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Técnica de Parafina

Antes de iniciar o procedimento é necessário realizar a coleta do material, clivagem e


identificação da amostra. Em seguida, recomenda-se realizar as etapas a seguir, tratando
adequadamente o tecido depois de retirado do corpo.

Fixação: Realizada com a finalidade de evitar a destruição das células por autólise (suas
próprias enzimas), bactérias ou afins, preservando a morfologia e estrutura do tecido.
Geralmente, é utilizado formaldeído a 4% em solução tamponada.

Desidratação: Nesta etapa a água do tecido será extraída. Em geral, é realizado em álcool
etílico com concentrações crescentes, iniciando com álcool a 70% e finalizando com álcool
absoluto (100%).

Diafanização ou clareamento: Esta fase será necessária para substituição do etanol por um
líquido miscível com o meio de inclusão (geralmente Xilol). Essa substância é capaz de
tornar o tecido translúcido. Tal procedimento é importante, pois permite a passagem de luz
do microscópio.

Impregnação: Ocorre a penetração da parafina nos vasos, espaços intercelulares e interior


das células, tornando as estruturas estáticas, o que facilita os cortes. Por causa do calor, o
xilol evapora e o tecido será ocupado pela parafina fundida, geralmente, em estufa à 60º.

Inclusão: Neste momento, o objetivo é obter um bloco de parafina de forma retangular para
ser cortado. Para isso, é necessário colocar o tecido em um recipiente de forma retangular,
que contenha parafina fundida e deixar secar em temperatura ambiente.

Etapas do processamento histológico na técnica da parafina para realizar os cortes


histológicos

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Após esses procedimentos são realizados, no micrótomo, os cortes histológicos, chamados de
microtomia.

Em geral, os cortes são bastante delgados, com espessura que pode variar entre 6μm a 8μm
(micrômetro). São colocados em água quente para deixá-los mais estirados e depositados nas
lâminas.

DICA
A técnica da parafina deixa o tecido transparente e isso torna extremamente difícil sua
visualização no microscópio óptico.

São introduzidos os métodos de coloração a esse procedimento, com a finalidade de facilitar


a visualização do tecido e destacar determinados componentes.

A maioria dos corantes utilizados para essa finalidade se comporta como


ácidos ou básicos.

• Quando os componentes do tecido são corados com corante ácido (por exemplo: eosina,
Orange G, fucsina ácida) são chamados de acidófilos.

• Quando os componentes do tecido são corados com corante básico (por exemplo:
hematoxilina, azul-de-toluidina, azul-de-metileno) são chamados de basófilos.

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A coloração dupla pela hematoxilina e eosina (HE) é a mais utilizada.

• As estruturas coradas de roxo/azul pela hematoxilina são núcleo celular e outras


estruturas de natureza ácida.

• As estruturas coradas de rosa pela eosina são citoplasma e o colágeno do material


extracelular.

Corte de bronquíolo terminal corado com HE. As estruturas acidófilas, como o citoplasma,
foram corados com eosina (rosa) e as estruturas basófilas, como o núcleo, foram coradas
com hematoxilina (roxo).

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