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CITOMETRIA DE FLUXO

DEFINIÇÃO:
É uma técnica bastante versátil no qual analisa as características físicas e
químicas de células isoladas, de partículas biológicas e não biológicas.
Pode ser usada para contar grande número de células ou partículas baseadas
em seu tamanho, complexidade interna, fenótipo, estado celular, função
celular, conteúdo do DNA, expressão genética e para quantificar essas
mesmas propriedades celulares em um nível de célula única.

CITÔMERO DE FLUXOS:
É um equipamento que permite identificar, quantificar e avaliar a funcionalidade
de uma população de células ou de partículas que estejam em suspensão.

Figura1: Citômero de fluxo.

Figura2: Sistema ótico-eletrônico de


dispersão de luz do laser refletido, do citômetro de fluxo.
COMO É FEITA A CITOMETRIA DE FLUXO?
Seu funcionamento depende das características de dispersão de luz das
células sob investigação, que podem ser derivadas de corantes ou anticorpos
monoclonais direcionados a moléculas extracelulares localizadas na superfície
ou moléculas intracelulares dentro da célula.
É realizada com o equipamento CITÔMETROS DE FLUXO; Estes
equipamentos empregam três sistemas: UM ÓPTICO, UM DE FLUIDOS E UM
SISTEMA ELETRÔNICO.
 O sistema de fluidos é responsável por inserir e conduzir as células em
suspensão.
 O sistema óptico gera e capta sinais a partir de lasers, filtros e
detectores.
 O sistema eletrônico, por sua vez, amplifica e converte os sinais
advindos dos detectores, gerando dados que podem ser analisados sob
múltiplos parâmetros.

Portanto, o funcionamento deste equipamento consiste em excitar (com lasers)


os fluorocromos (é um componente de uma molécula que faz com que esta
seja fluorescente) ligados às células (ou moléculas) de interesse. A partir da
difração da luz, torna-se possível adquirir dados tangíveis sobre a natureza do
alvo de interesse.
EXPLICAÇÃO DE COMO É FEITA A CITOMETRIA DE FLUXO:

ETAPA1: De maneira específica, células são previamente tratadas com


anticorpos marcados com fluorocromos. Estes anticorpos, então, ligam-se ao
alvo de interesse e as células são submetidas a um fluxo hidrodinâmico, que se
estabelece com a injeção controlada de um fluido composto por solução salina.
ETAPA 2: Durante o fluxo, a mistura de amostra com solução salina passa por
uma câmara, cujo diâmetro pode chegar a 50μm. Esse processo, chamado de
foco hidrodinâmico, obriga as células a ficarem “empilhadas”, permitindo que a
luz incida nelas de maneira individualizada.
ETAPA 3: Os lasers utilizados variam em composição e devem ser
cuidadosamente selecionadas de acordo com o tipo de análise a ser realizada,
considerando a amostra e o fluorocromo utilizado para marcar o anticorpo. Os
comprimentos de onda utilizados variam entre 300nm – 500nm.
ETAPA 4: Ao passar pelos feixes de luz, a célula refrata parte dessa luz na
direção e sentido do laser (FSC) e outra parte a 90º (SSC); esta etapa é
chamada de interrogação. Em seguida, a luz dispersa é filtrada por cores e
captada por dispositivos chamados de Tubos Fotomultiplicadores (PMTs).
As informações geradas por citômetros de fluxo são dispostas em histogramas,
conforme a imagem a cima.

VANTAGENS DA CITOMETRIA DE FLUXO:


As duas maiores vantagens da citometria de fluxo são:
 Sua capacidade de medir um grande número de parâmetros (2 a 30 ou
mais) em uma amostra.
 Sua capacidade de coletar informações de milhões de células em
questão de segundos.
Essa abordagem torna a citometria de fluxo uma ferramenta poderosa para
análise detalhada de populações complexas em um curto período de tempo.

QUANDO UTILIZAR A CITOMETRIA DE FLUXO?


 Avaliação do Conteúdo de DNA/ciclo celular.
 Ensaios de apoptose (morte celular).
 Imunofenotipagem. (citometria de fluxo é o padrão escolhido para a
realização de análises de imunofenotipagem).

CONCLUSÃO:
A citometria de fluxo é realizada com a passagem de células de maneira
individual sobre um feixe de luz. A luz dispersa é captada por tubos
fotomultiplicadores, que transformam o sinal em dados computacionais.

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