Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EXTENSÃO DE NIASSA
Membrana Plasmática
A membrana plasmática, também chamada de membrana celular ou plasmalema, é
uma estrutura que delimita a célula, separando o meio intracelular do meio externo. Ela
atua delimitando e mantendo a integridade da célula e como uma barreira seletiva,
permitindo que apenas algumas substâncias entrem, como oxigênio e nutrientes, e outras
saiam, como os resíduos.
Apresenta em sua constituição proteínas, lipídios, entre outras substâncias. O modelo que
representa a estrutura da membrana plasmática é denominado de mosaico fluido.
Toda célula viva é revestida por uma finíssima película com cerca de 5 nanômetros de
espessura, a membrana plasmática, que delimita o espaço celular interno, isolando-o do
ambiente ao redor.
anfipáticas, assim, sua parte hidrofílica fica em contato com a região aquosa. Algumas
apresentam, inclusive, um canal hidrofílico para a passagem de substâncias hidrofílicas.
Algumas proteínas encontram-se parcialmente imersas, assim, apenas uma parte encontra-
se exposta para a parte extracelular ou para a parte interna (citosol). Há proteínas que
atravessam totalmente a membrana, de um lado a outro, sendo denominadas de proteínas
transmembrana. Algumas proteínas inseridas na bicamada lipídica podem deslocar-se
lateralmente por ela. Para saber mais sobre esse modelo, acesse: Modelo do mosaico
fluido.
Não confundir a membrana celular com a parede celular (das células vegetais, por
exemplo), que tem uma função principalmente de proteção mecânica da célula. Devido à
membrana citoplasmática não ser muito forte, as plantas possuem a parede celular, que é
mais resistente.
Por outro lado, a membrana celular não é, nem um corpo rígido, nem homogêneo – é muitas
vezes descrita como um fluido bidimensional e tem a capacidade de mudar de forma
e invaginar-se para o interior da célula, formando alguns dos seus organelos.
A matriz fosfolipídica da membrana foi pela primeira vez postulada em 1825 por Gorter e
Grendal; no entanto, só em 1895, Charles Overton deu força a esta teoria,tendo observado
que a membrana celular apenas deixava passar algumas substâncias, todas lipossolúveis.
Superfície Celular
As especializações estáveis mais frequentes da superfície celular são os microvilos,
os estereocílios, os cílios, os flagelos, as invaginações basais (labirinto basal) e as
interdigitações (laterais e/ou basais). Outras especializações de superfície celular
têm ocorrência mais restrita, como as microcristas (microplicas ou micropregas) e
aquelas associadas às funções sensoriais (quinocílios, estereocílios sensoriais),
entre outras.
a) Microvilosidades
São projeções da membrana plasmática freqüentemente digitiformes, ou seja, em forma de
dedo de luva. São especializações do tipo estável ou permanente na superfície das células.
Morfologias bulbares e clavadas (em forma de clava) são mais incomuns e de ocorrência
restrita entre as espécies, ou associadas a um determinado momento funcional da célula.
Estas projeções são sustentadas por citoesqueleto polimerizado por proteína actina, os
microfilamentos. Sua ocorrência é predominantemente apical nas células epiteliais, mas
podem, eventualmente, ocorrer nas regiões laterais de células polarizadas.
As microvilosidades ampliam a superfície da membrana plasmática aumentando sua
eficiência para as trocas com a cavidade ou o meio extracelular.
b) Cílios
Os cílios são especializações celulares, comumente mais longas e de maior calibre que as
microvilosidades, com ocorrência entre vertebrados, invertebrados e protozoários. Para os
protozoários, o batimento rítmico e contínuo dos cílios de sua superfície celular auxiliam na
captura do alimento e permite ao indivíduo deslocar-se no meio fluido. Nos vertebrados e
invertebrados os cílios surgem como projeções da superfície apical de epitélios com
ocorrência em quase todos os sistemas destes organismos.
Essas projeções apicais são estáveis, sendo preenchidas e sustentadas por um complexo
arranjo de microtúbulos (MT) e várias proteínas associadas, formando o
chamado axonema do cílio. Este pode ser descrito pela fórmula [9(2)+2], onde se interpreta
que o axonema é composto por nove pares de MT formando um cilindro periférico, aderido a
membrana plasmática que reveste o cílio, acrescido de um par de MT no centro deste
cilindro. A interação e deslizamento entre os pares de MT do cilindro externo e o par central,
em presença de ATP, causa torção e flexão do axonema, produzindo o batimento ciliar.
c) Flagelo (Eucarionte)
O flagelo tem ocorrência restrita nos vertebrados, sendo uma projeção típica dos gametas
masculinos. É, frequentemente, também nominado cauda do espermatozoide.
A descrição morfológica que se segue refere-se ao flagelo dos mamíferos, pois há variação
estrutural do axonema nas diferentes espécies e nas suas associações como, por exemplo,
microtúbulos adicionais, a ocorrência de amplas expansões da membrana plasmática do
cílio formando uma membrana ondulante que auxilia no deslocamento gameta em meio
fluido, até formas amebóides de gametas, desprovidos de flagelo.
Glicocálix
O glicocálice é uma região rica em carboidratos considerada por muitos autores como uma
extensão da membrana plasmática.
Ele varia muito de célula para célula e forma uma espécie de emaranhado, uma vez que os
glicídios que formam as glicoproteínas, glicolipídios e proteoglicanos entrelaçam-se e
formam uma espécie de camada protetora.
O glicocálice apresenta diversas funções importantes para a célula, sendo uma delas a
proteção contra lesões de natureza química e mecânica. Esses carboidratos também evitam
ligações indesejáveis com outras células e ajudam na movimentação graças à sua
capacidade de adsorver água.
Outra função extremamente importante do glicocálice é o reconhecimento entre células e a
adesão celular, que permite que as células unam-se umas às outras e também a outras
moléculas. Dentre as glicoproteínas presentes no glicocálice que ajudam na união das
células, destacam-se a fibronectina, vinculina e laminina.
Além das funções citadas, devemos lembrar que o glicocálice das hemácias determina
os grupos sanguíneos (A, B, AB ou O), uma vez que esses glicídios funcionam como
marcadores de determinados tipos de célula. O reconhecimento do tipo sanguíneo é
fundamental para a realização de transfusões e para o tratamento de alguns problemas
imunológicos.
Algumas doenças podem atingir a membrana celular. Essas doenças podem ser muito
perigosas e agressivas e todas têm origens genéticas. São doenças que trabalham contra
as proteínas do corpo, que são essenciais para os canais iônicos e para os receptores do
interior da membrana. As doenças que atingem a membrana plasmática atrapalham as
funções das células. Uma dessas doenças é a fibrose cística, ou mucoviscidose. Essa
doença genética hereditária é caracterizada por uma alteração autossômica recessiva. Isso
quer dizer que acontece a ausência de uma sequência de três nucleotídeos no cromossomo
de número 7 dos seres humanos.
Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 6
Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022
Essa doença resulta num distúrbio da síntese de uma proteína inserida na bicamada
lipoproteica celular, na membrana plasmática. O problema afeta a capacidade de transporte
de água e sais minerais em tecidos orgânicos das vias respiratórias. Essa doença afeta o
funcionamento metabólico das glândulas exócrinas. Os sintomas são secreção e fluido
viscoso nas vias aéreas, dificuldade da passagem de ar pelos pulmões, infecções crônicas
no aparelho respiratório e problemas no aparelho digestório e reprodutor. O tratamento da
fibrose cística é feito com suplementação de enzimas pancreáticas, reposição de vitaminas,
antibióticos e exercícios respiratórios fisioterápicos.
Uma vez que as células têm em seu interior uma solução – o citosol – e soluções aquosas
em seu redor, certas substâncias podem entrar na célula ou sair dela espontaneamente por
um processo chamado de difusão simples. As condições necessárias para que as
partículas de uma substância entrem ou saiam da célula por difusão são que a membrana
seja permeável a elas e que haja diferença na concentração da substância dentro e fora da
célula. A entrada de gás oxigênio (O2) em nossas células, por exemplo, ocorre por difusão
simples. Como as células estão sempre consumindo O2 em sua respiração, a concentração
desse gás no meio celular interno é baixa. Por outro lado, no líquido que banha as células,
proveniente do sangue, a concentração de O2 é relativamente mais alta, pois esse gás é
continuamente absorvido pelo sangue que passa pelos pulmões. Como a membrana
plasmática é permeável às moléculas de O2, ele simplesmente se difunde para dentro das
células.
Muitas substâncias entram na célula e saem dela com a ajuda de proteínas componentes da
membrana. Algumas dessas proteínas formam canais pelos quais moléculas de água,
certos tipos de íons e pequenas moléculas hidrofílicas se deslocam. Outras transportam
moléculas específicas, capturando-as fora ou dentro da célula e liberando-as na face
oposta. Esse transporte facilitado por proteínas da membrana e que não gasta energia da
célula para ocorrer é denominado difusão facilitada
Transporte passivo: osmose
Osmose é um caso especial de difusão em que apenas a água, o solvente das soluções
biológicas, se difunde através de uma membrana semipermeável. O citoplasma é uma
solução aquosa, em que a água é o solvente e as moléculas dissolvidas
(glicídios, proteínas, sais etc.) são os solutos.
Se uma célula é colocada em água pura, a concentração externa desse solvente é maior
que no interior da célula, em que a água divide o espaço com as moléculas de soluto.
Consequentemente, a água tende a se difundir em maior quantidade para o interior celular,
o que faz a célula inchar. Apenas a água se difunde, pois, sendo a membrana plasmática
semipermeável, ela impede ou dificulta a passagem da maioria dos solutos.
Se uma célula é colocada em uma solução altamente concentrada em solutos, maior que
sua concentração interna, haverá relativamente mais solvente (água) dentro da célula que
fora, e a tendência é haver maior difusão de água de dentro para fora da célula que no
sentido inverso, fazendo-a murchar.
Para manter tais diferenças, contrariando a tendência da difusão, a célula gasta energia. Na
membrana plasmática há proteínas transportadoras que agem como “bombas” de iões,
capturando ininterruptamente iões de sódio (Na+) no citoplasma e transportando-os para
fora da célula. Na face externa da membrana, essas proteínas capturam iões de potássio
(K+) do meio e os transportam para o citoplasma. Esse bombeamento contínuo é conhecido
como bomba de sódio-potássio.
Endocitose e exocitose
Além do transporte passivo e do transporte ativo, certas substâncias entram nas células
transportadas e saem delas por meio de bolsas membranosas. Utilizam- se os termos
endocitose e exocitose, respectivamente, para os processos de entrada e de saída de
substâncias na célula intermediados por bolsas membranosas de transporte.
Endocitose
Endocitose é o processo em que partículas são capturadas por invaginações da membrana
plasmática e englobadas em bolsas, que passam a fazer parte do citoplasma.
Os citologistas costumam distinguir dois tipos de endocitose: fagocitose e pinocitose.
Pinocitose é um processo em que a célula engloba líquidos e pequenas partículas por meio
da invaginação da membrana celular, a qual forma um canal no citoplasma; esse canal
estrangula-se nas bordas e libera uma pequena bolsa membranosa que contém o material
englobado, o pinossomo. A pinocitose ocorre em praticamente todos os tipos de célula.
Exocitose
Muitas células são capazes de eliminar substâncias por meio de bolsas formadas pela
membrana, processo denominado exocitose. As substâncias a serem eliminadas são
previamente acumuladas em bolsas membranosas, as quais se aproximam da membrana
plasmática e fundem-se a ela, expelindo seu conteúdo para o exterior da célula. A exocitose
é utilizada por certas células para eliminar restos da digestão intracelular. Células
glandulares utilizam a exocitose para eliminar produtos úteis ao organismo, processo
denominado secreção celular.
Mecanismo transmembranar
No solo, a água move-se predominantemente por fluxo em massa (gradiente de potencial
mátrico) embora a difusão (gradiente de concentração) possa também ser verificada. No
entanto, quando a água atinge a superfície da raiz, a natureza do transporte torna-se mais
complexa. Da epiderme até a endoderme, a água pode seguir três vias distintas:
Na endoderme, o movimento de água através do apoplasto pode ser obstruído pelas estrias
de Caspary. Estas consistem de deposição de uma substância hidrofóbica, conhecida como
suberina, nas paredes radiais das células da endoderme. Esta suberina age como uma
barreira ao movimento de água e de iões. A entrada de água no cilindro central se dá, então,
via simplasto ou pela via transmembranar.
Cutículas: Uma camada fina que reveste a parte externa da membrana. Tendo um
importante papel de associar as células para a formação dos tecidos. Tem uma composição
glicoproteica.
Propriedades da membrana
A membrana plasmática é invisível ao microscópio óptico comum, porém sua presença já
havia sido proposta pelos citologistas muito antes do surgimento do microscópio eletrônico.
Mesmo hoje ainda restam ser esclarecidas muitas dúvidas a seu respeito.