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Indice

1.
Lista de Abriviaturas/acrόnimos
Metodologia
Introdução

O presente trabalho
Objectivos
Membrana Celular, Membrana plasmatica ou Plasmalema

A membrana plasmática ou celular separa o meio intracelular do extracelular e é a


principal responsável pelo controle da penetração saída de substâncias da célula.

A membrana não é visível no microscópio óptico, só podendo ser vista no microscópio


eletrônico. A membrana plasmática participa de numerosas funções celulares. É
responsável pela manutenção da constância do meio intracelular, que é diferente do
meio extracelular. Graças a seus receptores específicos, a membrana tem a capacidade
de reconhecer outras células e diversos tipos de moléculas como os hormônios.

A resposta pode ser contração ou movimento celular, inibição ou estimulação da


secreção, síntese de anticorpos, proliferação mitótica etc. Um exemplo é a camada
epitelial que recobre internamente o trato digestivo e constitui uma barreira com
permeabilidade seletiva, situada entre o externo (conteúdo do tubo digestivo) e o meio
interno (sangue, linfa, matriz extracelular dos tecidos). Em diversos tecidos, as
membranas da célula contíguas podem estabelecer canais de comunicação entre si, por
onde têm lugar trocas de moléculas e íons que participam da coordenação das
atividades desse agrupamentos celulares. Em muitos tecidos, as membranas celulares
apresentam moléculas que se ligam a componentes da matriz extracelular, participando
assim tanto da fixação da célula em determinados locais ( ligações estáveis), como
servindo de apoio para a migração celular (ligações instáveis) no interior do tecido. As
células eucariontes contam com um elaborado sistema de membranas , como envoltório
nuclear, retículo endoplasmático, mitocôndrias, cloroplasto, aparelho de Golgi) que
divide a celula em compartimentos. As mitocôndrias e cloroplasto são subdivididos
internamente por membranas ampliando ainda mais a compartimentação intracelular. A
celula executa em sepado e com mais eficiência, funções especializadas que não
poderiam ser realizadas em um único compartimento. Muitos sistemas enzimáticos
encontram se presos as membranas o que possibilita uma ordenação sequencial da
atividade de cada enzima, aumentando a eficiência do sistema. As moléculas
enzimáticas fixam se as membranas em uma sequência tal que o produto de uma enzima
é processado pela enzima ao lado, até a obtenção do produto final da cadeia enzimática.
As membranas celulares são constituídas principalmente de lípidos, proteínas e
hidratação de carbono ligados aos lípidos e proteínas, mas esses variam muito
conforme o tipo de membrana. Por exemplo, as membranas de mielina que recobrem as
fibras nervosas e tem o papel de isolante elétrico, contém 70% de lípidos, enquanto as
membranas mitocôndrias internas, metabolicamente muito ativas, contém apenas
25%de lipidios, apresentado uma predominância das proteínas responsáveis pelo alto
metabolismo dessas membranas.

Funções associadas à membrana plasmática

Denominamos funções as vantagens adaptativas que a membrana plasmática garante aos


seres vivos. As funções da membrana plasmática são:

Permeabilidade osmótica

A membrana plasmática tem a capacidade de controlar a entrada e saída de água das


células.

O controle da quantidade de água que entra e sai das células é muito importante para a
sobrevivência da célula. Se entrar água demais ela pode explodir, se perder muita água
pode murchar e morrer. A membrana deixa a água entrar e sair livremente por pressão
osmótica que tende a equilibrar com o meio externo. Mas em alguns casos, como seres
que vivem no mar, proteínas de membrana específicas puxam água para dentro e fora
das células.

Permeabilidade Seletiva

A membrana plasmática permite e controla da entrada e saída de outras substâncias,


além da água, da célula.

Algumas células têm que trocar substâncias de modo rápido. Tanto para liberar
hormônios e transmissores para outras células. Mas também bombas de íons que são
proteínas transmembrana. As bombas de íons garantem que células especializadas como
neurônios e células musculares funcionem com precisão.

Proteção das estruturas celulares

Todas as estruturas e demais organelas celulares estão contidas internamente a


membrana, nada chega a elas que não tenha passado pela membrana.
Destacamos que o núcleo celular, que contém o DNA da célula, possui sua própria
membrana chamada Carioteca. Mas ela tem uma composição diferente da membrana
celular em relação à proteína transmembrana, poros, etc.

Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular

A capacidade da membrana plasmática de delimitar o que fica dentro da célula e o que


está fora, garante a integridade da célula. Com isso, garante o metabolismo, o equilíbrio
químico e a sobrevivência da célula.

O metabolismo na célula tem uma natureza muito diferente do que está acontecendo
fora da célula. Isso vale para organismos unicelulares, mas também para células
corporais. Por exemplo, as células do tecido ósseo estão vivas, funcionando, enquanto
fora delas a matriz extracelular é dura e rígida.

Transporte ativo de substâncias

Algumas substâncias são vitais para o funcionamento das células, como a glicose, por
exemplo. Mas quando e quanto dessa substância vai entrar em casa célula é definido por
outras substâncias que "abrem as portas" para coordenar essas entradas. No caso da
glicose, quem permite que entre nas células é a insulina. Se a insulina não funcionar
bem, nossa célula não recebe a glicose que está disponível no sangue e ficamos
diabéticos.

O transporte ativo de substâncias que não são naturalmente permeáveis à célula, custa
energia. Tanto para receber substâncias que vêm do meio quanto para expelir
substâncias produzidas pela célula.

Reconhecimento de substâncias específicas

A membrana plasmática consegue reconhecer substâncias específicas devido à presença


de receptores específicos na membrana.

Algumas substâncias, como hormônios ou neurotransmissores, têm afinidade com


proteínas de membrana. Ao reconhecer essas substâncias começam cascatas de reações
no interior das células, importantes para o metabolismo e a fisiologia do corpo. Muitos
medicamentos têm seu princípio ativo baseado nessas reações e ações das proteínas
presentes na membrana.

Resposta imunológica

A resposta imunológica do corpo, defesa contra parasitas e células estranhas começa


com o reconhecimento das proteínas de membrana plasmática nas células.

Todas as células têm alguma espécie defesa na membrana para evitar a entrada de vírus
ou ataque de bactérias. Mas especialmente as células do sistema imunológico,
macrófagos, por exemplo, têm proteínas de membrana que funcionam como sensores
para reconhecer invasões de parasitas, células ou substâncias estranhas. A partir dessa
resposta imune temos as nossas defesas contra parasitas, rejeição a implantes e até
alergias.

Representação tridimensional de membrana plasmática


Estrutura e composição da membrana plasmática

A membrana plasmática é quimicamente constituída por:

 lipídios — glicolipídeos, colesterol e os fosfolipídeos


 proteínas — glicoproteínas, proteínas de membrana, proteínas de canal etc
Por isso, é reconhecida por sua composição lipoproteica.

Os fosfolipídios apresentam uma porção polar e outra apolar. A porção polar é


hidrofílica (tem afinidade com a água) e volta-se para o exterior. A porção apolar é
hidrofóbica (repele a água) e voltada para o interior da membrana.

Os fosfolipídios estão dispostos em uma camada dupla, a chamada bicamada. Devido a


sua natureza química, eles movem-se como em trilhos, sem perder o contato. Isso
permite a flexibilidade e elasticidade da membrana. A descrição sobre esse modelo de
organização é denominado "mosaico fluido".

Ilustração representando as porções polares e apolares de bicamada fosfolipídica e como


esta se organiza em mosaico fluido
O nome "mosaico fluido" deve-se pela presença de estruturas flexíveis e fluidas, com
grande poder de regeneração.

Além da bicamada de fosfolipídeos, existem outras gorduras e proteínas que compõem


as membranas celulares que garantem seu funcionamento.

Apenas células dos animais, há o colesterol que compõe e estabiliza sua estrutura. A
vantagem adaptativa do colesterol é manter a membrana fluida e sem congelar mesmo
em baixas temperaturas. Apenas as células animais que possuem colesterol, os outros
grupos de seres vivos não o sintetizam.

As proteínas presentes na membrana são podem ser de grupos diferentes como:


enzimas, glicoproteínas, proteínas transportadoras e antígenos. Nesse sentido, podemos
dividi-las em dois grupos principais:

 Proteínas transmembranas: atravessam a bicamada lipídica lado a lado.


 Proteínas periféricas: situam-se em apenas um dos lados da bicamada.

Cada uma dessas proteínas vai ter uma função diferente, tanto no transporte quanto ao
enviar e catalisar informações para dentro e para fora da célula.

Transporte de Substâncias na membrana plasmática

A membrana atua como um filtro, permitindo a passagem de substâncias pequenas e


impedindo ou dificultando a passagem de substâncias de grande porte. Essa propriedade
é chamada Permeabilidade Seletiva.

O transporte de substâncias através da membrana plasmática pode ser de modo passivo


ou activo:

O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As substâncias deslocam-se do meio


mais concentrado para o menos concentrado. São exemplos:

 Difusão Simples — É a passagem de partículas de onde estão mais concentradas


para regiões em que sua concentração é menor.
 Difusão Facilitada — É a passagem, através da membrana, de substâncias que
não se dissolvem em lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada lipídica da
membrana.
 Osmose — É a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico)
para outro mais concentrado (hipertônico). Osmose sempre acontece com a
água, se a substância que passar pela membrana for outra diferente, o nome é
difusão simples.

O transporte ativo ocorre com gasto de energia. Isso significa que moléculas que
conservam a energia celular, conhecidas como ATP (adenosina tri-fosfato), serão
utilizadas no processo. As substâncias deslocam-se de menor para o de maior
concentração. São exemplos:

 Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose — Ocorre quando a célula


transfere grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora do seu
meio intracelular.

Bomba de Sódio e Potássio — Passagem de íons sódio e potássio para a célula, devido
às diferenças de suas concentrações.

Endocitose e Exocitose
 A endocitose e a exocitose são dois processos de transporte de substâncias, que
envolvem a entrada e a saída de grandes partículas da célula.
A endocitose e a exocitose são dois tipos de transporte ativo, ou seja, há gasto de
energia durante os processos.

O lisossomo é a organela envolvida nesses processos, pois é a responsável pela digestão


intracelular.

Endocitose

A endocitose é um processo de absorção de partículas na célula por meio de vesículas,


chamadas de endossomos.

Os endossomos são formados a partir da invaginação da membrana plasmática, que


posteriormente se separam e ficam livres no interior da célula.

Estas são formadas por invaginação da membrana plasmática, seguida de fusão e


separação de um segmento da mesma.

A endocitose pode ocorrer de três formas:

 Fagocitose: Englobamento de partículas maiores e sólidas, como bactérias ou


protozoários.
 Endocitose mediada: Funciona como a fagocitose, porém, as partículas ligam-se
com proteínas receptoras específicas presentes na membrana plasmática.
 Pinocitose: Englobamento de partículas líquidas.

Fagocitose

Poucas células humanas são capazes de realizar fagocitose. Entre as que realizam estão
os macrófagos e linfócitos, células do sistema imunitário.

Essas células detectam um antígeno ou agente estranho no organismo, como uma


bactéria. Dessa forma, o macrófago se aproxima da bactéria, emite os pseudópodes e a
engloba.

Com isso, parte da membrana que envolve a bactéria se desprende formando uma
vesícula, que recebe o nome de fagossomo.

Dentro da célula, o fagossomo se movimenta pelo citoplasma até encontrar a


organela lisossomos.

O fagossomo funde-se com o lisossomo que irá realizar a digestão. Assim, a bactéria
será quebrada em partes menores e os restos liberados.

Processo de fagocitose
ocorrendo em uma célula de defesa humana
A fagocitose também é responsável pela alimentação das amebas. Para isso, elas
modificam sua forma e emitem projeções de citoplasma chamados pseudópodes.

Quando o alimento estiver envolvido pelos pseudópodes, parte da membrana da ameba


formará o fagossomo.

Dentro da ameba, a vesícula irá se fundir com um lisossomo formando o vacúolo


digestivo. No interior desse vacúolo acontecerá a digestão, graças às enzimas contidas
no lisossomo. Depois de finalizada a digestão, os restos serão liberados.

Fagocitose na ameba

Endocitose Mediada

A endocitose mediada é semelhante ao processo de fagocitose. Porém, conta com o


auxílio de proteínas receptoras na membrana plasmática.

Quando as proteínas receptoras entram em contato com a substância da qual possui


especificidade, a região da membrana sofre invaginação e forma-se a vesícula no
interior da célula. A vesícula também irá se fundir com o lisossomos.
Esse tipo de endocitose é considerado mais rápido e eficiente, pois ocorre apenas com
substâncias que possuem afinidade.

O vírus HIV é um exemplo de substância que entra na célula por endocitose mediada.

Pinocitose

A pinocitose consiste no englobamento de partículas líquidas.

Nesse caso, a célula se aproxima da partícula mas não emite pseudópodes para englobá-
la.

Na pinocitose, a célula modifica sua forma e sofre invaginação. No espaço formado


estarão contidas as partículas líquidas.

A membrana que envolve a partícula solta-se da célula e forma uma vesícula, chamada
de pinossomo. O pinossomo se funde aos lisossomos.

O mecanismo de digestão e eliminação dos restos é o mesmo da fagocitose.

Processo de pinocitose

Uma semelhança entre a fagocitose e a pinocitose é o fato de provocarem alterações


morfológicas nas células. Destacam-se a emissão dos pseudópodes, durante a
fagocitose, e as invaginações, na pinocitose.
Diferenças entre Fagocitose e Pinocitose

Agora que você já conhece os processos de fagocitose e pinocitose, saiba a diferença


entre eles:

 A fagocitose refere-se ao englobamento de partículas sólidas, a partir da


formação dos pseudópodes.
 A pinocitose é o englobamento de líquidos. Além disso, não se formam
pseudópodes. Para englobar as partículas, a membrana plasmática sofre
invaginações, aprofundando-se em direção ao seu citoplasma e formando um
canal que se estrangula nas bordas.

Exocitose

A exocitose consiste na eliminação dos restos das partículas digeridas para fora da
célula. Ao final do processo de digestão das partículas, a célula precisa eliminar os seus
restos.

Esse processo de eliminação dos restos da digestão celular é chamado de clasmocitose.

Os restos, que estão contidos na vesícula, serão encaminhados até a membrana e se


fundirá com ela. Por conseguinte, ela se abrirá para o exterior e eliminará o conteúdo. A
membrana da vesícula irá se reintegrar à membrana da célula que realizou a endocitose.

A exocitose também pode ocorrer em células secretoras, sendo a forma pela qual a
célula irá secretar as substâncias que produz. Por exemplo, as células de glândulas que
liberam hormônios.
Eliminação dos restos para fora da célula por exocitose

A exocitose pode ocorrer de duas formas:

 Exocitose constitutiva: liberação de substâncias de forma contínua.


 Exocitose regulada: a eliminação de substâncias só ocorre na presença de um
estímulo.

Bomba de Sódio e Potássio

A bomba de sódio e potássio é um tipo de transporte ativo que ocorre em todas as


células do corpo.

O processo ocorre devido às diferenças de concentrações dos íons sódio (Na+) e


potássio (K+) dentro e fora da célula.

Para manter a diferença de concentração dos dois íons no meio interno e externo da
célula, é preciso utilizar energia na forma de ATP. Assim, a bomba de sódio e potássio é
um tipo de transporte ativo.

A bomba de sódio e potássio está diretamente relacionada com a transmissão de


impulsos nervosos e contração muscular.

Funcionamento da Bomba de Sódio e Potássio


Em condições normais, a concentração de Na+ é mais baixa dentro da célula do que no
ambiente extracelular. Enquanto isso, a concentração de K+ é mais alta dentro da célula
do que no ambiente extracelular.

Nessa situação, naturalmente, o Na+ entra na célula e o K+ sai da célula, por difusão.
Isso porque os solutos tendem a se manter em equilíbrios de concentração.

Entretanto, para realizar o seu metabolismo, a célula precisa manter as diferenças de


concentração entre os dois íons. Isso quer dizer que o Na+ precisa se manter em baixa
concentração dentro da célula e o K+ em alta concentração.

O funcionamento da bomba de sódio e potássio é possível devido duas condições


básicas:

(1) A presença de proteínas transmembranas ao longo de toda a membrana plasmática.


Essas proteínas contém sítios específicos para ligação dos íons Na+ e K+;

(2) O gasto de ATP, já que a célula precisa manter a diferença de concentração entre os
íons. Por isso, a bomba de sódio e potássio é um tipo de Transporte Ativo.

As proteínas transmembranas expulsam o Na+ que entra na célula e buscam o K+ que


sai da célula.

A cada acionamento da bomba de sódio e potássio, 3 Na+ se ligam aos seus sítios
específicos na proteína. O ATP também liga-se à proteína e perde um radical fostato,
transformando-se em ADP. Isso provoca a alteração da conformação da proteína que
libera os íons de Na+ no meio extracelular.

No mesmo momento, os 2 K+ se ligam à proteína em seus sítios específicos. O fosfato é


liberado e a proteína retoma sua conformação original, liberando os íons de K+ no
interior da célula.
Como curiosidade final, destacamos que a membrana plasmática não é facilmente
visualizada em um microscópio ótico comum. Apenas com o desenvolvimento do
microscópio eletrônico foi possível a observação da membrana plasmática.

Conclusão
Referência Bibliográfica

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