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ANATOMIA VEGETAL

PRÁTICA 1: Introdução a microtécnica, técnica de cortes à mão livre e


esquematização.

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INTRODUÇÃO A MICROTÉCNICA

1. Introdução

Para estudos anatômicos é indispensável que o material a ser observado seja


suficientemente fino e transparente em microscópio ótico. Normalmente o material
vegetal a ser estudado é coletado a fresco, porém material seco provindo de herbário
pode ser também utilizado. Tal material deve então ser seccionado, antes de ser
observado. Os cortes podem ser feitos à mão livre (lâmina de barbear ou navalha) ou
com aparelhos especiais, denominados micrótomos. Em nossas práticas, utilizaremos
cortes feitos à mão livre. Porém, nos relatórios de prática, alguns grupos utilizaram
micrótomos rotativos (material deve ser incluído em blocos de parafina) ou
ultramicrótomos (material deve ser incluído em resinas plásticas).
Para alguns estudos mais específicos, logo após a coleta, procede-se à rápida fixação
do material, pois sabemos que as células se alteram rapidamente em resposta a
modificação no meio. Fixadores são, geralmente, misturas de reagentes químicos que
promovem a morte e a preservação das células, em estado o mais próximo possível do
material in vivo. O volume de fixador deve ser de 20 a 30 vezes o da peça a ser fixada.
As principais substâncias fixadoras são: o formol; o álcool; aldeído glutárico; os ácidos:
acético, pícrico, crômico e ósmico; o iodo e o bicromato e o permanganato de potássio.
Estas substâncias podem ser empregadas isoladamente ou em misturas, dependendo dos
objetivos do trabalho a ser realizado. Dentre as inúmeras misturas fixadoras existentes, a
mais amplamente utilizada para fins histológicos gerais é a conhecida como F.A.A.,
cuja fórmula é:
Formalina (formol 40%) ______________ 5 ml
Álcool 70% ________________________ 90 ml
Ácido acético _______________________ 5 ml

Para finalidades mais específicas, existem misturas fixadoras mais adequadas que o
F.A.A.. Os fixadores não devem permanecer em contato com a pele e nem serem
inalados, pois, em geral são tóxicos.

2. Tipos de Corte

É difícil interpretar estruturas tridimensionais pelo estudo de cortes delgados que


podem fornecer uma falsa impressão da arquitetura de um órgão. Por exemplo,
estudemos a caso de um simples ovo. Qual é a conclusão que você chega ao fim da
explicação de seu professor com relação a cortes em diferentes partes e planos?
Os tipos de cortes utilizados em estudos anatômicos são:

a) Transversal: faz-se perpendicularmente ao maior eixo do órgão;


b) Longitudinal: corte feito paralelamente ao maior eixo do órgão. Quando o órgão é
cilíndrico, o corte longitudinal pode ser tangencial (tangente ao raio do cilindro) ou
radial (passando pelo diâmetro ou raio).
c) Paradérmico: é paralelo à superfície do órgão e superficial, sendo utilizado
principalmente em estudos de folha.

3. Etapas para preparação microscópica

A montagem de cortes, entre lâmina e lamínula, para observação ao microscópio,


pode ser do tipo provisório ou permanente. Para montagens provisórias, utiliza-se um
líquido de inclusão adequado que pode ser água, glicerina, corante; e para montagens
permanentes, o balsámo-do-canadá (oleoresina natural) e resinas sintéticas são os meios
de inclusão mais empregados. Antes da montagem, muitas vezes é aconselhável a
coloração dos cortes cuja finalidade é acentuar os contrastes entre os vários tipos de
células e tecidos da planta. Em anatomia vegetal, os corantes mais largamente
empregados para colorações permanentes são: a safranina e a hematoxilina e, para
colorações temporárias, o cloreto de zinco iodado, azul de toluidina, floroglucina,
sudam e lugol.

3.1. Confecção de uma preparação temporária:

 Colocar, com uma pipeta, uma gota de água ou de reagente sobre a lâmina de vidro;
 Transferir para lâmina, com o auxílio de um pincel o corte a ser examinado;
 Cobrir com lamínula: encoste um dos lados da lamínula no bordo da gota de líquido
de inclusão e espere que se espalhe, ao longo da lamínula, e então a desça
lentamente para evitar a formação de bolhas de ar;
 Retirar o excesso de água ou reagente com papel de filtro.

Uma boa lâmina, onde se faz uma boa observação, deve apresentar as seguintes
características:
 Não ter bolhas de ar (apresentam-se escuras ao microscópio);
 Não conter excesso de material (dificulta o foco);
 Deve ter líquido bem distribuído em toda extensão da lâmina e lamínula;
 A lamínula não deve estar flutuando e o excesso de líquido tira-se com papel
absorvente;
 Nunca deve haver líquido sob a lâmina para evitar que a platina fique molhada,
dificultando os movimentos do charriot.

3.2. Confecção de uma preparação permanente (Parafina):

 Coleta e Fixação do material; Desidratação (álcool e xilol); Infiltração do material


pela parafina; microtomia; distensão e colagem dos cortes nas lâminas;
desparafinização e hidratação; coloração, desidratação; clareamento em xilol,
montagem em balsámo.
4. Responda:

a) Por que logo após a coleta de um material, para estudos anatômicos, deve-se
proceder à fixação?
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b) Por que devemos utilizar mais de um tipo de corte nos estudos anâtomicos?
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c) Quais os tipos de cortes empregados em Anatomia?


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d) Qual a finalidade da coloração de cortes antes da observação?


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e) Cite 3 requisitos para uma boa preparação microscópica?


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f) Por que se faz a desidratação do material para a confecção de lâminas permanentes?


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