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P1 Biologia Celular

Membrana

• Todas as membranas celulares são constituídas por uma ​bicamada


fluida de fosfolipídios​, onde estão inseridas moléculas de proteínas
que podem ser deslocadas, no plano da membrana, por atividade do
citoesqueleto
• É uma estrutura que delimita todas as células; separa o meio
intracelular do extracelular e é a principal responsável pelo controle da
entrada e saída de substâncias da célula.
• ​Assimétrica​: as duas faces da membrana não possuem a mesma
composição lipídica, glicídica e protéica, as cargas elétricas se
distribuem diferentemente, sendo a face citoplasmática, em geral, a
que tem maior carga negativa. Os carboidratos são encontrados
exclusivamente na face voltada para o meio extracelular das
membranas, as proteínas são distribuídas de diversas maneiras pela
membrana dependendo de sua conformidade e de como ela interage
com a bicamada de fosfolipídeos e como eles se distribuem de maneira aparentemente
aleatória pela membrana.
• A superfície externa da membrana plasmática é rica em moléculas protéicas e lipídicas
contendo glicídios. Estes glicídios fazem parte do glicocálice
• As moléculas podem penetrar nas células ou delas sair por transporte passivo, transporte
ativo, difusão facilitada ou transporte impulsionado por gradiente iônico
• Os microvilos, interdigitações e estereocílios aumentam a superfície celular
• ​Constituídas principalmente de lipídios, proteínas e carboidratos (açúcares)
• Confere permeabilidade seletiva: moléculas grandes não conseguem penetrar
• ​Glicocálice​: proteção, adesão e reconhecimento celular
• A membrana plasmática apresenta propriedades anfifílicas

Em plantas:
• Promove ligação física entre o citoesqueleto e a matriz extracelular
★ Lipídios das membranas

Podem ser glicofosfolipídeos, esfingolipídeos ou esteróides.


• Fosfolipídios: os predominantes, formados por
moléculas de glicerol, duas moléculas de ácidos graxos,
um grupo fosfato e uma molécula polar ligada a ele.
• Os fosfolipídeos e os esfingolipídeos apresentam uma
cauda apolar formada geralmente por dois ácidos graxos e um grupo polar na sua estrutura.
Este grupo polar é chamado cabeça, em contraposição à cauda/. Como esses lipídios
apresentam tanto parte polar quanto uma parte apolar, eles são compostos anfipáticos. É a
interação dessas moléculas com moléculas de água que possibilita a estabilidade das
membranas biológicas
• ​Os glicerofosfolipídeos (ou fosfoglicerídeos) são lipídeos complexos cuja estrutura contém
ácidos graxos, fosfato e glicerol. Como os triacilgliceróis, as caudas da maior parte dos
fosfolipídeos são ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol. Uma das diferenças entre
estes dois compostos é que, os triacilgliceróis apresentam três caudas hidrofóbicas, enquanto
os fosfolipídeos apresentam somente duas. Outra diferença é a presença de um fosfato.
• Os esteróides são lipídeos estruturais presentes nas membranas da maior parte das
células eucarióticas. O colesterol é o mais abundante esteróide em animais, sendo o
principal esteróide de membranas em tecidos (exclusivos) animais. Esteróides similares
são encontrados em fungos (ergosterol) e em plantas (estigmasterol). Alguns esteróides
funcionam como hormônios (os principais são sexuais). Movem-se através da corrente
sangüínea do seu sítio de síntese para os tecidos-alvo onde vão atuar, ligados a
proteínas. Entram nas células, ligam-se a receptores altamente específicos no núcleo e
provocam mudanças na expressão gênica e no metabolismo celular.
• Glicolipídeos: lipídios que interagem com carboidratos, com função receptora
• Esteróis: conferem controle de fluidez das membranas, quanto mais esteróis, menos fluida
• Moléculas com extremidade hidrofóbica (apolar) e cadeira hidrofílica (polar), sendo assim,
anfipáticas.
• Quanto mais insaturações um lipídio possui, maior fluidez confere à membrana (maior
permeabilidade, adaptação de organismos de regiões frias)
• Quanto mais saturações um lipídio possui, maior rigidez confere à membrana

-> Fatores que influenciam sobre a fluidez: temperatura, comprimento das caudas,
insaturações, teor de colesterol
*Em um ambiente aquoso, somente as porções polares dos fosfolipídios devem ficar expostas,
pois são capazes de interagir com a água – são hidrofílicas. Assim, somente a organização
que confina as caudas apolares em um ambiente apolar (umas voltadas para as outras) e
expõe as cabeças polares para os ambientes aquosos que são o meio intra e o extracelular é
válida.

★ Proteínas de membrana

• A atividade metabólica das membranas depende


das proteínas
• De início, pensava-se que eram distribuídas
aleatoriamente, mas hoje é dito que existem regiões
determinadas nas quais elas são dispostas
• As intrínsecas atravessam a membrana, enquanto as
extrínsecas encontram-se sobre ela
• Permite a passagem seletiva de íons
• Marcadores de superfície celular (tipos sanguíneos),
receptores de sinal ou transmissores
• Transportadores; adesão (junção celular); aquaporinas

-> Enzimas: grupos de substâncias orgânicas de


natureza protéica, com atividade intra ou extracelular que
têm funções catalisadoras
• Síntese de moléculas

-> Ancoradoras (citoesqueleto e matriz extracelular)


• Liga a membrana ao citoesqueleto e ao meio
extracelular
• Estrutura a célula

-> Receptor/ transmissor de sinal


• Segundos mensageiros são moléculas sinalizadoras
intracelulares
• Molécula: primeiro mensageiro
• Induz/desencadeia uma série de reações intra e extracelulares

-> Canais e transportadoras


• Dimensão/carga elétrica/solubilidade
• Transporte de moléculas que não entram/saem com facilidade

→ Tipos
Canais: transportam íons e água por abertura de poro
-Canais de água: aquaporina, canais de íons
Carreadores/transportadores: a ligação com o soluto causa uma mudança
conformacional na proteína (ativo/passivo)
Bombas ou ATPases: gastam ATP para transportar soluto; criam gradiente
eletroquímico na membrana ativando outros transportadores
*Porinas → poro não seletivo permite a livre passagem de pequenas moléculas
*Transporte ativo é mediado por proteínas transportadoras acopladas a uma fonte de
energia

★ Carboidratos (açúcares)

• Camada de polissacarídeos + proteínas→ Glicolipídios → lipídios + carboidratos e


Glicoproteínas → proteínas + carboidratos
- parede celular das células vegetais

Glicocálix:
• Cobertura da membrana celular (proteção); filtração; microambiente celular particular: muda a
carga elétrica; pH; reconhecimento celular

Parede Celular

• Estrutura semi-rígida que envolve a membrana


plasmática das células vegetais (não é estática).
Cadeias retilíneas de polissacarídeos constituídas
por unidades de glicose. Componente estrutural
essencial ​composto por polissacarídeos
(celulose) e proteínas. Microfibrilas de celulose
unidas por outras moléculas polissacarídicas,
como hemicelulose e pectina (espessura)

• A membrana está constantemente pressionada contra a parede; protege o protoplasma;


barreira contra patógenos;​ determina a forma e regula o volume celular (turgidez)
→ Nas plantas
Composição: celulose, hemicelulose, pectina, ptn, liguinina​ ←
• Meio extracelular é uma solução mais diluída do que a solução intracelular. A parede impede
a expansão excessiva por osmose (lise). ~ água se difunde p/ interior → + pressão hidrostática
→ parede celular + rígida ⇒ Pressão de turgor ~

• Fundamental na sustentação, possibilitando o transporte de seiva por longas


distâncias (xilema) e na junção celular; f​ onte de carbono: cotilédones (remobilização de
carboidratos de parede como fonte de carbono)

• ​Estrutura primária: formada por células em crescimento, constituídas de celulose e uma


matriz (une as microfibras) possui hemicelulose, substâncias pécticas e proteínas

• ​Lamela média: camada delgada que faz junção das paredes de células vizinhas (composta
por pectina)

• ​Estrutura secundária: depositada internamente a primária em células que completaram o


crescimento. Indispensável em células com função de sustentação e transporte de água,
constituídas por celulose, hemicelulose e lignina.

Proteínas de parede
• Remodelamento, expansão da parede celular e defesa
Depósito de parede celular
• Crescimento = divisão celular e/ou alongamento
• Desenvolvimento = raízes laterais

Exemplo: a pectina apresenta consistência gelatinosa, o que lhe proporciona utilidade


comercial.

Alongamento celular

• Antes da maturidade, expande


sem perder integridade (até
100x do volume);

• Teoria do crescimento ácido:


sinalização via auxinas
H+ ATPases da membrana plasmática são ativadas e acidificam a região da parede celular (pH
muda de 7,0 para 4,5) → Auxina ativa proteína de membrana (ATPase) acidificando, ativa
enzima (expansinas) que afrouxam a parede celular → Entra água pelas aquaporinas,
deixando a célula turbida, expandindo-a.
Citoesqueleto

•Sustentação; manutenção de morfologia específica; movimentos


celulares; movimentos de estruturas intracelulares

• Os ​microtúbulos são estruturas/polímeros rígidas que apresentam uma


das extremidades ancorada a um centro organizador de microtúbulos
chamado centrossomo (próximo do centro da célula) e a outra livre no
citoplasma. São estruturas dinâmicas que podem aumentar ou diminuir
em comprimento pela adição ou perda de subunidades (moléculas
globulares) de tubulina (são filamentos polarizados, lado + cresce e lado -
decresce), na forma de filamentos longos e ocos. ​Proteínas motoras se
movem de uma direção a outra ao longo dos microtúbulos carregando
organelas para os locais pré-determinados (mais rígidos que os
filamentos de actina). Já as ​proteínas acessórias, auxiliam no transporte
e na construção dos filamentos (actina e microtúbulos). Algumas os ligam
entre si, regulando a velocidade e a extensão da polimerização.

- Envolvidos na determinação da forma celular; organização do


citoplasma; transporte intracelular de vesículas e organelas; variedade
de movimentos celulares; separação dos cromossomos durante a divisão
celular (fuso mitótico); formam cílios e flagelos

- Alzheimer: consiste na disfunção dos microtúbulos. Nas células


nervosas, os microtúbulos são responsáveis por transportar as moléculas
sintetizadas no corpo do axônio, a disfunção nesse processo gera a Alzheimer.

- Medicamentos como o taxol e a colchicina são responsáveis por destruir os microtúbulos


(colchicina) ou estabiliza-los (taxol), o que vem a acarretar um impedimento da formação do
fuso mitótico. O taxol é utilizado no tratamento de tumores malignos.

• ​Filamentos de actina (microfilamentos)​: polímeros helicoidais de duas cadeias. Estruturas


flexíveis na forma de feixes lineares, redes bidimensionais e géis tridimensionais. Também são
estruturas dinâmicas mas, ao contrário dos microtúbulos que são filamentos isolados, se
organiza em feixes ou redes. O córtex celular, camada situada logo abaixo da membrana
plasmática, é formada por filamentos de actina e por uma variedade de proteínas que se ligam
à actina. Esta camada rica em actina controla a forma e os movimentos de superfície da
maioria das células animais. Confere resistência.

- O citoesqueleto de actina responde a estímulos do meio externo, sofrendo rearranjos que


levam a mudanças gerais da morfologia e fisiologia celular. Isso depende da interação direta
dos filamentos (via proteínas de acoplamento) com receptores de membrana em sítios
específicos da membrana plasmática.

- São responsáveis pelo movimento das células nas dormideiras.

• ​Filamentos intermediários: estruturas que proporcionam estabilidade mecânica às células e


tecidos. São polímeros fortes semelhantes a cabos, constituídos de polipeptídeos fibrosos que
resistem ao estiramento e desempenham um papel estrutural na célula, mantendo sua
integridade (filamentos de queratina das células epiteliais, os neurofilamentos das células
nervosas).São fibras em forma de cordão. Mais estáveis.

- Enquanto os filamentos de actina e os microtúbulos estão presentes em todas as células


eucarióticas, ​a ocorrência dos filamentos intermediários citoplasmáticos é exclusiva de células
de organismos multicelulares​.

- As funções desses filamentos dizem respeito às atividades especializadas das células


diferenciadas. São formados por diversas proteínas fibrosas e, a partir delas, é possível
identificar a origem da célula em questão. Exemplo dado em sala: os filamentos são
importantes da identificação de tumores. ​⇐ Provável cair.

- Devido a sua estabilidade, são abundantes em células que sofrem atritos, como as células da
epiderme.

NÚCLEO
● Presente nos seres eucariotos
● É o local onde está o material genético, que pode estar empacotado pelo auxílio de
proteínas, como um “carretel de linha”. Histonas, são as principais proteínas estruturais
da cromatina, e condensinas auxiliam no enovelamento do DNA.
● Responsável pelo controle das atividades metabólicas
● Envolto por uma membrana
● Apresenta poros por onde há trocas de moléculas
● O envoltório nuclear é contíguo ao retículo endoplasmático
● O nucléolo é o local onde ocorre a síntese do RNA ribossomico (síntese de proteínas),
quanto maior o nucléolo, maior a intensidade de síntese proteica
● o núcleo é indispensável para a ​divisão celular nos seres eucariontes. É onde ocorre o
controle das atividades metabólicas nessas células, como a transcrição do RNA e a
síntese proteica.
Divisão celular: mitose
A mitose pode ser aberta, onde o envoltório nuclear se desfaz durante a divisão celular ou
fechada. O envoltório nuclear se desfaz em decorrência da fosforilação de proteínas (laminas)
que compõem a lâmina nuclear.
A fosforilação ativa ou desativa uma enzima
Cromatina = DNA + proteínas.
● Eucromatina: o material genético está acessível à transcrição, encontra-se pouco
condensado
● Heterocromatina: o material genético está inacessível à transcrição, encontra-se muito
condensado
● A condensação vai influenciar se um gene vai ser expresso ou não
● A heterocromatina sexual: em mulheres, para compensar a dose de expressão gênica
associada ao cromossomo x, um desses cromossomos em cada célula é inativada,
permanecendo inativamente na forma de heterocromatina. É assim que se descobre o
sexo a partir da amostra de sangue
Componentes da cromatina
DNA, proteínas histonas e proteínas não histônicas, que participam da estrutura dos
cromossomos, ativação e repressão. Nos seres procariontes o DNA está no citoplasma e é
circular, já nos seres eucariontes o DNA está no núcleo em forma de cromatina
DNA: ​armazena informações genéticas em sequências de nucleotídeos. Genes são segmentos de
DNA que contém informação para produzir determinada proteína, os cromossomos possuem
entre os genes, DNA intercalante, o genoma é o conjunto de genes, bastante variável.
OBS: nem todos os genes são transcritos; a ameba possui o maior genoma, o número de genes
não designa a complexidade.
Ácidos nucleicos: DNA e RNA: ​são polímeros de nucleotídeos onde é armazenada a
informação genética de uma célula. As unidades fundamentais dos ácidos nucleicos são os
nucleotídeos
● Os nucleotídeos livres são trifosfatos.
● As proteínas histonas, como já foi dito, participam do empacotamento do DNA, são as
principais proteínas estruturais da cromatina. ​O padrão de enrolamento é herdado
diretamente pelos descendentes (herança epigenética)​, algumas alterações no
ambiente podem afetar a expressão gênica.
● Proteínas não histônicas, são proteínas que participam da estrutura do DNA, participam
da duplicação, ex: DNA polimerase, participam também da ativação/repressão gênica ex:
fatores de transcrição
Replicação do DNA semi-conservativo:
● Órgãos de replicação: locais com sequência específica, ligam proteínas quando
adicionadas, para que aconteça a replicação, é necessário que o DNA se encontre na
forma de cadeia simples
Existem 3 enzimas responsáveis por manter a cadeia simples (auxiliares de replicação):
● Helicases​: ​enzima que promove a abertura da hélice de DNA, separando-o em duas fitas
simples para que possa sofrer replicação. Quebra as pontes de hidrogênio e desfaz as fitas
duplas de DNA, as helicases recebem “ajuda” das girases
● Girases: ​desenrola a cadeia, diminuindo a tensão à medida que as helicases avançam,
facilitando assim o seu trabalho, também são conhecidas como topoisomerase
● SSBA (proteínas de ligação de fitas simples): estabilizam as cadeias de fita simples.
Depois de aberta, a dupla cadeia de DNA não se volta a ligar devido à ação das proteínas
ligadoras de fita simples, que mantêm a cadeia aberta, para poder ser replicada.
DNA polimerase faz a síntese de novas fitas de DNA, pareamento complementar das fitas AT e
GC, a polimerização ocorre no sentido 5’-3’
Primer: sequência inicial, é acionado pelo RNA primase
DNA polimerase 1: remove e adiciona os primers
DNA ligase: liga os nucleotídeos
Fluxo de informação genética: dogma central
↻ Replicação: síntese de DNA
DNA
↓ Transcrição: Síntese de RNA
RNA
↓ Tradução: síntese de proteína
proteína
Síntese de RNA​: RNA polimerase, procariotos apresentam uma única RNA polimerase, e
eucariotos apresentam RNA-polimerase I(genes de rRNA), RNA-polimerase II(cidificam
pequenas RNA’S e RNA-polimerase III(tRNA e rRNA)
● Replicação ou duplicação: ​a molécula de DNA passa por um processo de duplicação,
esse processo é semiconservativo, pois a dupla fita de DNA precisa se separar para ser
duplicada, mas as novas moléculas conterão uma das fitas do DNA inicial, ou seja: cada
DNA criado terá uma fita nova e outra original, do DNA original, sendo um processo
semiconservativo, o DNA novo conserva uma das duas fitas do DNA original. A
replicação se inicia com a quebra das ligações de hidrogênio.
● Transcrição: A transcrição ocorre quando um RNA se forma a partir do DNA. A enzima
responsável pela transcrição se chama RNA Polimerase, que a partir de uma das fitas de
DNA consegue elaborar a fita de RNA. Diferentemente do DNA (que é uma estrutura em
forma de fita dupla), o RNA tem apenas uma única fita.
● Tradução: ​mRNA (RNA mensageiro, tem a função de ​transcrever a informação
contida em um segmento de DNA) sai do núcleo com determinado número de códons
(aminoácidos) e vai ao citoplasma; no citoplasma, um ribossomo se liga ao mRNA, num
códon inicial, Logo chegam tRNAs, (RNA de transferência, sua função é a de ​carrear e
combinar os aminoácidos que constituirão as novas proteínas) com determinados
anticódons (aminoácidos), que se ligam também ao ribossomo e pareiam suas trincas de
bases com o mRNA; Ocorre, então, a primeira ligação entre os aminoácidos presentes no
tRNA e no mRNA (é a chamada ​ligação peptídica​). Assim que ela ocorre, o ribossomo
se desloca ao longo do mRNA e outro tRNA liga-se ao mRNA. Assim segue a tradução,
com o ribossomo se deslocando a medida em que chegam outros aminoácidos e até que
surja um códon de parada, que indica o fim da tradução; Quando o códon de parada
aparece, o tRNA e o ribossomo se desligam do primeiro peptídeo formado, que ficará
livre no citoplasma. Esse peptídeo será usado para inúmeras funções da célula e nada
impede, também, que outros ribossomos surjam recomeçando a síntese de um peptídeo
maior, até formar uma proteína.
● Os ribossomos do rRNA terão a função de traduzir em proteínas a mensagem do DNA
carreada pelo tRNA e transcrita pelo mRNA inicialmente​.
Como uma célula pode dar origem a tipos celulares distintos? Por meio da expressão gênica
diferenciada, genes são ativados em umas células e silenciados em outras
Obs: as células de plantas podem se desdiferenciar, diferente das células animais. Os hormônios
vegetais são responsáveis pelo processo, as células das plantas são totipotentes.
PCR​: é usado para saber quanto um gene está sendo expresso, determina a quantidade de
mRNA.
Controle da expressão gênica:
● Quando e como um gene é transcrito (transcrição)
● O processamento de seus RNAs já transcritos (pós-transcrição)
● A saída dos RNAs do núcleo para o citoplasma (pós-transcrição)
● mRNAs serão traduzidos (tradução)
● Degradação dos mRNAs (pós-tradução)
● Modificações pós traducionais: a estrutura, a atividade e a degradação de proteínas
(pós-tradução)
O controle da expressão de genes pode ser temporal (genes expressos na puberdade) ou espacial
(local, genes expressos em células nervosas)
Gus: marca o local onde o gene é expresso no tecido
O promotor regula se o gene é expresso ou não
Tipos de genes de acordo com a expressão
● Constitutivos: genes expressos de forma contínua, numa quantidade fixa independente
das condições celulares (proteínas essenciais). Ex: genes de replicação de DNA, genes do
citoesqueleto, actina e turbulina
● Regulados: a expressão não é sempre a mesma, varia de acordo com o estímulo e a
expressão varia no tempo e espaço. Ex: aumento da síntese de enzimas antioxidantes
(catalase).
Fenômenos epigenéticos: ​alterações na expressão de um gene sem alteração nas sequências de
bases de DNA. Controles epigenéticos: mutilação do DNA
Modificação das histonas: compactação de DNA (metilação, acetilação, fosforilação.
•Regiões condensadas do genoma normalmente são transcricionalmente inativas. Para que
ocorra a transcrição dos genes presentes, é necessário que o DNA esteja descompactado
Proteína: ​sequência de aminoácidos, estrutura primária dará a forma da proteína, aminoácidos
possuem cadeias laterais, a interação entre aminoácidos gera estruturas secundárias
Modificação pós-traducional: ​proteína é sintetizada, durante sua síntese as proteínas já iniciam
seu dobramento, proteínas chaperonas auxiliam no dobramento
Controle da estabilidade da proteína: ​dobramentos irregulares são corrigidos por chaperonas,
quando apresentam dobramentos muito anormais, as proteínas são degradadas, o tempo entre a
tradução e o momento da degradação da proteína diz a longevidade dessa molécula no
citoplasma.
Degradação proteica: ​desenvolvimento de eucariotos depende de mecanismos regulados de
degradação de proteínas, proteínas com tempo de vida variável como ciclinas, que são destruídas
a cada ciclo celular (final da mitose), proteínas que serão degradadas são marcadas através de
ligação covalente da ubiquitina, complexos de ubiquitina/proteína são submetidos à degradação
pelo proteossomo que possui função proteolítica(quebra) (presente no citosol e núcleo)
Proteínas anormais podem causar doenças:​ anemia falciforme - hemoglobina anormal,
doença de Huntington: doença hereditária que provoca a degeneração progressiva de células
nervosas do cérebro
Doenças priônicas: ​doenças neurodegenerativas raras. prion: partículas proteicas infecciosas, a
modificação da proteína norma para a proteína patogênica ocorre na maioria das vezes por causa
desconhecida, a proteína normal participa do processo de diferenciação neural e protege
neurônios de condições que podem levar a sua destruição, induz outras proteínas a ter estrutura
anormal. Este processo gera uma reação em cadeia que produz mais e mais príons. Pode passar
de um organismo para o outro se o outro se alimentar dele, proteína age como agente infeccioso.
Os príons podem até mesmo produzir réplicas de si mesmos por mecanismos ainda
desconhecidos, a autofagia é um processo celular que origina a degradação de componentes da
própria célula
Endereçamento das proteínas: ​cada organela contém proteínas específicas: ribossomos livres
no citoplasma e ribossomos presos no retículo endoplasmático.
Endereçamento do tráfico de vesículas: ​proteína é sintetizada e precisa ser entregue, proteínas
recebem um “selo”, que é uma sequência de peptídeos que indicam para qual lugar da célula
serão endereçadas, as proteínas transportadoras lêem o peptídeo sinal, que leva a modificação
estrutural desses transportadores para a entrada da proteína, a engenharia genética possibilita
mudar o endereçamento de proteínas colocando o peptídeo sinal desejado.
COMPLEXO DE GOLGI
● Série ordenada de compartimentos achatados definidos por membranas chamadas de
cisteinas, possui duas faces: entrada (cis) e saída (trans), rede cis de Golgi (CGN) e rede
trans de Golgi (TGN).
● Vesículas podem endereçar proteínas, COPII: RE para Golgi, COPI: golgi para RE,
clatrina: trans golgi para outros compartimentos e transporte para a membrana
plasmática. Há pelo menos três tipos de vesículas revestidas por clatrina e há ainda
proteínas adaptadoras que formam segundas camadas do revestimento. Clatrina-> tráfego
para dentro da célula, endocitose
METABOLISMO CELULAR
Anabolismo: síntes de moléculas
Catabolismo: degradação de moléculas
A energia produzida no metabolismo é armazanada em coenzimas
Locais de síntese de ATP: mitocôndrias e cloroplastos
Redução: perda de oxigênio e ganho de elétrons
Oxidação: ganho de oxigênio e perda de elétrons
As enzimas fazem o trabalho de oxidação e redução, a oxidação libera energia, a energia é
canalizada (carreadores ativados armazenam energia) para construir as moléculas da célula
Coenzimas ATP, NADH, NADPH e Acetil coenzima A
ATP (adenosina trifosfato): ​é o carreador mais importante, é sintetizado em uma reação de
fosforilação e é utilizado em reações de síntese de uma molécula, usados em bombas de próton
NADH e NADPH: ​carreadores de elétrons e hidogênio, são oxidados, NADH e NADPH são
formas reduzidas, atuam doando e recebendo hidrogênio nas reações, participam de reações de
oxidação e redução
FAD e FADH: ​são carreadores de elétrons e hidrogênio, o FAD É um ​cofator capaz de sofrer
ação ​redox​, presente em diversas reações importantes no ​metabolismo​. O FAD pode existir em
dois ​estados de oxidação e o seu papel bioquímico envolve frequentemente alternância entre
esses dois estados. O FAD é capaz de se reduzir a 2 FADH, estado em que aceita dois ​átomos de
hidrogénio​. O FADH​2 é uma ​molécula transportadora de energia metabólica, sendo utilizada
como substrato na ​fosforilação oxidativa ​mitocondrial. O FADH​2 é ​reoxidado a FAD, resultando
subsequentemente na síntese de duas moléculas de ​ATP​ por cada FADH2
Acetiil coenzimaA: ​coenzima A carrega o grupo acetil e o transfere, o precursor é uma vitamina
B5- ácido pantotênico
MITOCÔNDRIA
● As mitocôndrias produzem ATP, a principal molécula armazenadora de energia, em dois
conjuntos de reações: o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória.
*Mitocôndrias são capazes de se deslocar usando microtúbulos como trilhos, se deslocam
bastante, de acordo com a necessidade de ATP em diferentes pontos da célula.
Etapas de produção de ATP:
● Glicólise (quebra de glicose), citoplasma (anaeróbio): sequência metabólica composta de
11 reações onde glicose é oxidada a piruvato, investe 2 ATP e produz 2 NADH e 4ATP
● Ciclo de Krebs (ácido cítrico); matriz mitocondrial (aeróbio): piruvato (NADH +ATP) da
glicólise produz carreadores como FADH, ATP e NADH
● Cadeia transportadora de elétrons (membrana mitocondrial interna): gera em média 29
moléculas de ATP
● Fosforilação oxidativa (membrana mitocondrial interna)
A mitocôndria sintetiza suas próprias proteínas
•As mitocôndrias são delimitadas por duas membranas não coladas, uma externa e uma interna,
com invaginações chamadas cristas, e uma matriz eletrondensa, que assim denem dois
compartimentos, o espaço intermembranar e a matriz mitocondrial.
•​Membrana mitocondrial externa –​ é uma membrana cuja bicamada lipídica não possui
características especiais, assemelhando-se à bicamada lipídica do retículo endoplasmático, as
proteínas inseridas nessa membrana são especiais, como a porina, uma proteína transmembrana
que tem uma conformação tridimensional tão diferente que forma um poro hidrofílico,
permitindo a passagem de moléculas com até 5000 DALTONS pela membrana mitocondrial
externa. Ou seja, a membrana mitocondrial externa não forma uma barreira para íons e pequenas
moléculas.
•Espaço intermembranar –​ como a membrana externa não forma uma barreira, a composição
iônica é semelhante à do citoplasma. Apresenta complexos enzimáticos de interconversão de
nucleotídeos, o metabolismo mitocondrial produz muito ATP, e só uma molécula de GTP, no
ciclo de Krebs, a célula usa GTP e outros nucleotídeos trifosfatados em vários processos de
sinalização interna para polimerizar microtúbulos, transportar vesículas etc, a produção
mitocondrial de GTP não é suficiente, por isso a mitocôndria é capaz de transferir um fosfato de
um ATP para um GDP, formando GTP e ADP, mas o Adp volta para a matriz mitocondrial para
ser refosforilado, o mesmo processo também funciona para formar CTP e UTP, que são
nucleotídeos usados na adição de açúcares, é uma conversão irreversível, os nucleotídeos não
conseguem “devolver” o fosfato para o ADP, os complexos enzimáticos que fazem isso são
solúveis, mas são grandes demais para sair pela porina, e assim cam presos no espaço entre as
membranas, esperando os ATPs recém-formados para “roubar” o fosfato de alguns e transferir
para GDP, CTP e UTP.
•​Membrana mitocondrial interna –​ É a bicamada lipídica mais uida e menos permeável de
uma célula, A bicamada da membrana mitocondrial interna tem fosfolipídeos com cadeias de
ácido graxo curtas e insaturadas, e menos colesterol. É importantíssimo que ela seja bastante
uida porque o funcionamento da cadeia transportadora de elétrons depende do choque entre as
moléculas. Já a quase impermeabilidade (a membrana mitocondrial interna é permeável à água e
a gases, como O2, CO2 e NO) é atribuída a um fosfolipídeo especial: a cardiolipina. Esse
fosfolipídeo é resultado da junção de duas fosfatidilcolinas, formando um fosfolipídeo com
quatro cadeias de ácidos graxos. Dessa forma, a área ocupada pela parte polar corresponde ao
dobro do número de cadeias hidrofóbicas na região hidrofóbica da membrana.
•​Por que a membrana interna tem tantas proteínas?​ É nela que ocorre a cadeia
transportadora de elétrons, e seus componentes são proteínas da membrana interna, é na
membrana interna que está a enzima que sintetiza ATP, a ATP sintase, em grande número de
cópias. Se a bicamada lipídica da membrana interna é bastante impermeável e, no entanto, é
preciso que muitas moléculas cheguem à matriz e de lá saiam atravessando essa membrana, ela
tem de ter muitos transportadores, carreadores etc.
•​Matriz mitocondrial –​ o conteúdo da matriz mitocondrial é tão concentrado que não se espalha
logo que a membrana mitocondrial interna é rompida, a matriz se dispersa devagar, por estar
isolada por uma membrana bastante impermeável, a matriz mitocondrial tem composição iônica
particular, seu pH por exemplo é bem maior que o do citoplasma, porque a cadeia respiratória
bombeia prótons para fora da mitocôndria, alcalinizando a organela (mas sem acidicar o
citoplasma, já que o volume deste é muito maior).
O estado físico coloidal da matriz é resultado de uma grande concentração de macromoléculas,
em que se destacam:
a) proteínas solúveis:
– as enzimas do ciclo de Krebs;
– as enzimas que fazem a β-oxidação dos ácidos graxos;
– a piruvato desidrogenase, complexo enzimático muito grande e abundante que é essencial para
o funcionamento do ciclo de Krebs a partir de glicose;
b) ácidos nucléicos:
– DNA,
- RNAs: ribossomais (rRNA), transportador (tRNA), e o equivalente ao mensageiro (mRNA).
•A maioria das proteínas presentes em mitocôndrias e cloroplastos está codificada no genoma
nuclear e é sintetizada no citoplasma, e para entrar em mitocôndrias e cloroplastos, as proteínas
precisam ter seqüências sinal que serão reconhecidas por receptores na membrana externa das
organelas.
•O que difere a entrada de uma proteína em mitocôndrias e no retículo endoplasmático é que
uma proteína só entra na mitocôndria depois de ser completamente sintetizada, ou seja: a
importação de proteínas pela mitocôndria é pós-traducional, a proteína precisa estar desnovelada
para passar pelos translocadores mitocondriais. Por isso, uma proteína mitocondrial, mesmo
depois de sintetizada, permanece ligada a várias chaperonas, que impedem o enovelamento
precoce ou a agregação de várias proteínas. As chaperonas só vão se soltar da proteína depois
que ela for reconhecida pelos translocadores mitocondriais.
•Existem dois grupos de translocadores, os complexos TOM (TransOuter Membrane, translocase
de membrana externa) e TIM (TransInner Membrane, translocase de membrana interna), que
podem funcionar separadamente, só o TOM para proteínas de membrana externa e do espaço
intermembranar e, TOM e TIM para proteínas de membrana interna e proteínas da matriz. Uma
vez reconhecidas, as chaperonas se soltam e a hidrólise de ATP por essas chaperonas contribui
para que a TOM transporte a proteína para dentro. Logo que sua seqüência-sinal aparecer no
espaço intermembranar, uma TIM vai reconhecê-la e translocá-la para a matriz com a ajuda da
energia do gradiente de prótons da cadeia respiratória. Ao chegar à matriz, sua seqüência-sinal é
cortada, e a conformação funcional é adquirida com a ajuda das chaperonas mitocondriais. Esse
mecanismo seria mais eciente se a passagem pelas duas membranas fosse consecutiva. Essa
idéia é conrmada pela existência de sítios de contato entre a duas membranas da mitocôndria, e
pela descoberta de que uma das TIM é uma proteína das duas membranas.
Estresse celular: complexos proteicos evitam o excesso de radicais livres. Ex: AOX - alternative
oxidase
As mitocôndrias possuem dois sistemas de dissipação de energia
● Proteína UCP (animais) e proteína PUMP (plantas), retira excesso de prótons
● Proteína AOX, que retira excesso de elétrons e forma H2O. São responsáveis por
proteger a célula contra o estresse oxidativo
PEROXISSOMOS E LISOSSOMOS
Peroxissomos: ​realizam o metabolismo oxidativo, são envoltos por uma única membrana, estão
presentes em todas as células, menos nas hemáceas, metabolizam os ácidos graxos de cadeia
longa, contém enzimas oxidativas: catalase e urato- oxidade
Oxidação de ácidos graxos: a principal função das reações oxidativas nos peroxissomos é
oxidação β, quebra de moléculas de ácidos graxos de cadeia longa que são convertidos em acetil
conezimaA. Acetil CoA exportadas para o citosol são utilizadas em reações biossintéticas
Catalase quebra H2O2 e libera O2
Adrenoleucodistrofia: doença peroxissomal relacionada ao acúmulo de ácidos graxos de cadeia
muito longa
Glioxissomo: ​semelhante aos peroxissomos, durante a germinação convertem ácidos graxos em
açúcares necessários ao crescimento da plântula
Lisossomos: ​atuam na digestão de material endocitado e reciclagem de componentes celulares,
possuem enzimas digestivas como proteases, nucleases e lipases, realizam autofagia: reciclagem,
reciclagem de membranas: proteínas. lipídeos.
Doenças lisossomais: doenças metabólicas, ocasionadas pela ausência ou falha no
endereçamento de determinadas enzimas lisossomais. Ex: doença de pompe: glicogênio se
acumula nos lisossomos. Gangliosidase: incapacidade de digerir glicolipídeos
Cloroplastos: ​representante mais famoso dentre os plastídeos
PROPLASTÍDEO
⇙ ⇓ ⇘
Leucoplasto Cloroplasto Cromoplasto
Os cloroplastos possuem a clorofila, pigmento responsável pela cor verde, que captura a luz
Todas as partes verdes de um vegetal
Vegetais possuem: 3 membranas internas, externas e tilacóides, 3 compartimentos internos,
espaço intermembranas, estroma e espaço do tilacoide
Fotossíntese: síntese de glicose
Granum: conjunto de tilacóides
Etapas da fotossíntese: fase clara: ocorre nas plantas clorofiladas, fase escura: ocorre no
estroma, reação de fixação de carbono(ciclo de calim)
A cadeia transportadora vem antes do ciclo de balim, na mitocôndria a cadeia transportadora
vem depois do ciclo de krebs

COMUNICAÇÃO CELULAR
● A comunicação celular é importante para ajudar no crescimento,
desenvolvimento e organização das células.
● As células em um organismo multicelular, precisam se comunicar umas com as outras de
modo a direcionarem e regularem seu crescimento, desenvolvimento e organização, é
mediada por moléculas-sinal extracelulares
● Moléculas-sinal ou mensageiros químicos alteram diversas funções celulares, como:
Metabolismo, multiplicação, secreção, fagocitose, produção de anticorpos, contração e
dentre outras funções celulares.
A comunicação atua por meio de receptores, ou moléculas receptoras, que reconhecem
especificamente uma molécula e desencadeiam uma resposta celular, quando unida com
o respectivo ligante. As moléculas sinalizadoras ou ligantes se prendem a locais
específicos nos receptores.
Molécula-sinal > receptor > Desencadeamento de moléculas mensageiras > vias intracelulares
de sinalização > proteínas efetoras > resposta
Formas de comunicação celular: ​endócrina, parácrina, dependentes de contato, sináptica e
junções comunicantes.
Tipos de sinalização:
Se a sinalização é bloqueada, as células entram em apoptose.
Dependente de contato:​ requer que as células estejam em contato direto membrana-membrana,
as moléculas-sinal permanecem na membrana da célula que as produziu, ou seja: não são
secretadas, ficando na superfície da célula sinalizadora, podendo interagir com receptores de
uma célula adjacente. esse tipo de sinalização é muito importante no desenvolvimento
embrionário e na resposta imune
Sinalização parácrina:​ molécula-sinal após liberada entra em contato com a célula vizinha, os
ligantes atuam como mediadores locais, afetando apenas células próximas da sinalizadora. A
célula secreta mediadores químicos locais, agindo em células vizinhas, moléculas de sinalização
parácrina são rapidamente internalizadas, destruídas ou imobilizadas, a molécula sinalizadora
tem vida curta e os receptores estão nas células próximas. Nesse caso, a molécula sinalizadora é
chamada de mediador local.
Autócrina: podem produzir sinais que elas próprias respondem, muito comum em células
cancerosas, ou seja: moléculas sinalizadoras agem no mesmo tipo de célula que estão próximas
ou na própria célula que originou o sinal químico. As moléculas sinalizadoras são os mediadores
locais, como pro exemplo, alguns fatores de crescimento. A molécula sinalizadora tem vida
curta e o receptor está na própria célula que emitiu o sinal.
Sinalização por junção comunicante:​ transmissão de sinais por células vizinhas por meio de
canais, ou poros de proteína.
Junção do tipo fenda ou Gap junctions: permite a troca de (Ca+2 e AMPc), mas não permite a
troca de macromoléculas, os sinais são transmitidos para células imediatamente adjacentes
através das membranas, a fim de coordenar suas atividades por componentes lipídicos ou
proteicos, ex transmissão da despolarização em células cardíacas.
Sinalização a longa distância:
Sinalização endócrina: ​hormônios são secretados pelas glândulas endócrinas na corrente
sanguínea, esses hormônios viajam até as células-alvo, possui transmissão lenta em relação a
sinalização sináptica, por depender da difusão do fluxo sanguíneo, por isso atua em
concentrações muito baixas. (Moléculas-sinalizadoras são chamadas de neurônios)
Sinalização sináptica:​ também de longo alcance, mas com transmissão de sinal muito mais
rápida e precisa, já que o axônio atinge diretamente a célula-alvo, outro fator que aumenta a
rapidez da propagação do sinal é a presença de junções comunicantes liberando a molécula-sinal
(neurotransmissor) apenas na sinapse, ocorre quando moléculas são liberadas de vesículas em
junções neuronais chamadas sinapses. Todas estas substâncias químicas se ligam a receptores de
dentro ou de fora da célula-alvo iniciando a resposta celular.
Sinapses: locais específicos onde células nervosas estabelecem contato umas com as outras, o
axônio de um neurônio faz contato com um dendrito, com o corpo de outra célula nervosa, ou
com uma célula efetora, muscular, secretora, etc.
Exemplos de efeito de neurotransmissores nas células: relaxamento muscular, liberação de
vesículas de secreção e contração muscular.
Molécula-sinal se liga ao receptor, desencadeando cascatas de respostas, tipos de
moléculas-sinal: proteínas, peptídeos pequenos, aminoácidos, nucleotídeos, esteroides, gases e
neurotransmissores.
● Três estágios da transmissão do sinal: recepção → transdução (receptores na superfície
celular, transmissores – convertem um evento extracelular com o ligante em sinais
intracelulares) → resposta (alteração do comportamento da célula-alvo)
● Cada tipo de célula está programada a responder a combinação específica de
moléculas-sinal extracelular: quando a molécula sinalizadora é secretada no meio
extracelular, ela entra em contato com várias células, mas apenas um pequeno número
restrito delas responderá ao sinal, pois apenas algumas expressam o receptor capaz de
reconhecer a molécula sinalizadora. Essa diferença não só é causada pelos receptores,
também ocorre devido a maquinaria celular, logo, um mesmo ligante tem efeitos
distintos sobre tipos celulares distintos. Apenas o sinal extracelular não indica que efeitos
poderão acontecer nas células, já que ele apenas faz com que a célula reaja de acordo
com seu desenvolvimento e genes expressos.
● Ao mesmo tempo, cada célula recebe vários sinais traduzidos por diferentes moléculas
sinalizadoras, e os reconhece por possuírem receptores diferentes em sua superfície,
devem responder a combinações de sinais de forma específica.
Somente determinados tipos celulares possuem receptores para moléculas-sinal, cada
tipo celular tem uma combinação diferente de proteínas regulatórias que atuam para
induzir transcrições de genes diferentes, proteínas que participam da sinalização são
conservadas, receptores e proteínas de sinalização intracelular possuem alta conservação
evolutiva.
- ​Receptores funcionam como transdutores de sinal, alterando o comportamento da célula-alvo,
estão presentes na membrana celular e internamente na célula.
PRESENTES INTERNAMENTE NA CÉLULA
Receptores intracelulares: ​moléculas ligantes são hidrofóbicas, como os esteróis, ou gases que
são pequenos e atravessam a membrana, ao chegar no interior da célula, regulam diretamente a
atividade de receptores nucleares, que não proteínas que regulam a expressão gênica. São
receptores citosólicos (um ligante atravessa a membrana e se liga no receptor no citosol onde
migra para o núcleo, ocorrendo transcrição genética, sintetizando proteínas e assim gera efeitos
celulares) que atuam principalmente na transcrição de genes através do DNA.
PRESENTES NA MEMBRANA CELULAR
Receptores de membrana, ou extracelulares: ​moléculas ligantes são hidrofílicas que não
conseguem atravessar a bicamada lipídica (por isso são extracelulares), não regulam a expressão
gênica diretamente e transmitem o sinal através da membrana, se ligam a moléculas
sinalizadoras com grande afinidade e transduzem o sinal em sinais intracelulares que afetam o
desenvolvimento celular, ao serem ativados, estes receptores transferem o sinal para
mensageiros secundários que levam a mensagem para o citosol.
Existem três tipos de receptores de membrana, baseados na transdução de sinal: receptores
associados a canais iônicos, associados a proteína G, e associados a enzimas.
Receptores associados a canais iônicos: ​são canais controlados por ligantes, está envolvido na
sinalização sináptica, abrindo e fechando canais iônicos ao se ligar a um neurotransmissor,
alterando assim a permeabilidade da membrana celular a um certo íon.
Receptores associados a proteína-G: ​A parte da GPCR que fica na membrana recebe o sinal
extracelular (ligante), sofre uma modificação em sua conformação e ativa a proteína-G. Ela
também muda sua conformação de GDP para GTP e transmite o sinal ativando moléculas
efetoras, atuam indiretamente na regulação de enzimas e canais iônicos, ligados a membrana,
esta interação é mediada por uma proteína associada a uma molécula de GTP (Proteínas-G), que
associadas a receptores dão início a uma cascata de eventos químicos dentro da célula-alvo que
geralmente altera a concentração de mensageiros intracelulares, como cAMP, por isso este tipo
de receptor é um dos mais importantes na célula. Resumindo: são proteínas cuja mudança
conformacional ao receberem o ligante os faz ativar uma segunda proteína (proteína-G) que
também muda de conformação, passando o sinal adiante.
A proteína-G é um interruptor que é ligado por GTP e desligado quando esse nucleotídeo é
desfosforilado e se transforma em GDP, um receptor que recebeu o ligante ativa a proteína-G,
que por sua vez ativa uma terceira proteína, que geralmente é uma enzima (adenilciclase ou
fosfolipase C), efeito chamado de cascata sinalizadora, as enzimas adenilciclase e fosfolipase C
são ativadas pela proteína-G e geram pequenos produtos de curta duração, os ​mensageiros
secundários.
Receptores associados a enzimas: ​receptores se comportam como enzimas quando ativados por
um ligante específico, ou estão associados a elas, a maioria destes receptores apresentam uma
região citoplasmática catalítica que se comporta como uma tirosina quinase, uma proteína-alvo é
fosforilada em resíduos específicos de tirosina, mudando assim, sua conformação, ex: receptor
para insulina.
*​Receptores de superfície:​ associados a canais iônicos, proteínas G ou enzimas
Canais iônicos:​ abrem e fecham (neurotransmissores)
Proteína G: ​atua na ativação de outra proteína
Enzimas​: quinases que fosforilam receptores e proteínas
Mensageiros intracelulares: ​seguem a via de ativação da resposta após o recebimento do sinal
pelo receptor (cálcio, quinases. GMPc, AMPc)
Proteínas alvo-efetoras:​ estrutura alterada com sinalização e são ativadas ou desativadas
Câncer: c​élula hiperreceptiva (perda de especidade)
Proteínas de sinalização intracelular: Pode transmitir a mensagem para o próximo
componente da cadeia de sinalização, transduzir o sinal em uma forma adequada, amplificar o
sinal, receber sinais e integrá-los, propagar o sinal de uma via para outra, ancorar proteínas de
sinalização, modular a atividade de outras proteínas.
● Os complexos de sinalização intracelular aumentam a velocidade, eficiência e
especificidade da resposta.
● As interações entre as proteínas de sinalização intracelular são mediadas por domínios de
ligação modulares, já que podem ser inseridos em qualquer local da proteína sem alterar
sua conformação.
A sinalização celular requer um conjunto de proteínas receptoras expressas pelas células-alvo
que se ligam às moléculas sinal. As pequenas e hidrofóbicas, como alguns hormônios,
difundem-se através da membrana e ativam proteínas receptoras intracelulares que regulam a
transcrição gênica. Os gases se difundem pela membrana e atuam como mediadores locais,
ativando uma enzima intracelular que produz GMP cíclico. A maioria das proteínas receptoras é
hidrofílica, ativando proteínas receptoras da superfície que atuam como transdutores de sinal.
Os receptores associados a canais iônicos são canais controlados por transmissores. Os
associados à proteína G ativam ou inativam enzimas da membrana ou canais, via GTP
associado.

​ ICLO CELULAR
C
Funções: transmissão da informação genética, duplicar e dividir o conteúdo celular, produzir
células filhas genéticamente idênticas, crescimento de organismos multicelulares, reparação de
lesões e diferenciação celular
O ciclo celular compreende processos que ocorrem desde a formação de uma célula até sua
própria divisão em duas células filhas. Duas etapas no ciclo celular podem ser estabelecidas:
mitose, em que a célula se divide e origina duas células, ocorrendo a divisão do núcleo e
citocinese, ocorrendo a divisão do citoplasma, a intérfase é uma etapa em que a célula não
apresenta mudanças morfológicas.
O ciclo celular é o período de vida de uma célula, as células “nascem” no momento em que
surgem a partir da divisão de outra, chamada de célula mãe, e o ciclo termina quando a célula é
dividida e deixa de existir, deixando duas células filhas.
O ciclo pode ser dividido, basicamente em: intérfase (período entre duas divisões celulares, no
qual a célula está executando suas funções normais, inclusive se preparando para a divisão) e
divisão celular ou fase M (fim do ciclo celular, onde uma célula mãe se divide e deixa de existir,
deixando duas células filhas)
A intérfase (período em que a célula cresce, podendo até dobrar de tamanho, executa suas
funções normais e duplica seu DNA) é dividida em três subfases:
Fase G1​: antes da duplicação do DNA, ocorre o crescimento em volume e a síntese de RNA e
diversas proteínas, necessárias para a fase seguinte, é um intervalo “estratégico”, (ponto de
checagem G1/S: monitora a entrada no ciclo e na fase S)
Fase S​: síntese de macromoléculas, duplicação dos cromossomos e dos crentrossomos
(organelas membranosas de onde partem os microtúbulos), envolvidos no processo de divisão
celular, com a formação da rede de microtúbulos que movimentam cromossomos, formação dos
complexos pré-replicativo e pré-iniciação. *centrossomo se replica de forma semi conservativa,
apesar de não serem proteínas, e só uma vez durante o ciclo celular.
Fase G2​: antecede a divisão, ocorre crescimento e síntese de macromoléculas, como os
microtúbulos, os centrossomos começam a migrar e se distanciar um do outro, transição entre
metáfase e anáfase ocorre o estímulo a separação das cromátides (ponto de checagem G2/M:
monitora eventos mitóticos e o alinhamento dos cromossomos).
Fase M: ​divisão nuclear (mitose), divisão citoplasmática (citocinese, divisão celular
propriamente dita), montagem do fuso mitótico, condensação e segregação dos cromossomos,
desintegração do envelope nuclear, rearranjo do citoesqueleto, rearranjo do aparelho de Golgi e
outros mecanismos moleculares.
“Dança” das células: um microtúbulo fica ancorado de cada lado do cinetócoro. A célula está
monitorando se os ancoramentos estão corretos para evitar erros, podendo ocorrer morte celular
dependendo do erro.
Fase G0: fase onde a célula permanece indefinidamente na intérfase, a célula se encontra em
repouso não realizando atividades referentes a divisão. Neurônios e hemácias se encontram
permanentemente em G0 até que elas ou o organismo morram, existem células que estão nessa
fase e por algum dano no órgão retomam a fase G1.
A passagem de metáfase para anáfase é feita pela degradação de diferentes proteínas de APC/C,
o APC/C promove a proteólise das securinas, S-ciclinas e M-ciclinas.
Degradação realizada por APC/C: proteína fosfatase retira o fosfato, proteína cinase (ou
kinase) adiciona. Ambos alteram a conformação da proteína. Tanto ativação quanto inibição
pode ser feito por fosforilação
A formação do complexo ciclina-CDKs libera o sítio ativo para fosforilação feita por uma cinase
ativadora, o ciclo celular é controlado por atividade de cinases
CDK-ciclina: adição de fosfato do ATP ou GTP da proteína, alterando sua funcionalidade.
Depende da ciclina, pois é quem escolhe o alvo da fosforilação. As duas separadas não
desempenham função, por isso formam o complexo macro (CDK-ciclina), fazem regulação
macro. Os níveis de CDK permanecem constantes, o que varia é o nível de ciclina, pois são
degradadas e sintetizadas. Assim como a fosforilação marca a proteína, a ubiquitinação também,
adicionando uma cadeia de ubiquitinas, sinalizam a proteína para a “morte”, para serem
degradadas.
Degradação: destruição de proteínas (proteólise), deve ser controlada e direcionada na divisão
celular, por ubequitinação (adição de sequências de ubequitinas para marcas as proteínas para
degradação pelo proteossomo, que é um complexo multiproteico – APC ou APC/C). Atua na
separação das cromátides (destruição de securina). O APC/C permanece ativo em G1,
propiciando um período de inatividade de Cdks. Ele é desativado ao final de G2.
ETAPAS DA MITOSE:
Prófase: ​início da condensação dos cromossomos (graças as proteínas condensinas), a
condensação dos cromossomos impede que as enzimas RNA polimerases se liguem aos genes,
cessando a síntese de RNA, resultando no desaparecimento do nucléolo, que é uma massa de
ribossomos em processo de formação, rRNA e proteínas ribossômicas interagindo.
Fragmentação da carioteca: as proteínas constituintes da lâmina nuclear são fosforiladas,
desagregam e o envelope nuclear se fragmenta em vesículas. Os cromossomos assim podem sair,
do núcleo.
Formação do fuso mitótico (início): microtúbulos que partem dos centrossomos (ocorre na fase
S) e se ligam aos cromossomos. Os centrossomos começam a migrar para os polos opostos da
célula, já na fase G2, continuando durante a prófase. A formação do fuso mitótico depende da
formação dos microtúbulos e proteínas motoras, a origem da organização do fuso ocorre no
centrossomo.
Prometáfase: começa com a desintegração do envelope nuclear, para que os cromossos se
liguem aos microtúbulos do fuso pelos seus cinetocoros.
Metáfase: cromossomos condensados e no meio da célula (placa metafásica), os centrossomos
permanecem migrando para os polos da célula em divisão, para que os microtúbulos que saem
deles possam puxar os cromossomos. Os microtúbulos que compõem as fibras do fuso mitótico
se ligam aos cinetocoros (estrutura proteica em que o microtúbulo se ancora).
Anáfase: ​separação das cromátides irmãs e migração para extremidades opostas, as cromátides
migram pois são puxadas pelos microtúbulos.
Telófase: ​descondensação dos cromossomos e reaparecimento dos nucléolos e das cariotecas,
desagregação do fuso mitótico, início da citocinese. Em células animais ocorre o
estrangulamento na região do meio da célula, por fibras proteicas contráteis de actina e miosina
do citoesqueleto.
● Poros nucleares:​ “portais” proteicos seletivos para passagem de agentes reguladores de
expressão gênica (formados por 100 proteínas diferentes, evidenciando a complexidade
do processo de divisão)

MORTE CELULAR
As células ativam um programa de morte intracelular e matam a sim mesmas de uma maneira
controlada, processo conhecido como morte celular programada
MORTE CELULAR: NECROSE
Células sofrem dano mecânico, e ocorre agregação de cromatina, desorganização citoplasmática.
Perda da integridade da membrana e ruptura celular, o conteúdo da célula é liberado, gerando
danos às células vizinhas e reação inflamatória.
- A morte celular pode iniciar com apoptose e terminar com necrose e vice-versa.
MORTE CELULAR
A apoptose serve para dar o equilíbrio do desenvolvimento, sintetização e morte das células
APOPTOSE : ​morte celular natural da célula
Apresenta controle genético, ocorrem diferentes mudanças bioquímicas (clivagem do DNA,
novos DNAs formados dos quais nucleotídeos são marcados) e morfológicas.
Um fosfolipídeo fosfatidilserina carregado negativamente, geralmente se localiza na regi~~ao
interna da camada bilipídica, durante a apoptose migra para a camada mais externa e funciona
como um tipo de sinalizador fagocítico, indicando aos macrófagos ou células vizinhas que a
célula está pronta para ser fagocitada, inibe também a ação de proteínas inflamatórias.
● A apoptose é um processo de morte celular programada fundamental para o organismo.
Durante o processo embrionário, a apoptose regula o crescimento celular e dos tecidos.
Em um adulto, ajuda a manter constante a quantidade de células que um órgão ou tecido
contem. Uma de suas características é que a membrana celular não se destrói, impedindo
a saída do conteúdo da célula para o espaço extracelular.
Sequência da apoptose
Proteínas degradadas atuam na ruptura do citoesqueleto, ocorre a condensação celular,
posteriormente a degradação do DNA, e em seguida a fragmentação da célula em corpos
apoptóticos.
“As células se encolhem e condensam, o citoesqueleto colapsa, o envelope nuclear se desfaz, e a
cromatina nuclear se condensa e se quebra em fragmentos, a superfície celular forma espécies de
bolhas, a superfície da célula e dos corpos apoptóticos (quando a célula é grande, quebra em
fragmentos encobertos por membrana) tornam-se quimicamente alterados e em seguida
fagocitado por células vizinhas ou macrófagos, e o conteúdo celular não é liberado, evitando
uma inflamação prejudicial.”
Importância: ​regulagem do número de células no organismo, renovação tecidual,
remodelamento tecidual (dedos colados), formação de conexões neurais (muitos neurônios são
produzidos e poucos são realmente usados no resto da vida. Metade entra em apoptose, células
precisam de fatores de sobrevivência para manter seu programa de apoptose reprimido, essa
estratégia de seleção assegura que todas as células-alvo estejam conectadas por células nervosas)
O início da apoptose​ é dado a partir de sinais remediados por proteínas caspases, que são
sintetizadas como procaspases e são ativadas quando necessário por outras caspases, que vão
atuar na ruptura do citoesqueleto, e caspases iniciadoras iniciam outras caspases, atuando na
quebra e degradação de proteínas (proteostase)
Caspases​ são uma família de proteases que têm uma cisteina no seu sítio ativo e clivam suas
proteínas-alvo em ácidos aspárticos específicos. As caspases são sintetizadas nas células como
precursores inativos, ou procaspases e são ativadas quando necessário por outras caspases
Caspases são heterodímeros, formados por duas partes pequenas e uma grande, procaspases são
ativados por clivagem, e é dividida em uma subunidade grande e outra menor formando
heterodímeros, e dois dímeros se juntam e formam um tetrâmero ativo. Uma vez ativadas, essas
caspases ativam outras procaspases, resultando em uma cascata proteolítica amplificada e
irreversível, ocorre a ativação de endonucleases que atuam na degradação do DNA.
Como a primeira caspase é ativada? ​Procaspases iniciadoras possuem domínio de
recrutamento da caspase (CARD) que permite se ligar a proteínas adaptadoras em complexos de
ativação quando a célula recebe um sinal para entrar em apoptose, no complexo de ativação
caspases ficam próximas umas das outras e se ativam iniciando uma cascata irreversível.
VIAS DE SINALIZAÇÃO: ​duas vias ativam a cascata de caspases, cada uma possui sua pópria
caspase iniciadora e seu complexo de ativação
A via extrínseca
Moléculas-sinal: ligam aos receptores de morte, receptores são família de receptores da necrose
tumoral (TNF1) ~TNF e Fas(receptor de morte), o receptor recruta proteínas adaptadoras que
recrutam pró-caspases iniciadoras (8,10), formam COMPLEXO SINALIZADOR DE MORTE
(DISC), ativam pró-caspases executoras, levando a apoptose.
Exemplo: linfócito T (matador) atua na imunidade celular, induz apoptose nas células invadidas
por vírus/bactérias ou células danificadas/cancerígenas
● Linfócitos T citotóxicos ativos expressam o ligante Fas. Estes sinais externos são
captados pelas células alvo através de receptores como a proteína Faz (receptores de
morte), que ao serem ativados desencadeiam a via extrínseca de sinalização. Este ligante
trimétrico alinha-se ao receptor Fas provocando a oligomerização do receptor.
● O processo de trimerização do receptor provoca a união de proteínas adaptadoras, como
a FADD, na região intracelular. O complexo Fas e FADD atraem para seu sítio uma
caspase iniciadora inativa chamada procaspase 8, ativada através de uma clivagem
proteolítica.
● A proteólise da procaspase 8 libera a caspase 8; uma nova ruptura produz um fragmento
grande e outro pequeno que se associam para formar um tetrâmero, a caspase 8 ativa. O
processo de ativação se amplifica através da ativação de proteínas da mesma família.
A via intrínseca​ da apoptose depende da mitocôndria, se inicia na mitocôndria e depende da
liberação no citosol de proteínas mitocondriais.
Geralmente ocorre em resposta a injúrias ou outros tipos de estresses, como a falta de oxigênio,
a quebra de DNA, ou a falta de nutrientes, e depende da liberação do citosol de proteínas
mitocondriais, algumas das proteínas liberadas ativam a cascata proteolítica de caspases no
citoplasma, levando a apoptose.
Proteínas que induzem o aumento da permeabilidade e formação de poros na mitocôndria,
ocorre liberação do citocromo c e outras proteínas. Citocromo C forma um complexo com
APF-1 (fator 1 de ativação da protease apoptotica) o COMPLEXO SINALIZADOR
APOPTOSSOMO que recruta pró-caspases iniciadoras 9 e as ativa. Caspase 9 ativa caspases
efetoras (3 e 7) induzindo a apoptose.
Família Bcl2 (regulam a via intrínseca)​: atuam estabilizando a membrana mitocondrial –
ligam as pró-apópticas, inibindo-as (A); induzem a liberação do citocormo c – resposta celular,
se agregam na membrana mitocondrial (B); ligam as anti apópticas inibindo-as (C) e ativando
apoptose.
● A morte apoptótica também pode ser desencadeada por sinais intrínsecos originados por
estresse biológico que provoca uma resposta da mitocôndria ativando a via intrínseca da
apoptose. Nesta, as proteínas da família Bcl2 regulam a apoptose, exercendo sua ação
sobre a mitocôndria.
● Sinais de morte intracelular podem ser ativados em condições em que o DNA foi
irreversivelmente danificado (pode ser com raios UV). Neste caso, a proteína p53 entra
em ação, unindo-se a promotores de genes que codificam proteínas sentinelas
proapoptóticas da subfamília Bh3-only.
● A PUMA no citoplasma interage com proteínas pró-apoptóticas, como a BAX. A BAX
ativa insere-se na membrana mitocondrial para formar um poro na membrana externa.
Isso permite a liberação do citocromo c, que é fundamental para a ativação da apoptose.
● O citocromo c no citosol induz a formação do complexo apoptossoma formado pela
oligomerização da proteína de 3 domínios (Apaf 1). Apaf 1, citocromo c e ATP formam
um complexo proteico. Através de um dos domínios da Apaf 1, o complexo une-se a pro
caspase 9. A caspase 9 ativa leva ao processamento das caspases efetoras, desencadeando
as últimas fases da apoptose.
Sinais que regulam a apoptose:
Regulação:
1- Fatores de sobrevivência da célula pela supressão de apoptose
2- Mitógenos: estimulam a divisão celular suprimindo as “moléculas-freio” ex: fator de
crescimento derivado de plaquetas (PDGF)
3- Fatores de crescimento estimulam o crescimento celular (volume) não depende do sistema de
controle do ciclo celular
4- Falta de fatores: morte celular
5- Dano celular, radiação UV, infecção; hormônios
● A estratégia de superprodução seguida de seleção assegura que todas as células-alvo
estejam conectadas por células nervosas
● Marcadores bioquímicos da célula em apoptose
● Apoptose endonucleases clivam o DNA
● Marcador fosfolipídio fosfotidieserina – inversão de fósforo para que macrófagos
fagocitem a célula morta
● A desregulação do processo resulta na alteração da homeostase dos tecidos, gerando
condições patológicas, como: doenças: câncer, AIDS, malformações, processos
infecciosos, autoimunidade, doenças neurodegenerativas
No câncer, a apoptose é inibida pela expressão de proteínas anti apoptóticas. Estas sequestram
proteínas pró-apoptóticas, impedindo a ativação da BAX. Desta maneira, há equilíbrio entre
proteínas pró e anti apoptóticas na membrana mitocondrial, o que determinará o destina final da
célula. Se o equilíbrio favorecer a BAX, esta formará o poro, ativando a saída de citocromos c.
As células em apoptose apresentam mudanças morfológicas e bioquímicas, como a diminuição
do volume, compactação da célula e organelas e fragmentação para formar corpos apoptóticos.
Através de sinais presentes nas membranas os corpos apoptóticos são fagocitados por
macrófagos.

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