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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

CURSO: ENFERMAGEM

DISCIPLINA: HISTOLOGIA HUMANA - BIO425

TURMA: P02

GRUPO: AMANDA VITÓRIA SILVA BARBOSA – 23121001, ANDRESSA LIMA


SILVA – 23121003, BRUNA DOS SANTOS MOREIRA – 23121007, CAMILLE
LIMA DE ANDRADE GÓIS – 23121008, JACKELINE LEÃO DE SOARES -
23121020

PROFA. ORIENTADORA: LIDIA CRISTINA VILLELA RIBEIRO

TRABALHO DE HISTOLOGIA – TEXTO E ATLAS

FEIRA DE SANTANA
2023

APRESENTAÇÃO

O PRESENTE TRABALHO, ORIENTADO PELA PROFA. LIDIA CRISTINA


VILLELA RIBEIRO, VISA APRESENTAR DE MODO PRÁTICO, A PARTE
TEÓRICA DO ESTUDO DAS DIVERSAS LÂMINAS HISTOLÓGICAS QUE, SE
BASEIAM NA ANÁLISE DE IMAGENS DOS ORGÃOS E DOS TECIDOS. PARA
MELHOR COMPREENSÃO, ESSAS LÂMINAS FORAM OBSERVADAS
ATRAVÉS DO MICROSCÓPIO.

DESSA FORMA, POR MEIO DESSE MATERIAL TEXTUAL E


FOTOGRÁFICO SERÁ POSSÍVEL FACILITAR A COMPREENSÃO DA MATÉRIA
DE MANEIRA DIDÁTICA E INTERATIVA, ASSIM, TORNARÁ A HISTOLOGIA
HUMANA MAIS ACESSÍVEL PARA A APRENDIZAGEM DE CADA DISCENTE.
SUMÁRIO

Nenhuma entrada de sumário foi encontrada.


1 - HISTOTÉCNICA

1.0 DEFINIÇÃO

As execuções da técnica histológica para atuar em instituições de saúde,


instituições voltadas a pesquisa científica e ao controle de qualidade, são praticadas em
laboratórios de histologia. Os procedimentos utilizados para se obterem amostras de
tecido ou preparados histológicos retirados de um organismo para exame microscópicos
incluem: coleta do material, fixação, desidratação, clarificação, impregnação, inclusão,
microtomia (corte), banho histológico, coleta dos cortes, secagem dos cortes, coloração
e montagem da lâmina.

Esse planejamento de processos é de suma importância para a execução de


qualquer procedimento, pois tal planejamento facilita e evita acontecimentos
indesejados durante a realização de qualquer etapa desse processo.

1.1 PASSO A PASSO DA HISTOTÉCNICA

1º- Coleta: Na coleta iremos remover tecidos de determinado organismo, através de


biópsia quando o organismo ainda está vivo ou de necrópsia de seres humanos e
animais.
2º- Fixação: A fixação é uma das etapas mais importantes da histotécnica, pois visa
evitar autólise e interromper o metabolismo celular, estabilizando as estruturas e os
componentes bioquímicos intra e extracelulares, preservando e conservando os
elementos teciduais, além de permitir a penetração de outras substâncias subsequentes
fixação.
Leong classificou as substâncias fixadoras da seguinte maneira:
• Fixadores aldeídos: formaldeído, glutaraldeído e paraformaldeído comercial.
• Agentes oxidantes: tetróxido de ósmio, dicromato de potássio, permanganato de
potássio e ácido crômico.
• Agentes desnaturantes ou coagulantes de proteínas: metanol, etanol, acetona e ácido
acético.
• Mecanismo desconhecido: cloreto de mercúrio, ácido pícrico e sais de zinco.
• Combinação de reagentes: tetróxido de ósmio e glutaraldeído, tetróxido de ósmio e
iodeto de zinco, glutaraldeído e carbodiamida e formaldeído com glutaraldeído.
• Fixação a seco: carbowax 6000 (20% de polivinil ---- álcool ou 20% de polietileno
glicol) ou fixação no vapor.

• Micro-ondas: fixação pelas ondas eletromagnéticas com ou sem a utilização de


agentes fixadores.
3º- Desidratação: Consiste em banhar o tecido em álcool etanol para a retirada de água
do tecido de forma progressiva em concentrações diferentes, chegando até o álcool
100%.
4º- Clarificação ou diafanização: Ocorre a remoção total do álcool, preparando o
tecido para a etapa seguinte. Para remover o álcool e preparar o tecido para a penetração
da parafina, utiliza-se o toluol e o xilol. Conforme o xilol penetra o tecido, em
substituição ao álcool, o material se torna mais claro, transparente. Por essa razão, é
denominada de clarificação.
5º- Impregnação: Ocorre os banhos de parafina nos fragmentos teciduais.
6º- Inclusão: Mesmo após a fixação e a desidratação, as amostras de tecido são ainda
muito frágeis. Então é necessário que ocorra a impregnação do tecido com a parafina.
Assim o tecido é endurecido, o que facilita o corte em camadas finas. A parafina é a
mais utilizada neste procedimento. Além do fácil manuseio e bons resultados, endurece
em poucos minutos e preenche os lugares anteriormente ocupados pela água.
7º- Microtomia: Depois de endurecido, o bloco de parafina deve ser cortado em seções
extremamente finas, que permitam a visualização do tecido ao microscópio, com
espessura dos cortes de 5 a 15 μm (micrômetros).
8º- Banho histológico: Nessa etapa é feita a colocação das fitas de parafina em água em
temperatura de 40ºC, para o alongamento dos cortes.
9º- Coleta dos cortes: É realizada a submersão da lâmina na água morna, por baixo das
fitas de parafina.
10º- Secagem dos cortes: Nessa etapa, as lâminas irão para a estufa a 60ºC para que
haja a remoção do excesso de parafina, para que assim ocorra melhor fixação do corte à
lâmina.
11º- Coloração: Os cortes de tecido podem então ser corados com hematoxilina e a
eosina, para que se tenha visualização plena das estruturas teciduais. O corante básico
irá reagir com o núcleo das células, corando na cor roxa. O segundo corante é ácido,
corando do citoplasma e da matriz extracelular de rósea.
12º- Montagem da lâmina: É realizado o uso de resinas naturais ou sintéticas para a
aderência da lamínula sobre os cortes.

2 – TECIDO EPITELIAL
1.0 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS EPITELIAIS
Os epitélios são constituídos por células poliédricas (muitas faces), pelo fato de
as células serem justapostas formando folhetos ou aglomerados tridimensionais. Essas
células, geralmente aderem-se firmemente umas às outras por meio de junções
intercelulares, as quais possuem vários tipos: Zônula de oclusão, zônula de adesão,
desmossomos, espaço extracelular, interdigitação, e junção comunicante. Essas junções
intercelulares permitem que as células se organizem em folhetos que revestem a
superfície externa e a cavidades do corpo.

O núcleo dos vários tipos de células epiteliais tem forma característica, variando
de esférico até alongado. A forma do núcleo acompanha a forma das células, assim,
células cuboides costumam ter núcleos esféricos, e células pavimentosas têm núcleos
achatados. A forma e a posição dos núcleos também são de grande utilidade para se
determinar se as células estão organizadas em camada única ou em várias camadas

Praticamente todos os epitélios estão apoiados sobre o tecido conjuntivo. A


porção da célula epitelial voltada para o tecido conjuntivo é denominada porção basal
ou polo basal, enquanto a extremidade oposta, geralmente voltada para uma cavidade ou
espaço, é denominada porção apical ou polo apical; a superfície desta última região é
chamada superfície livre.

Entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo subjacente há uma delgada


lâmina de moléculas chamada lâmina basal. A lâmina basal se prende ao tecido
conjuntivo por meio de fibrilas de ancoragem constituídas por colágeno tipo VII. As
lâminas basais têm várias funções; uma das principais é promover a adesão das células
epiteliais ao tecido conjuntivo subjacente.

1.1 ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFICIE DAS CÉLULAS EPITELIAIS

Microvilos: Quando observadas ao microscópio eletrônico, a maioria das


células dos vários tecidos mostra pequenas projeções do citoplasma, denominadas
microvilos ou microvilosidades. Essas projeções em forma de dedos, de número muito
variado, podem ser curtas ou longas.

Estereocílios: São prolongamentos longos e imóveis, que, na verdade, são


microvilos longos e ramificados. Os estereocílios aumentam a área de superfície da
célula, facilitando o movimento de moléculas para dentro e para fora da célula. São
comuns em células do revestimento epitelial do epidídimo e do ducto deferente.
Cílios e flagelos: Os cílios são prolongamentos dotados de motilidade,
encontrados na superfície de alguns tipos de células epiteliais. Os cílios exibem um
rápido movimento de vaivém. O movimento ciliar de um conjunto de células de um
epitélio é frequentemente coordenado para possibilitar que uma corrente de fluido ou de
partículas seja impelida em uma direção ao longo da superfície do epitélio. A estrutura
dos flagelos, que no corpo humano são encontrados somente em espermatozoides, é
semelhante à dos cílios, porém os flagelos são mais longos e limitados a um por célula.

1.2 EPITÉLIO DE REVESTIMENTO


(JUNQUEIRA E CARNEIRO; 2013)

1.3 EPITÉLIO GLANDULAR

Os epitélios glandulares são formados por células especializadas na ação de


secreção, formadas a partir de epitélios de revestimento. Ainda, podem sintetizar,
armazenar e eliminar proteínas, lipídios ou complexos de carboidrato. As moléculas a
serem secretadas, serão armazenadas temporariamente nas células em pequenas
vesículas, denominaras de grânulo de secreção. Dessa forma, as células secretoras que
constituem uma glândula são denominadas de parênquima, enquanto o tecido
conjuntivo no interior da glândula e que sustenta as células secretoras é denominado de
estroma.

Os epitélios que compõem as glândulas dos organismos se dividem em glândulas


unicelulares e multicelulares. As glândulas unicelulares consistem em células
glandulares isoladas, como exemplo, possuísse a célula falciforme, onde pode ser
encontrada no revestimento do trato respiratório ou do intestino delgado. Já as glândulas
multicelulares, são compostas de agrupamentos de células, como exemplo, pôde-se citar
a tireoide, paratireoide, adrenal e hipófise.

Por conseguinte, existem dois tipos principais de glândulas: Glândulas exócrinas


e endócrinas. Sendo assim, as glândulas exócrinas mantêm sua conexão com o epitélio
do qual se origina, e essas possuem ductos tubulares constituídos por células epiteliais,
através desses dúcteis as secreções serão eliminadas, para a superfície do corpo ou uma
cavidade. Exemplo: glândulas sudoríparas, salivares e intestinais.

As glândulas exócrinas possuem duas porções, a porção secretora constituída por


células do processo secretório. E ductos excretores os quais transportam a secreção
eliminada pelas células. As glândulas simples possuem apenas um ducto não
ramificado, exemplo a glândula sudorípara. Dependendo da forma de sua porção
secretora, as glândulas simples podem ser tubulares, ou acinosas. Nessa linha, as
glândulas compostas possuem ductos ramificados, exemplo o pâncreas. As glândulas
compostas podem ser tubulares, acinosas ou túbulo-acinosas.

Já nas glândulas endócrinas a conexão com o epitélio é obliterada é reabsorvida


durante o desenvolvimento. Nesse sentido, elas não possuem ductos, e suas secreções
(contendo hormônio) são lançadas no sangue, onde serão transportadas para a corrente
sanguínea, seguindo para o seu local de ação.

Quanto a organização de suas células, as glândulas endócrinas podem ser


diferenciadas dois tipos.

 Glândula endócrina cordonal: as células formam cordões anastomosados,


entremeados por capilares sanguíneos. Exemplo: glândula adrenal, paratireóide,
pâncreas endócrino.
 Glândula endócrina folicular: as células formam vesículas ou folículos
preenchidos por material secretado. Exemplo: a glândula tireoide (única
glândula endócrina folicular).

1.4 EPITÉLIO SENSORIAL

O Epitélio sensorial é formado por células que recebem informações externas ao


organismo, as quais são constantemente enviadas ao sistema nervoso central por meio
dos órgãos dos sentidos.

3 – TECIDO CONJUNTIVO

1.0 FUNÇÕES

Os tecidos conjuntivos são principalmente responsáveis pelo estabelecimento e


pela função da forma do corpo. No entanto, o tecido conjuntivo possui funções para
além disso. Dessa forma, ele tem a capacidade de preenche espaços entre os diferentes
tecidos e estruturas; Participa na nutrição de células de outros tecidos que não possuem
vascularização, uma vez que facilita a difusão dos nutrientes, além de gases, entre o
sangue e os tecidos; Reserva energética nas células adiposas; Oferece suporte e apoio
aos epitélios de revestimento e glandular, Atua na defesa do organismo através das suas
células; Produz células sanguíneas na medula óssea; União dos músculos
esqueléticos aos ossos formando sob a forma de tendões; Protege os órgãos a partir da
formação de cápsulas. 

1.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

1.2 CONSTITUIÇÃO
Quanto a classificação do tecido conjuntivo propriamente dito, ele pode ser
divido em dois tipos. Sendo, tecido conjuntivo frouxo e tecido conjuntivo denso sendo
capaz de subdividir em modelado e não modelado. Nesse sentido, o tecido conjuntivo
frouxo é um tecido bastante vascularizado e é responsável por preencher o espaço
debaixo da pele. É muito comum entre as células musculares, suporte de células
epiteliais, forma camadas entre os vasos sanguíneos e aparece nas papilas da derme,
hipoderme e membranas serosas.
Ainda, é caracterizado pela presença de substância fundamental amorfa e fluido
tecidual, que abrigam as células desse tecido: fibroblastos, células adiposas, macrófagos
e mastócitos. Dessa maneira, esse tecido apresenta consistência delicada e flexível, ou
seja, pouco resistente.
Mediante a isto, o tecido conjuntivo denso é onde existe maior número de fibras
e um menor número de células. Possuindo assim, menor flexibilidade, ou seja, maior
resistência a tração. Quanto a sua divisão:
T. CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO
Constituindo a derme da pele, a bainha dos nervos e as cápsulas do baço, o
tecido conjuntivo denso não modelado possui fibras entrelaçadas, formando uma rede
de sustentação, formando uma rede de sustentação a trações de todas as direções.
T. CONJUNTIVO DENSO MODELADO
Encontrado nos tendões, ligamento e aponeuroses, esse tecido se forma a partir
de fibras dispostas em paralelo e linhadas aos fibroblastos, onde são fortemente
compactadas, resistindo a trações em somente uma direção.

4 – TECIDO CARTILAGINOSO

1.0 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O tecido cartilaginoso é um tipo de tecido conjuntivo especializado de


consistência rígida. Sendo assim, a cartilagem é de suma importância para a formação e
crescimento do osso longo, na vida intra-uterina e depois do nascimento.  Ainda,
contém os condrócitos, e abundante material extracelular, que constitui a matriz. As
cavidades da matriz ocupada pelos condrócitos são chamadas de lacunas. Uma lacuna
pode conter um ou mais condrócitos, constituindo os grupos isógenos. Também, esse
tecido apresenta ausência de vasos sanguíneos, ausência de vasos linfáticos e ausência
de nervos.

1.1 FUNÇÕES

Desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies


articulares, onde absorve choques, e facilita o deslizamento dos ossos na articulação.

1.2 HISTOGÊNESE

Primeiramente, no embrião, os esboços das cartilagens surgem no mesênquima.


A primeira modificação que pôde-se notar é o arredondamento das células
mesenquimatosas. As células que se formam são o condroblasto em seguida se inicia a
síntese da matriz pelos condroblastos, o que afasta essas células uma das outras. Por
conseguinte, a diferenciação das cartilagens se dá do centro para a periferia, de modo
que as células mais centrais já apresentam as características de condrócitos, enquanto as
mais periféricas são condroblastos típicos. Por fim, o mesênquima superficial irá formar
o pericôndrio.

1.3 TIPOS CELULARES

1.3.1 CONDROBLASTOS

5 – TECIDO ÓSSEO

1.0 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

É um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material


extracelular calcificado, a matriz óssea. Todos os ossos são revestidos, em suas
superfícies externas e internas, por membranas conjuntivas denominadas periósteo e
endósteo.
1.2 FUNÇÕES
Serve de suporte para os tecidos moles e protege órgãos vitais: caixas craniana e
torácica, e o canal raquidiano. Este, aloja e protege a medula óssea, apoia os músculos
esqueléticos, transforma as contrações em movimentos úteis. Ainda, funcionam como
depósito de cálcio, fosfato, e outros íons, armazenando-os ou liberando-os
controladamente. Também, absorvem toxinas e metais pesados, minimizando seus
efeitos em outros tecidos.
1.3 OSSIFICAÇÃO
Intramembranosa: Ocorre no interior de membranas de tecido mesenquimal
durante a vida intrauterina e de membranas de tecido conjuntivo na vida pós-natal. É o
processo formador dos ossos frontal e parietal e de partes do occipital, do temporal e
dos maxilares superior e inferior. Contribui também para o crescimento e aumento de
espessura.
Endocondral: Tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, cujo formato é
semelhante ao do osso que se vai formar, porém de tamanho menor. É a principal
ossificação responsável pela formação dos ossos curtos e longos.
1.4 TIPOS CELULARES
Osteoblastos: Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um
arranjo que lembra um epitélio simples, esses osteoblastos são células que sintetizam a
parte orgânica da matriz óssea, e após sintetizar a matriz extracelular, o osteoblasto é
aprisionado pela matriz orgânica recém-sintetizada e passa a ser chamado de osteócito.
A matriz, então, deposita-se ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos e
passa por deposição de cálcio, formando as lacunas que contêm os osteócitos e os
canalículos
Osteócitos: Os osteócitos são células achatadas encontradas no interior da
matriz óssea e ocupam espaços denominados lacunas, cuja cada lacuna contém apenas
um osteócito. Nessas células, não há difusão de substâncias através da matriz calcificada
do osso, pois esta é impermeável. Por esse motivo, a nutrição dos osteócitos depende
dos canalículos que existem na matriz, em cujo interior circulam substâncias que
possibilitam as trocas de moléculas, íons e gases entre os capilares sanguíneos e os
osteócitos.
Osteoclastos: Os osteoclastos convivem com os osteoblastos e osteócitos, mas
pertencem a uma linhagem celular bastante diferente. São células móveis, de tamanho
muito grande e multinucleadas, responsáveis pela reabsorção do tecido ósseo e possui
citoplasma de aspecto granuloso. Os osteoclastos situam-se na superfície do tecido
ósseo ou em túneis no interior das peças ósseas. Nas áreas de reabsorção de tecido
ósseo, os osteoclastos são encontrados frequentemente ocupando pequenas depressões
da matriz escavadas pela atividade dessas células e conhecidas como lacunas de
Howship.
1.4 VARIEDADES
Osso esponjoso e compacto: Nos ossos longos, as epífises são formadas por osso
esponjoso revestido por uma delgada camada superficial de osso compacto, já na
diáfise, é quase totalmente formada por osso compacto, com pequena quantidade de
osso esponjoso na sua superfície interna, delimitando o canal medular. Já nos ossos
curtos o centro é esponjoso e possuem em toda a sua periferia uma camada de osso
compacto.
Osso esponjoso: Também chamado de trabulado, é composto pela trabula (é
formado pela matriz óssea, esteoclastos e osteócitos localizados na periferia da trabula)
e medula óssea hematogênica.
Osso compacto: Possui o sistema de Havers, cujo cada sistema possui um centro
escuro, o canal de Harvers onde passam os vasos e nervos, esses canais podem se
comunicar com outros canais de Harvers, sendo essas pontes entre canais o canal de
Voltmann, além dos canais possui as lamelas ósseas, que são fibras de colágeno que
ficam ao redor do canal de havers, e presas nessas lamelas estão presos os osteócitos.

6 – TECIDO SANGUÍNEO

1.0 HEMÁCIAS
As hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos,
embora sejam anucleadas, são células que desempenham um importante e complexa
função no organismo: por meio da hemoglobina, carregam oxigênio dos pulmões
aos tecidos e dióxido de carbono dos tecidos aos pulmões.

1.2 LINFÓCITOS, MONÓCITOS E PLAQUETAS


Linfócito: Os linfócitos são responsáveis pela defesa imunológica do
organismo. Sendo assim, essas células irão reconhecer moléculas estranhas existentes
em diferentes agentes infecciosos, combatendo essas por meio de produção de
imunoglobulinas e resposta citotóxica mediada por células.

Monócitos: Os monócitos do sangue representam uma fase na maturação da


célula mononuclear fagocitária originada na medula óssea. Essa célula passa para o
sangue, onde permanece apenas por alguns dias, e, atravessando por diapedese a parede
dos capilares e vênulas, penetra alguns órgãos, transformando-se em macrófagos. 

Plaquetas: As plaquetas promovem a coagulação do sangue e auxiliam a


reparação da parede dos vasos sanguíneos, evitando perda desse sangue. Normalmente,
existem 150 mil a 450 mil plaquetas por microlitro (mm3) de sangue. Ainda, as
plaquetas possuem o sistema canalicular aberto, que se comunica com invaginações da
membrana plasmática da plaqueta. Assim, o interior da plaqueta comunica-se
livremente com sua superfície. 

1.3 EOSINÓFILOS

A principal característica para a identificação do eosinófilo são granulações


ovoides que se coram pela eosina. Ela é rica em proteína catiônica eosinofílica,
peroxidase eosinofílica e neurotoxina derivada de eosinófilos. Os eosinófilos fagocitam
e digerem complexos de antígenos com anticorpos que aparecem em casos de alergia,
como a asma brônquica, por exemplo.

1.4 NEUTRÓFILOS

Os neutrófilos constituem a primeira linha de defesa do organismo, fagocitando,


matando e digerindo bactérias e fungos. O aumento do número de neutrófilos é
denominado neutrofilia e geralmente indica uma infecção bacteriana.

1.5 CAPILAR SANGUÍNEO

Os capilares são túbulos delgados em cujas paredes ocorre o intercâmbio


metabólico entre o sangue e os tecidos. Consistem em uma camada de células
endoteliais, o endotélio (epitélio simples pavimentoso), em forma de tubo, com pequeno
calibre: uma a três células em corte transversal.
7 – TECIDO MUSCULAR

1.0 CARACTERÍSTICAS

O tecido muscular é formado por células alongadas, as quais também podem ser
chamadas de fibras musculares, ricas em proteínas contráteis. Os músculos se dividem
em 3 tipos, sendo eles: tecido muscular estriado esquelético, estriado cardíaco e tecido
muscular liso.

1.2 FUNÇÕES

1.3 TIPOS DE MUSCULATURA

1.4 MUSCULATURA ESTRIADA ESQUELÉTICA

O tecido muscular estriado esquelético, está preso aos ossos e apresenta células
longas e com muitos núcleos (multinucleadas). Os núcleos dessas células estão
localizados na periferia, próximos ao sarcolema (membrana plasmática das células do
tecido muscular). O conjunto de feixes de fibras musculares que compõem um músculo
está evolvido por uma cápsula fibrosa de tecido conjuntivo denominada epimísio da
qual são transmitidos septos que penetram na massa muscular envolvendo cada feixes
de fibras musculares. Esses septos são denominados de perimísio. É importante
salientar, que cada fibra muscular está envolta pelo endomísio.

As fibras são longas células em forma de cilindros que podem chegar a vários
centímetros de comprimento. As células são multinucleadas e a posição de seus núcleos
é periférica, junto à membrana plasmática. As fibras musculares possuem internamente,
as miofibrilas. Elas promovem em conjunto a contração das células musculares.

1.5 MUSCULATURA ESTRIADA CARDÍACA

No tecido muscular cardíaco é encontrado no músculo do coração (miocárdio).


Ele possui células alongadas e ramificadas, que apresentam estriações transversais
semelhantes a do músculo esquelético. Nos discos intercalares estão presentes junções
especializadas que são:  Zônula de adesão; Desmossomos; Junções comunicantes. No
músculo cardíaco há a presença de células especializadas capazes de por si só gerarem
estímulos elétricos de forma ordenada, estas são as células marca passo. O controle
nervoso é involuntário (nodos), com contração rítmica e espontânea. Dessa forma, as
células musculares cardíacas têm vida longa e não se dividem, ou seja, o tecido não
apresenta capacidade de regeneração.

1.6 MUSCULATURA LISA

O músculo liso pode ser encontrado formando as camadas ou feixes nas paredes
do tubo intestinal, no ducto biliar, nos ureteres, na bexiga, na via respiratória e entre
outros locais. É formado por células com morfologia fusiforme, uninucleadas e não
possui estrias. Essas células são mantidas unidas uma as outras por uma rede de fibras
reticulares. As células da musculatura lisa apresentam inúmeras junções comunicantes
que permitem a passagem de substâncias de uma célula para outra, o que é importante
no processo de contração dessa musculatura. Ainda, a musculatura lisa não apresenta
sarcômeros nem troponina.

8 – TECIDO NERVOSO

1.0 CÉLULAS CONSTITUINTES

Neurônios - As células nervosas ou neurônios são responsáveis pela recepção e


pelo processamento de informações, atividades que terminam com a transmissão de
sinalização por meio da liberação de neurotransmissores e de outras moléculas
informacionais. Dessa maneira, influenciam diversas atividades do organismo. Os
neurônios são formados pelo corpo celular, ou pericárdio, constituído pelo núcleo e por
parte do citoplasma.

Sinapse - As sinapses são locais de grande proximidade entre neurônios,


glândulas e músculos, responsáveis pela transmissão unidirecional de sinalização. Há
dois tipos: sinapses químicas e sinapses elétricas. As sinapses elétricas são junções do
tipo comunicante, que possibilitam a passagem de íons de uma célula para a outra,
promovendo, uma conexão elétrica e a transmissão de impulsos. Na sinapse química,
um sinal representado pela chegada de um potencial de ação (impulso nervoso) ao
terminal axonal é transmitido a outra célula por sinalização química via
neurotransmissores.

1.2 CÉLULAS DA GLIA


São tipos celulares presentes no sistema nervoso central, na substância branca e
cinzenta, que dentre as diversas funções exercidas, ajudam a isolar, apoiar e nutrir os
neurônios. São exemplos dessa célula: micróglia, astrócitos, células ependimárias,
oligodendrócitos, e células de Schwann.

Fonte: Brasil Escola - Disponível em: https://www.biologianet.com/histologia-


animal/celulas-glia.htm

1.3 DIVISÕES
SNP (GLÂNGLIOS NERVOSOS) - O sistema nervoso periférico (SNP) é
constituído pelo tecido nervoso situado fora do SNC. Seus componentes são os nervos,
feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo, e os gânglios, acúmulos de
corpos celulares de neurônios.

Os nervos são feixes de fibras nervosas, formados por axônios, cada um


envolvido por uma sequência de células de Schwann revestidas por uma lâmina basal.

Já os gânglios, acúmulos de pericárdios de neurônios. Alguns gânglios reduzem-


se a pequenos grupos de células nervosas situados no interior de determinados órgãos,
principalmente na parede do sistema digestório, constituindo os gânglios intramurais.
Conforme o tipo de informação que retransmitem, os gânglios podem ser sensoriais ou
do sistema nervoso autônomo (SNA).

SNC (SUBSTÂNCIA BRANCA E CINZENTA) –


REFERÊNCIAS:

Histologia básica: texto e atlas / L. C. Junqueira, José Carneiro; autor- coordenador


Paulo Abrahamsohn. – 13. ed. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

REIS, Bianca. Fisiologia das hemácias: eritropoese, eritropoetina e fatores


nutricionais. Hemácias, Sanar Med, 18 nov. 2021.

JUNQUEIRA LC & CARNEIRO J. Histologia básica, texto e atlas. Rio de Janeiro. 12a
edição, 2013.

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