura. Crianças
“demasiado perfeitas” ou “demasiado adultas” podem encaixar-se no padrão A.
0 aos 3 anos
Desenvolvimento cognitivo
Definição de cognitivo:
Vários autores consideram que o sistema cognitivo opera segundo três modos de
funcionamento:
Dizer que se trata de uma lâmpada implica uma atividade de interpretação que se
baseia no estabelecimento de relações entre a informação apresentada e outras
informações provenientes de experiências anteriores. Isto porque, na verdade, o desenho
não passa de linhas curvas, horizontais e verticais, mas nós atribuímos um significado.
Construtivismo genético, que defende que temos um papel ativo no nosso próprio
desenvolvimento e que absorvemos o que já existe, mas da nossa forma própria;
Os seus estudos foram baseados na observação dos seus três filhos, e apenas
mais tarde, com a extensa investigação de muitos outros autores, permitiram fixar
melhor os parâmetros etários dos diferentes estádios e confirmar a reprodutibilidade dos
dados descritos por Piaget.
Ainda, o bebé apresenta uma tendência para olhar durante mais tempo para
fenómenos diferentes do habitual do que para os fenómenos familiares, reconhecendo a
mudança. Na imagem abaixo, foi notado que o bebé olha com mais atenção para o
acontecimento de baixo, por ser impossível.
Sensório-motor:
Ocorrendo desde o nascimento até aos dois anos de idade, é aqui que acontece a
construção do real na criança, do seu ponto de vista e do conhecimento que esta vai
construindo acerca do mundo e de si própria. É ainda um período caracterizado pelo
predomínio da ação sobre a representação simbólica dessa ação.
Daí até aos 8 meses, surgem as reações circulares secundárias, que já envolvem
objetos externos no qual o comportamento produz, acidentalmente, um evento
interessante e que é repetido com o objetivo de ser prolongado. Exemplo: carregar num
botão de um brinquedo que produz uma música.
O terceiro estádio acontecem entre os 9 e os 12 meses e está marcado pela
coordenação de esquemas secundários, que remetem para a utilização de objetos como
intermediários para obter algo desejado. Exemplo: afastar uma almofada para chegar ao
brinquedo.
Podemos dizer então que começa a exploração ativa e por tentativa e erro das
propriedades e potencialidades dos objetos, através da procura de novas formas de atuar
sobre eles. A tentativa e erro também é usada para a resolução de problemas.
Uma reação típica deste estádio é o erro A-não B. Este é caracterizado pelo que
foi dito anteriormente, no sentido em que a criança vê o objeto a desaparecer em A, e
encontra-o em A; depois, desaparece novamente em A, e a criança encontra-o em A. No
entanto, quando o objeto desaparece em B, a criança tenta encontrá-lo novamente em A.
Princípio céfalo-caudal:
Princípio próximo-distal:
Segundo este princípio, o crescimento ocorre de dentro para fora, e isto verifica-
se pelo facto de que os bebés aprendem a usar primeiro os braços e as coxas, que estão
mais próximos do centro do corpo, e só depois os antebraços, as pernas, as mãos e os
pés, e, por último, os dedos. A boca é o local central que primeiro é usado. Exemplo:
Começar a gatinhar com o peito e com os antebraços apoiados no chão.
Peso:
Aos 5 meses, o peso médio do bebé terá duplicado de 3.5kg para cerca de 7kg, e,
por volta dos 12 meses, triplica para cerca de 10kg. Este ritmo de crescimento abranda
durante o segundo ano de vida, e ainda mais no terceiro ano (3 anos = 14/15kg).
Altura:
Cérebro:
Dentição:
A dentição do bebé tem início, geralmente, por volta dos 3/4 meses, quando
começam a agarrar e a levar à boca tudo o que estiver ao seu alcance. Na altura do
primeiro aniversário, têm de 6 a 8 dentes, e 20 com 2 anos e meio.
Motricidade fina:
Coordenar e
Alcançar Preensão e largar
manipular
A partir dos 5 meses, toca e mexe nos objetos em resposta a um estímulo tátil,
levando-os à boca. Em termos de preensão radial palmar, agarra mais firmemente os
objetos, pressionando-os entre os dedos e a palma da mão. Pode segurar num brinquedo
pequeno, chocalhando-o ou batendo com ele. Consegue sentar-se por longos períodos
de tempo se tiver as costas apoiadas.
A partir dos 9 meses, já rasteja e senta-se sem qualquer ajuda, e procura manter-
se em pé, apoiando-se no mobiliário. Consegue brincar com dois brinquedos, um em
cada mão, batendo um no outro, e aponta para as coisas com o dedo indicador.
A partir dos 10 e dos 11 meses, agarra os objetos com maior precisão (preensão
em pinça) e atira-os para cima de superfícies, trepa coisas, gatinha, consegue brincar
enquanto está sentado… É muito ativo e explorador, o que o leva a ajoelhar-se numa
tentativa de se colocar em pé.
A partir dos 12 meses, consegue agarrar num brinquedo com uma mão e
explorar com a outra, e identificar formas, encaixando-as nos buracos corretos. Já
consegue ficar em pé sozinho por curtos períodos de tempo, mas ainda não tem tanto
equilíbrio. Empurra a bola contra o adulto, apoia-se num braço para alcançar algo com o
outro e dá alguns passos de forma independente ou segurando a mão.
A partir dos 15 aos 18 meses, a sua preensão é hábil e precisa, podendo segurar
dois objetos simultaneamente, segurar num lápis e fazer rabiscos e empilhar objetos. Em
termos de motricidade grossa, caminha lentamente, trepa os degraus das escadas,
mantém-se em pé, agacha-se, inclina-se, anda bem e rápido e senta-se em cadeiras
pequenas.
A partir dos 30 aos 36 meses, consegue cortar com uma tesoura, alinhar objetos,
usar uma colher corretamente, empilhar mais objetos e faz tarefas de rotação simples,
como formar uma pequena bola com plasticina. Sobe e desce escadas alternando os pés,
pedala no triciclo e sobe e desce escadas sem ajuda.
Desenvolvimento da linguagem
Pragmática Oralidade,
Linguagem Expressão
(adequada fonologia e
compreensiva linguistica
ao contexto) articulação
Discurso pré-linguístico:
A partir dos 9 meses, repete sons, diz de forma mais clara palavras como
“mama” e “dada”, segue pedidos simples quando emparelhados com gestos, dança ao
ouvir música, percebe algumas palavras (nomeadamente o próprio nome e “não”, por
serem as palavras que mais ouvem, ou palavras com um significado especial, como
“urso” ou “papa”), produz sequências de balbucios, faz um maior controlo da saliva
(baba-se menos) e inicia intencionalmente interações.
A partir dos 10 aos 14 meses, inicia o seu discurso linguístico, dizendo a sua
primeira palavra (holófrase), isto é, diz uma palavra para expressar uma ideia completa.
Exemplo: “Da” pode significar “eu quero aquilo” ou “eu quero sair”.
Desenvolvimento psicossocial
Temáticas
Sentido do self Interações sociais emocionais no
jogo
A partir dos 4 meses, o bebé sorri socialmente, para rostos familiares e para si
mesmo ao espelho, chora quando algo lhe é negado, mostra ser capaz de controlar os
seus próprios comportamentos e de se acalmar através da sucção, responde de forma
diferente a pessoas diferentes e mostra interesse pelo outro, reagindo à sua presença.
Além disso, os seus períodos de sono e de alerta tornam-se mais regulares.
A partir dos 5 meses, mostra medo de sons fortes ou inesperados e sorri quando
o rosto aparece num jogo (Exemplo: jogo do cucu), fica acordado durante 2h, para de
chorar quando lhe falam, consegue recuperar de situações de stress ao ser tranquilizado
pelos seus cuidadores, mostra zanga e frustração e discrimina a sua imagem da da mãe
quando projetadas no espelho, além de discriminar os pais e familiares dos estranhos.
A partir dos 8 meses, manifesta zanga e desconfiança de forma mais intensa, faz
pequenos sonos regularmente, responde às expressões faciais dos pais como
moderadores das suas próprias emoções, bate palmas quando vê algo que gosta, tenta
beijar a imagem refletida no espelho por achar que é outro bebé, responde com emoções
negativas quando uma pessoa não familiar se aproxima e explora partes da face e do
corpo do cuidador.
Padrões de temperamento:
Os bebés podem ser mais calmos ou mais agitados (nível de atividade), ter ciclos
biológicos mais ou menos regulares, aproximarem-se ou afastarem-se de estímulos
novos, mostrar níveis diferentes de adaptabilidade a situações novas, serem agradáveis
ou desagradáveis, mais ou menos aptos a distraírem-se e mais ou menos persistentes na
realização de tarefas, mostrando também mais ou menos atenção na mesma.
A segunda crise com que a criança se depara entre os 18 meses e os 3 anos diz
respeito à autonomia, à vergonha e à dúvida. Nesta fase, devido a novas competências
no seu desenvolvimento físico, motor, cognitivo, psicossocial e de linguagem, a criança
pretende explorar o que a rodeia e experimentar coisas novas de forma autónoma.
Aqui, ela precisa de desenvolver um equilíbrio entre ser encorajada e perceber as
suas limitações: no primeiro caso, desenvolve um sentimento de autonomia e de
controlo sobre si mesma, complementado pela noção dos seus limites. No entanto, se for
demasiado controlada pelos pais, pode criar um sentimento de vergonha por se expor e
de dúvida por não conseguir fazer as coisas sozinha ou tomar decisões.
3 aos 6 anos
Desenvolvimento físico e saúde
Crescimento do corpo:
Por volta dos 3 anos de idade, as crianças tornam-se mais compridas, e começam
a perder a face redonda, característica dos bebés, apresentando uma aparência mais
atlética de criança. À medida que os músculos abdominais se desenvolvem, a barriga
diminui, e o tronco, os braços e as pernas tornam-se mais compridos. A cabeça ainda é
relativamente grande, mas as outras partes do corpo continuam a crescer até que as
proporções corporais se tornem mais semelhantes às do adulto.
Peso:
Altura:
As crianças dormem cerca de 9 ou 10h por dia, e esse período de sono vai
diminuindo ao longo da infância. Mas muitas crianças apresentam dificuldades em
adormecer, situação que pode ser ultrapassada utilizando objetos transicionais, como o
urso de peluche. Podem acontecer os pesadelos, as perturbações do sono, ou até mesmo
a influência do tempo passado nas telas, aos quais têm acesso cada vez mais cedo.
A enurese prende-se com o urinar na cama, e pode acontecer nesta faixa etária,
afetando 7% dos rapazes e 3% das raparigas. Porém, a maior parte das crianças começa
a fazer o controlo diurno e noturno entre os 3 e os 5 anos.
A partir dos 42 meses, atira uma bola a uma distância de 2m, usa tesouras e
consegue coordenar os movimentos para cortar.
A partir dos 54 meses, desloca o peso do corpo para frente para atirar a bola
mais longe, jogando com alguma destreza e precisão, algumas crianças são capazes de
saltar ao pé-coxinho, e consegue manter vários objetos pequenos na mão, manipulando-
os.
A partir dos 60 meses, joga bem, tem uma melhor coordenação, pode saltar ao
pé-coxinho durante vários segundos, salta de pontos mais altos e em comprimento,
sobre escadotes, desenha com maior destreza, consegue cortar com a tesoura, copia o
próprio nome, manipula objetos minúsculos sem os deixar cair e completa puzzles com
10 peças.
A partir dos 66 meses, desenha formas com adequada orientação espacial e
desenvolve a corrida, e a partir dos 72 meses, atira a um alvo, conduz a bola nos pés,
anda sobre linha reta e manipula o papel quando usa a tesoura.
Desenvolvimento cognitivo
Uso de símbolos:
As crianças podem pensar em qualquer coisa sem ter de a ver à sua frente.
Exemplo: A criança sabe que o nome “Pantufa” se refere ao seu cão. E então, ele pode
falar ou ouvir falar dele sem o ter à sua frente. O mesmo acontece com pessoas, objetos
e acontecimentos.
Torna-se mais evidente que o mundo está mais organizado quando as crianças
percebem que podem provocar os acontecimentos. Exemplo: A criança sabe que, se
saltar para uma poça de lama, vai ficar com os sapatos sujos. Pode escolher saltar na
mesma, saltar com os pés descalços ou resistir à tentação. Também tem noção das
consequências de ter os sapatos sujos, por exemplo.
Compreensão do número:
As crianças conseguem contar e lidar com as quantidades, apercebendo-se se
falta algo ou se algo está a mais. Exemplo: A criança sabe que tem duas cenouras no
prato. Se sair da mesa e, quando regressar, só encontrar uma, ela vai saber que alguém a
tirou.
Função simbólica:
Imitação diferida:
Jogo simbólico:
A partir dos 3 anos, põe fim ao período dos rabiscos. A criança que começou por
traçar rabiscos sem intenção de representação descobre, por acaso, uma analogia com
um objeto e passa a nomear o seu desenho: realismo fortuito.
A partir dos 6 anos, o desenho é realista. A criança reproduz aquilo que sabe dos
objetos, mas parece ignorar a perspetiva visual. Desenha casas transparentes (com a
mobília), mistura pontos de vista, atribui destaque excessivo a pormenores, comete erros
na planificação…: realismo intelectual.
A partir dos 9 anos, desenha apenas aquilo que vê, tendo maior consideração das
distâncias, da perspetiva…: realismo visual.
Imagem mental:
A criança consegue fazer uma representação interna dos objetos, das pessoas ou
de acontecimentos reais, que resulta de uma imitação interiorizada, apesar de o
resultado não consistir numa cópia perfeita do modelo. As imagens mentais sofrem uma
evolução ao longo do estádio pré-operatório, ou seja, de estáticas, passam a integrar as
transformações entre estados.
Pensamento pré-operatório:
Justaposição e sincretismo:
Egocentrismo:
A criança centra-se nos estados e não nas transformações dos estados dos
objetos. Então, é incapaz de considerar as transformações e de se distanciar dos estados,
não estabelecendo uma relação entre os estados iniciais e os estados finais dos processos
de transformação (irreversibilidade). Isto leva-nos à questão das noções de conservação.
Exemplo: A criança vê dois bolos iguais, e, depois, um deles é cortado em fatias. A
criança desta idade já tem noção de que ambos os bolos têm a mesma quantidade, ainda
que um deles esteja cortado em fatias.
Da intuição à operação:
A intuição é uma ação interiorizada, mas ainda isolada (as novas representações
não se integram nas anteriores) e dependente dos indícios percetivos, sendo irreversível.
Já a operação é uma ação interiorizada, reversível e integrada nos sistemas de
operações, com equilíbrio estável, não estando dependente dos aspetos mutantes da
realidade.
Desenvolvimento da linguagem
Vocabulário:
Por volta dos 6 anos, a criança entende, em média, 14000 palavras, tendo
aprendido cerca de 9 palavras por dia. Aparentemente, as crianças conseguem isto
devido ao mapeamento rápido, processo através do qual absorvem o significado de uma
nova palavra após a terem ouvido apenas uma ou duas vezes numa conversa.
Os nomes dos objetos parecem ser mais fáceis de mapear rapidamente do que os
nomes das ações/verbos. No entanto, crianças mais novas nem sempre utilizam
corretamente as palavras, mas começam a usar expressões com sentido figurado ou
metáforas. Exemplos: Usar a palavra “amanhã” para qualquer evento futuro ou dizer “A
minha mãe é uma flor!”.
Gramática e sintaxe:
Aos 3/4 anos de idade, as crianças produzem frases com 3 ou 4 palavras. Por
volta dos 4/5 anos, o comprimento médio da frase é também de 4 ou 5 palavras. Já aos
5/6 anos, as frases são compostas, genericamente, por 6 a 8 palavras.
Por fim, têm cada vez maior noção da pragmática, sendo este conhecimento
necessário para o uso da linguagem com objetivos comunicativos, para pedir coisas,
contar histórias ou anedotas… Crianças entre os 3 e os 5 anos são capazes de comunicar
de forma diferente com uma pessoa cega e com uma que consegue ver, apontando para
os objetos no caso da segunda e descrevendo-os à pessoa cega.
Discurso interno:
Desenvolvimento psicossocial
Desenvolvimento do self:
Esta fase do desenvolvimento pode ser analisada segundo duas vertentes: o
autoconceito e a autodefinição. Apesar de parecerem a mesma coisa, não o são:
Autoconceito:
Autodefinição:
A autoestima é o julgamento que cada pessoa faz do seu próprio valor, e esta
continua a desenvolver-se ao longo do período pré-escolar.
Nesta fase, dos 4 aos 7 anos, a autoestima não se baseia numa avaliação realista
das capacidades ou dos traços de personalidade, visto que, habitualmente, as crianças
sobrestimam as suas capacidades, pois ainda não possuem as competências cognitivas e
sociais necessárias para se compararem corretamente com os outros.
Posto isto, a sua noção de autoestima nestas idades tende a ser global, e as
diferenças neste construto exprimem-se, principalmente, através da confiança, da
curiosidade, do desejo de explorar e da adaptabilidade às situações. Esta visão do self
depende, muitas vezes, dos pais e dos adultos. De facto, os comportamentos parentais
de apoio e desafio são fundamentais.
Identidade de género:
Esta questão ainda pode ser analisada segundo algumas perspetivas teóricas:
Psicanalítica de Sigmund Freud: “a identidade de género ocorre quando a criança se
identifica com a figura parental do mesmo sexo”;
Comportamento não ocupado: a criança parece não estar a brincar, mas olha para algo
de interesse momentâneo;
Jogo paralelo: a criança brinca de forma independente, mas no meio das outras
crianças, utilizando os mesmos brinquedos, mas não necessariamente da mesma
maneira, o que significa que está a brincar perto de mas não com;
Jogo associativo: a criança brinca com as outras crianças, fala acerca da brincadeira,
empresta e pede brinquedos emprestados, segue as outras e tenta controlar quem pode
brincar no grupo, o que significa que não há uma divisão de tarefas nem uma
organização em função de um objetivo, fazendo com que todas brinquem de forma
semelhante, mas cada uma de acordo com o seu desejo;
Amizade (Selman):
Dos 4 aos 9 anos, um “bom amigo” faz o que a criança quer que ele faça.
Exemplo: “ela já não é minha amiga porque não foi comigo à rua”.
Esta é a terceira crise proposta por Erickson, com a qual a criança se depara
entre os 3 e os 6 anos, e diz respeito à iniciativa e à culpa. A necessidade de lidar com
sentimentos conflituosos acerca do self é o aspeto central desta fase, na qual o conflito
emerge a partir do sentido crescente de finalidade, que permite à criança planear e
realizar atividades, e dos problemas crescentes da consciência que a criança pode ter
acerca desses planos.
36 meses/3anos de idade:
Nomeia as suas necessidades, emoções e estados mentais, sendo capaz de pedir ajuda
aos adultos para lidar com elas, e é ainda capaz de se autorregular depois de uma zanga;
Começa a internalizar regras e segue-as durante algum tempo, mas tem dificuldade
em transferi-las entre diferentes atividades e contextos;
Começa a generalizar o que pode ou não ser tocado e envolve-se em situações que
estão certas e erradas, por vezes, tentando corrigir as últimas;
Fala acerca das coisas que consegue fazer, e pode mostrar vergonha quando não
consegue fazer algo;
O jogo simbólico pode ser dividido entre “bons” e “maus” e pode manifestar
separações, relações entre fratrias e outros familiares ou situações de maus-tratos;
Envolve-se no jogo associativo e com outras crianças e adultos numa sequência de
brincadeiras, mas precisa que sejam os adultos a sugerir ações ou sequências
alternativas.
Tem medo da noite, de perder os pais e de diferenças extremas, como pessoas muito
idosas, de outras nacionalidades ou de outras etnias;
Agressão ocasional aos pares e pode demonstrar emoções extremas, porque gosta de
ter controlo;
Fala com os outros acerca do que sente e do que o pode fazer sentir melhor;
Gosta de fingir que é outras pessoas no jogo, é capaz de trocar papeis, de discutir
hipóteses e gosta de usar fantasias e acessórios;
Tem dificuldade em seguir as indicações que lhe são dadas, mas internaliza e
discrimina as regras acerca do que pode ou não fazer, podendo até exibir um mau
comportamento propositadamente ou argumentar com o seu cuidador;
Revela preferência pela cooperação com pares do mesmo género e forma vínculos
com eles, criando amizades;
Usa muito o humor, dizendo tolices no seio das interações com os pares;
Julga o que está certo ou errado pela punição, compreende bem as regras e observa os
comportamentos desadequados dos outros, podendo até recomendar punições;
Revela ansiedade para aprender coisas novas e apresenta expectativas muito elevadas,
para além de comparar a sua prestação com a dos outros;
Consegue elaborar jogos de faz de conta que refletem sentimentos, medos, cuidados,
entre outros, e pode manifestar poder, controlo, bem-estar…
72 meses/6anos:
Deseja ser aceite e pode modificar as suas ações de forma a ser mais aceite pelos
pares;
É capaz de identificar as causas das emoções das personagens das históricas, fazendo
um jogo simbólico muito detalhado e elaborado, cheio de regras e de ação;
Desenvolvimento da moral
Cada cultura vai construindo a sua própria moralidade, e aprendemos a ser mais
morais internalizando os seus valores, muitas vezes associados à religião
(etnocentrismo). As avaliações morais interculturais tendem a avaliar as ações de uma
determinada cultura contra os valores de uma outra cultura.
Piaget:
Moral heterónoma:
Ainda podemos perceber que este tipo de moral revela um sentido de justiça
retributivo, pois está mais preocupado com a administração de castigos, penas e
sanções. O justo confunde-se com a autoridade e, em caso de conflito, a escolha da
criança é feita com base na obediência;
Moral autónoma:
Kohlberg:
Esta é típica da maioria das crianças até aos 9 anos, mas também de alguns
adolescentes e adultos. A criança sabe que existem normas sociais, coisas que se podem
ou não fazer, mas estas normas parecem externas, e só são obedecidas para evitar os
castigos ou para satisfazer desejos e interesses que podem trazer recompensas.
O segundo estádio, moral do interesse, está associado com as ações serem justas
e corretas quando são um instrumento que permite satisfazer desejos, interesses e
necessidades próprias e, porventura, de um outro, partindo de um ponto de vista
individualista e concreto. Assim, a justiça e a moralidade são questões de pura troca.
Moral convencional:
Moral pós-convencional:
Esta é típica dos adultos, mas apenas depois dos 20/25 anos. O valor moral
depende menos da conformidade às normas morais e sociais vigentes, e mais da sua
orientação em função de princípios éticos universais, como o direito à vida e à
liberdade.
Por fim, no último e sexto estádio, moral da razão universal, é constituído o ideal
supremo do desenvolvimento moral e não uma realidade empírica. Os ideais
interiorizados representam a crença do sujeito no valor da vida e está marcado pelo
respeito para com os outros indivíduos, estando associado a princípios universais de
justiça, de reciprocidade, de igualdade…
6 aos 10 anos
Desenvolvimento físico e saúde
Crescimento do corpo:
Por volta dos 9/10 anos, as meninas iniciam um surto de crescimento, estando,
de repente, mais altas e mais pesadas do que os rapazes da sua turma, e continuarão
assim até, aproximadamente, aos 12/13 anos, quando os rapazes iniciam o seu próprio
surto de crescimento.
Dentição:
A maioria dos dentes definitivos chega no início desta fase, sendo também
quando os dentes de leite começam a cair e são substituídos por dentes permanentes.
Um aspeto positivo é que tem havido melhorias muito significativas nos cuidados
dentários, quer nas rotinas de escovagem dos dentes, quer no acompanhamento
odontológico.
Saúde:
Em Portugal, cada vez mais crianças possuem excesso de peso, ou até mesmo
obesidade, com o rácio de 1 em cada 3. Está, inclusive, entre os países da Europa com
uma maior taxa de obesidade.
A partir dos 7 anos, consegue equilibrar-se num só pé, andar numa barra com
5cm de largura, saltar ao pé-coxinho, realizar corretamente o salto ao eixo, saltar a pés
juntos 25cm de altura, lançar uma bola ao ar e apanhá-la, descer as escadas a correr e
saltar à corda três vezes seguidas, alternando os pés.
A partir dos 8 anos, consegue apertar os atacadores e fazer um laço, dar saltos
rítmicos alternados segundo um padrão, saltar bem à corda alternando os pés ou a pés
juntos, andar de bicicleta com duas rodas, manter-se num só pé durante 20 ou mais
segundos e saltar quatro degraus a pés juntos. As raparigas podem ainda lançar uma
bola a 12 metros de distância.
A partir dos 9 anos, os rapazes podem correr 5 metros por segundo, enquanto
que as raparigas só o conseguem fazer a partir dos 10 anos. Os rapazes podem ainda
lançar uma bola a 21 metros de distância e fazer salto em comprimento de 1,5 metros,
enquanto que as raparigas só saltam 1,35 metros. Ambos podem avaliar e intercetar
percursos de bolas que foram atiradas à distância.
Desenvolvimento cognitivo
Fantasia vs. realidade:
Classificação:
Crianças com mais idade compreendiam a influência dos atributos físicos, como
o número de objetos de cada lado da balança, e produziam respostas mais corretas.
Também conseguiam perceber quais características não iriam influenciar o
comportamento da balança, como a cor dos objetos.
Pensamento espacial:
Conservação:
Números e matemática:
No entanto, pode levar mais 2/3 anos até que consigam realizar uma operação de
subtração, mas, a partir dos 9 anos, a maioria das crianças sabe contar partindo do
número menor para cima ou do número maior para baixo para obter a resposta.
Desenvolvimento da linguagem
A entrada na escola marca, indubitavelmente, uma nova etapa nas competências
desenvolvimentais associadas à linguagem. Nesta fase, as novas aquisições curriculares
e o desempenho da criança revelam-se fundamentais, com consequência, não só ao nível
das suas competências específicas de linguagem, mas com impacto direto e indireto em
todas as áreas do desenvolvimento.
Oralidade:
Cumprir instruções;
Usar as palavras de forma audível, com boa articulação, entonação e ritmo adequados
e olhando para o interlocutor;
Mobilizar vocabulário cada vez mais variado e preciso e formar frases mais
complexas;
Leitura e escrita:
Gramática:
Verificar que há palavras que têm significado semelhante e outras que têm significado
oposto, a partir de atividades de oralidade e de leitura;
Formar o plural e o género dos nomes e dos adjetivos e identificar os seus graus;
Desenvolvimento psicossocial
Desenvolvimento do self:
Autoestima:
Emoções:
É também nesta fase que aprendem a diferença entre ter uma emoção e expressá-
la. Alunos do pré-escolar acreditam que os pais podem diminuir a sua tristeza dizendo-
lhes para pararem de chorar, ou diminuir o seu medo dizendo que não há nada a temer.
No entanto, crianças de 7/8 anos sabem que uma emoção “ocultada” continua a existir.
Amizade:
As crianças podem passar boa parte do seu tempo livre em grupos, mas é
somente como indivíduos que elas formam amizades. A popularidade é a opinião do
grupo de amigos sobre uma criança, mas amizade é uma via de dois sentidos. As
amizades mais sólidas envolvem igual comprometimento e cooperação mútua.
A amizade entre crianças em idade escolar é mais profunda e estável, visto que
as crianças não podem ser ou ter amigos verdadeiros antes de adquirirem maturidade
cognitiva para considerar as opiniões e as necessidades das outras pessoas, bem como as
suas.
Segundo Selman, a maioria das crianças em idade escolar está na segunda etapa
(amizade recíproca baseada em interesse próprio, cooperação leal e bidirecional), mas,
crianças com mais idade, a partir dos 9 anos, podem encontrar-se na terceira etapa
(relacionamentos íntimos mutuamente compartilhados).
A quarta crise proposta por Erickson, com a qual a criança se depara entre os 6 e
os 13 anos, diz respeito à indústria, trabalho vs. inferioridade. Resolvidos de forma
satisfatória os desafios anteriores, a confiança, a autonomia e a iniciativa desenvolvem-
se ainda mais nesta fase, o que permite às crianças estarem atentas e serem diligentes,
perseverantes, esforçadas e responsáveis.
Adolescência
Tradicionalmente, a adolescência pode ser definida como uma etapa da vida que
se estende, de grosso modo, desde os 12/13 anos (puberdade) até, aproximadamente, ao
final da segunda década de vida, constituindo uma etapa de transição entre a infância e a
idade adulta. No entanto, há dificuldade em dizer com precisão quando termina.
Estão ainda dependentes dos pais ou a viver com eles. Isto significa que estão a
realizar a transição de um sistema de vinculação centrado na família, a um sistema de
vinculação centrado no grupo de pares e, depois, a um sistema centrado numa pessoa
com relação de intimidade.
Biológica: puberdade;
Puberdade
A adolescência e a puberdade não são coincidentes, visto que a adolescência se
prolonga durante mais alguns anos. A puberdade em si refere-se ao conjunto de
características que, no decurso da segunda década de vida, transformam o corpo infantil
no corpo adulto, com capacidade de reprodução.
Esta é uma fase que tem fortes implicações a nível da aparência física e da
imagem corporal, e do funcionamento psicológico em geral, por ser marcada por
mudanças psicológicas e físicas. É importante ter em conta que parte da puberdade é
também como lidamos com essas mudanças, com a comparação social e com a pressão
grupal.
Menarca e espermarca:
Timing da puberdade:
Tarefas desenvolvimentais
Aceitação do próprio corpo;
Preparação para a vida conjugal, vida sexualmente ativa e vida afetiva estável;
Tensão e conflito
Conflitos com os pais:
Oscilações de humor:
Comportamentos de risco:
Fábula pessoal: crença de que as suas experiências são únicas e não se regem pelas
mesmas regras que governam a vida de outras pessoas, de modo a que ninguém
experimentou as mesmas sensações;
Atenção seletiva:
Sujeitos com alta atenção seletiva deverão recordar melhor coleções de animais
(nos testes) do que a de ferramentas, sendo este o padrão típico de resultados nos
adolescentes, por oposição às crianças que, pela baixa atenção seletiva, obtêm o mesmo
nível de sucesso em ambos.
Memória:
Desenvolvimento sociocognitivo
O desenvolvimento sociocognitivo refere-se às mudanças ocorridas a nível do
processo de pensamento sobre a realidade social, incluindo o desenvolvimento moral, o
desenvolvimento interpessoal e o desenvolvimento do self. O nível de desenvolvimento
sociocognitivo é determinado pelo nível de desenvolvimento cognitivo.
Desenvolvimento moral
Nesta faixa etária, a moral passa de ser entre o bem e o mal, para ser relacionada
com a justiça e os princípios universais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade, a
saúde, a educação, a expressão e a possibilidade de fazer escolhas.
Convencional: é uma questão de lei, visto que há leis que protegem as pessoas e leis
que protegem as propriedades;
Nesta fase da adolescência, há princípios que se sobrepõem à lei, pelo que não
importa apenas cumpri-la. Exemplo: roubar para comer é mais moral do que não roubar,
porque o direito à vida sobrepõe-se ao direito à propriedade.
Desenvolvimento social
Grupo de pares:
Assistimos a uma mudança na natureza das relações que o adolescente
estabelece com os iguais, passando de um pequeno grupo de amigos, para um grupo
maior, e, em seguida, para uma relação de intimidade com uma pessoa.
Conformismo: